quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

C´est ma vie

Em Janeiro...

Comi o melhor tronco da minha vida. Aproveitei os maravilhosos dias de inverno com sol para passear ao ar livre. O S. deu a primeira queda. Comeu papel higiénico. Provou desconfiado a sua primeira Maria. Deliciou-se com o primeiro iogurte.
 
Iniciei o ano a inscrever-me no Centro de Emprego. Dei muitos beijos nas bochechas. O meu pai faria anos. Fiquei farta de ver anúncios de emprego para estágios curriculares ou com salários abaixo do salário mínimo. O S. bateu palminhas pela primeira vez. E começou a abrir gavetas. Convidámos o padrinho do S. Cá em casa tivemos uma conversa há muito esperada. Deprimi com os dias de chuva, mas melhorei com o sorriso do pequeno. Comecei a tricotar. Andei mais a pé. Diminui o desperdício alimentar. O pequeno aprendeu a berrar de felicidade. E eu tive imensos ataques de riso. Aprendi a fazer um fantástico eye cat e adoro.

Janeiro foi assim um bom mês.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A verdadeira seita do século XXI

As mães são uma verdadeira seita dos tempos modernos. E tudo começa quando há uma grávida à sua volta. Começam logo a dar conselhos e avisos (muitas vezes sem serem pedidos) sobre tudo, como se fossem donas da verdade absoluta. Não comas isto, o teu médico disse para fazer isso?  mas faz antes aquilo, prepara-te o parto é horrível, blablabla.

Mas se eu pensava que a preparação a grávidas por parte de outras mães era dura e chata, quando a cria já nasceu a seita torna-se ainda mais fanática. As mães têm a mania de considerar o seu filho a regra absoluta de como é criar um filho, e esqueçam-se de que cada bebé tem o seu tempo, as suas necessidades, a sua personalidade.

Claro que há mães e mães. Há mães que só opinam quando a isso são convidadas. Há mães que são umas queridas por simplesmente partilharem a sua experiência. Mas há outras que têm um tom acusatório só porque não fazemos o mesmo, só porque não damos o mesmo que comer, só porque impomos outras regras, só porque a nossa cria ainda não faz isto ou aquilo.

Quase parece que existe uma competição latente. Os nossos filhos têm que ser os primeiros a andar, a falar, os mais bem vestidos, etc. Mas também têm que ter as mesmas dores, as mesmas maleitas, as mesmas dificuldades, porque senão és tu que estás a falhar porque não te preocupes o suficiente. És desleixada. Se dizes que o bebé é calmo, é porque te armas e tens a mania que para ti tudo é fácil e cor-de-rosa. Se dizes que o bebé é um diabo, és uma bruxa, que não mereces o que tens.
 
Só tenho um conselho a dar (afinal já faço parte da seita): deixem as crianças crescerem, sem stress. Têm tempo para tudo. E já agora deixem as mães vê-los crescer, com calma. Porque têm tempo de aprender com os erros. Porque ninguém é perfeito e toda a gente os faz.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Desabafo

Ultimamente tenho pensado muito em algo que a minha mãe repetia vezes sem fim: «quando um homem se julga dona de uma mulher e começa a mandar nela, ou o casamento chegou ao fim ou a mulher passa a viver um inferno».
 
E eu não queria nem uma coisa nem outra. Mas desde que estou em casa desempregada, tenho notado algumas atitudes de que não gosto nada. Nunca ninguém mandou em mim. Sabe Deus o quanto o meu pai sofreu para me domar, e mesmo assim sempre fiz o que a minha cabeça me ditava. Sou um pouco selvagem. E se me mandam fazer isto podem estar certo que faço aquilo, mesmo se não era isto que queria fazer à partida.
 
Podem dizer que sou mimada ou teimosa. As pessoas podem sugerir as coisas. As pessoas podem apontar caminhos e opções. Mas não me podem dar ordens como se fossem um objecto ou uma criança. Isso nunca. Tons autoritários e arrogantes e a prepotência deixam-me de cabelos em pé.
 
