sábado, 30 de março de 2013

Um homem inquieto


Este ano não tenho tido grande sorte com os livros. Tenho reparado que muitos escritores não percebem que um livro grande não é sempre um Grande livro. Se este fosse reduzido a um terço poderia ser um bom livro, mas assim começa a um ritmo viciante e depois torna-se enfadonho e demasiado parado para um livro policial e de suspense.
 
Um homem desaparece depois da celebração do seu 75º aniversário. O mistério envolve submarinos russos durante a Guerra fria, espiões e muitas questões políticas.

Francamente não recomendo o livro. Nota:1/5

sexta-feira, 29 de março de 2013

C´est ma vie III


Em Março...

O S. dá papinhas à boca, já faz xau e choca com a mão. Descobre a senhora pilinha e já dá passos pela mão. Mas continua sem se levantar nem sentar sozinho. Prefere chamar pela escrava pessoal. Eu, enquanto, desmoralizei e fui-me abaixo. Há dias em que me senti um trapo inútil, que ninguém quer. Muitos anúncios para estágios não remunerados e para cargos para os quais tenho ou demasiada experiência ou demasiada idade. Quase queimei a minha roupa de inverno como protesto contra a chuva constante. Os passeios foram poucos. Começei a treinar em casa todos os dias. Mas só durou uma semana. Festejamos a primeira Dia do Pai. Estamos finalmente mais próximos e apaixonados. Tive uma ideia maluca de negócio. Comi imensos doces. Tive a visita da minha mãe. Comecei uma luta com a Segurança Social, pois parece que lhes devo dinheiro.
 
Ou seja, Março fui um mês assim assim. Estamos a espera do bom tempo. Preciso do sol para alegrar a minha alma. Parece que tudo é mais fácil com o sol a brilhar no céu.

terça-feira, 26 de março de 2013

Como te imaginas daqui a 10 anos?


Se há pergunta à qual não sei responder é aquela que diz respeito a como me vejo no futuro. Em quase 30 anos de existência, a minha vida mudou tanto e de forma tão inesperada, que sei que a minha vida não vai ser o que penso. A vida reserva-nos sempre surpresas boas e também algumas menos boas.
 
Se pudesse sonhar à vontade, daqui a 10 anos, gostaria de me ver numa moradia com jardim, rodeada de pelos menos mais 2 filhos, apaixonada e com um emprego motivador ou num negócio só meu.
 
Não sou pessimista, mas sei perfeitamente que este quadro é quase impossível. Mas serei feliz com que a vida me irá oferecer. Mas aprendi a não fazer planos a tão longo prazo, para não criar ilusões, para viver mais e melhor o presente.

E vocês, como se vê daqui a dez anos?

quinta-feira, 21 de março de 2013

As tentações lá de casa (além de mim, está claro)

Estou inscrita da Trnd, uma comunidade de marketing participativo, em que temos a possibilidade de testar produtos. E eu recebi um kit de bolachas e bolos Milka. Eles querem opiniões sinceras: aqui vão elas!

 
A lógica das Bolachas e bolos Milka são a partilha num lanche. Mas acho que é mais um mimo quando queremos uma coisinha doce depois de almoço, à noite quando vemos televisão, etc. Porque para lanche, penso que ninguém mata a fome com um só e também não se pode comer muitos porque são altamente calóricos (há bolachas que ultrapassam as 100 calorias). Os bolos são bons mas também não são nada de extraordinário. A grande vantagem destes produtos é que quando damos uma trinca, percebemos a qualidade dos ingredientes e do chocolate, o que raramente acontece com outras marcas. A vantagem é que as bolachas vêm em embalagens individuais ou em pacotes práticos, que permite um transporte fácil e que as bolachas se mantenham em óptimo estado.

Estas eram das bolachas que mais me chamavam a atenção. São boas, sim, mas as do Pingo Doce são muito melhores.


Eu andava babada para provar estas. Sou uma fã incondicional de chocolate e achei demasiado doce e demasiado chocolate. Desiludiram-me, mas houve quem adorasse. O marido anda louco para provar as de chocolate branco.


Estas são muito boas. O chocolate é tão bom e faz toda a diferença. Há muitas outras marcas com bolachas semelhantes, mas estas são as melhores. Nenhuma outra consegue um chocolate tão saboroso.
 
Não dava nada por estas. E são as minhas preferidas. Adoro! O que tem de especial? Não sei, é uma bolacha com cobertura de chocolate, mas tem um sabor único. Adoro!!!
 
Alguém ficou tentado?

quarta-feira, 20 de março de 2013

A Filha do Papa



O livro é simplesmente viciante. Adorei conhecer melhor Pio XII, apesar de depois de tantos livros históricos lidos, não é fácil surpreender-me. Pio II é conhecido pela opinião pública como o Papa nazi, quando efectivamente foi um Papa que salvou milhões de judeus e que lutou contra o nazismo. Neste livro conhecemos o lado pessoal e humano de Pio II e de Pasqualina de quem teve uma filha...
 
