quinta-feira, 29 de novembro de 2012

It´s a new day

Hoje é o primeiro dia em casa. Não voltarei mais àquele escritório, a não ser para fazer contas. Mais triste do que perder o emprego, são atitudes de má-fé, de falta de princípios. Sabia que este homem não era de confiança. Mas dizer e fazer certas coisas só porque peço o que é meu de direito é demais. Se continuar assim acabaremos no Tribunal. E sei que se fui despedida foi porque tenho um filho e ele sempre foi contra mães que gozam dias de licença e dias porque os filhos estão doentes. E a crise é desculpa para tudo. Só espero que não me trame mais a vida, porque não sei do que sou capaz.
 
Enfim, vou gozar este mês de férias, que de férias não sabem a nada. Vamos actualizar currículos e pensar cá num negócio que estou a ponderar. E porque não, finalmente escrever aquele livro que sempre quis escrever? Não sei. Só quero ir fazer contas com aquela vil criatura para fechar este capítulo da minha vida. Afinal já encerrei capítulos bem mais difíceis e sobrevivi. O caminho é em frente. E tenho que acreditar que as coisas acontecem por alguma razão.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Palavras que não queria escrever

Nunca fui despedida. E esta notícia tem o efeito de um murro no estómago, mesmo estando à espera dela. Apesar de saber que não fui despedida por incompetência minha, uma pessoa sente-se inútil, um fardo. Somos descartados como meros trapos que já não servem os seus propósitos. Eu não quero parecer derrotista, mas acho que preciso de fazer o "luto" por esta fase da minha vida. Encerra-se um capítulo e quero acreditar que o próximo não irá tardar em abrir-se e a apresentar-me um projecto envolvente. Tenho que me re-erguer para seguir em frente....

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Recomendo


Acabei o Inverno do Mundo de Ken Follett. Tenho tido bem menos tempo para ler, mas é porque todo o tempo que há é para mimar o pequeno. Este livro é bom, adorei saber o que aconteceu às personagens do primeiro volume. Mas acho que o primeiro me cativou mais. Mas aconselho vivamente a leitura deste e estou ansiosa pelo terceiro. Para quem não sabe, o livro retrata a história de cinco famílias através da Guerra Civil de Espanha, da ascensão de Hitler ao poder, da Segunda Guerra Mundial até ao início da Guerra Fria. Nota: 4/5

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Quem dá presentes sou eu

 


Eu faço anos mas quem recebe presentes são vocês!
Se quiserem ganhar esta pulseira da Volta e Meia e 30% de desconto, basta:
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Dia 7 de Dezembro (ou 8 vá) anuncio a vencedora (através de random).



Uma salva de palmas para mim


Pois é. 29 anos já cá cantam. Primeiro aniversário a três. Uma salva de palmas para mim, sim?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Acabar bem o ano é...

... ficar desempregada por causa da crise. Poucos clientes, clientes que não pagam, mais impostos e lá vou eu engrossar as estatísticas. E algo me diz que não vai ser um processo pacífico.
Apesar de estar consciente do estado das coisas, estou serena. Afinal só não há solução para a morte e doenças graves. Apesar de todos os defeitos do L., sei que somos coesos perante os problemas. Não tenho medo de mudar de área ou de trabalho mais duro. Só tenho medo que falte algo ao pequeno. E quando digo algo não é roupa de marca ou mais brinquedos, etc. Falo mesmo de cuidados de saúde e comida.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Do país que temos

Trabalho numa agência de comunicação e reporto directamente aos responsáveis pela Comunicação das organizações, nossas clientes.

E estou cansada de tanta falta de profissionalismo. É o mundo da cunha ao mais alto nível. Reporto a uma Directora de Marketing e Comunicação que nem sequer sabe o que é uma conferência de imprensa (acho que o comum dos mortais sabe, certo?). E depois esta senhora não percebe nada e perdemos um tempo louco a explicar tudo para, por vezes, nem avançar devido à falta de conhecimento dela. Mas basta dizer que foi secretária do Presidente antes de ser Directora, certo?