Por isso depois de me controlar os movimentos e depois de me proibir comer o meu almoço de Domingo, disse basta. Mas será que as pessoas têm que ter um sentimento de posse tão grande a ponto de exigir que as suas companheiras façam o que elas querem? Conversamos, amuamos e agora vamos ver se seguimos em frente. Porque assim não. Nunca.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Tiram-me do sério

Gostava que as pessoas compreendessem finalmente que há quem faça dieta por outros motivos além de perder peso.
 
Odeio os comentariozinhos mesquinhos quando digo que não como isto ou aquilo. Não o faço porque respeito a minha saúde acima de tudo (e mais ainda com um filho). Evito comer porcarias com imensa gordura porque vi o meu pai sofrer com doenças cardíacas, porque o meu irmão faleceu aos 29 anos com uma veia que rebentou e porque eu tenho colesterol genético super elevado. Por isso quero cuidar de mim. E quando digo que prefiro uma salada do que um Big Mac, oiço logo «xiii com 50 quilos e ainda queres emagrecer? Nao és anorética, não?».
 
Acho que conseguem ver fumo a sair-me das orelhas. Fazer dieta significa viver de uma maneira saudável. Porque há quem preza a sua saúde e gostaria de chegar aos 60 anos sem enfartes do miocárdio. Só isso.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Raciocínio no masculino

 
Passo pelo quadrante da porta, e oiço: «és uma verdadeira gata», e fico estupefacta. Surgem-me na mente várias hipóteses:

1. O homem apanhou febre devido à chuva dos últimos dias
2. O homem está carente e esta é uma tentativa baixa de ter sexo
3. O homem foi visitado pelo espírito santo durante a noite e converteu-se num menino atencioso
 
Mas a explicação não tardou em chegar: «és uma verdadeiro gata. És independente como eles, precisas do teu espaço, não tens dono e se pensamos que te dominamos é mentira, quando queres é que vens pedir mimo, senão assanhas-te como eles.»
 
Fiquei a olhar para ele. Afinal ele está certo a 100%. Essa sou eu. Simplesmente eu. Uma gata.
 
P. S: será pura coincidência a minha sogra odeiar gatos?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A magia das páginas volvidas

Este é o típico livro que me atrai pela capa. E depois as críticas são muito boas, tendo a autora ganho o Prémio José Saramago 2011. Gostei do livro: conta a história dos três irmãos Malaquias depois da morte dos pais. O mais bonito que tem este livro é a escrita: rica, cheia de imagens, poética. Mas o final soube-me a pouco. Mas vale a pena. Nota: 2/3

Morreste-me é uma "carta" escrita em estilo directo pelo autor ao pai que faleceu de cancro. Foi uma sugestão antiga de uma leitora do blogue. Até hoje nunca tive coragem de o ler. Quem nunca perdeu alguém e o pai em particular, poderá ficar indiferente ao livro. Mas se passaram pela dor do sofrimento no hospital e pelo adeus final, este livro vai vos fazer chorar do início até ao fim. E sorrir também, mas pouco. Porque este livro é um livro de dor. Nota: 5/5

domingo, 20 de janeiro de 2013


Num mundo perfeito, hoje estaria em nossa casa. O meu menino iria levar-te um miminho. Estaríamos todos à mesa a conversar. Irias sentar-te no teu sofá, com o teu neto ao colo. Irias meter-te com ele e chateá-lo. E a mãe junto à bancada a resmungar. Estou a ver-vos juntos. A rires-te de o ver chateado. Iriamos partilhar um bolo de anos. Iríamos cantar-te os parabéns, contigo, com um sorriso nos lábios e outro no teu olhar. Iria dar-te um abraço forte, o nosso amor unindo-nos nesse laço apertado.
 
Mas neste mundo imperfeito, resta-me lembrar-te e brincar eu com o teu neto, que eu sei que irias adorar. E já lhe dei aquele abraço apertado e o beijo que não lhe podes dar. Hoje e todos os dias penso em ti.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ouro do Inferno

Há muito que não lia um livro tão viciante. A escrita, as personagens, a trama: adorei tudo.
 
