segunda-feira, 30 de maio de 2011

Exclusividade


Há quem viva em modo de exclusividade para com o companheiro e/ou os filhos. Vivem só para eles. Abdicam dos seus sonhos, aspirações e desejos. Ser mulher e ter família é como ser um acrobata a caminhar num fio ténue: é difícil encontrar o caminho em que se dá tudo pela família e ao mesmo tempo não nos esquecemos de nós.

Dedicar-nos a nós, não é ser egoísta ou não significa amar menos os nossos. Mas por mais cruel que seja, a única pessoa que percmanece sempre conosco até ao fim, somos nós próprios. Os filhos crescem e partem à sua vida, como manda o ciclo da vida. E os homens? Bem nunca poderemos ter a certeza que será para sempre. Por mais que o amor exista, por mais companherismo que haja, a vida tem tantos meandros, que nunca poderemos jurar que o futuro será exactamente como esperamos.

Sempre fui apologista de dar tudo a quem amo. Sempre. Nunca me arrependi de me ter entregue a 100% ao meu marido, aos meus pais e amigos. Mas nunca para isso me auto-anulei. Sempre segui os meus sonhos e aspirações. Sempre me mantive igual a mim mesma. Sempre prezei ter tempo para mim. Acho que só estando bem comigo, consigo estar bem para com os outros. A prioridade sou eu, para sempre. Mete-me confusão as mães que vivem a vida dos filhos. Se vivêssemos só pelos outros, quando estes seguem com a sua vida, como ficaríamos? Desorientadas, frustradas e confusas... Teríamos que reaprender a amar-nos ou amar outros porque há pessoas que só conseguem amar-se e concretizar-se através dos outros...

7 comentários:

Sofia disse...

Penso que antes de amarmos os outros temos que nos amar a nós mesmas :)
Beijinhos,
Sofia

Nokas disse...

Para nos entregarmos a 100% a alguém, temos que estar connosco próprias, só assim haverá o equilibrio essencial :)

CITRA disse...

Se não tratarmos de nós, quem tratará?
Para nos podermos dedicar aos outros temos de colocar em 1º lugar e não é egoísmo.

Anónimo disse...

Sabes que já senti isso na pele? No 1º mês de vida da minha filha parecia que a minha vida tinha feito um intervalo. Senti falta dos meus tempos e passei ainda adar mais valor a eles. E não quer com isto dizer que não ame os meus. Pelo contrário, até amo com mais qualidade.

Lux disse...

Concordo em absoluto...
Para amarmos os outros temos, antes de mais, que nos amar a nós próprios...

xoxo
Lux

Nokas* disse...

Percebo e concordo com a tua visão. Devemos sempre dedicar-nos de alma e coração a quem amamos mas acima de tudo também não nos podemos esquecer de nós mesmas.

Flutuações da mente disse...

Adorei e publiquei... espero que consentimento!
Bj