sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Essa moda do Minimalismo


É engraçado ver como o Minimalismo anda na boca do mundo. Toda a gente acordou agora para o consumo consciente. Acho bastante piada porque vejo como os meus pais estiveram à frente do seu tempo: afinal minimalismo não será mais do que um consumo consciente e mais adaptado às reais necessidades e capacidade de cada um?

Não sei mas lá em casa nunca se acumulou tralha (por necessidade ou porque gastar em coisas supérfluas era considerado tolice [afinal o dinheiro sempre custou a ganhar]): a roupa passava dos mais velhos para os mais novos, recuperava-se, dava-se, etc. Comprava-se comida local e da estação (afinal era mais saborosa e barata). Nunca compramos roupas que não eram realmente necessárias: aprendi desde pequena que não precisava de uma mala para cada outfit, de vinte par de calças, etc., e cresci saudável (apesar de algum gozo por parte daquelas que agora alinham tão convictamente no minimalismo). 

Nada contra o "movimento", até porque já é meu modo de vida desde criança, mas acho realmente engraçado como acham que acabaram de descobrir a água no deserto. É tudo uma questão de racionalidade... 

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Cópias ou personalidades únicas?


Por motivos profissionais e porque se tornou a minha rede social preferida, passo mais tempo no instagram... Todos os seres humanos procuram aprovação e inclusão, mas ultimamente vejo que todos se tornam cópias uns dos outros. O conteúdo espontâneo é raro: as poses são idênticas, os lugares, as frases feitas, etc. Ultimamente só me deparo com mulheres de costas voltadas (e quase sempre de chapéu). São fotos lindíssimas sem dúvidas, mas todos os feeds se tornam cópias uns dos outros. E a mim cansa-me. Gosto de pessoas genuínas, que podem ter fotos mais desenquadradas, menos pensadas, mas mais espontâneas e sentidas.

E sim, começo a ter alergia ao "turista smartphone". Esta espécie que chega a um lugar cheio de história, que mal olha para as paredes, que mal prende o tempo de contemplar o ambiente, de viver o momento, mas está logo com o telefone na mão. Só vive os destinos pela objectiva do teu telemóvel. E é capaz de demorar imenso tempo para tirar a fotografia à namorada referida mais acima. O que não deixa espaço nem tempo a quem quer aproveitar o local. No Palácio Dolmabahce vi pessoas a não parar nas diferentes salas, apenas apontavam o telemóvel para cada uma delas, sempre a andar. Gostava de ouvir o relato destas viagens: podem ter fotos maravilhosas mas, para mim, não viveram o local. E depois há aqueles que conseguem fazer sessões fotográficas cheias de poses e sorrisos em cima de monumentos e em locais de culto com grande carga emotiva, como Auschwitz. Chega a ser uma verdadeira falta de respeito!

Somos a geração com mais possibilidades de ver o mundo. Podemos tudo (em relação aos nossos pais, avós, etc.) mas parece que, por sabermos que não há fronteiras/ limites, tudo nos é permitido, tudo nos é devido. Francamente não é assim que quero ensinar o mundo ao meu filho...


terça-feira, 18 de junho de 2019

Séries a não perder

O verão tarda em chegar e os serões ainda se passam muito bem no sofá, frente à televisão. Tenho acompanhado algumas séries e estas têm-se destacado entre as melhores:


Chernobyl 
Eu adoro história e já li alguns livros sobre o acidente nuclear de Chernobyl em 1986. Depois de tanta crítica positiva, comecei a ver a série (vou no segundo episódio, sendo que no total são cinco). E é mesmo excepcional. Muito bem construída e produzida e mostra perfeitamente o pensamento "do partido", completamente assustador. Recomendo!


Karppi
Os nórdicos são óptimos a escrever thrillers sombrios e esta série não fica aquém. Meses depois de ter sofrido uma perda trágica, a detetive Sofia Karppi investiga o homicídio de uma mulher com ligações a uma empresa de construção de Helsínquia. Nada é o que parece. Gostei bastante. 