O livro relata a fuga de líderes nazis depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Todas as engrenagens, o ouro roubado, as estratégias, a falsidade dos norte-americanos, entre paixões e personagens misteriosas. Recomendo mesmo este livro: 5/5

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Higiene também é beleza

Há semanas quando ouvia a Sandra (Casa dos Segredos) revelar que não cortava as unhas dos pés desde Novembro, já as tendo super grandes (já a revirar), porque não tinha tempo de as cortar, fiquei pensativa
 
Há pessas badalhocas. Badalhocas porque só cuidam do que os outros vêem, e descuidam totalmente a higiene básica, porque não está à vista de todos. Não há tempo de cortar unhas, mas há tempo de fazer mamas novas.
 
Às vezes tenho medo de imaginar certas pessoas nuas ou na intimidade do seu lar: depilação por fazer, pele do corpo super seca e mal tratada, pés encardidos, unhas dos pés por cortar, roupa interior rota e suja. Mas cuida-se do cabelo, da maquilhagem, das unhas das mãos. Como sempre ouvi em casa dos meus pais: não é vergonha ser pobre. Ser pobre não é ser porco. Podes estar perfeito, desde que lavado.
 
Há pessoas com pouco tempo (eu bem sei o que é). Mas há que encontrar um equilíbrio para ter tudo num nível mínimo de "bom estado". Porque afinal, devíamos cuidar de nós, para nós próprias. Ou esta gente não tem espelhos na casa-de-banho?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Rei Julian

Podem estar a preguntar-se, o que esta imagem tem a ver comigo.
 
É simples. Estão a ver o Rei Julian? Assim a dar para o exigente. Com toda a gente aos seus pés? Com o Maurice sempre às ordens, que tem que lhe fazer as vontades todas, sempre disponível. E aquele bichinho pequeno também?
 
Pois. Também eu tenho um Rei Julian aqui em casa. E sim, nós pais, somos as criaturas aos seus pés...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Uma questão de atitude

Ouvir dizer a alguém «agora que sou mãe tenho que mudar de estilo e de atitude» deixa-me perplexa. Com 30 anos, por ser mãe, terei mesmo que ter um estilo mais clássico e ter uma atitude mais séria?
 
Eu continuo a ser eu. Com a mesma personalidade, os mesmos gostos. A maternidade não tem que me fazer arrumar as minhas calças de ganga, as minhas túnicas mais coloridas, desistir do meu estilo casual chique e vestir tailleurs só porque sim.
 
Claro que com a idade tenho preferenciado mais o conforto do que questões de moda. E agora troco facilmente sabrinas por tacões altos. Penso duas vezes na mala que vou usar, pois tem que ser prática para levar tudo o que preciso atrás.
 
E a atitude? Pois ainda pior. Tenho um filho e estou ansiosa por ele começar a andar para poder correr atrás dele, andar de escorrega, rebolar pela relva, jogar à bola com ele. Se para alguns isto são figuras tristes, que sejam. Para mim é felicidade, e pouco ou nada me importa o que os outros possam pensar.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Uma questão de intimidade

Sempre fui contra ter televisão no quarto. Mesmo quando estava confinada à cama 24horas por dia, não quis tv no quarto.
 
Porque para mim há um local e momento para tudo. E o quarto é sinónimo de descanso. E de convívio entre os membros do casal: seja para conversar antes de dormir no quentinho dos lençóis ou simplesmente para namorar! Para ver televisão temos a sala que é feita para o convívio do final do dia: ver tv, ir à net, conversar, brincar, jantar.
 
E quando comemos, a televisão nunca está ligada! Porque para mim as refeições são momentos importantes para uma família: é o momento de todos partilharem um pouco dos seus dias, de conversar, etc. E não como acontecia muitas vezes em casa dos meus pais/ sogros, quando uma pessoa queria falar, mandarem-nos calar porque queriam ouvir a novela ou o telejornal.

