sexta-feira, 27 de maio de 2016

Os bebés de Auschwitz



Adoro livros históricos, mas nem toda a gente tem mestria para escrever este género literário de forma cativante, com dados históricos, sem se tornar enfadonho. Quando vi que a autora é biógrafa, mais receio tive. Mas a Wendy Holden superou-se. A leitura é fluída. E traz outro aspecto interessante: normalmente os livros que se dedicam ao Holocausto, apenas nos falam do período passado no campo de concentração. Neste caso, conhecemos a vida de 3 mulheres - Priska, Raquel e Anka - desde a sua infância, passando por guetos, campos de concentrações, a libertação, o regresso a casa e a vida depois do campo. E dá-nos uma perspectiva totalmente diferente, mais humana, mais lúdica. Conta-nos como estas 3 mulheres engravidaram e conseguiram ter um filho naquele cenário de horror. E como um bebé com 1,5 quilos conseguiu sobreviver nascendo em condições extremas de subnutrição, doença, sujidade, etc. São verdadeiros milagres. O percurso destas 3 mulheres coincidiu mas elas não sabiam da existência umas das outras. O livro mostra-nos todos os lados do horror: a ignorância, a maldade, mas também a entreajuda, o amor, a esperança. 

terça-feira, 24 de maio de 2016

Só a mim...

Imaginem o cenário:
O marido está a fazer noite. Acabo de deitar o Simão e já cansada, opto por ir ler um pouco na cama, para depois adormecer mais cedo. Passado alguns momentos, parece-me ouvir alguém mexer na porta de entrada. Interrompo a leitura e tento prestar mais atenção. Sim, algo está a mexer na porta de entrada. Não me levanto logo: sim, estou muito cansada. Mas logo depois oiço a porta da casa de um vizinho abrir-se, e penso que a minha mente cansada já me estava a pregar partidas. Apago a luz e adormeço.

No dia seguinte, o marido cruza-se com o meu vizinho da frente que pede mil desculpas, muito envergonhado. É sonâmbulo e levantou-se e dirigiu-se à nossa casa de cuecas para fazer xixi. Sim, é verdade. Graças a Deus que não fui à porta. Porque se o tivesse visto de cuecas, àquela hora da noite, pensaria que havia graves problemas (vive sozinho com uma filha pequena, e tem uma deficiência). Queria ver-me a braços com o vizinho a querer fazer xixi em minha casa. Medo! Vergonha! Desta vez a minha preguiça salvou-me de uma situação bem embaraçosa. 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A minha vida resume-se a isto...


Há ali qualquer entidade que teima em me colocar pedras no meu caminho. Sim, a psoríase confirma-se. Mas a vida também me ensinou a relativizar os problemas e a sorrir sempre. Por isso não vou desmoralizar. Relativizar sempre, porque podia ser pior. Porque há coisas que não conseguimos mudar, por isso não podemos deixar que elas nos afetem ainda mais. Somos nós que decidimos o quão os cenários podem ser negros, o quão as coisas nos afetam. É simples. A vida continua. 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Os últimos livros





Pura Coincidência de Renée knight é um thriller psicológico muito bem construído e que nos reserva inúmeras surpresas ao longo da história. Tudo se desenvolve à volta de um livro "O perfeito desconhecido" que retrata acontecimentos do passado da protagonista, Catherine, que ela tentou esconder de toda a gente durante 20 anos. O problema é que o livro acaba por chegar às mãos do marido e do filho e as reações são devastadoras... O livro garante uma leitura rápida, tal é a nossa vontade de desvendar a verdade...

O Suspeito de Michael Robotham foi uma sugestão da Lénia do Not so Fast. Como ela gosta tanto como eu de policiais, arrisquei e não desiludiu. Joseph aparenta ter a vida perfeita: uma família bonita, uma carreira bem sucedida de psicólogo. Mas vê-se envolvido nas investigação de um homicídio, o que irá perturbar toda a sua vida...


A procura de Sana de Richard Zimler foi outra sugestão de uma leitora do blogue (não me lembro do nome, sorry...). Foi uma leitura agradável e cativante, mas mesmo assim preferi o "Anagramas de Varsóvia". No livro, um escritor, o próprio Richard Zimler, encontra na Austrália uma admiradora, bailarina, que lhe diz que o seu livro O Último Cabalista de Lisboa influenciou muito a sua vida. A mulher suicida-se frente ao escritor e Zimler tenta reconstituir a vida de Sana, o que nos leva a temas como o conflito israelita/ palestiniano, o terrorismo, etc. 

Recomendo os 3 livros. E vem aí a Feira do Livro, por isso, são sempre bem-vindas novas sugestões



quarta-feira, 11 de maio de 2016

Acompanhamento saudável


É complicado pensar todos os dias em "o que fazer para jantar", até porque queremos algo bom, rápido e saudável. E nem sempre é fácil fugir aos tradicionais arrozes e massas. Mas tenho tido um cuidado redobrado com hidratos de carbono ao jantar, por isso tenho andado à procura de alternativas...

Ontem experimentei "arroz de couve flor" e é delicioso! pronto em cerca de 5 minutos. 

É só picar a couve flor (eu piquei 2 segundo, velocidade 5 - fiz o processo por várias vezes). Numa frigideira, piquei uma cebola e refoguei em azeite. Juntei 3 alhos picados e adicionei a couve flor. Temperei bem com alho picado seco, sal miúdo e pimenta preta. Vai-se mexendo e em cerca de 5 minutos está pronto. Acompanhei com peito de frango grelhado e estava delicioso. 

* foto retirada da net

terça-feira, 10 de maio de 2016

A mim tudo me acontece

Dizem que a profissão de Relações Públicas / Consultor de comunicação/ Assessor de Imprensa está na lista das mais stressantes e desgastantes. Há quem pense que é só croquetes e festas, mas não: é gerir expectativas impossíveis, prazos loucos, gerir interesses, prazos, fazer a ligação entre jornalistas e empresas (em que ambos têm que ficar satisfeitos), é ter crises impensáveis nos momentos mais inoportunos, é não ter horários, etc. 

Misturem essas exigências profissionais, um ritmo alucinante de muito trabalho, stress familiar, um feitio explosivo e tinha de dar para o torto.

Apareceram-me umas manchas no corpo há algumas semanas. Relativizei. Não há tempo para se preocupar com umas manchas. Depois começaram a aparecer em grande escala e a escamar. E olhei para elas e vi um cenário demasiado familiar. Já de consulta marcada para confirmar diagnóstico, acho que me apareceu aos 32 anos Psoríase. Posso soltar uns palavrões?

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Destes dias

Fim de semana de chuva torrencial quando tínhamos planeado ir aos Passadiços do Paiva. Claro que tivemos de cancelar. Estava ansiosa pelo primeiro fim-de-semana fora do ano. Por isso tivemos de compensar, e nada melhor do que um sushi delicioso (o Sushisan está cada vez melhor: desta vez serviram-nos 3 qualidades diferentes de Gunkans e ficamos rendidos). E fui comprar biquínis para chamar o bom tempo. E ainda houve tempo para muito mimo, muita brincadeira e exercícios físicos. Estou mesmo orgulhosa de mim: para quem caía quando se punha em posição de prancha e que mal conseguia andar sem dores (tudo devido à cirurgia), já corri 5 km e já sinto o meu corpo com cada vez mais força.