terça-feira, 30 de abril de 2013

Então é assim

 
As últimas semanas foram de loucos: encontrar uma creche, fazer a inscrição, preparar tudo, tratar das burocracias, etc. E claro aproveitar ao máximo os últimos dias da minha "licença de maternidade" alargada.
 
Comecei a trabalhar na segunda e por enquanto está a correr bem. Estou na fase de adaptação e pelos vistos vou mudar de clientes, secretária e chefa, agora que me estava a habituar. Não tenho tempo para nada e esta semana é mais light porque o pai está em casa. Para a semana começa a rotina a séria, que certamente me vai tirar do sério.
 
Estou feliz, mas cansada. O pequeno começou a dar péssimas noites logo agora. Mas tudo se vai fazendo. E agora vou brincar ali com o meu menino lindo.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

E pronto...

 
Fiquei com o emprego, numa das maiores agências de comunicação do país. Estou cagada, com medo de não ser capaz. É um grande desafio. E conhecer mais gente nova.
 
E claro só me apetece chorar por deixar o pequeno. Há meses que vivo 24horas por dia com ele. Custa-me tanto pensar que vou perder tanto do seu crescimento. Mas também sei que tinha de ser. Mas o coração de mãe nem sempre é racional...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Por aqui...

Ando distante do blogue. Este não me tem dado tanto prazer. É uma fase, com certeza. Tenho tido dias super preenchidos: muitos passeios e brincadeiras com o pequeno. E ele é tão "exigente" que me ocupa o tempo todo e nem me pode ver de computador ligado. Tenho tido outras prioridades. Ando um pouco ansiosa com o resultado de uma entrevista e as mudanças no dia-a-dia que podem daí advir. E sinto-me extremamente cansada. Por isso quando chega a noite e ele finalmente dorme, só me quero enroscar no sofá e descansar...

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Amor não se mete em cifrões


Custa-me ver tantos pais e futuros pais tão preocupados com o bem-estar "económico" dos seus filhos. Quando há coisas que só os pais é que precisam delas por uma questão de ego social.

O meu tem o melhor apoio de saúde, tem a alimentação que considero a mais saudável, tem tudo o que precisa para viver em segurança e a melhor higiene. Depois, não tem uma única peça de roupa de grande marca (só os sapatos porque uma questão de saúde), tem brinquedos q.b, tem um quarto do IKEA. E tem uma coisa super importante: amor. Muito amor. E tempo de qualidade com os pais. Muitas brincadeiras. Tudo ao ritmo dele e pensado para ele. Ele é a prioridade do pai e da mãe. E isso sim é o que ele vai recordar, isso sim é que o vai tornar um adulto saudável, e não se a etiqueta do blusão era Chicco ou Primark.

As crianças não precisam nem de metade daquilo que nos fazem crer. E por vezes estamos tão preocupados em juntar dinheiro para coisas que não são assim tão importantes que nos esquecemos de passar tempo com as crianças. Quero acreditar que não há melhor plano para uma criança do que chegar ao fim-de-semana e poder ir andar de bicicleta com o pai, jogar a bola no parque, fazer um bolo com a mãe, rebolar na relva.
 
Porque há coisas a que eles não ligam nada. E é tão fácil fazê-los felizes. E sim, pode-se ser pobre e muito feliz!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A não perder!

 
Admito que quando começei o livro pensei «é disto que toda a gente fala?». Só me fazia lembrar aquela literatura barata que vinha com a Maria. Mas depois torna-se viciante. A história está muito bem estruturada e desenvolvida. Pouco a pouco, dá-nos a conhecer  os pormenores que nos fazem criar uma imagem das personagens e das suas mentes. Este é um livro psicológico que desenvolve os lados mais obscuros (mas também tão reais) da mente humana e da relação no casal.
 
Para quem não saiba, esta é a história de Amy que desaparece no dia do seu 5º aniversário de casamento. O marido, Nick, é o principal suspeito. Nada é o que parece. E temos surpresas e reviravoltas constantes.
 
Recomendo mesmo. A não perder! Nota: 5/5

terça-feira, 9 de abril de 2013

Dos macaquinhos amestrados

No livro que estou a ler, fala-se de macaquinhos amestrados. Quem são eles? Os nossos maridos (a maioria vá). E se olharmos à nossa volta encontramos alguns homens que se anularam com o casamento e que deixaram de fazer muitas das suas actividades preferidas para só fazer o que a mulher deles quer e gosta.
 
Quem de nós nunca disse ao seu companheiro "claro que não me importa que faças isto", mas pensando completamente o contrário. Depois recriminamos-o justamente por aquilo que nós próprias o incentivamos a fazer. É uma espécie de coerção emocional. Podemos não nos dar conta, mas a verdade é que caimos facilmente na tentação de moldar o nosso companheiro àquilo que nós gostaríamos que ele fosse.
 
