Há uma pergunta que atormenta a alma aos homens há milhões de anos. Será que o Destino existe? Ou será que o Homem é mesmo livre de traçar o seu caminho?
E como quase toda a gente tenho dúvidas. Há dias que penso que sim: o Destino existe mesmo. Que nascemos já com o nosso caminho traçado e que inevitavelmente iremos passar por certas dificuldades, alegrias, problemas etc. Parece que carregamos a nascença já o nosso futuro, como se fosse uma herança genética. Afinal, nascemos num meio especial que pode condicionar o nosso futuro. Mas esta visão é tão fatalista, como se o nosso esforço não valesse de nada, pois estamos já condenados ao fracasso...
Mas por outro lado, não acredito totalmente no livre-arbítrio do Homem. Penso que é ilusório. Tal como o conceito de liberdade, mas isto é outra história. Sim, parece que às vezes somos donos do nosso destino: somos nós que escolhemos o que iremos ser, fazer, sonhar e concretizar. Mas depois vê-se que algumas pessoas têm tudo facilitado: todas as portas se abrem facilmente, concretizam todos os seus projectos, mesmo quando não se empenham a fundo. E outras pessoas lutam a vida toda, trabalham como cães, mas nunca saem da cepa torta. Todos os caminhos os levam ao mesmo ponto, que parecia já traçado. A mínima meta é difícil de alcançar. E estas pessoas merecem tanto como as outras serem felizes.
Às vezes olho, e sinto que cada um de nós tem um destino a cumprir, uma vida pré-destinada a viver. Por mais luta, no fim, tudo acaba naquele ponto. Mas sei que devemos lutar sempre para melhorar, para ser feliz. Porque nós não escolhemos algumas circunstâncias da vida, mas somos capazes de escolher saber viver com elas e sermos felizes assim mesmo.
E vocês acreditam no Destino ou no Livre-arbítrio?
26 comentários:
No destino. Pela minha experiência pessoas, cada vez acredito mais.
Beijinho, querida :)
Bom fim de semana :)
Também me questiono várias vezes, mas na maioria deles acredito que nós próprios traçamos o nosso destino com as escolhas que fazemos. Umas boas outras más.
Tal como tu, não tenho uma resposta definida. Por vezes tudo me parece coisa do Destino, como se déssemos voltas e voltas e acabássemos sempre por ir dar ao mesmo. Outras vezes, tenho a sensação que tudo depende de nós e que basta um gesto para mudar o rumo das coisas. Enfim, acho que vamos andar nisto eternamente sem qualquer resposta.
Acreditar a 100% no destino não acredito de todo porque, como tu disseste, seria acreditar que não vale a pena nos esforçarmos por nada porque já estaria tudo traçado, e as coisas não funcionam assim.
Mas às vezes, em relação ao amor, confesso que penso coisas do género "o que tiver que ser será" ou "o que é para mim está guardado".
Acredito que há estrelas que brilham mais para uns que para outros e que tal como tu vejo pessoas que lhes acontece coisas boas do nada e outras (eu), que lutam e parece tudo tão difícil e complicado!
Acredito que nós fazemos o nosso destino mas que existe o factor SORTE, onde uns são mais privilegiados que outros!
um óptimo tema para um post aliás eu já não passo sem cá vir visitar-te todos os dias ou sempre que posso!
Eu acredito no destino pois já me aconteceu coisas em que nada fiz e elas apareceram no meu caminho por alguma razão...e outras aconteceram para mais tarde saber o porquê de isso ter acontecido...
Está escrito nas estrelas e não há como fugir!
bjs talvez vá debruçar-me hoje sobre isto no meu post!
Desafio para ti no meu blog ;)
bom fim de semana!!
beijinhos
Julgo que é um tema para ficar a pensar e muito, para meditar.
beijinhos
Olá Dina:)
Eu acredito nos dois. Na minha opinião, ambos fazem parte da nossa vida. Acredito que todos temos um destino pré-definido, mas que podemos escolher entre as vários caminhos para seguirmos até esse destino. E existe uma variável importantíssima que é o AMOR... Quando queremos muito uma coisa... E Acreditamos... Conseguimos:)
Vê o filme "Os Agentes do Destino"... Muito bom:)
Beijocas e bom fim-de-semana
Mimi La Rose: Sim, a sorte tem um papel muito importante. Alguns tÊm menos do que outros, o que não se percebe. Não há igualdade ;(
Alminhas: Fizestes-me me pensar bastante. Acho que é mesmo isso: temos um destino, um fim traçado. Mas temos à disposição vários caminhos para chegar lá: e nós podemos escolher o nosso caminho!
Dina, não tenho uma resposta muito concreta. Por uma lado acredito que temos um destino traçado mas tb acredito que temos capacidade de alterar esse mesmo destino.
beijinho
Penso que aquilo a que chamamos "destino", é um misto do que fazemos e de muitas outras circunstâncias que nós não controlamos, como por exemplo, as coincidências. Depois tudo depende da maneira como encaramos o que nos acontece! É sorte quando é algo bom, é azar quando é mau, é porque tinha que ser quando nos conformamos...
É como voarmos de páraquedas, conseguimos controlar minimamente para onde vamos mas não podemos controlar inteiramente o local onde vamos aterrar. E como no páraquedismo, há aterragens suaves e outras que são autênticos trambolhões!... :D
Olha eu também tenho as mesmas dúvidas que tu porque vejo muita gente a quem tudo cai do céu e comigo não é nada assim. Há alturas em que é problemas atrás de problemas e parece que não melhora...
