«A verdade e a justiça é o que resta a estas crianças»...

Este é o livro do Coordenador da PJ responsável pela investigação do desaparecimento da Maddie McCann. Gonçalo Amaral foi afastado do caso por ter seguido pistas demasiados inoportunas para os pais da criança. Este livro relata a sua busca pela verdade. Os entraves postos pela Polícia Inglesa nas investigações que nunca facultaram dados fundamentais à investigação (e comuns a qualquer investigação): mas esta não era uma investigação normal, pois os pais desta criança foram protegidos desde o primeiro dia pelo seu Governo. Foram pais que nunca tiveram atitudes comuns de pais que perderam a sua filha. O próprio primeiro-ministro inglês verificou pessoalmente se Gonçalo Amaral tinha sido realmente afastado do caso.

O livro apresenta provas e pistas que nos fazem pensar. Tudo indica que Maddie morreu no apartamento. Todos os depoimentos dos pais e amigos são incongruentes. Os indícios levam-nos a pensar que Maddie morreu por acidente e que, por uma questão de reputação, o crime foi ocultado. Sem corpo, não há provas conclusivas. Pouco acompanhei o caso na altura, mas sempe suspeitei dos pais, agora ainda mais. O livro revela-nos dados exclusivos como o reconhecimento de uma família irlandesa de um homem, no dia do desaparecimento, que transporta uma criança ao colo com a mesma roupa da de Maddie. Eles afirmam que este homem (que seguia no sentido contrário ao que a amiga do casal McCann afirma), é nada mais nada menos do que o Gerry Mc Cann. Este depoimento foi ocultado da PJ uns 6 meses...

O que me chocou particularmente foi as interferências e os subjugo que a Polícia portuguesa sofreu. Afinal, não somos um Estado de direito? Porquê tantas interferências, dificuldades e incongruências por parte de altas entidades inglesas?

É um livro que faz pensar e, como em muitos casos, a única coisa que etsá em nosso poder, é não esquecer, para que não volte a acontecer com outras crianças indefesas...