sexta-feira, 18 de junho de 2010

Todos temos um passado


Com o passar dos anos, conheço cada vez mais divorciados. Pessoas que já passam dos trinta, que têm uma maturidade advinda de uma maior vivência (ou deveriam) e muitas vezes, para além das mágoas herdadas de um casamento falhado, também têm filhos.

São mulheres que sofrem muito porque, com o divórcio, o pai se afasta cada vez mais, até mal ver o filho. E a criança sofre porque o pai não está presente e sofre devido ao sentimento de abandono. São mães que fazem de tudo para ser mãe e pai em simultâneo, porque este refez a vida e esqueceu-se do filho do primeiro casamento.

O que me choca nisso tudo? É quando esta mesma mãe refaz também a sua vida. E quando a refaz com um homem divorciado que também tem um filho de outra relação. E que esta mesma mãe faz com que o seu novo companheiro se afasta do seu primeiro filho, que o obriga a escolher. Se esta mulher viu sofrer o seu filho devido ao abandono do pai, como é possível depois incentivar que outra criança passe pelo mesmo! A memória é assim tão curta? Será falta de confiança na relação? Uma mulher que já passou por tudo isto, não deveria antes incentivar o pai, (mesmo tendo ele uma nova família) a nunca esquecer o primeiro filho e a tentar passar tempo com ele? E já nem estou a falar de questões monetárias!

As crianças é que não tendo culpa nenhuma, são sempre quem sofrem mais. Por isso, neste momento há uma amiga tremendamente chateada comigo porque eu não apoio as pressões que está a exercer no parceiro. Porque não posso ser cúmplice disto, porque a minha boca grande diz sempre o que pensa...

13 comentários:

Recriar disse...

Infelizmente temos sempre tendência a só nos lembrarmos do que convém... É pena.

Bailarina disse...

As verdades são sempre duras de ouvir... Pena é que as crianças, são sempre as que mais sofrem!!
Bjinho*

Moi disse...

Nestas situações são sempre as crianças que mais sofrem, com o egoismo humanao!

Beijo
Angel

Gelatina de morango disse...

Eu sei que não se deve dizer nunca mas não me consigo imaginar a fazer tal coisa.
Mas se me fizessem essa pressão a mim acho que a conclusão a que chegaria era que essa pessoa não merecia verdadeiramente o meu amor.
Porque amar é querer ver a outra pessoa feliz, não é pensar só na satisfação dos nossos caprichos!

Anónimo disse...

Concordo plenamente contigo. Para mim é insegurança... e uma grande necessidade de "exclusividade". O facto de o companheiro actual se dar bem com a ex-mulher gera em muitas pessoas ciúmes e falta de confiança.

Claro que nenhum de nós pode dizer: se fosse comigo nunca faria tal coisa... a vida muitas vezes trata de nos contradizer. Mas acho que fizeste bem em dizer o que pensas porque é bom as pessoas verem que não estão a agir bem. Se não aceitam, isso já é problema delas.

Bjos

Goma disse...

Dizes porque és a miga dela...e fazes muito bem :)

Clara disse...

O que me entristece são essas amigas pensarem que nós somos as más da fita só pelo facto de não as conseguirmos apoiar nesses esquemas... mais tarde tornar-se-ão agradecidas, mas pode ser tarde demais!!! Continua assim, acho que estás a actuar bem.

Rute disse...

A tua "boca grande" tem toda a razão, só demonstra a tua verdadeira amizade, eu prefiro ter amigas assim.

Olhos Dourados disse...

Realmente tens razão!

Loira disse...

Uma mulher que age dessa forma, egoísta, mimada, desequilibrada e até desumana, não pode ser uma boa mãe.

Acredita, que se fosse uma amiga minha, eu aconselhava-a marcar consulta com um psiquiatra, para ontem!
Mesmo que ela nunca mais me falasse.

Se o fizesse, todavia não acho que me fosse ressentir muito, afinal de pessoas desequilibradas o que mais quero é distância!

Bjinhos querida :)

Loira disse...

Dina, peço-te desculpa pela sinceridade, mas sendo este um assunto que toca no meu ponto fraco, que são as crianças, não consigo ser branda!

Bjinhosss

Dina disse...

A questão é que se se tratasse de uma miúda de 20 anos que nunca tivesse sido casada, nem que tivesse filhos ainda podia dar um desconta pela falta de auto-estima. Mas assim, não tem perdão.

Leana:Não tens nada que pedir desculpa porque eu sinto o mesmo que tu! É cá uma revolta no estômago. E para ela, ainda sou eu a cabra nisso tudo...

Pauluxa disse...

Olá,
Desde já os meus parabéns pelo teu blogue, descobri por acaso e fiquei fã, tudo o que aqui mencionaste nesta postagem está certo 100% e falo porque sei bem o que é o sentimento de ver os nossos filhos sofrerem e nós mães a tentarmos fazer os dois papeis ao mesmo tempo, e sentimos que tudo o que fazemos não chega, também eu reorganizei a minha vida com um homem divorciado que tem uma filha, fui eu que sempre insisti que ele tem de ir buscar a filha mais vezes, traze-la para ao pé de nós passar férias, fins de semana e partilhar as nossas vidas, pois antes de eu existir na vida do pai ela já existia, só tenho pena que o meu ex se tenha esquecido que tem 2 filhos maravilhosos e fantásticos. Parabéns mais uma vez pelo blogue, já me tornei tua seguidora.
Beijinhos