sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Previsões


16 horas de viagens (se a partir de Janeiro os autocarros decidirem fugir às Scuts, mais vale comprar um cavalo e ir a galope). Temperaturas de 3ºC. Chuva, muita chuva. Marido que fica em casa. Possibilidade de neve.

Mas na vida há sempre um lado positivo! Miminhos da mãe. Muita conversa à volta da lareira. Boas comidas. Desabafos. Sorrisos. Castanhas assadas. Mesmo que os nossos corações vivam sempre apertados e doentes, há algo de magnífico que nos une que se chama Amor. Por ele, por nós, pelo nosso trio maravilha que nem a morte nem a vida irá separar...

Bom fim-de-semana!

O inferno do álcool


O alcoolismo continua a ser um tema tabu na nossa sociedade, principalmente se for uma mulher a sofrer desse mal. Infelizmente, conheço pelo menos uma mulher que tem problemas com álcool. E digo-vos: quem sofre mais é, mais uma vez, os filhos.

Não consigo perceber o que leva uma pessoa a beber assim, sem fim. O que leve uma pessoa a tirar satisfação de beber sozinha até acabar, uma, duas garrafas. Gosto de beber em ambiente social, a acompanhar bons petiscos e boas  conversas. Agora beber por beber. Dizem-me que é para esquecer os problemas da vida? Eu também tenho a minha vida virada ao contrário, mas não me atrai a bebida, porque sei que quando me passar a ressaca tudo na minha vida estará igual. Pior ainda porque passado uns meses a saúde começa a degradar-se, sem falar da vida familiar que parte à deriva...

Francamente não sei como se lida com isso, nem como se pode obrigar alguém a curar-se. Mas francamente, e apesar de se tratar de uma pessoa muito próxima, não estou preocupada. A vida tem-me tornado mais fria e egoísta. Pode parecer contraditório mas é verdade...

[O livro Pedaços de Ternura da Dorothy Koomson, que li há pouco, também aborda (de forma leve) esta temática...]

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Vamos colorir a vida a lápis de cera?


Lápis de cera talvez não. Mas com verniz parece-me bem! Esta semana experimentei finalmente os vernizes da Essence (este rosinha da foto). Gostei muito da qualidade do verniz: aplica-se muito bem (atrevo-me a dizer que melhor que os Risqué e Andreia) e tem um brilho óptimo. Mas parece-me que demora mais um bocado a secar. Em relação à durabilidade, tendo em conta que o apliquei no domingo de manhã e hoje ainda nem uma lasca tem, acho que vale bem os 1.20€. O melhor? É que se têm cartão Modelo/Continente podem comprar os vernizes com o saldo do cartão, e não sentem tanto o custo da compra deste tipo de bens menos necessários...

Gostei da cor (Ultimate Pink) mas ainda não encontrei O rosa. Quero ver se experimento o Grão-de-café da Risqué. E não me digam, como algumas, que essa cor é de verão e não se usa agora. Eu gosto de cores fortes nas unhas para alegrar estes dias cinzentos e para contrastar com roupa mais escura...

Olheiras



Como já falei aqui imensas vezes, sofro imenso com olheiras. Sempre tive mas agora que durmo pessimamente há quase 3 meses, elas estão quase a cheger ao pescoço. E não sei mais o que fazer....

Estou de olhos nestes dois produtos da Garnier: o verde combate as olheiras (gel refrescante e decongestionante), enquanto que o creme também tem cor... Queria saber opoiniões concretas de quem já usa ou usou esses produtos? Qual o melhor? Elimina (nem que parcialmente) a cor escura das olheiras? Ou só é bom porque tem um efeito fresco na pele?

Quero saber tudinho. E também aceito sugestões de dicas caseiras!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Desejos...



Se eu trabalhasse num local assim, seria uma pessoa muito mais feliz. Muita luz natural, umas cores apaziguadoras, num ambiente acolhedor e inspirador...
Os dias custariam muito menos a passar, sem sombra de dúvidas...

* Foto retirada daqui

Opinião polémica


Sou conhecida por ter opiniões muito polémicas e por não ter medo de as assumir frente a quem for. Por exemplo, as comparticipações do Estado relativas a certas "doenças" revoltam-me profundamente. Vi hoje a notícia que «doentes de sida vão ter cheques dentistas». Pode ser bom, mas numa altura em que são retiradas comparticipações a doentes de diabetes, de cancro e tantas mais doeneças, eu pergunto-me porquê? Afinal a SIDA é uma doença grave, sim, mas da qual nos podemos prevenir quase a 100%!! Então se eu me posso prevenir, porque sou um privilegiado no vasto mundo dos doentes crónicos? Porque que eu saiba cancros, diabetes, doenças coronárias não são assim tão fáceis de prevenir, certo?