E a deixa de "faz isto quando poderes (mudar a lâmpada fundida, baixar o estrado do berço, etc.)", mas com isso queremos dizer "já". E os homens são bichos que gostam de liberdade, por isso se não têm prazo, alongam-se no tempo. E depois algumas amuam e quando lhes perguntam o que têm só respondem "nada". Um "nada" que encerra mil e umas queixas.
 
Mas será que nunca ninguém pensou fazer uma investigação científica do verdadeiro alcance e significado da linguagem feminina?

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O que é bom, é para ser vivido...


A minha mãe ensinou-me que as coisas boas são para ser cuidadas e poupadas. Quando temos algo bom, devemos guardá-lo para uma ocasião especial. Não devemos gastar tudo de uma vez para que não acabe rápido...
 
E até há alguns anos eu também era assim. Até que pensei e me dei conta que assim deixava de aproveitar muita coisa e que até muita coisa se estragava sem lhe dar o seu devido uso, só tendo o gozo de saber que estava ali. E depois qual o verdadeiro interesse disso? Para quê ter uma blusa estupenda que adoro guardada no armário se não a uso muitas vezes para não se estragar? Para quê deixar de usar o perfume caro só para não acabar depressa? Para quê não abrir aquela garrafa de vinho bom num simples almoço domingueiro?
 
Por isso mudei. A felicidade não está em ter as coisas só por ter. Mas sim para se usufruir delas ao máximo. As coisas materiais existem para nos proporcionar bem-estar. E depois porquê guardar as coisas para um momento especial, quando este pode nunca surgir, porque a morte nos pode surpreender?

quinta-feira, 4 de abril de 2013

5 estrelas

Só tenho uma palavra. Esplêndido. O Carlos Ruiz Zafón é um mestre, e se porventura ainda há alguém que nunca tenha lido nada dele, que vá já tratar disso porque está a perder um grande mestre da literatura moderna. Nota: 5/5

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Se a estupidez se doasse...


Há certos tipos de pessoas que não se suportam: os arrogantes, os invejosos, os que pensam que são superiores, etc. Não gostamos deles, mas convivemos com eles porque assim ditam as regras sociais. Mas há um tipo de gente que nem sequer respeito: os que se recusam a ser dadores.
Acho que é a prova maior da pequenez moral de uma pessoa. Para mim simplesmente esta pessoa não vale nada. Como é que alguém é capaz de se recusar a ajudar outro com um pouco de si. E quando me dizem que só dão sangue ou medula se conhecerem a pessoa que precisa, fico furibunda. Que grande altruísmo!
Mas destes, os piores são aqueles que dizem que se recusam a doar órgãos depois de mortos. Em vida, ainda me podem vir com a história que têm medo de injecções (mas queria ver se fosse o filho deles a definhar numa cama de hospita,l se não queriam que todos superassem os seus medos para lhe salvar a vida). Agora quando se está morto, acabou tudo. Não precisamos de mais nada, porque afinal, tudo vai apodrecer. Não sentimos dor. E podemos salvar uma ou muitas vidas. E não há melhor forma de morrer do que fazer renascer outra vida. Há pessoas que se dizem muito generosas mas depois só o são quando não custa muito: quando não têm que se deslocar ao hospital, quando não têm que suportar uma pica.
 
Não há melhor exercício do que colocar-nos na pele dos outros, para repensar as nossas prioridades e argumentos. Mas há pessoas que só conseguem pensar quando realmente passam por elas, e às vezes até mereciam que ninguém lhes estendesse a mão...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O meu Segredo


Há quem procura forças e esperança em livros de auto-ajuda (não critico, mas francamente nunca achei grande piada a este tipo de livros), há quem recorra à religião, ...
 
Nesta fase difícil em termos económicos e profissionais, olho para esta foto que sempre admirei e adoro. Desde criança olhava para esta foto com grande fascínio. Não consigo explicar a atracção, mas ainda hoje me dá força. Aqui está o meu pai e dois irmãos acabados de chegar às barracas de Saint-Denis onde iriam iniciar uma nova vida. O seu olhar transmite-me força, esperança, alegria. Olho para ele, e sei que não vou desistir. Que a vida me vai reservar muitas surpresas e que não posso baixar os braços, por mais dificuldades que se apresentam. Afinal aquele sangue corajoso corre-me nas veias.
 
Olho para esta foto e sigo em frente. Afinal aquele homem de 23 anos atravessou meia europa a pé, foi para um país do qual não conhecia nada e teve sucesso. Por isso, eu também vou ter.