segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Por estas e por outras é que sou muitas vezes considerada a cabra do grupo

Sou apologista que cada um vive a sua vida como bem entender e da forma a ser o mais feliz. Mas depois essa pessoa deve assumir as consequências das suas escolhas. Temos liberdade de escolha mas com responsabilidade.
 
Uma amiga sempre viveu com o lema chapa ganha, chapa gasta. Podia (com um salário médio) e aproveitava. Foram sempre jantares nos melhores restaurantes, férias no estrangeiro (com recurso a crédito), bom carro, bimby, roupa nova todas as semanas, maquilhagem de grandes marcas, etc. E quando o dinheiro não esticava, os pais ajudavam mesmo já estando casada.

Agora a crise bateu a porta e ela está prestes a rebentar porque vê o seu estilo de vida totalmente alterado. Agora o grupo de amigas quer fazer uma vaquinha para a ajudar e eu recuso-me. Porque eu também vivo a crise e afinal estou desempregada. Mas a diferença é que nos últimos anos optei por não viver à grande e à francesa para fazer um pé de meia. E agora não sinto tanto a crise por enquanto.
 
E não consigo ter pena deste tipo de gente. Não tenho. Ajudo quem sempre viveu com regra e gastou de forma sensata e se viu traido pelas medidas de austeridade. Mas estas pessoas como ela recuso a ajudar. Tivessem pensado antes. Viver cada dia como se fosse o último também tem as suas consequências. E não vou eu agora fazer sacrifícios para a ajudar, já que nunca pensou no amanhã. Acho que acabei de afastar umas quantas pessoas chocadas, mas a verdade é para ser dita.

29 comentários:

Isa disse...

Compreendo perfeitamente a tua postura! Quantas coisas nos privamos, por opção, para o caso de algo ser necessário? Por vezes prefiro memo não me habituar a determinados luxos pois sei que depois voltar para trás é bem mais difícil!

Cacau disse...

Concordo contigo! Sempre fui poupada e sempre fomos criticados por preferir programas caseios, mas a verdade é que agora não sentimos tanto a crise, porque nos habituámos sempre a poupar e a gastar no essencial. Não quer dizer com isto que não faça de vez em quando uma maluquice, mas muito pontualmente!

Tsuri disse...

Isso não é ser cabra. Caso contrário sou tão cabra como tu! Eu recuso-me a apoiar quem não se sabe governar! E tão pouco iria viver sacrifícios para alguém andar a viver à grande à mh custa! É que nem morta!
Quando não há dinheiro não há vícios. Ponto final.
Beijinhos

Maria disse...

Concordo em absoluto contigo, acho que pessoas assim têm que sofrer as consequências e aprender uma lição, a vida custa a todos!Beijo grande

Anónimo disse...

Concordo plenamente. Não temos que arcar com as consequências dos actos dos outros se sempre vivemos uma vida regrada e nos privamos desses luxos.

Maria João disse...

Não deixa de ser uma situação triste, principalmente quando se trata de alguém do nosso grupo de amigos, mas concordo plenamente contigo.

Aliás, acho até que a "vaquinha" em nada vai ajudar, apenas facilitar mais uma vez a vida a alguém que está sempre habituada a ter quem lhe resolva as faltas de bom senso.

Eu agiria da mesma maneira que tu.

Bjs boa semana e bom carnaval,
MJ

Petra disse...

E tens toda a razão quem faz a cama nela bem se deitará....

Alexandra Santos disse...

Como te entendo e fazes bem...

Opinante disse...

E eu concordo a 100% contigo, tivesse poupado, epa temos pena!

Miss Q disse...

Concordo plenamente contigo. E há muitaaaaa gente como a tua amiga. As pessoas têm de saber viver com muito e com pouco. O problema é que há muita gente que não sabe gerir o dinheiro e vive para as aparências. Máscaras que mais tarde ou mais cedo caem e muitas vezes não há humildade para assumir nem pedir ajuda.

http://qaoquadrado.blogspot.pt/

Sílvia disse...

Afastaste pessoas chocados? Eu acho que tens toda a razão e essas pessoas preferem que se lhes atire areia para os olhos do que ver a realidade. E acho que quem realmente sente mais a crise é quem vivia um bocado acima das possibilidades. Quem sempre poupou e teve uma vida regrada aguenta-se melhor.

Jo disse...

E eu não podia concordar mais contigo! Tenho exactamente a mesma opinião... e provavelmente teria a mesma 'reacção' que tu.

