quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A melhor descoberta do ano


A melhor descoberta que fiz nos últimos meses foi o Top Coat. Muitas já descobriram as suas potencialidades, mas acredito que ainda haja quem não use. Por isso, oiçam e façam do top coat o vosso melhor amigo!

Tenho pouco tempo para pintar as unhas. Não tenho 50 minutos por semana para me dedicar a dondoquice do verniz gel. Normalmente pinto as unhas domingo à noite, depois do jantar. O problema é que o verniz tem que secar e aguentar o máximo de dias possíveis entre banhos, brincadeiras, tachos, panelas, teclados e companhia.

O top coat resolve todos estes problemas. Odeio acordar de manhã e ver o verniz todo marcado dos lençóis. Uma camada de top coat e resolve-se o problema. Fica sem marcas inestéticas, brilho extra, unhas mais fortificadas e o verniz aguenta-se sem lascas uma semana (o meu aguenta-se bem de domingo a sábado).  Quando tenho essas malditas marcas, coloco top coat no carro depois de deixar o pequeno na creche e seca até ao trabalho.


Agora quero ver se compro o da Mavala que seca em segundos. Sempre adorei ter as unhas pintadas mas antes era um fardo, agora é mesmo um puro prazer!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Feminino fora de hora


O ser humano tem uma ânsia de viver enorme. De viver o futuro, o que há-de vir. Tanto que, por vezes, se esquece de saborear o momento presente.

E quando somos novos, queremos crescer. Tão rápido, que nem nos lembramos de gozar a infância, a adolescência. Queremos ser adultos e imitamo-los. Mas será que os pais não deveriam acalmar este ímpeto ou simplesmente devem deixá-los voar, ao seu ritmo, mesmo sendo esse demasiado acelerado?

Não sei a resposta a esta pergunta. Mas sei que me custa ver meninas-mulheres. Bebés com dois anos na praia com o seu biquíni duas peças. Ver meninas com cerca de cinco anos com maquilhagem carregada e pouco angelical. Ver pré-adolescentes com 10/12 anos a ir para a escola com calções tão curtos, tão curtos que mais parecem cuecas. Meninas com roupas, penteado e jeito de mulher.

Assusta-me um pouco, admito. Não deve ser fácil enquanto pai tentar incutir um equilíbrio. Dizem que foram as empresas de moda que criaram esta tendência. Mas custa-me culpar sempre os mesmos.


Enfim, quase parece o desabafo de uma velhinha de 80 anos: “quando eu era jovem, tudo era diferente”…

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Uma questão de atracção


À pergunta: o que é que a atrai num homem? cada mulher tem a sua resposta. Em termos físicos: gosto de mãos fortes, gosto de um sorriso bonito, de um olhar expressivo e de um bom rabo.

Mas aquilo que mais me atrai é um homem seguro de si mesmo. Adoro. Adoro ver um homem que sabe o que vale e que se sente bem com ele próprio. Que demonstra aquele ar seguro de si. Sabe que tem defeitos, mas vive bem com ele mesmo, que não se leva muito a sério, que sabe fazer piadas inteligentes (e isso não é ser-se convencido). Acho que nos dá uma sensação de protecção a nós mulheres. E quem é que não gosta de se sentir segura e protegida?

Não sei se é por isso que sempre gostei mais de homens maduros, porque os homens ao envelhecer, ganham aquela segurança que só a experiência pode dar. E acho que também por isso que um homem com filhos é tão atractivo: acho que os homens se tornam mais estáveis, com menos medos e preconceitos de mostrar a sua parte mais sensível.


E a vocês, o que vos atrai num homem?

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Coisas de menino e coisas de menina


O Simão adora maquilhagem. E panelas, e esfregonas, e roupa, e cabides, e vernizes coloridos, e colares, e écharpes à volta do pescoço. Só coisas de mulher. Eu não incentivo mas ele delira com estas coisas femininas.
De manhã, senta-se sempre aos meus pés, frente ao espelho, e começa "dá, dá” e estende a mão para cima. E eu vou usando e passando para baixo. Ele já espalha blush, e corrector, e põe tão bem o batom. É um mimo.