Outro exemplo que me deixa nervosa é a dos abortos. Cuidado não sou a favor ou contra abortos. Só não gosto de quem faça disso um modo de vida e de contracepção, e tudo a custa dos meus impostos. Mas para ser franca e por não ter medo de assumir as minhas posições: votei contra no referendo por uma única razão: primeiro deveria-se apostar em educação sexual a sério e depois sim, na legalização do aborto. Agora, o Estado comparticipa a realização de abortos mas diminui a comparticipação de tratamentos de fertilidade. E eu pergunto-me qual a lógica deste Estado. Não é mais saudável e justo um casal lutar pelo seu direito de serem pais (sem falar da necessidade do aumento da natalidade)?.

Eu sei, tenho opiniões duras, vincadas e muita gente olha-me como se eu fosse um monstro. Quando a única coisa que queria era que fossêmos todos tratados com justiça...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Bicho de hábitos


Eu tenho algumas manias que não dispenso. Algumas devem ser genéticas porque as partilho com o resto da família. Por exemplo, adoro cheirar os livros, revistas, catálogos e afins. Abro-os quando ainda estão novos e aspiro profundamente a sua história. Em tempos, associava os livros pelo cheiro semelhante. Eu e o meu irmão partilhávamos este hábito. Na família, também costumamos todos ter sempre revistas ou livros à mão para... ir a casa-de-banho. Pois é, a sanita é um local inspirador.

É como quando compro uma revista. Tenho que ser eu a primeira a folheá-la. É um ritual do qual não abdico: cada virar de página é um entusaiasmo, é uma descoberta de novos horizontes, imagens e cores.

Sim, eu sei que sou estranha, mas são essas particularidades que fazem de nós pessoas únicas. Alguém  desse lado que também tenha assim hábitos ditos estranhos?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pour mon anniversaire...


... Abdico de todos os presentes. Do jantar no restaurante que adoro junto ao mar. Do bolo de chocolate que me faz lamber a colher por duas vezes. Da sobremesa divinal. De um copo a mais.

Este ano (como nos outros todos, mas desta vez com ainda mais força) só quero a minha mãe junto de mim. Pura e simplesmente. Eu e ela que fazemos anos no mesmo dia. Quero poder partilhar sorrisos e lágrimas, enfim a nossa companhia. E cumprir o ritual de vermos qual é a primeira a dar os parabéns à outra. Trocava milhares de prendas caras só por esse momento. Se estou mal, a minha mãe está de rastos...

Vamos todas pedir às estrelas que a convençam a sair de casa e passar aqui uma semana. Este é o meu maior desejo. Torçam por isso, porque eu tenho a sensação que os deuses já não me querem ouvir...

Prioridade de mãe*


Dizem-me que quando se é mãe, as prioridades mudam. Tudo que é melhor destina-se aos filhos. Mas eu acho que não se deveria ser tão linear. A minha amiga T. tem uma filha linda de 9 meses. A mãe queixava-se que não tinha nada de bonito para vestir, que desde que teve a filha, só comprava roupa para ela. Eu disse-lhe que, se há pouco dinheiro, que comprasse menos roupa para a filha, que afinal não trabalha e nem 1 ano tem, e que comprasse mais qualquer coisa para ela.

Afinal a T. trabalha  num escritório, e precisa de estar minimamente apresentável. A filha de 9 meses tem mais acessórios para o cabelo do que ela, tem sapatos de todas as cores, ... A mãe tem uns sapatos pretos que combinam com tudo segundo ela e nunca mais comprou nada para ela.

Não acho que uma criança necessita de tantas mariquices para estar bonita (quando não há meios financeiros). Porque não podem usar roupa da C&A ou marcas mais acessíveis, mas sim terem sapatilhas da Nike e vestir só roupa da Chico, Petit Patapon, etc.? 

Parece que quando têm filhos, as mulheres deixam de se afirmar por si, mas sim pelas crias. Os filhos têm que ser os mais bem vestidos da creche (às vezes mais valia apostar "no mais bem educado", mas isso já é outra história). Têm que ser o que fazem mais cocós, os que dormem mais horas,  osque têm mais brinquedos,  osque têm mais outfits, etc. E deixarmos as crianças terem valores mais nobres, e serem simplesmente crianças em vez de serem um mostruário de roupa?

