quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Dos beijos na boca
Enquanto mãe, não gosto de teorias, nem de seguir gurus, livros e instruções. Deixo-me levar literalmente pelos acontecimentos. Não sou rígida nem de ideias fixas.
Nunca gostei muito de ver pais e filhos darem beijos na boca. Sabem como é: teorias pré-maternidade. Por isso, nunca promovi esse hábito. No entanto, há um tempo, o Simão em determinadas ocasiões, gosta de me dar beijos na boca (normalmente em momentos de maior carinho). Decidi não o recalcar: se ele se sente bem assim a dar estas demonstrações de carinho, por mim tudo bem. Nunca sou eu a dar o primeiro passo, mas quando ele quer dar, aceito e retribuo de bom grado. A minha teoria é promover o bem-estar dele, independentemente do que dizem os outros ou a sociedade.
E não me venham com questões de higiene. Quando as mesmas pessoas que criticam beijos na boca, são aquelas que quando a chucha caía ao chão, a punham à boca antes de a dar novamente à cria.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Sugestões - onde ir
Eu sou bom garfo e pronto. Em 2015, já tenho alguns restaurantes que quero muito conhecer, para além de um em Arruda dos Vinhos (daqueles bem tradicionais) que me disseram que é fantástico:
- Pigmeu dedica-se a petiscos de porco.Abriu este mês, e apresenta várias sugestões: salada de orelha, pézinhos à coentrada, e um hamburguer de bolota para os vegetarianos. Para quem ficou curioso, fica em Campo de Ourique.
- The Smokery no Oeiras Parque. É churasco à moda sul americana, em que a carne é assada de forma muito lenta, num ambiente de fumo controlado, que dá à carne um sabor e textura especial. A ementa propõe asas de frango, salmão, peito de vaca e pá de porco
- L´Éclair já não precisa de apresentação. No Saldanha, podemos degustar os éclairs à la française, com imensos sabores à escolha, desde os mais tradicionais aos mais ousados. O mais chato é que me fica mesmo fora de mão, e vou adiando a minha ida lá.
- Moules & Co. Já estive para lá ir imensas vezes. Sou uma grande fã de mexilhão, e cozinho-os muito bem. Por isso, por uma lado, queria muito ir experimentar estes mas por outro lado, tenho medo de arriscar e de ficar muito desiludida.
- O Madeirense. Posso orgulhar-me de conhecer bastante recantos em Portugal. Quando viajo, gosto de experimentar pratos locais. Eu sei que sou suspeita, mas no Continente, é no Norte que se come melhor, e quando falo do Norte, falo de trás-os-montes e da zona do Porto. Mas nunca comi tão bem como na Madeira. Comida saborosa e autêntica. Por isso tenho curiosidade de conhecer este restaurante.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Do Natal
O Natal correu lindamente. Há anos que não passava o Natal em família e senti-me em plenitude e muito feliz. Conversámos muito, relembrámos momentos, rimo-nos muito. O Simão foi o rei da noite, com todas as atenções centradas nele (ele era a única criança presente). Ele delirou com o pai natal. Nunca quis aproximar-se dele nos centros comerciais, mas na consoada, foi abrir-lhe a porta, deu-lhe a mão, deu-lhe beijinhos e tudo. Os olhos dele a brilhar com a excitação, com a magia do que estava a acontecer, de ver tantos presentes para ele. Foi mágico, mesmo.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Acontecimentos do ano
Este ano, vários acontecimentos marcaram o mundo. A morte de Eusébio e de Gabriel Garcia Márquez, o desaparecimento de um avião da Malaysia Airlines, a beatificação do João Paulo II, Filipe VI assume o trono de Espanha, outro avião da Malaysia Airlines é abatido, o BES torna-se Novo Banco, a epidemia de Ébola, o surto de legionela, os constantes conflitos no Médio Oriente, a prisão de José Sócrates, o Costa que ganha as primárias do PS, Malala Yousafzai é prémio Nobel da Paz, ...