A trama tem um ritmo alucinante e tem a qualidade a que Luís Miguel Rocha nos habituou. Muitos comentavam comigo que não conheciam este autor. Sugiro que começam a ler os primeiros livros para perceber melhor a história dos protagonistas, Rafael e Sarah. E O Último Papa continua a ser o meu livro preferido! O autor consegue n´A Filha do Papa manter-nos agarrados até ao fim, sempre a surpreender-nos. Lá em casa, o homem marcou um apagar de luzes obrigatório, de tal maneira estava viciada. Recomendo vivamente. Nota: 4/5

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E agora o que todos estavam a espera...
A vencedora é a Isabel Martins (manda-me um mail para o oamoreperfeito@gmail.com)! Parabéns! Obrigada a todos os que participaram.


terça-feira, 19 de março de 2013

Do dia de hoje

Como podem imaginar este dia tem sempre um sabor agridoce. Claro que sinto sempre um aperto porque sinto muitas saudades do meu pai. Mas o meu presente para ele hoje foi olhar para o céu e sorrir para ele, lembrar-me com amor dos nossos momentos e ser feliz junto dos outros dois homens da minha vida.
 
Sim, porque este é o primeiro dia do pai do L. por isso é muito especial. Nada de comercial, porque acho que estes dias são lindos mas na sua vertente emocional e simbólica. Por isso preparamos uns mimos ao papá (lanche especial quando chegar do trabalho, uma dedicatória e um quadro de lembrança - eu não tenho jeito para trabalhos manuais tá?!).
 
Porque ele é um verdadeiro super pai. Adoro vê-lo a brincar no tapete da sala. E ele na sua infinita paciência a ensinar-lhe mil e umas brincadeiras. O meu pai tinha uma piada especial para o genro: perguntava-lhe mil vezes pela sua pistola (duplo sentido devido à profissão). E sei que hoje teria muito orgulho no resultado e nos pais que nos estamos a tornar.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Para aprender a não comprar as coisas só pelo cheiro

 
Comprei este creme porque prometia ser reafirmante e porque cheira bem. Mas foi uma desilusão. Tem muito pouco de hidratante. Coloco depois do banho e passados pouquíssimos minutos já sinto a pele a repuxar, como se não tivesse posto nada. O creme até pode ser mais ou menos para peles normais, mas para peles secas como a minha não vale mesmo nada. Não recomendo mesmo.
 
Já agora, uma dica em época de crise. Quando os vossos produtos estão a acabar e já não deitam nada: cortem as embalagens e ainda vão ter produto por mais uns dias. Pequenas poupanças fazem a diferença!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Inveja conjugal

Há dias estavam na televisão a falar da inveja entre membros do casal. É incrível como pode existir um sentimento tão negativo e destruidor entre duas pessoas que são, na teoria, um só, um porto de abrigo, uma família.
 
Dizem que há mais inveja no masculino, porque a mulher está habituada e preparada para o sucesso do homem. Agora há muitos homens que vivem muito mal com o facto, por exemplo, da sua companheira ganhar mais do que ele ou ter uma carreira de sucesso que ele não alcançou.
 
E acho isso tão, mas tão parvo. Incompreensível mesmo. Se o outro ganha muito, melhor: é mais dinheiro que entra em casa, o que vai proporcionar uma melhor qualidade de vida para ambos, certo? Não importa qual a proveniência do dinheiro. Como é possível acusar, prejudicar, fazer a vida num inferno à sua companheira por uma questão destas. Mas isso pelos vistos penso eu. Porque pelo que tenho vindo a perceber no que diz respeito a dinheiro conjugal tenho um pensamento antiquado...

segunda-feira, 11 de março de 2013

Os velhos são tramados

A minha querida mãe tem sido de trato cada vez mais complicado. O avançar da idade torna tudo mais difícil e já disse ao L. que se me tornar assim que me interne.
 
Por um lado, queixa-se que está farta de estar sozinha, que não aguenta a solidão (o que é perfeitamente normal). Então eu convido-a a passar cá umas semanas. Não há um dia em que não a tento convencer, porque eu gostava muito que ela nos visitasse com mais frequência. Mas ela não quer. Mas depois acusa-me de nunca lá ir. Só que ela só tem que fazer uma mala e fechar a porta. Eu tenho um filho e um marido que não posso deixar para trás.
 