Para mim é uma questão de equilíbrio. Nem 8 nem 80. Adoro ver as crianças bem vestidas, mas não devemos fazer disso uma prioridade. E deixar que uma mulher de 30 anos se desleixe completamente para a bebé ter roupa de marca, acho isso degradante. Pior ainda é ver pais a ralhar constantemente com os filhos porque não podem sujar as roupinhas de domingo (que têm todos os dias da semana) porque custaram os olhos da cara. Olha, e comprar umas calcinhas baratinhas para deixar a criança poder rebolar na relva, brincar com lama de vez em quando e ser feliz?

* Post generalizado a um grupo restrito de mãe...

sábado, 23 de outubro de 2010

Mulher descartável

Há dias em que me sinto um mero acessório neste casamento. Em que simplesmente posso ser descartada e colocada numa estante quietinha até voltarem a precisar de mim. Tenho a sensação que só sou importante quando não há mais ninguém de prioritário. Acho que tenho o direito de ser a prioridade do outro. De sermos só um pelo outro. Mas não só sou a mulher mais importante da sua vida enquanto a Outra não precisa.

Tenho uma sogra a 500km e mesmo assim tem um poder devastador na nossa vida. Mas a culpa é dele porque a deixa fazer. Em mais de um mês só tínhamos esta manhã para dormir, perguiçar juntos na cama, tomar o pequeno-almoço juntos e tratar de uma coisa muito importante para nós. Sem falarmos já da nossa intimidade. E do facto de eu estar bastante em baixo e de precisar de alguém junto de mim. Mas a mãe dele, apesar de lhe dizermos que não podíamos sucumbir aos seus caprichos, ela fez o que bem entendia e o filho foi atrás.

Resultado: acordei cedo, não consegui voltar a adormecer, tomei o pequeno-almoço sozinha e estive só o resto da manhã. Sei que se vivesse mais perto dela, já estaria separada. Sem dúvidas. Já nos prejudicou tanto e ele continua a defendê-la. E estou numa fase da minha vida em que não me apetece lutar por quem não merece o meu amor.



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Páginas e páginas de magia

Quem me dera ter mais tempo para me dedicar à leitura. Possuir um espaço só meu com uma janela enorme, flores, um cadeirão confortável e muitos livros a aguentarem que descobrisse os seus segredos. Os últimos que li foram:


Os 36 Homens Justos de Sam Bourne. Tem a ver com religião, mistério, homicídios e segredos antigos. Estava a espera de mais. Não sei se já repararam mas basta que um livro tenha a ver com religião e assassinos e tem logo uma referência na capa do tipo «Quem gostar de Dan Brown, vai adorar este livro». Mas porra, será que não há vida para além do Código da Vinci?!

A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón. Francamente não tenho palavras para exprimir o quanto gostei do livro. Nunca me atraiu mas peguei nele por instinto, pensando «vamos lá ver o porquê de tanta gente gostar». E já percebi. E agora quero ler todos os livros deste autor...

Um Pedaço de Ternura de Dorothy Koomson. Li da mesma autora a Filha da minha melhor amiga e adorei. Mas os outrso dois livros que li dela, não é que me decepcionam, são ligeiros, lêem-se bem mas não suscintaram em mim aquela paixão. Mas recomendo.

Os Homens que odeiam as Mulheres de Stieg Larsson. Muito bom mesmo. Adorei a história e a escrita envolvente. Estou ansiosa para poder ler os próximos da trilogia (não há-de tardar muito).

Bom fim-de-semana a todas! Boas leituras para quem partilha desta paixão e vício. E quem tiver óptimas sugestões de leituras, que partilhe comigo!

Perspectiva errada


Francamente estou a ficar cansada destas notícias sobre a importância das famílias passarem a poupar. Mas francamente acho que o problema já não é uma questão de poupança. Porque como eu, deve haver milhares de famílias:

Nunca tomo o pequeno-almoço fora, levo sempre almoço para o trabalho, bebo café no escritório, o lanche também vem de casa. Faço a pedicure, manicure e depilação em casa. Só o cabelo é que tem mesmo que ser num especialista. Raramente almoçamos ou jantamos fora. A maioria dos livros vou buscá-los à biblioteca municipal. Temos cuidados redobrados com desperdícios de energia eléctrica e água. Nas minhas compras no supermercado, tento sempre ir ao mais barato (ainda compro marcas porque a relação qualidade/ preço de algumas marcas brancas não compensa). Não enchemos a despensa de chocolates, rebuçados, bolachas e outros bens alimentares não tão essenciais. Os produtos de beleza resumem-se aos mínimos: um creme, um shampoo, etc., nada de paletes e paletes de maquilhagem...

