sexta-feira, 29 de julho de 2011

Contracepção natural


Costumo dizer que há crianças que funcionam como contracepção natural: fazem perder a vontade a qualquer um de ter um filho perante tamanha falta de respeito e saber-estar. Sim, eu sei que a culpa é dos pais. Dizem-me que é fácil falar enquanto não se é mãe, que vou aprender a que é melhor deixá-los fazer e não lhes dar atenção...

Quando entro no comboio, fujo dos lugares junto de crianças. Já vi um pouco de tudo: crianças que esfregam os seus sapatos nas pernas da pessoa sentada à frente, dando pontapés, crianças mal-criadas, crianças a limpar as mãos sujas de comida nos bancos (uma vez foi o próprio pai que lhe disse para o fazer!), etc. E claro os pais estão logo ali. Não percebi ainda se me dá mais vontade de bater nos progenitores ou à criança... E depois há aquelas noites em que se quer descontrair e se vai jantar fora para nos afastar da confusão e relaxar um pouco. E depois há aquelas pestes que correm à volta das mesas, ameaçando derrubar tudo à sua passagem. E não estou a falar de restaurantes de centros comerciais! E depois há aqueles pais que ficam chocados quando há solteiros que gostam de frequentar sítios livres de crianças! E na praia? Putos aos berros desnecessários, a correr por cima das toalhas alheias, salpicando tudo e todos?

Eu sei que uma criança tem energia, que tem que gozar a sua juventude e brincar. Concordo plenamente! Sou apologista que as crianças foram feitas para brincar. Mas será que não se podem divertir com regras? Eu tive-as em criança e não fui mais infeliz ou frustrada por isso. Temos que ensinar-lhes desde pequenos a respeitar o espaço dos outros. Pode ser que assim tivessemos adultos mais conscienciosos. E parem de pôr as culpas a quem não acha piada à falta de educação dos miúdos: se calhar deveriam somente repensar o tipo de educação que lhe estão a dar...

21 comentários:

Desabafista Profissional e Cusca de Blogues disse...

Aiiii como te entendo...

Anónimo disse...

concordo plenamente. mas se damos opinião dizem logo que não sabemos do que estamos a falar, pois não temos filhos. Sinceramente espero ser bem diferente da maioria dos pais que vejo por aí!

Soinita disse...

Entendo-te perfeitamente.
Mas também tenho que concordar que há criancinhas dificeis. E que parece que já vêm "tortas" de nascença. Conheço uma ou outra assim.

Cláudia disse...

o problema é desta nova geração de pais, apegados às teorias e aos livros de pedagogia educacional que acham que os bébés são feitos de cristal e que quem os olha com má cara é que deve cair com o nariz no chão.
eu não sou mãe, mas já ajudeia criar algumas crianças (algumas delas muito próximas) e posso dizer que comigo um castigo vai sempre até ao fim, um raspanete é dado em tom assertivo e sem gritos no momento da asneira e os pedidos de desculpa e os agradecimentos são obrigatórios em qualquer lugar, seja um completo estranho, seja quando lhes limpo o nariz ou calço os sapatos.

a preocupação de pais deve ser (tem que ser) diferente, mas isso não é desculpa para a desresponsabilização e o deixa andar "porque são crianças". eu não fui criada assim e não sou menos feliz por isso.

Anabela Conceição disse...

Concordo plenamente. Na maioria dos casos a culpa é dos pais, que tenta compensar a falta de atenção com o excesso de permissão, o que leva a que sejam pequenos monstrinhos!
Bjs e Bom fim de Semana

C*inderela disse...

a nossa geração está a criar pequenos monstrinhos que não podem ser contrariados! eu fujo dos pais e das crianças porque fico com vontade de bater nos dois.

bjokas

Ideia disse...

A minha mãe sempre me disse: "Um dia quando fores mãe vais perceber..." Parece-me que a frase serve para si também.
O maior desafio e responsabilidade de um pai ou mãe é tentar educar os filhos da melhor maneira que sabem, que lhes é possivel.
Não quero dizer com isto que o seu pensamento está errado, mas... existe tanta coisa desconhecida para nós...

*Lili* disse...

Mas ora aí é que está! A nova geração de pais é que não pensa com a sua cabeçinha só pode ou teve uma infância muito mimada... Pois se tivesse a infância que eu tive (que já foi muito boa sem dúvida ! ) ou pior a infância que os meus pais e os meus avós tiverem bem que estavam lixadas as pobres crianças. Seja como for... a culpa sim é dos pais, um boa chapada no momento certo nunca fez mal a ninguém muito pelo contrário é assim que se educa um pessoa bem como se educa um animal e não em certo medida não estou a compara-los com animais. De qualquer das formas uma chapada bem dada não é agressão é educação a meu ver, também as tive e hoje agradeço muito aos meus pais por isso e também eles devem se sentir orgulhosos porque criaram umas belíssimas filhas e acima de tudo educadas.

http://realdreams-liliana.blogspot.com/

Buy a Property in Portugal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dina disse...

Paulo: Acredito! Há casos em que, por mais educação que os pais lhes dão, as crianças são incontroláveis. A minha mãe teve 4 e ela própria diz que a minha irmã mais velha foi a que levou mais mas que não havia maneira de ganhar juízo ;)

Anónimo disse...