Daniela disse...

Não me chocas nadinha, pois também penso desta forma!
Se é pessoa para gastar tudo o que ganha, então que seja pessoa para aceitar as consequências.

bjinho

neuza disse...

Eu compreendo a tua postura!
Viveu sempre acima das possibilidades.
E secalhar quando ela ia passar férias à grande num pais distante, tu eras mais restrita, e é perfeitamente normal que agora não estejas disposta a ajudar.

Estás a ser verdadeira contigo e com os teus valores, e isso é o mais importante.

Muitos beijinhos
MUAH*
Neuza Mariano
Youtube

Anónimo disse...

Olá dina! Concordo em absoluto contigo, no entanto, se essa tua amiga está realmente a passar por dificuldades, que tal, ao invés de fazerem uma "vaquinha" porque não arranjarem um cabaz com bens essenciais?

A Coisa disse...

Palmas para ti. Penso igual. Não tenho pena desse tipo de gente.
É por muitos como esses que o país está assim, não me venham dizer que é só culpa da má gestão dos governos e bla bla bla.
Se as pessoas desde os anos 90 não tivessem a mania de viver à rico, fazer créditos por tudo e por nada, agora quando tivessem de apertar o cinto, estariam mais prevenidos e acima de tudo mais habituados.
Eu também podia ter ido passar férias ao estrangeiro, correr o mundo, ter carro novo, ter casa nova e enorme, ter muita roupa e sapatos, mas e amanhã? Ou melhor, mas e agora que estou desempregada? Pagavam os meus pais? Nem pensar! Agora tenho de gerir o que poupei e nem por isso me diverti menos, conheci menos coisas novas, fui a menos sítios, vivi menos ou sou menos pessoa que os outros! Que me desculpem, mas como disse o outro, se há quem aguente, eles também vão ter de aguentar! Eu estou a ter de aguentar!

Miss Star Pink disse...

Concordo ctg em cada palavra que escreveste. Continuo a achar-te mt parecida cmg, mas numa versão ainda com mais "garra". :)

Leni disse...

Eu tb não consigo ter pena e conheço muitos casos assim, ah e tal coitadinha....coitadinha? Que não vivam acima das possibilidades e que poupem que é o que eu faço. Parece que não pensam no futuro...

Gelatina de morango disse...

Cabra coisa nenhuma, tu estás cheia de razão.

Dina disse...

Lea: a questão é que para bens alimentares ainda há, mas falta para aquelas coisas: roupa, cinema, etc. E mesmo assim, recusa-se a deixar de comprar certas marcas de produtos alimentares, porque não gosta de marca branca. Estás a ver o estilo?

Laura Santos disse...

Há uma coisa chamada responsabilidade. Claro que se essa pessoa recebe sempre ajudas de algum lado,nunca vai aprender.
Estás coberta de razão.

Ana's Closet disse...

Convicções muito acertadas! Subscrevo.

Anónimo disse...

Sendo assim...amanhe-se :)

Unknown disse...

Mas quem foi a alma que teve essa ideia?? E tu és a única com bom senso nesse grupo :\

Fosse só essa tua amiga, quantas reportagens não vemos na televisão de "coitadinhos" que pediram empréstimos para uma boa casa, para as férias, até para joias "porque temos direito a umas prendas" e depois entram no desemprego e o dinheiro não chega para pagar tanto crédito... Onde cabe na cabeça de alguém, como já vi, 70% do salário ser para pagar créditos? É de loucos!

A mim choca-me que haja tanta mas tanta gente que não tem/tinha poupanças... Uma vida de trabalho e como dizes "chapa ganha, chapa gasta"?! Mas e pensar em eventualidades, em doenças?!

Também vai muito da educação, posso dizer que tenho e sempre tive uma vida folgada, mas sempre fui educada ao "não desperdício", a quando queria não ter os brinquedos todos que gostava e sei que se nunca viajei por esse mundo fora com os meus pais foi porque eles sempre pensaram no futuro... Hoje o meu pai que era empresário fechou a empresa de mais de 50 trabalhadores (não tem direito a sub. de desemprego) e a minha mãe também está desempregada. Somos 5 em casa e posso dizer que continuo a ter exactamente o mesmo nível de vida... Porquê? Porque os meus pais desde o início da vida juntaram dinheiro para quando isto acontecesse!