Agora os jornalistas poderiam parar de dizer que agora as famílias devem ter cuidado e poupar no supermercado. Acho que a grande maioria dos portugueses já o faz há muito tempo. Agora a questão é saber onde essa gente vai arranjar dinheiro para comprar os básicos e marca branca no super. A questão não é o risco de apertar ainda mais o cinto, o problema é o rismo de FOME. Muita gente está num limiar insustentável de pobreza e fome. Há dias em que francamente tenho medo do futuro...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Suspensa por um fio


Estou cansada, sinto que cheguei ao meu limite. O meu corpo está a começar a gritar de agonia: sei que está a dar vários sinais de alarme, que tenho tentado ignorar. Preciso de descansar este corpo, mas principalmente a alma. Preciso de fazer as malas aos meus sofrimentos e levá-los à estação mais próxima,  e mandá-los para um destino desconhecido. Tenho que me desprender, tirar estas amarras para conseguir dar um passo em frente. Sei que disso começa a depender a minha saúde. Mas não consigo, estou sem forças. Quando ando (de rastos) uns centímetros, volto a cair para um poço sem fim. Ainda vejo a luz lá cima, mas mais me debato para ficar à tona da água, mais me afundo. Há dois meses que não durmo uma noite inteira, em que acordo sistematicamente com pesadelos e mau-estar. 

Preciso de descansar longe daqui. O próximo fim-de-semana de folga do Luís é no final de Novembro. Quero fugir com ele para qualquer lugar calmo, só para descansar...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A todas as donas-de-casa


Preciso da vossa ajuda preciosa. Estou a pensar comprar uma máquina de fazer pão. É muito difícil arranjar pão saboroso, é cada vez mais caro, e pressupõe mais idas ao supermercado durante a semana.

Gostava de saber a vossa opinião acerca das máquinas. Vale mesmo a pena? Qual a marca que aconselham (a do Lidl será eficiente?)? E será que a feitura de pão em casa compensa mesmo financeiramente? E as misturas são muito caras?

Enfim, quero saber a vossa experiência com essas máquinas. Só de me imaginar a levantar de manhã com o cheiro a pão acabado de fazer de manhã, acho que os despertares vão ser muito mais saborosos...

Não sei não...

O homem lá de casa deve estar a esconder alguma coisa ou a chocar uma doença grave neurológica. Anda um verdadeiro doce! Para quem nunca foi de grandes declarações de amor, elogios ou surpresas, ele está ao rubro...

Há dias fomos ao centro comercial por causa de um contrato com a PT, mas claro fui dar uma vistas de olhos à roupa, mas já estava mentalizada que não poderia comprar mais nada. Vi uma camisola daquelas com laço ao pescoço e pensei «vou experimentar, de qualquer forma deve-me ficar mal». Experimento e abro a cortina do provador para lhe mostrar quando o vejo com um brilho no olhar, sorriso de orelha a orelha, ar babado e diz-me «Fica-te lindamente: realça o teu brilho natural!»... Caiu-me tudo e ri-me!

Bem, com um elogio desses, a camisola não pôde lá ficar. Já não me bastava as colecções lindas, agora o macho decidiu alimentar a minha veia consumista e auto-estima. A culpa não é minha se sou uma gastadeira...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Figurinhas deprimentes


Há coisas que só me acontecem a mim. Mas felizmente a idade deu-me ego suficiente para lidar com elas com um sorriso na cara. 

Ontem, munida do meu vestido, saltos altos, e meias ligas (não gosto de collants) lá vim eu trabalhar. Lá andei para trás e para frente, reuniões e mais reuniões. E tudo se manteve impecável... até à hora de ir para casa. Peguei na minha gabardina e sai porta fora, direcção ao metro. De caminho, atravesso um jardim público com imensos jovens adolescentes sentados num banco. E eis que a minha meia da perna direita decide sem pré-aviso escorregar pela perna abaixo. Coloquei-a rapidamente no sítio, mas ela, teimosa como a dona, deixou de ser aderente. 

Era ver aquele grupinho de adolescentes com as hormonas em alta, olhar lânguido, e sorriso matreiro. Mas a Dina não se deixa vencer por adversidades femininas. Mostrei o meu melhor sorriso confiante (sabe Deus a vergonha que baixou em mim), olheir directamente para eles, alcei os ombros e voltei para o escritório mudar de meias. Agora que ninguém me diga mais que sou louca por andar sempre com um par de meias suplente na mala, que é só peso inútil.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sleep Mode


«Dizem que o amor é cego, mas é a paixão que não vê defeitos e incoerências. 
O amor é lúcido, vê as falhas e as contradições e, apesar disso, subsiste».