Depois queixa-se que para vir seria para sempre. Então eu sugeri que podia alugar um apartamento (há 3 vagos no nosso prédio), mas recusa-se porque não quer gastar dinheiro. Só que não estamos propriamente a falar de uma reformada com uma pensão de miséria. Eu só tenho dois quartos e é impossível ter cá outra pessoa a viver a tempo inteiro. E também por uma questão de intimidade, admito. Seria uma solução fantástica, mas recusa-se.
 
E sempre que vem cá quer vergar a nossa casa aos seus ritmos e é totalmente impossível. Aqui levantamo-nos à hora do S (às 7h30), há dias em que não podemos fazer barulhos (quando o pai dorme de dia), almoçamos e jantamos sempre depois do S. - mas ela insiste em jantar as 6 e deitar-se às 7h, por exemplo.
 
Os velhos são tramados (velhos não é mau, é um adjectivo como qualquer outro. Gosto de chamar as coisas pelo nome: velho, feio, deficiente, preto, etc.) e francamente com o passar do tempo, não sei o que ainda me está reservado...

domingo, 10 de março de 2013

Descida ao Inferno

Nem sempre se consegue manter a moral lá no alto e por vezes é preciso descer ao Inferno para recuperar forças e avançar.
 
Estes dias têm sido difíceis. O S. sempre requereu muita atenção mas agora tem sido asfixiante. Só me quer a mim e tenho que estar a poucos centímetros dele senão chora. Se o deixo chorar canso-me de o ouvir, mas também não posso estar sempre presa a ele. Mas depois sinto-me culpada por não lhe dar todo o carinho que necessita.
 
E estou saturada de não ter uma actividade profissional. Tenho saudades de me levantar de manhã a pensar nas tarefas do dia. Tenho saudades de reuniões criativas, de prazos apertados, de escrever, do café com colegas, até do comboio pela manhã! Acho que não fui feita para me dedicar exclusivamente à casa e filhos. Mas também sei que se o S. fosse uma criança mais fácil, tudo seria diferente. Sinto-me numa engrenagem onde os dias são sempre os mesmos, com as mesmas tarefas. E perdi a minha liberdade e espaço que tanto prezo.
 
E depois não tenho disponibilidade para o marido. Só me apetece estar sozinha noutro planeta. Sinto-me mesmo esgotada.

Amanhã será um dia melhor, tenho a certeza.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Quem quer ler, quem é? | Passatempo


E hoje vou começar a ler o tão aguardado livro de Luís Miguel Rocha, A Filha do Papa. Adoro este autor português (por enquanto o melhor livro dele, na minha opinião continua a ser o Último Papa), o primeiro a figurar no top do New York Times. O livro promete-nos revelar a resposta à pergunta: «Será o antissemitismo a verdadeira razão para o Papa Pio XII não ter sido beatificado?».
 
Para quem gosta de romances históricos, este é um dos melhores autores. E nota-se que ele sabe do que está a falar.
 
«Este livro é um vírus. Domina-nos» (Valter Hugo Mãe), «Luís Miguel Rocha pega-nos pela mão e leva-nos numa viagem alucinante pelos meandros da Igreja e os mistérios com uma escrita cativante» (Paula Neves), «Há duas coisas que não posso ter em casa: chocolates e livros novos do Luís Miguel Rocha. Que vício! (Diogo Beja)», são apenas algumas opiniões...
 
O livro foi-me oferecido pela editora para o ler, dar a minha opinião e oferecê-lo a um leitor do blogue!
 
Querem ganhar este livro?
Basta ser seguidor deste blogue (só porque gosto de premiar pessoas que conheço)
Comentar este post com o nome de seguidor e dizer «Eu quero devorar este livro!»
Quem quiser e estiver interessado em seguir as actualizações do autor sobre assuntos do Vaticano, podem fazê-lo aqui
 
Até quando têm para participar? Mal acabar o livro, acaba o passatempo ;) Por isso, eu despachava-me!

Boa sorte!




quinta-feira, 7 de março de 2013

Estilete que desilude

 
Este livro foi uma desilusão. O ponto de partida do livro é uma mabobra de diversão criada pelos aliados para os alemães não saberem onde ocorreria o desembarque...
 
Para quem é fã de Ken Follett e está habituada ao melhor, este livro fica aquém das expectativas. A parte final do livro até é empolgante, mas na primeira metade, não se reconhece a mestria de Ken Follett. Este é um dos primeiros livros do autor e por isso ainda é livro de principiante. Se não soubesse de quem era o livro, nunca imaginaria estar perante um Ken Follett. E quando as expectativas estão altas, a desilusão é maior. Ainda bem que não o comprei, se não teria ficado a chorar os meus 15€. Nota: 2/5

Dos amigos

É engraçado como o nascimento de um bebé tem a capacidade de fazer fugir alguns amigos a sete pés. Quase como se de uma doença contagiosa se tratasse. Claro, que depois do choque inicial percebemos que aquelas pessoas não merecem o nosso pesar e que afinal não eram assim tão amigas. Mas custa sempre. Afinal, a nossa vida muda tanto, tudo é uma verdadeira loucura e não podemos contar com os amigos, com quem deveria ser um porto seguro. Deixam de aparecer lá por casa, deixam de combinar as saídas conosco.( Esabe tão bem depois de horas de loucura, de berros, sentar-se no sofá com uma amiga a beber um leite e conversar um pouco e esquecermo-nos das fraldas, mamilos gretados e companhia).
 