Parabéns pelo teu bom senso, pela tua educação e não somos nós que em nossa casa poupamos, juntamos e aprendemos a viver com o que temos ou até menos do que temos para juntar bom dinheiro, que temos de ir buscar a nossa poupança para dar aos outros que "coitados gastavam muito e agora não querem descer de nível de vida"!
Pena desses, tenho 0!

Unknown disse...

Mas quem foi a alma que teve essa ideia?? E tu és a única com bom senso nesse grupo :\

Fosse só essa tua amiga, quantas reportagens não vemos na televisão de "coitadinhos" que pediram empréstimos para uma boa casa, para as férias, até para joias "porque temos direito a umas prendas" e depois entram no desemprego e o dinheiro não chega para pagar tanto crédito... Onde cabe na cabeça de alguém, como já vi, 70% do salário ser para pagar créditos? É de loucos!

A mim choca-me que haja tanta mas tanta gente que não tem/tinha poupanças... Uma vida de trabalho e como dizes "chapa ganha, chapa gasta"?! Mas e pensar em eventualidades, em doenças?!

Também vai muito da educação, posso dizer que tenho e sempre tive uma vida folgada, mas sempre fui educada ao "não desperdício", a quando queria não ter os brinquedos todos que gostava e sei que se nunca viajei por esse mundo fora com os meus pais foi porque eles sempre pensaram no futuro... Hoje o meu pai que era empresário fechou a empresa de mais de 50 trabalhadores (não tem direito a sub. de desemprego) e a minha mãe também está desempregada. Somos 5 em casa e posso dizer que continuo a ter exactamente o mesmo nível de vida... Porquê? Porque os meus pais desde o início da vida juntaram dinheiro para quando isto acontecesse!

Parabéns pelo teu bom senso, pela tua educação e não somos nós que em nossa casa poupamos, juntamos e aprendemos a viver com o que temos ou até menos do que temos para juntar bom dinheiro, que temos de ir buscar a nossa poupança para dar aos outros que "coitados gastavam muito e agora não querem descer de nível de vida"!
Pena desses, tenho 0!

Anónimo disse...

Cabra?! Tu estás a ser mais que correta, uma pessoa para se safar na vida tem que saber dizer não. E se ela tem dinheiro para as contas certas e para a comida, já não é mau, e ainda se faz de esquesita no tipo de comida? Meu deus.
Claro que se lhe deram e dam tudo de mão beijada ela nunca vai aprender. Há pessoas que se vêm aflitas para pagar as contas certas mais a alimentação. Eu já não compro roupa á mais de 6 meses e quando o fazia era na praça. Eu tenho roupa com mais de 4 anos e ainda serve.
Infelizmente há muita gente como a tua amiga, estou rodeada de pessoas assim, recebem sem dar nada em troca, nem mesmo reconhecimento.
As pessoas que menos têm são, a meu ver, as que mais gostam de ajudar, mas por vezes fazem-nos perder a vontade.

Anónimo disse...

Cabra?! Tu estás a ser mais que correta, uma pessoa para se safar na vida tem que saber dizer não. E se ela tem dinheiro para as contas certas e para a comida, já não é mau, e ainda se faz de esquesita no tipo de comida? Meu deus.
Claro que se lhe deram e dam tudo de mão beijada ela nunca vai aprender. Há pessoas que se vêm aflitas para pagar as contas certas mais a alimentação. Eu já não compro roupa á mais de 6 meses e quando o fazia era na praça. Eu tenho roupa com mais de 4 anos e ainda serve.
Infelizmente há muita gente como a tua amiga, estou rodeada de pessoas assim, recebem sem dar nada em troca, nem mesmo reconhecimento.
As pessoas que menos têm são, a meu ver, as que mais gostam de ajudar, mas por vezes fazem-nos perder a vontade.

Portuguesinha disse...

Nunca tinha pensado assim. Ajuda costuma-se dar sem juízos de valor...
Mas concordo contigo. Também estou sempre a pensar na velhice! Quanto mais no dia da amanhã...
Talvez essa tua amiga é que tenha vivido bem, usou e abusou enquanto pode... E por ser assim, tem uma dezena de pessoas dispostas a esticarem-lhe a mão caridosa. Porque a quem sempre tudo foi "dado", tudo continua sempre a ser "dado". Já reparaste nisso?

dina disse...

bravo, gostei ...haja muita boa gente, como tu...que abra os olhos a pessoas que não sabem aproveitar de outra forma a vida

concordo plenamente contigo, e temos o nome em comum

Dina :)