A Lucidez do Amor | Tânia Ganho

sábado, 16 de outubro de 2010

O inesperado também pode ser bom


Ontem tinha na gaveta do armário algo muito especial à minha espera: o livro A Queda dos Gigantes de Ken Follett.

Já o andava a namorar (como tantos outros livros), mas como tínhamos decidido diminuir despesas, lá me tenho controlado. E o meu querido marido (que não é nada de presentes surpresas) trouxe-me este miminho. E soube tão bem este gesto assim sem contar, fora de datas especiais. O melhor foi quando lhe perguntei porque é que tinha gastado 26€ quando tínhamos dito que tínhamos de poupar, e ele me respondeu «eu dou tudo para ver esse sorriso lindo de felicidade»... O amor é lindo, e eu vou ali acordá-lo com beijinhos...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

2 meses de ausência


Dizem que o tempo cura tudo. Mas cada vez acredito menos nisso. Cada dia que passa é mais doloroso, mais as saudades apertam e magoam. Qualquer coisa é motivo para me lembrar dele: uma maçã que me lembra os nossos momentos nos terrenos, as andívias que foram a última refeição que partilhamos juntos, etc. Está em todo o lado. A única noite que dormi bem foi quando dormi agarrada ao seu casaco preferido: foi um momento de paz tão grande.

É a pessoa que mais amo no mundo e não sei viver sem ela. Por enquanto sobrevivo, dia após dia. Não tenho medo de morrer: tenho é medo de ver morrer mais pessoas que amo.

O melhor champô anti-oleosidade (ou não)


O meu cabelo tem tendência para o oleoso. Estava a usar o Pantene Anti-quebra (champô fantástico) mas sentia que o meu cabelo se estava a habituar demasiado ao champô e que começava a ficar mais oleoso. Decidi-me pelo champô Purificante da Pantene. E senhoras, acreditam que com este champô acabou com a oleosidade. Nem pinga! O cabelo fica palha de aço! Um horror! Fica rijo de tal forma e cheia de xocas que se torna impossível pentear. E como o meu cabelo é fraquinho, ao pentear perdi imenso cabelo. O meu cabelo ficou muito pesado e sem vida. Afinal há pior do que a oleosidade. Ontem (depois de ter ido a mais de  5 supermercados) encontrei o meu querido Anti-quebra da Pantene, e eis-me de volta com um cabelo leve, com vida e volume, cheiroso e mais forte. 
Havia de haver cremes corporais que sugassem dessa forma a oleosidade, iria fazer um sucesso junto do mundo feminino!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Objecto de tortura


O facebook tem dessas coisas: ajuda-nos a reencontrar pessoas e a conhecer novas marcas e ideias. E eu descobri este objecto. Conseguem adevinhar o que é (sem batota)?

...

É a solução ecológica que vem substituir os pensos higiénicos!! Ao ver isso, até apertei as pernas. Mas alguém, no seu perfeito juízo, tenciona andar com este artifício na vagina? E depois despejá-lo e lavá-lo? Que se lixe o planeta terra mas a Lunette (gostava de conhecer o criativo que baptizou tal objecto) não é para mim!

Fascínio feminino

As mulheres são politeístas: adoram o Deus Prada, Chanel, e mil e uma outras marcas, mais ou menos prestigiadas. O mundo feminino é repleto de glamour, cor e atitude. As mulheres são elegantes e sofisticadas. Mas não menos estranhas. Num mundo cor-de-rosa, há algo que as enfeitiça e as captiva: o Sr. Dom Ponto Negro.
Não há uma mulher que não adora encontrar um ponto negro nas costas ou testa do seu amado. Qualquer uma arregala os olhos, saltita de alegria e suplica o macho para a deixar catá-lo. Qual será o fascínio de um mero pontinho escuro? Deve fazer parte de um ritual ancestral de acasalamento que se foi perdendo, mas que continua a dar imenso prazer às mulheres...

Afinal quem tem a coragem de admitir que não gosta de um bom (mais porcaria sai, melhor) ponto negro?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Adorei saber...

Finalmente alguém que me conseguiu revelar as verdadeiras maravilhas da maternidade. Doces palavras que me fizeram pensar seriamente em ter um filho. Há quem tente nos seduzir pelos horrores do parto e dos primeiros meses de convivência com as proles. Há quem tente babar-mos com os sorrisinhos, com as roupinhas, etc. Há mim bastaram-me poucas palavras para me convencer....