Má educação é uma coisa, energia e personalidade é outra que foge ao controlo de qualquer pai! Já disse mtas vezes a várias pessoas...que antes de ser mãe e ver miúdos nos mercados a fazer birras que me admirava como era possível?!Pensava comigo mesma "se fosse meu filho, levava logo um tabefe"! Hoje tenho um filho assim! Cala-te e engole "Friendly Words"! Se é malcriado? Não!! Tem apenas 3 anos e sempre foi muito enérgico, terrulha, traquina! Se dou o tabefe no mercado? Pois claro que dou e muitas vezes vou embora! Mas uma coisa é certa, eu, o meu marido e outros familiares/creche, damos o nosso melhor ao meu filho, regras e educação não lhe falta! Controlar a energia dele, é muito complicado! Por isso, nunca mais! NUNCA critico/julgo ninguém! Mtas vezes os pais podem ter culpa, sim senhor, mas muitas vezes também não a têm!! Bjinhos

Bomboca do Amor disse...

Não poderia concordar mais contigo.
Tenho tanto medo que o meu filho venha a ser assim!
Beijinhos querida,
Bomboca do Amor.

Joana | My Pretty Mess disse...

Olá, não sei se já te deste conta do meu último poste: http://fim-do-diaaa.blogspot.com/2011/07/importante-vou-fechar-o-meu-blogue.html
Pretendo fechar o meu blogue e gostaria muito que continuasses a ler o meu cantinho. Para tal basta enviares o mail que usas para aceder a teu blogue para fim.do.dia@hotmail.com

Espero que cedas ao meu pedido para assim puder convidar-te a continuares a ler as minhas baboseiras!

Anónimo disse...

É complicado, pois cada caso é um caso. Conheço pais que deram e continuam a dar uma educação rigorosa (mas não no mau sentido) e as crianças pura e simplesmente parecem diabretes. Já outros, cujos pais não lhes ligam nenhuma, nem sequer ensinam a usar uma faca, são amorosos e mesmo bastante educados, porque aprenderam na escola.
Um dia, quando tiver filhos, vou poder falar por experiência própria. Mas espero que não tenha filhos birrentos como muitos os que vejo por aí, caso contrário, dá-me uma coisinha má... :|

Beijinho

Dina disse...

Friendly words: Eu entendo o que dizes. E já o disse mais vezes: um dia vão poder atirar-me as pedras todas quando a prática for totalmente diferente do que tenho escrito por cá ;)

Energia é uma coisa, educação é outra. Claro!! É por isso que odeio pais que limitam os seus filhos, e que por exemplo os impedem de brincar só para não sujar a roupinha gira.

Mas depois há a educação. Regras básicas, que, na minha opinião, têm que ser ensinadas muito cedo. Custa muito sentar-se bem e não dar pontapés aos outros no comboio? Ensiná-los que à mesa é para ficar sentados? desculpa dizer isso, mas se fosse comigo, preferiria deixar de ir a certos sítios (restaurantes mais xpto) do que ter o miúdo a incomodar o restaurante todo. As coisas alteram-se com um filho, e por isso optaria por um lugar onde pudesse ser mais «livre»...

Anónimo disse...

Quantas vezes digo ao meu para não fazer determinada coisa e ele faz! :P E digo, e insisto, 1.º a bem, dps a mal, mas o importante é isso, insistir!

E desculpo sim dizeres isso :), que é preferível não ir a determinados sítios, porque é precisamente isso que faço há tanto tempo!! ;) :)

Um beijinho, fica bem, bom fds!

Anónimo disse...

Eu faço minhas as palavras da Bomboca do Amor. Concordo com tudo o que disseste Dina e morro de medo de pensar que posso não saber educar a minha filha.

365 Ideias disse...

Eu entendo-te, a sério que te entendo. Mas tenho um, que por mais educação lhe dê não se endireita. Deixei de ir jantar fora por caua dele, acreditas? Estou à espera que cresça. Não é mal-educado. Pede desculpa e diz obrigado. Mas é tão endiabrado!!!

Não era O Paulo, no comentario anterior... ele esteve aqui e esqueceu-se de fazer logout no gmail. heehhehehe

Turista disse...

Querida Dina, a educação das crianças, hoje em dia é o reflexo, da alteração dos valores da sociedade.
Quando eu era criança, nada nos era permitido. Muitas vezes se insinuávamos alguma revolta, levávamos logo uma estalada. Sim, uma estalada, não era nada do outro mundo! Actualmente, verifica-se o oposto: são os filhos que condicionam a vida dos pais e quando os pais se tentam revoltar, são apelidados de traumáticos, maus educadores... Enfim! Há casos, em que a educação ainda perdura e felizmente eu convivo com alguns deles.
Beijinhos e bom fim de semana :)

MissGummyBear disse...

O que eu acho é que há pessoas que não nasceram para ser papás.

Marta Inês disse...

Acho que estou como os mais velhos, uma palmada nunca fez mal a ninguém e há muita criança a precisar de uma palmada no rabo.

Não sou a favor à violência, nada disso! Mas também não tolero muita coisa. Levei umas boas palmadas da minha mãe quando era pequena e não foi por isso que cresci com um trauma ou revoltada.

Beijinhos*