Sharp Objects
Baseada num livro de Gillian Flynn, a série centra-se na jornalista Camille Preaker que, depois de um internamento hospitalar psiquiátrico, é enviada à sua cidade natal para investigar a morte criminosa de duas crianças. As relações com a mãe são muito difíceis e Camille tem de enfrentar os fantasmas da sua infância. A série prendeu-me até ao fim.

E vocês: recomendam alguma série em particular?

terça-feira, 11 de junho de 2019

Livros a não perder

Já há imenso tempo que não partilho sugestões de leituras. Estes foram os melhores livros que li nos últimos meses! São mesmo muito bons: não podem perder!



O Homem das castanhas
Uma mulher é encontrada brutalmente assassinada e falta-lhe uma das mãos. Junto dela, encontra-se um boneco feito com castanhas. Os responsáveis pela investigação, Naia Thulin e o Mark Hess, que acaba de ser expulso da Europol, suspeitam que este crime possa estar ligado ao desaparecimento da filha da ministra Rosa Hartung, que já tinha sido dado como morta. Mais mulheres são encontradas brutalmente assassinadas, sempre com um homem de castanhas...

Este thriller é do criador da série The Killing. É uma história muito bem construída e estruturada, com personagens bem conseguidas. Um livro viciante até ao fim!


Sob o céu escarlate
Apaixonados por livros históricos da Segunda Guerra Mundial? Vão apaixonar-se por este livro comovente sobre Pino Lella. Adorei este livro! Prendeu-se até à última página.

Pino Lella é um adolescente italiano como qualquer outro que se vê surpreendido pelos bombardeamentos e a Guerra. Os pais do Pino enviam-no para os Alpes onde começa a ajudar judeus a fugir pelas montanhas. Aos 18 anos, é obrigado a alistar-se nas Forças de Guerra Alemã para fugir aos combate no front. O destino torna-o espião. O livro fala-nos de amor, de dignidade, de lealdade, de medo, de desilusão, de coragem, de tantos sentimentos contraditórios de uma forma simples e crua. Leiam este livro.



Pátria
Provavelmente um dos melhores livros que li este ano. Uma escrita simples mas emocionante. Uma construção de personagens cativante. Fala-nos de sentimentos como o amor de mãe, o amor pela pátria, a amizade,... Um livro único que retrata um tema pouco abordado: a ETA e a vida de pessoas comuns neste período histórico que marcou o País Basco. Na capa do livro vem esta referência de Mario Vargos Llosa: «Há muito tempo que não lia um livro tão convincente e tocante, tão inteligentemente concebido.» E francamente resume muito bem o que é este livro

"No dia em que a ETA anuncia o abandono das armas, Bittori dirige-se ao cemitério para, na sepultura do marido, Txato, assassinado pelos terroristas, lhe contar que decidira voltar à casa onde tinham vivido os dois. Mas poderá ela conviver com aqueles que a perseguiram antes e depois do atentado que transtornou a sua vida e a da família? Poderá saber quem foi o encapuzado que num dia chuvoso matou o marido, quando este regressava da sua empresa de transportes? Por mais que chegue às escondidas, a presença de Bittori alterará a falsa tranquilidade da terra, sobretudo a da vizinha Miren, amiga íntima noutros tempos, e mãe de Joxe Mari, um terrorista encarcerado e suspeito dos piores receios de Bittori. O que aconteceu entre essas duas mulheres? O que envenenou a vida dos filhos e dos respetivos maridos, tão unidos no passado?"



A bailarina de Auschwitz
Edith Eger tinha 16 anos quando foi enviada para Auschwitz. Depois de experiências e vivências inimagináveis, Edith foi retirada de uma pilha de corpos moribundos. O livro conta-nos a experiência de Edith do Holocausto e as histórias das pessoas que ajudou quando se tornou psicóloga especialista em tratar traumas. Este não é de todo o relato habitual de sobrevivente. Mas é um livro que nos faz pensar e nos transforma. Li-o numa fase complicada da minha vida e fez-me pensar e ajudou-me imenso para dar a volta e seguir em frente


Boneca de trapos
William Fawkes, é um controverso detetivo mais conhecido por Wolf, que acaba de ser reintegrado no seu posto depois de ter sido suspenso por agressão a um suspeito. Quando um corpo formado pelos membros de 6 vítimas é encontrada, tudo aponta para uma ligação a Wolf.