4 meses em casa de licença + 2 horas por dia durante um ano para amamentar a prole

Que bela melodia para os meus ouvidos. Sou ali engravidar e já volto...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O ringue da vida

A vida assemelha-se a um ringue de boxe. Quando subimos para lá, sabemos que estamos diante de uma longa e dolorosa viagem. Mas também sabemos que iremos apreciar momentos curtos mas intensos de pura felicidade. Mas chega o momento em que a vida te despoja de tudo o que tens: humilha-te e faz-te sofrer intensamente. A vida não se contenta nunca com três ou quatro pancadas. Só descansa quando estás no tapete, KO, sem forças aparentes para te levantar e continuar a lutar. Eu estou nessa fase, em que tento erguer-me com os braços, em que me mantenho assim durante momentos, mas volto a fracassar e volto a dar com as costas no chão.

Quando ficas KO tens sempre a esperança que o adversário - a vida - te vai dar tréguas algum tempo para descansar e recuperar forças para o próximo combate. Mas a minha vida quer acabar comigo. Não me dá tréguas. Mais um problema, mais uma chapada, mais uma luta.

Ontem, em serviço, o L. sofreu um acidente de carro no auxílio a um assalto a um banco. Não ficou com ferimentos graves mas o carro patrulha não tem seguro, o carro ficou muito danificado, temos que pagar do nosso bolso, arrisca-se a um processo, a ter penas internas, enfim...

Acho que me vou fingir de morta, a ver se a vida pára, por alguns meses, com as hostilidades...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A nu

Quando estamos apaixonados, a nossa visão turva-se e começamos a ver com o coração. Vemos o outro como um semi-deus. Vivemos para ele, e aguardamos os momentos a dois como se deles dependêssemos para continuar a viver. Quando estamos apaixonados vivemos a paixão ao rubro, e o sexo torna-se o exponente máximo das demonstrações de amor e carinho. A paixão revela-se em diversas fantasias e, quando estamos apaixonados, aceitamos satisfazer o outro de qualquer forma. E muitas mulheres aceitam  fazer vídeos caseiros ou fotos de nus.

Só que a paixão é passageira e volátil. E quando acaba, os defeitos do outro revelam-se. Quando estamos apaixonados pensamos que o outro nunca nos magoaria, mas quando a paixão acaba, tudo é possível. E muitas mulheres vêem as suas fotos/ vídeos na internet. Não será ingenuidade há mais? Não pensam que quando o namoro acaba há o risco de esses vídeos irem parar a mãos erradas? Francamente essas são coisas que faria por amor, e não por paixão. Porque o amor, o verdadeiro, só é possível ao fim de muito tempo. Quando a dose de paixão é menor mas muito mais compensatória.

O nosso problema é entregar-nos sem senão ao homem pelo qual estamos apaixonadas. A paixão turva-nos o raciocínio e causa muitos desgastes. Há quem diga que os males de paixão não deveriam existir. Mas eu digo que são essenciais, pois são eles que dão magia ao amor verdadeiro...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A verdadeira riqueza está dentro de nós


Ser rico não é viajar todos os anos, e conhecer dezenas de países à volta do mundo.
Ser rico é criar um lar em que vivemos em paz com as pessoas que mais amamos. É ver naquelas quatro paredes cenários fascinantes a serem descobertos dia após dia.

Ser rico não é conduzir um carro topo de gama.
Ser rico é poder deambular pelas ruas, rumo ao desconhecido, sem pressas e com paz no coração.

Ser rico não é ser dono de uma multinacional e ter fama.
Ser rico é viver intensamente cada minuto de trabalho e executar tarefas com paixão.

Ser rico não é ostentar marcas de luxo e jóias caras.
Ser rico é assumir-se como se é. Ter atitude e sentir-se bem consigo, mesmo vestido de uma tee-shirt lisa e umas calças de ganga usada.

Ser rico não é ter o privilégio de jantar nos restaurantes da moda, petiscando menus de grandes chefes.
Ser rico é ser abençoado por uma família numerosa reunida à volta de uma mesa com um prato simples, mas com emoções fantásticas.

Ser rico não é ter uma conta bancária com muitos zeros.
Ser rico é gozar de plena saúde, ter uma família verdadeira, viver um grande amor e gozar a verdadeira felicidade.

Pode estar meio mundo eufórico com o prémio do Euromilhões, mas digo-vos que não trocava a minha paz e coisas simples da vida por nada. O dinheiro pode ajudar claro mas não nos dá o mais importante: amor, saúde e as pessoas que mais amamos.

Berloques e companhia...