O pai é que não acha muita piada (trata-se de um espécimen antiquado, mesmo). E se não fosse o risco de colapso cardíaco do pai, ainda pintava as unhas ao garoto. Ele ia adorar. Mas prefiro não arriscar: não quero ser culpada de desvios futuros. Eu só lhe digo que estamos a criar o futuro Yves Saint Laurent!

terça-feira, 17 de setembro de 2013


Ouvimos muitas vezes que quando nasce um bebé, nasce uma mãe. Mas esquecemo-nos muitas vezes que também nasce um pai, que tem um papel tão importante. E é por isso que acho um crime certas mães promoverem o afastamento de pai e filho.

Ele é a estabilidade da nova família. Quando a chegada do pequeno ser abala as rotinas estabelecidas, é ele que mantém os cordéis e a nossa pouca estabilidade psicológica. Enquanto a mãe está aflita com as mamadas e a chorar compulsivamente por causa das hormonas, o pai trata de tudo o que é acessório.

E nasce um pai preocupado, que adora ensinar o filho, que cuida dele na doença, que se levanta a meio da noite, que faz sacrifícios e trabalha mais para o poder mimar mais, um pai que muda fraldas (quando ele não é a própria fralda), que educa, que passa o pouco tempo que tem nas lidas domésticas para nós termos mais tempo para brincar com o nosso filho, etc.

O pai é o sustento emocional de uma família. Acredito que sim. Adoro olhar para aquele homem que escolhi para parceiro e ver essa veia tão sentimental, tão pura, que é a sua veia de pai. Um pai extremoso, dedicado, carinhoso. Francamente, não há nada mais sexy do que isso.


Tive o melhor pai e dei o melhor pai ao Simão. Por vezes sou injusta com ele, porque claro nunca nada é perfeito e também ele fica uma pilha de nervos sem dormir e com cansaço acumulado. Mas nos últimos tempos tenho aproveitado o melhor que tenho: estes dois homens maravilhosos. E tenho sido muito feliz assim.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Da moda

Nunca gostei muito da roupa de inverno. Facilmente me apaixono por roupa de verão, mas para os tempos mais frios, nunca acho nada muito apelativo. Mas este ano vou ter mesmo que renovar o guarda-roupa pois a trabalhar (se me renovarem o contrato) não tenho Mesmo nada que vestir. Sempre tive pouca roupa de inverno e já não compro nada há dois anos e o pouco que tenho ficou deformado/ manchado com a gravidez.

Tenho estado atenta às tendências mas as páginas das revistas mais parecem um filme de terror. Casacos grandalhão, sem cortes? E aqueles padrões e tecidos todos misturados?

Francamente isso é feminino e lindo? Onde? Onde? 
O meu sentido de moda estão tãoooo ultrapassado. Já percebi que comprar roupa se vai tornar um desafio enorme! 

sábado, 14 de setembro de 2013

Fim-de-semana fora


A peste maior lá de casa está há quase quinze dias em casa com a peste minorca. Por isso está literalmente a dar em doido. Sim, porque a pestinha tem uma energia e uma capacidade de desarrumar mil vezes superiores ao do pai. E o pai é daqueles que (ainda) ficam loucos quando há coisas fora do sítio. Adenda: quando os outros põem coisas fora do lugar. Ele torna-se tão stressante, que até a mim me enerva.


Então decidi fazer uma surpresa à família. Não é uma mega surpresa mas vai dar para sair de casa e da rotina. Para ele cujas férias este ano foram passadas em Lisboa (e sabe Deus o quanto este homem está a ressacar pelo Norte) e para mim que estou saturada da rotina casa-trabalho. Vamos ali e já voltamos sim?

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Da nossa vida, pelos outros


Há quem viva a felicidade através dos outros. Ou antes: há quem meda a sua felicidade de acordo com a desgraça dos outros.

Conheço cada vez mais pessoas assim. Não sei se se revelam mais agora que a “crise” tem trazido algumas contenções.

Deveríamos conseguir ser feliz por aquilo que nós conseguimos alcançar, per si. Julgar o que temos, comparando com o que os outros têm é deprimente. O exponente máximo deste modo de vida é a mulher do melhor amigo do marido. Odeia a sua casa porque é velha mas afinal porque algumas amigas vivem em casas piores, afinal até gosta muito da sua casa maravilhosa. O carro deles é velho e não servia até outro casal amigo ter tido um carro ainda mais velho.