Que leitura cativante! Suspense e tensão até à última linha....




Um por um / Escultor da morte
Nem vou falar deste livros: são fantásticos. Leiam a série de Chris Carter: são daqueles livros a não perder. E mais avançam melhores os livros se tornam! No Um por um, o homicídio faz-se em direto na internet, em que os espectadores podem escolher a causa da morte ... O escultor da morte centra-se em esculturas bem macabras. Quem não conhece Chris Carter, que vá a correr ler os livros.


A seca
No calor sufocante do deserto, uma pequena vila é abalada por um crime inexplicável. Luke Hadler, filho da terra e amado por todos, matou brutalmente a mulher e o filho, tendo-se suicidado em seguida. Apenas sobreviveu a pequena Charlotte, de 13 meses. Aaron Falk, antigo amigo da família, regressa à terra natal depois de muitos anos e tem algumas dúvidas quanto ao caso e decide investigar. Mas há algo assustador: estas mortes ameaçam desenterrar o velho segredo que ditou o fim da inocência de Aaron e Luke tantos anos antes. Uma atmosfera intensa e vibrante que esconde um mistério surpreendente! Leiam este livro!


Pecados santos
Não é o primeiro livro do autor e os outros livros que li ficaram muito aquém. Mas este vale mesmo a pena! Fala sobre uma série de homicídios nas comunidades judaicas de Londres e Lisboa, todos eles recriando episódios bíblicos, cada vez mais macabros... este romance é mesmo muito bom: tem ritmo e agarra-nos até ao fim.


Não sou um monstro
Imagine uma criança que desaparece sem deixar rasto no meio de um centro comercial. Ana é detective e não consegue esquecer um caso não resolvido de outra criança desaparecida (do mesmo local) que nunca foi encontrada. As personagens são muito bem construídas, e a história surpreende-nos e prende-nos até ao fim. A autora tem uma escrita magistral! Recomendo mesmo!



Não abras os olhos
Uma jovem noiva é decapitada no copo de água. Não há testemunhas, arma do crime ou qualquer pista do assassino...

Este livro foi uma agradável surpresa. Escrita empolgante, cheia de mistérios e enigmas, onde nada é o que parece. Leitura empolgante e muito entusiasmante!

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Bolo de banana e coco


Este é, sem dúvidas, um dos bolos healthy mais saborosos que já testei. Toda a gente adorou a textura e o sabor. E o melhor é que é simples e rápido de confeccionar. Vejam só:


  • 150 gr de farinha (eu usei trigo integral e um pouco de trigo "normal" com fermento)
  • 30 gr de farinha de coco
  • 50 gr de coco ralado
  • 2 ovos
  • 350 gr de leite
  • 25 gr de edulcorante (usei um pacote de açúcar já aberto. Para mim ficou ótimo, mas tenho a noção que para muita gente seja demasiado pouco doce)
  • 2 bananas maduras
  • Fermento q.b
Misturar todos os ingredientes menos as bananas. Numa forma (usei papel vegetal), colocar uma camada de rodela de bananas, colocar a massa e no final cobrir com outra banana cortada às rodelas. Vai ao forno a 180.º durante cerca de 35/40 minutos. Deixem arrefecer e deliciem-se. Não é fácil esperar porque o cheiro que se espalha pela casa é demasiado apelativo. 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Voltei


Voltei a terras lusas (depois de uma viagem de regresso bem atribulada patrocinada pela TAP) mas têm sido dias muito agitados. A viagem correu lindamente: apaixonei-me por Budapeste pela arquitectura, pela beleza da cidade, pela história, pela simpatia das suas gentes, a sua gastronomia, a animação constante e pelos seus Banhos. Praga conquistou-me: a cidade medieval está muito bem preservada, tem um ambiente único: perdemos-nos a percorrer as suas ruas. Mas tem muitos turistas e a simpatia dos checos deixa imenso a desejar. 