A minha veia consumista está ao rubro. Como diz a minha mãe, se eles (Governo) me vão ao bolso e ainda há o risco de me ficarem com as poupanças, pelo menos gasto eu o dinheiro!

Estou com cada vez mais vontade de comprar uma pulseira, tipo Pandora. Digo «tipo», porque hoje em dia há cada vez mais marcas que propõe essas pulseiras. Até lojas como a Bijou Brigitte e a Parfois têm imitações! Francamente éramos tão mais felizes antigamente quando não havia tanta escolha. Enfim, a minha dúvida é qual marca escolher. Sabendo que odeio berloques de ouro, que quero alto o mais barato possível, e que tenha qualidade, que pulseira me aconselhariam? Pandora? Bacio? Silver não sei das quantos?  E será que as peças de uma marca servem na pulseira de outra marca?

Sei que muitas meninas têm, e com o meu aniversário à porta, gostava de saber opiniões antes de decidir o que for... Obrigada e bom fim-de-semana à chuva para todas (aproveitem para namorar muito, pois com este tempinho, o aconchego reconforta corpo e alma ;) )

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Maria faz tudo

Uma Maria faz tudo, não é uma Maria quer fazer tudo!

Há certas concepções de vida em comum e de divisões de tarefas que me fazem sorrir. Adoro ouvir os homens dizerem «mas eu ajudo». Fico logo com a nota mental «a este tenho que lhe oferecer um dicionário». O significado de Ajudar é diferente de Partilha/ divisão. Essa conversa foi uma grande luta no início do meu casamento, porque ele não estava habituado a fazer nada. E ainda hoje apanho a mãe dele a fazer-lhe a cabeça por não é normal ele fazer certas coisas como lavar a loiça.

Os homens devem vir, quase todos, com o dicionário do século XII incorporado. Se fazem a cama e arrumam a loiça, parece que passaram meses numa batalha épica, e esperam que os idolatrássemos por serem uns heróis. Depois assitiste-se a uns quantos cenários burlescos. Oficialmente limparam a casa-de-banho, por exemplo. Mas não limpam metade das coisas, pelo que o efeito de dessarumado permanece e, nós mulheres, devemos fazer tudo de novo. E depois é vê-los a choramingar que nunca damos valor a nada do que eles fazem.

Sem ofensas para a classe masculina, mas antes de qualquer matrimónio, deveríamos poder colocar os noivos num curso de actualização de funcionalidades. Tudo seria tão mais fácil...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tu és linda!

Penso que há mulheres que deveriam ouvir isso mais vezes: do namorado, do marido, mas também das amigas. Este feriado veio à lume a polémica em volta do desfile da Elena Miró na Semada da Moda de Milão. Mas será que as pessoas entendem finalmente que as anormais (as que fogem à norma) não são as pessoas que veste um 40, mas sim pessoas como eu que vestem um 34. A maioria da população feminina veste tamanhos 38-40. E essas mulheres são belas, lindas, sorridentes e atraentes. Viram o desfile da Miró? As modelos não eram a beleza e elegância em pessoa?

Não é porque se tem alguns quilos há mais que não se é bonita e que o espelho se deve tornar o nosso pior inimigo. Devemos aprender a gostar de nós como somos e tirar proveito ao máximo do melhor que há em nós.  Todas as mulheres são lindas! A única diferença entre uma e outra mulher reside na atitude e na maneira como se encare a vida. Acredito muito nisso. Vamos ser feliz e interiorizar que somos lindas!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Psicólogos de meia tigela

É impressionante a quantidade de psicólogos que se escondem entre nós. Qualquer um se julga  competente para julgar e interpretar o estado psicológico de outrem. Para manter a educação, por vezes só olho espantada para alguns, o que devem interpretar com uma perturbação psicossocial ou neurótica qualquer. Estou cansada de amigos, colegas, e pessoas que mal me conhecem, me digam o que devo sentir e fazer (e não estou a falar de vós).

Não que queira parecer mal agradecida pelos ricos conselhos que alguns me querem dar mas francamente cansa-me. Quero viver o meu luto a minha maneira, descansar, e tentar aprender a controlar este sufoco. A última gira que tive que ouvir? De uma namorada qualquer, de um amigo qualquer, que mal conheço? «Usar preto já não se usa. É para velhas. E não sei porque usas preto se depois usas as unhas pintadas. Isso é hipocrisia». ??? Não disse nada porque prefiro ignorar. Mas primeiro: quem quer usar negro no processo de luto usa, quem não quer não usa. Sou apologista de que cada um deva viver esta fase como melhor entende, o que difere de pessoa para pessoa. E sou a primeira a lutar contra essas hipocrisias na aldeia. Segundo, a menina não devia saber que por acaso sempre usei muita roupa preta porque adoro contrastá-la com acessórios, vernizes, etc., com cores fortes!

