segunda-feira, 16 de abril de 2018

Apagar Estocolmo | Jens Lapidus


Este é um daqueles livros que me deixam sem saber o que sinto em relação a todas as páginas que li.

O início deixa-nos cheios de expectativas: quando o alarme de uma casa dispara em Värmdö, perto de Estocolmo, um guarda chega ao local para perceber se foi falso alarme. Mas encontra um corpo brutalmente assassinado, irreconhecível. Ao sair disparado da cena do crime, encontra um jovem inconsciente num carro, que será considerado o principal suspeito. Entra em cena Emelie Jansson, uma jovem advogada comercial que vai assumir este caso contra a vontade do seu chefe. Conta com a ajuda de Teddy, um ex-presidiário que trabalha agora para a firma de advogados e que se vê envolvido no caso de homicídio pelo seu passado. 

Se o início é bombástico, o restante decorre num ritmo mais tranquilo. Não é que seja aborrecido,  longe disso, mas é um relato calmo, sem grandes sobressaltos e apenas alguma tensão. O crescimento da personagem de Emelie também me deixa algumas (grandes) dúvidas. O autor referiu em algumas entrevistas que queria escrever um "anti-policial sueco", e realmente conseguiu um estilo próprio, que não me cativou de forma extraordinária. 

O livro fala-nos do submundo do crime organizado, da máfia jugoslava, do tráfico, dos gangs, mas também de crimes financeiros.  Mas francamente estava a espera de mais deste livro. Faltou ali qualquer coisa. 

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