Há gente que só está bem se estiver melhor que os outros. Acho isso tão pouco saudável. Temos que saber encontrar o nosso bem-estar em nós e nas nossas coisas. Devemo-nos alegrar com a felicidade dos outros. E se temos aquela inveja saudável ao olhar para o que é dos outros, devemos pegar nessa inveja e convertê-la em força e motivação para alcançar algo semelhante para nós.

Comentários como «eles eram uma família que tinha tudo mas afinal também não são felizes» ditos com um ar de satisfação, cria em mim instintos assassinos.

Devíamos tanto lutar pelos nossos e pelo que é nosso e olhar menos para a casa da vizinha. A felicidade está ali tão perto e muitas vezes nem olhamos para ela, tão concentrados que nós estamos na felicidade dos outros. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Dos amigos

O nascimento de um filho cria uma triagem natural dos amigos que interessam e dos que não merecem o título de amigos. Neste último mês, tive mais provas disso. E perante o afastamento de um casal amigo “sem filhos”, decidi confrontá-los perante as circunstâncias. E ouvimos cada coisa…

Afinal somos pais demasiado fundamentalistas. Porque nunca queremos ir à praia com o Simão à tarde. Porque connosco é sempre de manhã ou no final do dia. Afinal não faz mal de vez em quando ir à praia fora de horas. Somos pais fundamentalistas porque têm outros amigos que têm filhos com a mesma idade que não fazem sestas e que são saudáveis na mesma. Somos fundamentalistas porque não queremos ir para cafés/bares à noite porque é hora de dormir e porque a música é demasiado alta e não achamos o local adequado para uma criança com esta idade. O Luís é um exagerado porque anda sempre cansado e é uma seca (tentem não dormir uma noite seguida há mais de um ano e trabalhar por turnos) e porque o Luís nas folgas fica em casa com o pequeno quando está doente em vez de o pôr na creche. Até ouviu recriminações por naquele dia em que o Simão foi levado de urgência para o Hospital ter deixado tudo e corrido ter com ele.

O que me alegra é que esta gente vai morder a língua quando tiver filhos. Ou não, e isso ainda me assusta mais.

Eu passei a ter um filho e as minhas opções de vida passam agora a ter em conta as suas necessidades. Eu faço tudo o que fazia antes, mas de outra forma. E há situações que, na minha opinião, não são saudáveis para crianças de um ano.


Mas eu é que sou fundamentalista. Tanto que já risquei mais um nome na minha lista de supostos amigos

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Devaneios


Este mês os acontecimentos fizeram-me pensar muito. O meu período apareceu de uma determinada forma: e isso só tinha acontecido uma única vez: quando estava grávida. Associado ao facto de ter sido mês de mudança de contracepção, fiquei a pensar, será?

Perante o facto, fiquei aflita. Eu que dizia sempre ao L. que queria ter outro filho (e ele sempre a recusar pois ficou demasiado traumatizado com o primeiro) soube que não desejava outro filho. Por mil motivos: primeiro, sinto-me neste momento física e psicologicamente incapaz de passar por outra gravidez e outros primeiros meses de recém-nascido (sim, a experiência foi mesmo traumática mas as mães esquecem mais rápido). Depois descobri que não quero irmãos para o Simão. Eu que sempre pensei que ter irmãos é ter felicidade, partilha de experiências, sei agora que também são guerras e complicações. E não quero isso para o meu filho. Estou cega por uma má experiência, há irmãos que se dão lindamente: eu sei. Mas acho que ele terá que conseguir essa ligação especial com primos, amigos, etc.

E depois penso que não seria capaz de amar outro filho como amo o Simão. Sei que o amor não se divide mas que se multiplica, mas parece-me uma pequena traição. Este amor é tão grande que me parece que não conseguiria amar tanto outro filho e a última coisa que gostaria era de não ser justa com dois filhos, e fazer diferenciações. Mas tenho a certeza que ao nascer, eu iria amá-lo. Mas da mesma forma?

Mas também sei que depois de sentir crescer dentro de mim um pequeno ser, depois de o ver nascer (eu não vi, adiante) e de o ver crescer e tornar-se numa criança linda, sei que nunca iria abortar. Sei que seria incapaz.