O meu ano foi pacífico. Quando vivemos anos de grande aflição, damos tanto valor a periódos calmos, sem surpresas e principalemente sem novidades no plano da saúde. Em 2014, despedi-me. Chorei muito por deixar para trás certas pessoas e certos projectos. Lutei para receber o que me deviam. Comecei um novo projecto onde tive muito trabalho. Aproveitei ao máximo o meu filho. Viajei, gozei ao máximo o verão. Cortei relações definitivas com uma das minhas irmãs. Mas parece que reencontrei outra.
Para 2015, tenho várias planos (para além de querem muito reconstruir o meu casal):
- Renovar a minha casa. Depois dos primeiros anos da mini-tempestada chamada Simão, preciso mesmo de renovar os espaços.
- Namorar mais e conseguir conciliar melhor todos os meus papéis.
- Fazer finalmente os meus álbuns de fotografias.
- Trocar de casa seria ainda mais agradável. Sinto necessidade de me mudar para uma moradia.
- Adotar um animal de estimação.
- Comprar um twingo.
- Fazer uma viagem ao estrangeiro e algumas escapadelas no nosso país
- Tratar de algumas questões de saúde
- Tratar mais de mim
- Ler mais
- Ser Feliz!
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Divagações de mãe
Quando olho para o Simão, já não vejo nenhum bebé frágil. Vejo já um menino crescido, com vontade e feitio próprio. Sinto sempre uma pontada de nostalgia pelo tempo que passou tão rápido, mas só uma pequeno pontada, porque o que sinto é felicidade. Sou tão feliz por este caminho que temos vindo a percorrer. Estamos juntos a aprender a vida. E eu (re)vivo a vida, através das suas novas descobertas. Voltei a entrar num mundo de fantasia. A rir-me de parvoíces que só podem sair da boca de uma criança, mas que fazem tanto sentido. Ele faz-me renascer todos os dias que passam.
Nesta altura do ano, é altura de desejos e eu só peço saúde e muitos anos para o ver crescer e se tornar num homem de verdade. A felicidade é tão simples, tão acessível. Só espero que 2015 seja brando, que a minha relação conjugal ganhe cada vez mais estabilidade e que sejamos muito felizes.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Da escola
Ontem estava a jantar em tête-à-tête com o mais pequeno quando ele junta as mãos e começa a rezar.
Pelos vistos foi na escola que lhe ensinaram. Eu sou católica e até batizei o Simão. Mas antes de mais acredito num Estado laico. Nomeadamente na laicidade da escola. Até porque não escolhi nenhuma instituição privada ou ligada a nenhuma ordem religiosa.
Pode parecer estúpido mas não apreciei a atitude. Afinal nunca ninguém me perguntou qual era a orientação religiosa da nossa família. Quem é que lhes disse que o Simão deveria ser criado com normas cristãs? Não gostei da atitude. Pode parecer picuinhice mas sou apologista e defensora da liberdade de escolha e de nenhuma imposição moral, seja em termos sociais, sexuais, religiosos e afins.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
A minha mãe tornou-se uma pessoa que não reconheço. A vida também me mudou e tornou-me mais intolerante a certas atitudes. A quem diga que devo perceber que a idade e a solidão são as principais culpadas. Mas não consigo. Uma pessoa que tem sempre a porta aberta da casos das 3 filhass e da nora, que é sempre bem recebida, alguém que só tem de decidir se faz isto ou aquilo. Uma pessoa que não tem problemas monetários e que vive quase como uma pedinte. Magoa. Custa. Mas ela não aceita opiniões, não aceita ajuda. Uma pessoa que fica chateada quando recebe visitas mas se queixa que passa a vida sozinha.
Uma pessoa que sabe o quanto a ausência do meu pai dói nestas datas. O quanto ele ficaria feliz de nos ver reunidas depois de mais de 10 anos separadas e que me responde com desdém "só tenho pedido a Deus que me leve antes do Natal para não ter preocupações de escolher onde o passar". Quando esta pessoa é a nossa mãe. Uma pessoa que sempre foi diferente, que apoiou, que acarinhou. Custa, custa muito.
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