«Havia um judeu que ao longo de toda a sua vida, não cometeu um único pecado, morre de morte natural. Imediatamente chega ao Paraíso. É recebido por Deus, que o instala à sua direita e cobre-o de honras, felicitando-o por se ter comportado a vida inteira como um bom judeu e, sobretudo, como um bom homem. Mas o velho judeu parece triste e nada consegue animá-lo. E pergunta-lhe "Que se passa? Pareces preocupado. Eu sou o teu Deus Eterno, deves contar-me tudo." Mas o velho judeu abana a cabeça. É evidente que ele não pretende falar. Deus aborrece-se e insiste: "Terás de dizer-me o que se passa contigo! Eu sou teu Deus e tudo consigo solucionar."
Quem pode resistir a Deus? Então, o velho judeu disse "Escuta, Eterno, eu não tive coragem de te dizer, mas tenho um filho, um filho único que tentei criar como um verdadeiro judeu. Mas de nada serviu. Ele não me acompanhou na minha fé... e converteu-se"
Então, Deus dá uma gargalhada, uma gargalhada que ressoa pelos quatro cantos do universo. Depois olha para o velho judeu com ternura e compaixão. "Asseguro-te que não é grave. Terás de perdoá-lo... O meu filho também se converteu!".
O velho ganha coragem e pergunta: "E qual foi a Tua reacção? Qual foi o Seu castigo?" E Deus responde-lhe: "Oh! Muito simples: Fiz um Novo Testamento!". »
Em Os meninos que enganavam os nazis | Joseph Joffo
4 comentários:
Muito bom, muito bom! Aahahah
Um livro da minha infancia, tb o deves ter lido adolescente Dina.
Mas o título em português parece-me tão estranho...
Monika Kardoso: por acaso não tinha lido. Só o li há poucos dias...
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