Aprendi com o tempo (isto de lidar com o nosso corpo é um processo demorado) que devemos dividir os nossos complexos em dois grupos: aquilo que está ao nosso alcance mudar e o que não está.
Porque é que temos que nos martirizar porque não gostamos do nosso nariz, do formato da nossa boca, das orelhas, etc? Se tiverem dinheiro para cirurgias, avancem. Senão, temos que parar de pensar nisso e viver com o nosso corpo. É nosso e vamos ter que o aturar até aos 70 anos, com tendência a piorar. É horrível estarmos a prejudicar a nossa vida social e não aproveitar os momentos bons da vida só porque nos focamos em pormenores do nosso corpo.
Tenho estrias que não gosto. Mas não tenho modo de as tirar. Por isso, não penso nela. E gozo a praia na mesma. Alguém não gosta de ver? Que desvie o olhar. E acreditem que há coisas em que nos focamos e as outras pessoas mal reparem.
Vivo mais mal por exemplo com coisas que posso mudar: quilos a mais ou flacidez. Porque sou a única pessoa que pode fazer com que estes problemas desapareçam. O segredo está em focar-nos e decidir que queremos mesmo mudar. E não desistir. Porque se queremos mudar, somos donos do nosso destino.
O ano passado com os meus problemas de saúde refugiei-me na comida (bolachas, doces e afins): um dos grandes problemas das mulheres compensar com alimentos. Reflectiu-se no corpo, na roupa mais justa e já detestava olhar-me ao espelho. Mas há algumas semanas que decidi mudar e já se notem os resultados.