segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Coup de blues


Após um sábado fantástico de sábado, não pensaria que uma simples ida ao Toysarus pudesse me perturbar tanto. Estar ali a comprar prendas para as crianças da família e pensar que poderei nunca percorrer aqueles corredores para os meus filhos. Gestos banais que deixam um gosto amargo. Às vezes gostava que ele percebesse a minha dor sem ter que lhe explicar por palavras...

Hoje estou como o tempo, negra, inconstante e chuvosa. Não pensei que estes dias doessem mais que os restantes do ano. Mas estava enganada. Penso que há um ano, esta foi a última semana que partilhei com a pessoa que mais amei. Destrói-me a alma. Lembro-me, enfim, sinto em cada poro da minha pele as sensações que estavam adormecidas há um ano. Revivo aqueles dias, em que morreu cada dia um pouco mais até o suspiro final. Aquele sentimento de impotância perante o desepero da dor. Aquele dia em que nos pedistes um último abraço porque amanhã já não irias poder, quando foi realmente o último abraço consciente. E aquela despedida: ainda hoje não consinto que ninguém me aperta a mão daquela forma. Gostava de dizer que sinto um vazio em mim, mas isso seria mentir. Vazio nunca sentimos. Na doença sentimos raiva e impotência. Na morte sentimos uma dor física que preenche a ausência de quem amamos.

Estou um verdadeiro farrapo. São dias complicados. E surgem hoje problemas no trabalho, em que não tenho paciência de aturar birras de patrões. Se um dia tiver que dizer tudo o que me vai na alma, sem ter medo do dia seguinte, esta semana vai ser o dia.

16 comentários:

Vera disse...

Abracinho apertado! Beijinho grande!

teardrop disse...

Querida Sina,
Hoje a minha alma também se encontra como o dia. Por isso ao ler o que escreveste fiquei triste... A vida consegue ser muito injusta! Não ligues às birras no trabalho, passa por cima, tenta ter calma. Espero que consigas passar um resto de dia com uma maior paz.
Beijinhos grandes

Anónimo disse...

A dor nunca desaparece completamente mas posso dizer-te que com o tempo doi menos, embora possa parecer dificil de acreditar. E as lembranças/memórias passam a ser dos bons momentos e sabem como um suave abraço.
Um beijo grande e força.

Li disse...

Não imagino a dor e nem as palavras servem de muito... mas desejo acima de tudo que tenhas a força para enfrentar um dia de cada vez...

Miss L. disse...

Força minha linda!

Beijão grande!

Lux disse...

Querida, palavras leva-as o vento, mas acredita que com o tempo tudo vai desvanecendo... Até a dor!
Um grande beijinho e tenta ter calma e ver algo de positivo na vida.
De certo que o tens!

xoxo
Lux

Agridoce disse...

Resta-me deixar-te um grande abraço! Força!

Me disse...

Um beijo muito muito muito grande!

Isa disse...

Dina

Muita muita força. Esses dias são muito dificeis de ultrapassar... A dor vai estar sempre lá, pode é ir sendo mais fácil de suportar à medida que o tempo passa...

Quanto á dor de não saberes se vais ou não ter filhos, também eu a partilho... a duvida constante que por vezes tanto magoa... Mas até essa dor melhora (isso garanto-te eu que a vivo em primeira mão...).
Se precisares de algo, aqui estarei...

Beijinhos muito grandes

Anónimo disse...

um beijo grande de ânimo! Força!

Anabela Conceição disse...

Um beijinho muito grande. Força...

Anónimo disse...

Um beijinho mto mto grande! Muita força! O futuro ainda te vai presentear com muitas alegrias! Tem fé! Continua essa guerreira que sempre foste e que és!

Bomboca do Amor disse...

Força minha querida. Muita, muita força.
Beijinhos,
Bomboca do Amor.

Isa disse...

Só posso desejar que esse sentimento passae rápido!

Dina disse...

Obrigada a todas e todos que me deram palavras de força e apoio. Já não sei viver sem vocês, são toda(o)s umas querida(o)s!!

Marta Inês disse...

Melhores dias virão, acredita! ^^
Um abracinho de apoio cheio de carinho. :)

Beijinhos*