Estes dias foram dedicados a celebrar o sexto aniversário do Simão, na escola e com amigos no sábado no Rodinhas Park (serviço 5 estrelas). Esta semana festejamos o aniversário do mais velho e para a semana o nosso casamento. A carga de trabalhos também me tem deixado muito atarefada: só a semana passada fui a Coimbra e a Faro. Por isso, parece-me que a minha assiduidade aqui vai ficar comprometida. Mas mantenho-me activa no Facebook 

quinta-feira, 24 de maio de 2018

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Bolo de Banana e Manteiga de Amendoim



Admito que não foi das receitas que mais me cativou, mas achei-a saborosa. Além disso, achei-o demasiado doce. E prefiro bolos com texturas diferentes. Não o chamaria de "bolo" mas sim de "queijada". Mas lá em casa gostaram muito. Fica a receita para quem quiser testar:


  • 2 bananas maduras
  • 1 ovo
  • 2 colheres de sopa de leite
  • 40gr de Maple Syrup Zero (ou mel/ agave) - eu usei o Maple Syrup e achei 40gr demais. Reduziria a quantidade 
  • 35gr de manteiga de amendoim
  • 40gr de farinha de aveia integral (podem usar de sabor manteiga de amendoim se tiverem) 
  • Fermento em pó qb
É só colocar todos os ingredientes na liquidificadora ou na Bimby e triturar. Verter a massa numa forma de silicone e cozer a 180ºC cerca de 30 minutos (fazer o teste do Palito). Frio sabe melhor. 

Boa semana!

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Combater a barriga saliente através da postura




A nossa postura influencia, e muito, a nossa barriga, isto é, se parece mais ou menos lisa. Experimentem de perfil frente ao espelho tirarem a camisola e manter a coluna direita. Vêem diferenças? 


Tenho um desvio na coluna que se acentuou com a gravidez. Desde sempre que tenho uma má postura (com a coluna curvada para a frente). Se sempre afectou a questão estética, com a idade também tem tido um impacto negativo no meu bem-estar. Estou seriamente a ponderar o ioga e Pilates que fortalece todo o corpo, nomeadamente costas, coluna e abdómen. Estou já a tentar alterar a postura de forma natural, pois uma boa postura favorece o trabalho dos músculos da coluna e os abdominais também actuam de forma mais eficiente. Uma postura correcta permite que todos os músculos sejam naturalmente fortalecidos, melhorando o seu tónus, diminuindo a flacidez e evitando a barriga saliente. 

É verdade que se tivermos um excesso de peso considerável, a postura não fará desaparecer a "barriguinha", mas acreditem que faz diferença nos outros casos. 

É importante ao sentar (eu passo o dia ao computador) encostar totalmente as costas à cadeira e apoiar os pés no chão, não cruzando as pernas nem deixar as pernas penduradas. Ao andar, é importante posicionar os ombros para trás de forma a ficar erecto. 

Custa mudar hábitos tão enraizados, mas vai valer a pena. 







quarta-feira, 16 de maio de 2018

Panquecas com manteiga de amendoim


Adoro panquecas e waffles porque conseguimos moldá-las aos nossos desejos: temos uma receita básica (esta) e basta acrescentar um ingrediente diferente para obter um resultado original e variar o pequeno-almoço. Por exemplo, tentem acrescentar um pouco de manteiga de amendoim à massa das panquecas e fica delicioso! A própria panqueca fica com um sabor totalmente diferente e agradável. Adoro!

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Um, dó, li, tá, | M.J. Arlidge



Este é o primeiro livro da série de Helen Grace (infelizmente - porque odeio não ler a série pela ordem certa - já li outros antes) e já sabia que não me iria desiludir. A capa é fantástica e a história também, bem ao estilo dos filmes SAW. Imaginem dois reféns. Uma bala. Uma decisão difícil: matar ou viver? 

Há alguém a raptar pares de pessoas que depois são encarceradas e confrontadas com uma escolha: morrer ou matar. Helen Grace é a inspectora encarregada do caso, mas percebemos logo que tem um passado negro e secreto. Nestas páginas percebemos a nossa natureza animal, e até onde o nosso instinto de sobrevivência nos pode levar a fazer coisas impensáveis. As personagens estão muito bem caracterizadas, o medo bem retratado, os capítulos curtos dão ritmo e não conseguimos parar de ler. Recomendo mesmo!