O final do ano foi muito tempestuoso cá por casa. Como sabem
os últimos meses não foram fáceis para nós enquanto casal. Mas tínhamos
decidido dar uma última oportunidade.
E depois vieram os meus sogros. A história prolonga-se há
meses sem o saber, com mentiras e omissões, o que mais detesto num homem.
A minha sogra anda a fazer pressão psicológica no filho há
meses tudo baseado no facto de ou o L. vai à terra ou o pai mata-se. Há um ano
que não vamos à aldeia porque este ano não tive férias e fins-de-semana não dá.
O L. cheio de remorsos queria que fossemos lá no Natal,
porque o pai se ia matar. Quando eu trabalho. O L. disse que ia lá passar o
fim-de-semana ou que a própria mãe respondeu “sozinho não vale a pena cá vires”.
O burro foi na mesma. Queria que levasse o pequeno no autocarro quando são
cerca de 8 horas de viagens e com frio. Depois queria que eu pedisse a semana mesmo
correndo o risco de ficar sem emprego. E o filho a alinhar nesta palhaçada. E
pronto eu passei-me. Descobri que há meses que ele mente, que está a trabalhar
quando não está, etc.
As discussões foram muito feias mesmo. Ele a acusar-me que
era insensível. Eu não consigo ter pena. Afinal são eles que dizem que eles não
vêem cá, quando são constantemente convidados. Afinal ela é que é uma péssima
mãe quando ela devia era proteger o filho dela.
Enfim, tem sido uma situação deprimente. Vamos ver o que
2014 nos reserva, mas não vou admitir tanta intromissão. Eu percebo que ele
tenha medo e pena, mas ninguém lhe deveria colocar este peso nos ombros. Mas
não podemos mudar a nossa vida por causa de chantagens fáceis.