segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ditadura moderna


Domingo, seis amigas à volta de um lanche e a conversa vai sempre parar à mesma conversa: a maternidade. É estranho como as mulheres lutaram durante séculos pela sua emancipação, e continuam a brandir a bandeira da maternidade como única via de realização feminina. Para mim esta é verdadeira nova ditadura moderna, com todas as contradições inerentes. Ninguém percebe que a N. não quer pura e simplesmente ter filhos.É feliz com o trabalho, os seus gatos e com as suas relações amorosas. E as primeiras a criticar são as próprias mulheres. Porque só se é mulher quando se pare. É incrível ouvir isso da boca de mulheres modernas.Não serão as mulheres as mais machistas ao considerarem que só se assumem como mulheres quando parem?

Algumas vão ao limite de dizer que só se é mãe quando se pare... com dores! Porque quem tem os filhos por cesariana ou com epidural, não é tão mãe. Eu só me posso rir de tamanha estupidez. Indepentemente do rumo que a minha vida levar, desde cedo disse que o meu sonho era adoptar. Sempre foi esse o meu sonho, porque o amor é dar uma possibilidade a uma criança de ser feliz. Porque ser mãe é dar amor. E o amor não nasce de um parto. Nasce do coração, de gestos, de tempo de qualidade que se passe com a criança, etc. Sei que junto de certas Mulheres, nunca serei tão mãe como elas. Porque quem adopta nunca é mãe...

Quem critica o facto de eu ter esperado demasiado, não me arrependo. Porque para mim ser mulher vai além da maternidade. O meu objectivo era aproveitar o meu marido, namorar e aproveitar alguns anos só a dois. Porque somos feliz a dois. De qualquer forma, não me arrependo, porque a vida é incerta. Nunca sabemos o que nos reserva. E ainda bem, porque se tivessemos uma visão a longo prazo dos tormentos ou das grandes felicidades que nos esperam, enlouqueceríamos. O facto do futuro ser incerto não é algo ruim, é uma bênção. Apesar de na hora de tomar decisões, tudo se tornar mais difícil, porque só saberemos depois se é a decisão certa ou errada...

13 comentários:

Vera disse...

Deves saber da minha saga para engravidar...mas jamais acharei que ser apenas é mae quem engravida e gera o seu próprio filho no ventre...A adopção para mim é o meior acto de amor e altruísmo que alguma vez vi. Aqui ao meu lado no trabalho há uma mãe adoptante e eu já lhe disse que esse acto foi a maoir prova de amor que alguma vez eu pensei existir. Muito mais que gerar ou parir...Beijinhos

Unknown disse...

Ser mãe é acima de tudo amar incondicionalmente e não é preciso parir um filho para isso...quantas mulheres parem e depois não amam os filhos?? Adoptar é um acto de amor, de altruísmo. E quem decide que o seu caminho não passa pela maternidade não tem de ser criticada, não estamos na Idade Média! A maternidade deve ser uma escolha, algo que o casal tem de pensar muito bem porque a vida muda bastante depois de se ter filhos. Eu sempre quis ser mãe, não trocava essa experiência por qualquer outra, mas cada mulher tem toda a legitimidade para escolher o seu caminho. bj:)

Pistaxa disse...

Eu nestas coisas para mim é tudo muito simples, quem quer ter filhos que os tenha, quem estiver bem com a vida que tem e escolher não os ter, que não os tenha.Um filho é para se amar, seja ele adoptado seja ele vindo de nós, por isso quem não tem essa vontade, acho que deve estar como está.
As pessoas queixam-se da sociedade ser discriminativa, mas somos nós as que mais apontamos os dedos nestas questões.
As mãe acham-se na obrigação de todas as outras á sua volta o sejam, eu só não sei é bem com que intenções.Eu acho que todas se invejam um bocadinho umas ás outras.

Beijinhossssssss*

Tsuri disse...

Eu acho um absurdo todos essas ideias extremistas no que toca ao assunto da maternidade. Quero muito ser mãe, seja de forma biológica ou através da adopção. Quem sabe até das 2 formas. Ser mãe é amar, é cuidar...

beijinhos

Lili disse...

Segundo essas mentes inteligentes uma pessoa que tem um filho por parto normal (com dores) e a seguir o deixa ser violado pelo pai, ou pelo tio ou lá por quem seja, é mais mãe do que aquela que o teve por cesariana ou adopção e faz tudo para que o filho seja feliz.
Ele há coisas do caraças!
Ideias extremistas não são boas em nada.

Saltos Altos Vermelhos disse...

É do mais parvo que existe essa forma de extremismo! Não é criticável quem não quer e muito menos como se tem os filhos! Parvoíce.

Lux disse...

Sei exactamente do que falas...
Tenho quase 31 anos, não tenho filhos, e ouço esse tipo de comentários do séc. passado muitas vezes, por parte das minhas colegas de trabalho...
mas eu é que sei o rumo que quero dar à minha vida...
Mais ninguém...

xoxo
Lux

C*inderela disse...

ser mãe é daquelas coisas que ainda não está nos meus planos nem sei quando estará!
e penso como tu, mãe é quem educa e dá amor.

bjokas

anf disse...

Que forma depensar retrogada, espero que ser mãe seja muito mais que parir uma criança,
Que não quer ter filhos por opção não deve ser criticado, são opções cada um sabe de si,
bjo

Anónimo disse...

Pessoalmente, sempre quis ter filhos, e espero poder tê-los cedo. Mas isso é uma escolha, as pessoas são diferentes e têm objectivos/prioridades diferentes. Se uma mulher não quer ter filhos, é lá com ela. Não posso dizer que compreendo, mas aceito, tal como todos deviamos aceitar.

*Lili* disse...

Sem dúvida Lux! Concordo contigo, mas quanto a ter um filho muito tarde eu já fico reticente porque é uma questão de saúde nossa... No entanto não critico nenhuma das vertentes, parto ceseriana, ou adopçao ou seja lá o como for. A minha mãe foi ceseriana e nunca na minha vida queria o amor de outra mãe se não a minha. Ela ama-me quer a mim quer a minha irmã de uma tal forma que nem sei como retribuir... Eis mais uma vez, ceseriana ou não, tudo parte do coração! :)

PS: Visita-me por favor ^-^ http://realdreams-liliana.blogspot.com/ Obrigada :*

madeMOIselle disse...

Olá menina,



As sabrinas e o resto --> H&M

Vai lá e dá-te um miminho :)

Paula disse...

Ser mãe não é só parir, é dar amor, Quantas mães parem e nao querem saber dos filhos e quantas maês adoptam e dão tanto mas tanto amor aos seus filhos.por isso eu digo ser mãe é dar amor e nao parir.