O mais recente caso diz respeito a um Director de Comunicação super conhecido publicamente. Mas que não percebe nada de comunicação. Não sabe a diferença entre facebook e site. Não sabe sequer pôr um like na página de facebook da empresa. Não sabe guardar anexos que lhe enviamos por e-mail. E tive que ser eu a ensinar-lhe o que fazia a empresa que ele "dirige".

Custa-me, com tantos recém-licenciados e tantos profissionais competentes no desemprego, haver tantos mamões incompetentes a governar as nossas empresas e instituições.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Uma questão de sexo

Em pleno século XXI há coisas que ainda me ultrapassam. Graças a um livro erótico (As 50 sombras de Grey - que não li ainda mas tenciono ler) há mulheres que redescobriram a sua sexualidade. Acho que uma pessoa deve abrir horizontes e abrir a mente a novas experiências, claro. Seja no sexo ou noutras áreas da vida. Mas não me deixa de surpreender, como há mulheres da minha idade que em entrevista admitem que descobriram que podem admitir gostar disto ou daquilo ou que puxar os cabelos não quer dizer que gostemos menos do parceiro.

Como é possível mulheres da nossa idade ainda sofrerem preconceitos em relação ao sexo. Como é possível ainda haver mulheres com pudor e vergonha de admitir que gostam de certas práticas (e por vezes coisas "simples" como uma trinca ou um puxão de cabelo) porque têm medo de ser mal vistas pelo seu parceiro ou marido, até!

E depois foi preciso um livro destes quando hoje se tem acesso ao sexo em qualquer sítio, onde a pornografia/ erotismo está acessível a todos, em revista, na net, na televisão.

Estranho. E tenho pena de quem não consegue viver a sua sexualidade em pleno. Porque acredito que uma sexualidade feliz e completa tem um peso muito importante da nossa vida. Não só de casal, mas para nós enquanto mulher. Viver frustrada por causa do medo é irracional. Pode ser que agora algumas mulheres saibam que não é pecado fazer "sexo" em vez de amor, como algumas teimam em dividir.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Morreste-me


Hoje sinto-me uma besta. Penso se não serei mesmo uma pessoa má. Não consigo perceber o mal que eu fiz para que duas pessoas tão importantes me tenham virado às costas: a minha irmã (que era uma segunda mãe) e a minha própria mãe.

Ouvi coisas que nunca pensei ouvir da minha irmã. Que sou mentirosa, que nunca fiz nada pelos meus pais, que sou uma péssima filha para a minha mãe (pelas queixas da própria), que para ela além da mãe em Portugal não tem ninguém. 

Chorei tanto, porque acho que não merecia tamanha desconsideração. Sempre fiz tudo e não fiz mais porque não posso. Não percebo o porquê destas acusações. O Luís diz que acontece em muitas famílias. Mas dói. Deveria já estar imune, mas continua a doer. Sinto-me órfã de toda e qualquer família. Perdi metade de mim. Com o meu pai perdi toda a gente que era importante na minha família de sangue. Toda. E sinto-me sozinha, questiono-me se a culpa é minha. E não sei como me proteger de tudo isto. Porque os ataques vão continuar, cada vez mais. Eu sei isso.

Continuarei a tentar ajudar a minha mãe na medida em que a própria deixar. Admito que se o faço, faço-o muito porque foi uma promessa que fiz ao meu pai nos seus últimos dias, e sinto que o estou a trair. 

Hoje estou de luto por pessoas vivas. Pelo que há de mais bonito: a família que é o exponente máximo da amizade e do amor. Resta-me a minha verdadeira família, aquela que criei. E pensar que o S. por ventura nunca irá conhecer nenhuma tia. E os amigos, porque estes sim, são a minha família.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Eu quero muito...

Para as festas que se aproximam (o meu último aniversário da casa dos vintes e Natal), gostaria de receber...

