segunda-feira, 30 de abril de 2012

Incompreensível como eu, eu sei

Às vezes gostava de ser como papel transparente: deixar transparecer tudo o que sou e sinto, sem ter que me explicar, nem justificar estes sentimentos contraditórios. Esta transparência iria proteger-me e não teria que ter medo que ninguém percebesse o porquê de sentir coisas que não deveria sentir. Porque há sentimentos incompreensíveis. São impossíveis de explicar, mas existem e são difíceis de dissipar. Precisava de avançar no tempo para ganhar certezas, mas queria pará-lo para não enfrentar certas lutas. Precisava de um abraço sentido, forte e que me transmitisse toda aquela força e amor que preciso. Precisava que algo que me enchesse o peito e a alma.

Mas tenho que continuar a ser este papel opaco, sem luz, que não deixa transparecer nada. Que mostra o que não é. Porque há pessoas que deveriam sentir-nos sem precisar de explicações. Há dias assim em que uma pessoa se sente insegura, triste e desorientada. A precisar de apoio que não encontra. E cada dia que passa desespera mais por uma mudança que não chega...

6 comentários:

Nokas disse...

Sabes o que deves fazer nesses dias? fechar os olhos imaginar um cenário fantástico e pensares em todas as coisas boas que tens à tua volta!!

Opinante disse...

Abracinho e muita força*

Anónimo disse...

Minha Querida Dina, quando tiveres o Simãozinho nos braços vais ver que tudo o que dizes precisar, vais ter. falo por experiência própria. A maternidade muda-nos muito, para melhor.

Alminhas disse...

Como te compreendo... Beijinhos grandes:)

Tsuri disse...

Devia haver pelo menos uma pessoa no mundo capaz de nos ver sem precisarmos de nos mostrar. Eu sinto que essa é das maiores procuras.

Força minha querida, força.

Miss L. disse...

Entao linda..qui passa??

Bjo