Há quem não perceba esta minha posição. Mas para mim não é questionável. Porque antes de tudo estão as pessoas.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A descoberta do ano

 
O meu cabelo sempre gostou bastante de Pantene. O meu cabelo é fino, sem volume, frágil, quebradiço e há produtos que o deixam muito oleoso. Encontrei no Jumbo este shampoo da Revlon e decidi dar-lhe uma oportunidade. Tinha um preço bastante acessível: 3.80€ os 600ml (mais 10 cêntimos que a embalagem de 250ml da Pantene).
 
E foi das melhores compras que fiz. Logo à primeira lavagem senti uma enorme diferença. Até o marido notou. E para um homem notar, a diferença era bastante óbvia!
 
O cabelo está visivelmente mais forte e saudável. Ganhou imenso volume e brilho. Não fica nada oleoso. Adorei mesmo!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O mal dos outros


Nos momentos de dificuldade é bom sentir o apoio dos amigos. Posso até dizer compaixão. Mas há quem abuse na sua demonstração de preocupação. Chegam-se ao pé de mim a lamentar-se profundamente, como se eu estivesse moribunda.
 
Sim, o desemporego é uma situação complicada, principalmente com uma criança tão pequena a cargo. Mas não há nada que não se ultrapasse. E enquanto não se ultrapassa, vive-se como se pode. Felizmente ainda tenho direito a subsídio o que ajuda bastante. Mas mesmo assim há quem me venha chorar aos ouvidos a minha situação deplorável, como se a minha vida tivesse acabado. Costumo responder  que as consultas e tratamentos de psiquitatria são demasiados caros para me dar ao luxo de ficar com depressão. E depois o importante é haver saúde, porque o resto vem atrás.
 
Não quero parecer mal-agrdecida, mas há pessoas que exagerem. Parecem que só estão bem a ver os outros no fundo do poço e a afundá-las cada vez mais...

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Enquanto Salazar dormia...

 
Este é o primeiro livro que li de Domingos Amaral e não fiquei desiludida. O livro não é mais do que as recordações de um espião inglês que viveu em Lisboa aquando da Segunda Guerra Mundial. A história está muito bem escrita e desenvolvida. E adorei saber mais do que aconteceu em Lisboa/ Portugal durante a II Guerra Mundial. A verdade é que pouco se sabe, a não ser que fomos neutros. Recomendo a leitura para quem gosta destes temas, apesar de por vezes o livro carecer de ritmo. Nota: 2/5

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Traumas no masculino


Os homens são conhecidos como sendo os seres mais fortes, em comparação às mulheres. E sempre os considerei muito mais racionais do que nós no que toca a certos assuntos. Nós mulheres deixamo-nos levar muitas vezes pelos sentimentos aquando da tomada de certas decisões: como casar, ter filhos, etc. No geral, os homens são mais ponderados.
 
Há quem me apelide de maluca, para para mim, teria já outro filho. É verdade. A gravidez foi difícil, mas parece tudo tão longíquo, que já não me lembro das dificuldades, nem das dores. Dores de pós-parto? Foram horríveis, mas com a distância parecem doces. E a sensação de estar grávida é tão boa. E ser mãe é tão maravilhoso, que teria a casa cheia de crianças, sem problemas.  E para ter outro filho, esqueço-me dos problemas associados.
 
Mas o homem tem os pés mais assentes na terra, e ainda bem. Ele pergunta-me «não te lembras das dores»?, com uma cara sofrida, como se as dores fossem dele. Eu é que aguentei tudo mas ele é que ficou traumatizado. E como não me convence assim, lembra-me as dificuldades económicas, e eu vejo-me forçada a acalmar a minha veia maternal...
 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Por ti, resistirei

Este é o primeiro livro que li do Júlio Magalhães. A escrita em si é boa: é a típica escrita de quem está ligado ao jornalismo. Mas a história deixa tanto a desejar. É o típico romance de cordel: Fulano gosta de fulana. Mas os pais são contra. Um é rico outro é pobre. Afastam-se. Amam-se para sempre. Nem a envolvência histórica da Segunda Guerra Mundial lhe valeu. Alguém leu os outros livros dele? São bons? Nota: 1/5