quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O Natal e os sonhos


Quando eu era criança, vivia numa família unida e feliz. As minhas mais belas recordações aconteceram no Natal, quando éramos cerca de 15 pessoas à mesa. Muita coisa aconteceu entretanto e nunca mais vivi o verdadeiro sentimento de natal em família.

Este ano, a minha irmã do Porto convidou-nos a juntar a família toda que está em Portugal. Eu fiquei extasiada com a ideia. Poder dar ao Simão uma verdadeira consoada, com os primos e tia, com brincadeiras, com os mimos da avó, com partilha. Pareço uma menina de quatro anos outra vez.

O problema está claro na profissão do marido. Eu pedi-lhe para mover montanhas e eu sei que ele vai fazer tudo para me dar o mais belo presente de Natal desde há mais de 20 anos.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Das modas


Ir às compras com o meu singelo corpinho assusta-me. Fui à H&M e levei imensas camisolas comigo para o provador. Tamanhos Xs para o meu corpo de 1.63m e 50kg. Quando me olho ao espelho parece que acabei de me enfiar num saco de batatas largueirão. Nem a roupa do homem lá de casa me fica tão larga e estamos a falar de um xl masculino. Não sei se este tipo de moda favorece alguém ou algum tipo de corpo mas a mim estes modelos ficam-me pessimamente.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

mulheres



A minha vida anda num rodopio. Desde que voltei de férias que têm sido horas extras, fins-de-semana a trabalhar, etc. E o pouco tempo que me resta é passado com a família e amigos. É o que me dá equilíbrio mental e físico.

Estou bem e em paz mas com pouco tempo. Ninguém nos ensina a assumir todos os papéis que devemos encarnar. Todos em simultâneo, ainda por cima. E temos que ser as melhores no que fazemos. No trabalho, porque começamos a sentir que, pelo menos na minha profissão, estamos no limbo: nem suficiente jovem para te admitirem em certos cargos e certos erros mas não suficientemente velhas para nos darem a responsabilidade e a credibilidade que a idade confere.

E ser mãe com um trabalho destes? Ter o peso na consciência que não estamos em todos os momentos. Que poderíamos viver mais. Que chegamos à noite mortas de cansaço e que não temos forças para brincar condignamente com eles?

É dura essa gestão. Mas fazemos sempre o melhor. Reajustamos prioridades. E vivemos cada momento