Às vezes, o melhor apoio resume-se ao silêncio,a um abraço, a um olhar. A estar lá. Não é preciso filosofias freudianas. E ninguém reage da mesma forma às circunstâncias da vida. Aprender a não julgar é uma virtude. 


Extâse

Soube-me francamente bem a tarde de frio e chuva de Domingo. Revitalizou-me os sentidos aconchegar-me numa manta com uma óptima companhia literária, enquanto, pelas janelas abertas, podia ouvir a melodia da chuva na calçada e o seu cheiro característico. Com um capuchino como néctar e sem tempo cronometrado. Os pequenos prazeres da vida são os que dão mesmo sentido à vida...

sábado, 2 de outubro de 2010

La compagnie presque parfaite

Digam o que disserem, o Chiado é o local de Lisboa com pessoas mais bem vestidas, mais bonitas*. Respira-se um ar especial, mágico. E então num dia de Outono tão colorido e lumisoso, torna-se um local quase perfeito para deambular pelas ruas sozinha.

O problema, no meu estado, é que chego a pensar que os anti-depressivos me ficariam mais baratos do que as minhas incursões nas lojas de roupa, acessórios e maquilhagem. Malhas, vernizes, botins castanhos com atacadores, gabardina, enfim nada me escapa...

Adoro (nem sempre) ter os meus fins-de-semana a sós. O que não é bem o caso, pois estou acompanhada por um prato de crepes deliciosos com nutella! Alguém é servido? A minha sessão de cinema caseira espera por mim...

* Não interpretam isso demasiado à letra, por favor...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Crise?

Anunciam-se medidas de austeridade? Fala-se da crise?

Então é a altura certa para aproveitar certas promoções e reduções (sim, porque temos que continuar a consumir para ajudar a economia - qualquer dia não sei com que dinheiro, mas pronto). Se alguém estiver interessado em...

- Uma entrada gratuita no Intercasa (FIL) de 02 a 10 de Outubro (válido para 1 pessoa sem reentradas)
- Um vale de desconto de 5€ (em compras superiores a 30€) na Acessorize (válido até 10 de Novembro)

... que se acuse (mandar a morada para o meu e-mail). Estes vales saíram na Activa deste mês, mas penso que só vou aproveitar para fazer uma massagem shiatsu, por isso se puder fazer alguém feliz, que não seja por isso!

O Porquê..

Conhecemo-nos quando tínhamos 16 anos. E fomos crescendo juntos. Apesar de sermos diferentes, complementávamo-nos e o outro abria-nos novos horizontes. Os diversos cenários da vida fizeram-nos mudar claramente: curso, morte, doenças, cohabitação, etc. Mas sempre aprendemos a ultrapassar fases mais difíceis e continuamos a crescer juntos. A entrada dele para uma esquadra normal também o modificou. Para pior. Para algo com o qual não sei se serei capaz de conviver mais tempo. Não sei se quero que um filho seja criado assim. Com ódio, arrogância e discriminação.

Ele é boa pessoa, claro que sim.Mas tornou-se intolerante. Diz que a rua o tornou assim. Por viver de perto dos tumores da sociedade. Ele é tudo pelo qual sempre lutei. Fui criada na escola (França) e em casa por ideiais: a tolerância, o amor pelo próximo, a igualdade. Seria capaz de lutar até à morte por estes ideiais. Quem me conhece sabe que é verdade. E ele tornou-se racista e homofóbico. De tal modo que se torna constrangedor na rua.

Podem dizer-me que não é motivo para tanto, mas para mim é a base, a seiva de qualquer ser humano respeitável. Quem não consegue respeitar um preto só por ser preto, não me consegue respeitar a mim. Se não admito certas coisas à estranhos (porque nunca chegam a ser amigos), como é que posso o admitir a alguém que partilha a mesma cama do que eu? Ele diz-me que tenho que o aceitar como ele é. Que não vai fingir algo que não é. Para além que mudou mais, em pequenas coisas do dia-a-dia que fazem toda a diferença.

Quem demonstrar falta de tolerância para pessoas diferentes é como se me atingissem directamente a mim. Eu sou filha de pais emigrantes. E fui criada em bairros. Eu sofri a discriminação e a prepotência das forças policiais só porque sim. E eu acho que sou alguém decente.

Pode parecer estúpido o que sinto, mas sinto. Sou assim, complicada.