sexta-feira, 25 de março de 2011

Uma questão de cromossomas


Quando era jovem, apreciava os grupos de meninas no recreio pela heterogeneidade que existia. Havia as betinhas, com as suas roupas bonitas, havia as maria-rapazes, sempre de fato de treino a jogar a bola com os rapazes, havia as étnicas, que assumiam em pleno as suas origens tribais, sem esquecer as punks, os góticos, etc. Hoje, quando passo à porta de um liceu, entristece-me um pouco ver que, salvo raras excepções, as meninas se tornaram todas iguais, com o mesmo estilo, diluíram-se na massa para melhor se integrar...

Mas há pelo menos dois aspectos em que todas as mulheres são iguais. São duas atitudes inscritas nos nossos genes há centenas de anos....

Para uma mulher, ela está sempre gorda. Sempre. Pode estar quase pele e ossos, mas há sempre um dia em que pega no bocado de chicha que está a mais e se olha ao espelho como se aquilo marcasse o fim da sua vida. Não há uma mulher que seja que não se tenha já queixado do quilo a mais (ou gramas) ou da celulite (minúscula). Assumir perante os outros que estamos gordas, deve fazer parte se algum modelo de inserção na classe. Todas já estão a abanar a cabeça a pensar: «mas preciso mesmo de perder peso, estou tão gorda». Mas pense na sua amiga que também se queixa do mesmo e pensará «ela está perfeita, não tem nada quilos a mais». E acho que as mulheres dão mais importância aos quilos que os homens. Eles costumam ser unânimes: gostam de curvas e de onde se agarrar...

Outra frase recorrente no mundo feminino é «não tenho nada para vestir». O problema é que isso significa que temos o roupeiro cheio de roupa, a transbordar por todo o lado, sem espaço para mais nenhum trapinho. A Pipoca mais Doce dizia em tempos, que esta é uma maneira subjectiva de desculpar as nossas compras constantes. Os homens dizem-nos «mas não comprastes a semana passada uma saia da mesma cor roxa?», «não era violeta e esta é berinjela!». Precisamos sempre de mais um sapato, uma mala ou um acessório para combinar. E compramo-los. Mas nunca temos nada para vestir. Falta sempre qualquer coisa. Esta é a busca incessante do Santo Graal moderno: a busca do roupeiro perfeito...

A mulher que nunca tenha proferido as frases «estou gorda» ou «não tenho para vestir», ganha um prémio surpresa!... a de pinóquio mais sexy...

8 comentários:

Lili disse...

Eu nunca disse tais coisas!!

Só digo que estou feita uma bola =P
E quando ao não ter nada para vestir chego-me ao roupeiro e digo: #@&$YWQAYWS@, &%$%UUQW@KJWWE, M$?D@! A seguir vou-me embora espairecer.

Carla disse...

Não costumo vir aqui muito, mas acho que vou mudar.
Ler o que escreves-te aqui, foi como me ver ao espelho :D

Realmente, "MULHER" é um ser dificil de explicar :) só mesmo nós para nos entendermos.

Tany disse...

As mulheres são únicas mesmo, no fundo todas iguais, só os pormenores é que mudam :)

Pistaxa disse...

Eu sou +- como a lillipops nesses 2 aspectos LOL

Mas o que eu gostei mais foi do teu primeiro parágrafo.Qd passo na minha antiga escola penso exactamente o mesmo.
Vou gamar-te este bocadinho mas ponho lá o teu nome claro =)

Beijinhossss

Panda disse...

Acho que ainda se encontram grupinhos nas escolas, há mais emo's e tal...
Nunca fui muito de comprar trapos (muito menos sapatos) mas essa do estou gorda apanha-me, eh eh

Anabela Conceição disse...

Eu juro que nunca disse que estava gorda, alias, até já andei num nutriconista para aumentar o peso. Agora descobri umas vitaminas óptimas e finalmente consegui obter o peso ideal.
Em relação ao não ter nada para vestir, acontece-me quase todos os dias de manhã :)))
Acho que mereço meio premio.
Bjs e Bom Fim de Semana

Sexy na Cidade disse...

a quantidade de vezes que olho para o closet cheio e digo essa frase feita "nao tenho nada para vestir".
Ha dias e dias...mas o mais certo era poder comprar tudo e mais alguma coisa até rebentar pelas costuras!

Maria

Anónimo disse...

Verdade, verdadinha!

Parabéns pelo blog! Já me tornei tua seguidora.

http://checkinmyideas.blogspot.com/