quarta-feira, 20 de maio de 2009

Uma doença que não é doença...


Respondi ao apelo da Sofia . E decidi divulgar esta causa.

Só quem lida com doentes com Psoríase, é que sabe qual é o drama desta doença. Não mata, não contagia, não tem cura. Para além dos problemas óbvios que a doença acarreta, a fraca qualidade de vida dos doentes e o mal-estar psicológico é uma constante. A Psoríase tem tratamento. Caro. Muito caro. Por isso, para que a psoríase seja considerada uma doença crónica, e os medicamentos sejam comparticipados, por favor assinem esta petição.

Acho isto uma vergonha, o tratamento da Psoríase (cremes, loções, shampoos) ser considerado «uma questão estética» como quem vai comprar um protector solar ou um shampoo para a queda de cabelo. Para verem a discriminação que estes doentes sofrem diariamente, gostava de partilhar isto com vocês:

O meu marido concorreu para entrar na tão digna instituição que é a GNR. Passou com aproveitamoento a todos os testes: de cultura geral (português, matemática, história/ geografia, se não estou em erro), físicos, psicotécnicos. Até que chegou aos médicos. Estava tudo bem com ele, não tinha problema nenhum, comprovado pelos exames que fez. Afinal, tinha um problema: tem psoríase. Mas atenção só tem nos cotovelos e joelhos. Nada muito visível de farda. Mas não passou por isso. Foi considerado deficiente. Agora digam-me se ele seria um pior GNR por causa da Psoríase?? E não é o Estado que clama que devemos inserir «pessoas diferentes». Ele foi muito abaixo com isso. Na altura quis avançar com uma queixa mas não deixou.

Vamos lutar contra a discriminação e ajudar os doentes que gastam fortunas nas farmácias. Que são doentes/ deficientes para cargos públicos mas depois não sofrem de nenhuma doença crónica na hora de pagar a factura.

* Imagem roubada à Sofia

8 comentários:

Clara disse...

Dina, sei perfeitamente qual é o inferno de um doente com psoríase. Vai desde o aperto de mão que é recusado à discriminação activa e evidente. Infelizmente o meu marido começou a ter sinais da doença num joelho. Para já não é muito vistosa, todavia poderá tornar-se num problema maior se se espelhar pelo resto do corpo. Conheço 3 pessoas que sofrem desse mal e é horrível quando nos contam histórias dessas.
Mas discriminação pelos próprios médicos... essa é de bradar aos céus!!!

Dina disse...

Sabes que após 10 anos de namoro, o meu marido ainda não se sente bem se lhe toco ou beijo as «feridas»? Sente-se diminuido. Ultimamente tem mais mas graças a deus nada de muito extenso como o meu sobrinho que fica com o corpo e cara totalmente coberto. Sente-se mal a sair de casa porque toda a gente o olha como se fosse um bicho. Já tentou até disfarçar com base. Basta de discriminação!

Bjinhos e espero que corra tudo bem com o teu marido.

Carla disse...

olá linda,
eu também sei o que isso é. No entanto na fase pior da doença recorri a uma naturista. Andei a fazer uns tratamentos nos quais colocava os pés dentro de um recipiente proprio e estava ali 30 minutos e quando tirava os pés de la de dentro a água que ao inicio era limpida, estava castanha quase preta. Para além disso andei a tomar um "medicamento" denomidado de drenador que se tomava 1 tampa em 1.5 l de agua para beber durante o dia. Para além disso deixei de comer carne de porco, doces e outras porcarias que sabem tão bem e fazem tão mal.
Neste momento estou "limpa"....
beijinhos e as melhoras para todos
até já :):)

Anónimo disse...

Estas histórias deixam-me sempre com raiva,que idiotice.
Deficientes são os politicos de Portugal,que não abrem os olhos para o que deviam.Deficiente é aquele que só vê por fora,se é que me faço entender.
Espero que muita gente assine a petição.beijinhos e força

Elisabete disse...

Já assinei a petição...Se todas/os fizerem o mesmo, já contribuem de alguma forma!
Muita forma para todos aqueles que sofrem de discriminação!
Beijos

Dina disse...

Obrigada por assinarem. Pode não levar a lado nenhum, mas temos que tentar! Carla, podes dar-me o contacto dessa naturista? Concordo totalmente contigo Kuka, deficiente é aquele que só olha por fora! Mais uma vez obrigada a todas.

Brida disse...

É simplesmente vergonhoso os medicamentos não serem comparticipados.
E depois, dois pesos, duas medidas? Para uma situação é estético, e para outra é deficiência? Em que é que ficamos?
Abaixo a discriminação!

anaaaatchim! disse...

Bem... confesso a minha ignorância neste assunto, mas a situação que descreves parece-me mesmo ridícula... e o facto de não haver ajudas.... enfim... mais um exemplo do que o nosso governo ainda tem que melhorar =(