Mas pronto, estas reflexões foram só devido a um atraso que não teve mais consequências do que este post longo e chato.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A minha singela opinião

Aquilo que eu mais gosto nesta fase são as teorias de educação. ADORO! Servem para tudo principalmente ficar de olhos em bico e rir-me com algumas estupidezes. Mas a verdade é que estão na moda. E alguns pais antes de dizer uma palavra ao filho, têm de consultar a sua Bíblia. E espontaneidade? Nós é que conhecemos o bicho, certo? E cada criança é diferente, não? E erros toda a gente faz, certo? pois educar é um processo bilateral: educamos os filhos a tornarem-se crianças e adultos saudáveis e eles educam-nos a ser pais.

E não gosto de generalizações baratas. E incutir culpas aos pais por as crianças não serem crianças modelos. Sim, eu tento educar da melhor forma, tento ter mão nele, mas o Simão é uma criança com muita vitalidade e sede de descoberta. E sim, não faço certas coisas porque sei que seria insuportável para ele, para mim, e por respeito às pessoas que estão no mesmo local.

É muito difícil ter o Simão sentado numa cadeira à mesa durante 1h30 num restaurante sem ele querer mexer em tudo, saltar da cadeira e falar alto. Por isso mudei alguns hábitos, porque também respeito as outras pessoas que vão a locais giros para descontrair e não têm de levar com o meu pestinha. Eu devia conseguir mudar isso? Quando tiver mais idade, tudo bem, mas agora considero o comportamento normal de uma criança com 14 meses (o que não quer dizer que não seja normal haver crianças que consigam entreter-se sozinhas na mesma situação)


Também eu deveria ir consultar a Bíblia do guru mais em voga, está visto…

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Renovação


Nunca senti, como a maioria, a força da renovação em Janeiro, com a passagem de ano. O meu ciclo inicia-se em Setembro. Sempre. Mesmo não estudando há muitos anos.

É em Setembro que gosto de renovar as forças, de fazer mudanças (em casa, etc.), de planear férias, de pensar no novo ano que se avizinha.

O que espero deste ano? O que realmente importa: saúde e felicidade! Em termos mais materiais quero renovar o quarto do pequeno e mudar uns apontamentos gerais à casa, quero festejar em grande o meu trigésimo aniversário, quero ler mais, quero trocar de carro, quero passar três semanas de férias seguidas na minha aldeia, férias tipicamente “à emigrante”, quero fazer uma tatuagem (quando encontrar uma com significado), e mais e mais e mais.


Eu só funciono bem com planos, com objectivos. Gosto de trabalhar a pensar no que quero alcançar. Não fico frustrada se depois não o consigo, mas não consigo viver sem rumos pré-estabelecidos. Apesar de adorar viver “sem regras”.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A minha vida num minuto


A sexta estava a correr bem. A sexta corre sempre bem neste escritório. Os risos são mais frequentes e sentidos, as conversas informais abundam e sentimo-nos todos mais leves e descontraídos.

A sexta passada não foi excepção até que às 13h08 toca o meu telemóvel e oiço o Luís a dizer-me «Estou no Hospital. O Simão foi internado de urgência porque teve convulsões e esteve cinco minutos inconsciente». Ainda tremo só de pensar no medo devastador, no pânico e em todos os sentimentos que confluíram em mim em apenas alguns segundos.
Rumei ao Hospital com o medo a percorrer-me: o medo de o perder, o medo do desconhecido, o medo da doença e da rotina dos Hospitais. Agosto já me tirou duas pessoas, não podia acreditar que o meu pequeno estaria a sofrer sem eu estar ali.

Tudo indica que foi convulsão de febre mas temeu-se o pior: meningites, problemas cardíacos, epilepsia.

Só os nossos filhos para nos fazem sentir sentimentos tão intensos: de felicidade máxima e de terror genuíno. Felizmente está estável apesar de dois dias depois termos dado entrada no Hospital novamente por um vírus se ter apoderado dele e estar agora com o corpo cheio de borbulhas muito feias.

Foi uma estalada tremenda. Fez-me acordar novamente para a vida. Tenho-me queixado tanto da vida, quando afinal nada pelo que estava a passar importa, porque desde que estejamos com saúde e juntos, tudo o resto é fútil.

E afinal só temos a vida pela qual lutamos.