Há dias que ficam marcados no mais profundo de nós: marcam a nossa pele, porque nunca mais sentiremos o mundo da mesma forma, marcam-nos o olhar porque nunca mais olharemos a vida do mesmo ângulo, marcam-nos os pensamentos porque mudam a nossa essência, enfim marcam-nos dolorosamente porque a partir daquele dia nunca mais seremos os mesmos.
Há 13 anos atrás, este dia 31 de agosto foi fatídico. Tornei-me outra, abruptamente. O meu maior arrependimento foi nunca lhe ter dito «amo-te». O meu maior medo é voltar a errar. Apesar de as obrigações diárias serem um remoinho que afunde os vossos valores e prioridades, tenho tentado lutado contra isso. Tenho dado importância ao importante (O L., os meus pais, família mais chegada, amigos, saúde e felicidade) e faço com que tenha com eles momentos de qualidade e felizes.
Porque amanhã a nossa vida pode estar virada de cabeça para baixo. E apesar dos anos passarem, a dor, ela, não se atenua. Eu e tu, nunca mais estaremos juntos mas alegra-me saber que aproveitas-te ao máximo a tua curta vida.
Nunca é demais repeti-lo mas acho que desnecessário porque os seres humanos, mesmo sabendo os riscos, só dão valor e compreendem a verdade quando já é tarde de mais. Quem me dera haver marcha-atrás mas não há. Por isso, e tu já dissestes «amo-te» hoje??