Depois de ser pai, a vida muda. Mas não assim tanto. Os primeiros meses são difíceis mas agora faço tudo como antes, com uma pessoa a mais. A única coisa que não faço é ir ao cinema. Eu não sofro tanto com isso porque a maioria das amigas já são mães, agora o L. é um dos poucos que tem um filho e foi posto totalmente de parte. No início até me sentia culpada por isso. Deixaram de o convidar para o futebol, para correr, para ir tomar café, etc.
 
É triste mas há algo que me alegra. O dia deles há-de chegar. E hão-de sentir na pele o quanto dói ser excluido só porque se tem um filho.

quarta-feira, 6 de março de 2013

O preferido

Não há voltas a dar: o Orange Fizz da Chanel é a cor que gosto mais de ver nas unhas, principalmente quando o sol nos brinda com a sua presença. Adoro mesmo. Acho super feminino. Mas é um verdadeiro verniz para dondonca: é aplicar antes de qualquer evento social, não fazer nada com as mãos e esperar com muita fé que o raio do verniz aguente algumas horas.
 
Para mim não há verniz mais bonito, mas também não há verniz que se aplique pior e que dure tão pouco tempo. Porque é que nada pode ser perfeito?
Acho que este ano vou cometer uma loucura e usar um verniz verde água...

* Foto retirada da net

terça-feira, 5 de março de 2013

Há tempo bem mal empregue


Ouvi muitas boas críticas d´A escrava de Córdova de Alberto S. Santos. Na capa do livro, várias personalidades dizem muito bem do livro. Mas percebi que devem ser amigos e que a sinceridade não ronda por ali.
 
Que livro mais decepcionante! Muito descritivo (até a exaustão), com pormenores que não interessam a ninguém e que não acrescentam nada à história. Uma linha de narração que podia ser muito mais curta, pois a história podia resumir-se a apenas 70 páginas. Sou apologista de que só grandes mestres conseguem fazem grandes descrições com arte e este não é o caso. Eu li o livro a saltar parágrafos de tão aborrecido que é. Mas queria ver como acabava (e nem o fim surpreende). Basicamente é a história de uma cristã (no tempo dos mouros na Ibéria) que é raptada pelos árabes, que se apaixona, que é solta, que volta a ser raptada, que se casa e que volta a casa e mais não digo caso haja por aqui uma alma suicida que ainda queira ler o livro. Ñota: 0/5

segunda-feira, 4 de março de 2013

Marcas de amor

Sou uma pessoa exigente comigo mesma. E odeio falhar. Durante a gravidez e pós-parto portei-me lindamente e não fiquei com marca nenhuma.

Ultimamente desleixei-me na aplicação de creme e tenho bebido pouquíssima água. E pronto, as marcas na pele apareceram logo. Tenho umas marcas estranhas na barriga e estou em sofrimento para perceber se são estrias ou não. Sim, adoro o meu bebé, mas também amo o meu corpo e se depois da gravidez teria ficado com algumas barrigas que se vêem por aí teria ficado louca. Mesmo (e não me venham com sermões que devia ter orgulho das marcas da gravidez porque adoro o meu filho, não me arrependo de nada, mas sou mulher e gosto de gostar do meu corpo).

A minha barriga não é bem a mesma. Não está flácida mas nota-se mais saída. (Pelos visto sou a única a ver qualquer coisa diferente) A ver se começo a fazer abdominais. O pior foram as mamas que perderam tamanho e que ficaram mais sumida e a pele menos lisa. Gostava de ser operada, mas tenho tanto medo a operações. E depois são as cicatrizes que não iria gostar nada. O marido diz que não se vêem nem com biquini mas não me preocupa o olhar dos outros, mas sim quando EU me olho ao espelho. Ele responde que tenho outra cicatriz mais abaixo, mas esta é uma marca de amor, e também não tive grande escolha. Ele responde, e bem, que aquelas também seriam marcas de amor: amor por mim mesma.
 
Mas sou uma medricas e por isso tenho que habituar-me a gostar do meu novo eu (os estragos não são assim tão grandes, mas os suficientes para me deixarem a moer). Mas agora com o Verão a aproximar-se acho que muita roupa vai ser renegada para sempre.