Senhor Geninho: adorei o seu comentário: tão assertivo e verdadeiro... Tudo depende da maneira como encaramos a vida. Em relação aos paraquedismo, não podemos é deixar-nos voar ao sabor do vento ;)
Concordo com a Ana. Por exemplo eu posso associar muito de Destino quando encontro alguém na rua e de repente parece que por algum motivo eu fui naquele dia, àquela hora e encontrar essa pessoa. Isso posso definir como sendo destino. Mas também, acho que nós escolhemos os caminhos que queremos seguir. Beijinhos:)
Incrível como não comento mais vezes porque sempre que leio me apetece dizer sempre: tal e qual.
Querida Dina, eu acredito que somos nós, com as nossas atitudes e opções (por vezes inconscientes) que traçamos o rumo, da nossa vida. Já me aconteceram situações que à partida pareciam tão negativas, mas que mais tarde se revelaram tão positivas e me fizeram tão feliz!!
Beijinhos e bom fim de semana, minha querida. :)
A tua última frase diz tudo...é isso que tento aprender a fazer!O destino parece-me tantas traçado, injusto...mas é a nossa força e determinação que marcam a diferença!Bjinho
Existe mesmo situações que me fazem mesmo acreditar no destino... Mas a sua existência chega a ser assustadora!
Incrivel como tu colocas em palavras o que muitos pensam e não conseguem exprimir bem...
Eu acredito no destino, mas acho que temos livre arbitrio para escolher o caminho que os leva a esse destino. Por isso evito aquela coisa do "e se" tão tipicamente Portugês e humano. A vida é como é, e não nos podemos esquecer de ir vivendo cada dia e aproveitando cada momento, tomando as decisões que no momento nos parecem mais acertadas! Se o fim é o mesmo apesar das diferentes opções de caminho? Não sei, nunca saberemos... Por isso o mais importante é aproveitar a caminhada em direcção ao desconhecido.
Como diz o Sr. Geninho nunca sabemos bem onde vamos aterrar, por isso: enjoy the flight!
Acredito no livre arbítrio, mas há que manter em mente que não é apenas o nosso livre arbítrio que condiciona a nossa vida mas o de todos os elementos da nossa sociedade, cujas decisões podem ter impacto na nossa vida.
Mais uma vez, excelente post!
Também não sei que pense.. se for destino, porque há tanta injustiça?
Agora que há situações que nos levam a pensar no destino, lá isso há...
http://opinioesemteia.blogspot.com/
Olha eu cá acredito assim num misto das duas coisas.
Acho que há certas e determinadas coisas que já estão destinadas, outras temos o poder de as escolher.
Acreditar no Destino ou no livre arbítrio?! Eu cá acredito nas pessoas... e por acreditar nelas acho que estas discussões são muitas vezes inconsequentes!
Falar do destino ou do livre arbítrio leva-nos a discutir coisas que, aparentemente não controlamos e foca-nos essencialmente no passado. Olhar para o destino é pensar no futuro, mas de todas as vezes que pensamos nisso, olhamos para o passado, para algo que nos aconteceu! O destino, assim como a sorte e o azar, têm mais barriga do que olhos… tem os condimentos ideais para nos desculpar de opção/decisões tomadas, turva-nos o olhar e direcciona-nos muitas vezes para as pequenas coisas.
Eu acredito nas pessoas, acredito piamente na sua força… acredito que são as fraquezas de cada um que potenciam a construção de um caminho. O destino é enganador porque muitas das vezes aquilo a que chamamos de destino, é uma mera consequência de uma opção nossa… por vezes parece que adivinhamos que as coisas iam correr desta ou daquela forma… parece que as coisas aconteceram por acaso, mas na verdade, aquando da decisão, inconscientemente sabemos que as coisas podem correr desta ou daquela forma… sabemos que pode correr bem ou pode correr mal. No fundo culpar o destino é uma forma de culpar um terceiro que, somos nós próprios.
Se cada um de nós acreditar mais em si… qual destino qual carapuça… A vida não são momentos, não são acontecimentos… a vida são pessoas, pessoas essas que geram momentos, acontecimentos e sensações.
Se duas pessoas de encontram assim do nada… isso não é o destino, isso é o acaso. O destino é tudo menos o acaso e o imprevisível… o destino é aquela personagem que está sempre adormecida dentro de nós e que, ao primeiro sinal de deja-vu ou inexplicabilidade, salta do sono e transfigura-se num pesadelo que nos persegue e nos tolhe os movimentos.
Filipe: compreendo o fio geral do teu pensamento. mas a vida não são só pessoas, são também factos. Factos provocados por nós e outro... pelo destino? Nós nem sempre somos culpados pelo que fazemos ou nos acontece. Ou estarei eu a ser ingénua e cobarde?
Ninguém sabe, mas este post nasceu de uma notícia que recebia. Quando o meu pai esteve pela última vez no Hospital, tinha como colega de quarto um senhor com cancro do pulmão. E todas as tardes as conversas da família dele eram as mesmas «estás assim porque sempre fumastes, sempre bebestes, etc.». provavelmente este senhor seguiu o seu destino. Este senhor faleceu pouco depois do meu pai. Agora a mulher dele, sempre com uma vida muito regrada, está a morrer de cancro. Nós escolhemos as nossas doenças? provocamo-las? Não sei. A mim, nestes casos, parece-me destino...
Ha doenças que acontecem porque nós proprios contribuimos para tal... outras surgem por causa da componente genética e hereditária...
Não sei, mas culpar o destino (algo tão abstrato) por coisas tão reais e factuais. as coisas são o que são porque são... e não porque tinha que ser.
Mas é como digo...falar de destino é um bom caminho pra levantar inumeras duvidas!
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