 Esta gola e os brincos feitos totalmente com elásticos. Adorei e estou bem tentada em fazer destas peças a minha auto-prenda. Afinal também mereço!
 Preciso urgentemente de camisolas quentes e giras. As minhas ficaram assim para o deformado depois da gravidez. Gosto desta da Mango e a H&M também tem umas muito giras.
 Tenho olheiras crónicas e depois de o S. nascer, bem que preciso de um anti-olheiras super potente!
 Livros e mais livros são sempre muito bem-vindos. Este, por exemplo, faz parte da minha wish list
Quero iniciar este inverno a depilação a laser. A querida Andreia aconselhou-me a Clínica do Pêlo e tenho que agendar a minha consulta.

Quem quiser fazer-me feliz que não se acanhe. Eu faculto morada :)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Desabafo


O homem lá de casa está chateado. Quanto me irrita ele fazer asneira e depois ficar amuado, fazendo-se de vítima.

Está há uma semana em casa a gozar licença de paternidade. Está sempre a dizer que é muito cansativo, que mais valia estar a trabalhar. Cansado de fazer sopa e dar de comer ao pequeno?

Pois, estou aqui pelos cabelos porque não faz mais nada. Não arruma nada, tira os móveis do sítio para fazer ginástica e deixa-os fora do sítio e sou eu que os arrumos todos os dias à noite. Sou eu que faço jantar, faço almoços, dou banho ao pequeno, lhe dou o jantar, passo a ferro, faço o grosso das limpezas, me levanto de manhã a tratar do pequeno para ele dormir mais. Ontem nem foi capaz de passar duas peças de roupa do pequeno que não estavam secas no domingo e que eu não passei a ferro. Não pode ir às compras.E está sempre a queixar-se que está cansado. Quando dorme até às 11h todos os dias.

Ontem tive o azar de lhe dizer calmamente «não arrumastes nada» e foi como se o tivesse insultado. Porra. Mas a sala parecia um campo de batalha e nem a loiça tinha lavado. Só disse a verdade. Ontem estava cheia de dores e nem o jantar ele foi capaz de fazer. Nem quero imaginar quando estivermos os dois a trabalhar então aí vou transformar-me numa verdadeira escrava. E ao menino não se pode dizer nada que amua. Raiva!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Da vida a dois

Este fim-de-semana tive mais uma prova que as mulheres são mesmo um bichinho esquesito.
O pequeno estava a dormir e nós, no sofá, a discutir qual o filme que iríamos ver. E começamos com a conversa recorrente do «escolhe tu». E é uma das conversas que mais me irrita. E é se calhar das mais injustas.

Acredito que deve acontecer com mais casais. Quando queremos ir jantar fora ou ir ao cinema por exemplo, queremos sempre que seja o outro a escolher. Para lhe agradar. Se o pobre homem teimar em deixar-nos escolher, acusamo-lo logo de falta de personalidade. Dizemos-lhe que gostaríamos que ele fosse mais decidido, com opiniões mais vincadas. Porque «odeio que seja sempre eu a decidir tudo, porque afinal cai sempre tudo sobre os meus ombros, blablabla».

Mas se o pobre escolhe um filme (que normalmente mete armas ou piadas estúpidas), dizemos-lhe que é egoista, que só pensa nele e que não tem em atenção os nossos gostos e necessidades.

Quem é que nunca passou por isso? 

Pois é. Depois desta fase, também tivemos outra em que cada um escolhia o que pensava que o outro queria, e chegamos a estar os dois a ver um filme contrariados a pensar que o outro estava feliz. Cromos. Por isso agora é sinceridade acima de tudo e depois se houver vontades diferentes, conversamos e decidimos em conjunto.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Da hipocrisia

Sou católica, praticante q.b pois acho que não é preciso ir à missa todas as semanas para se ser bom cristão. Fui batizada, crismada, casada. Penso viver segundo os mandamentos da Igreja. Idem aspas para o meu marido.

Tivemos um filho como manda a Igreja. Queremos batizá-lo e estamos prontos para educá-lo na fé cristã. Apesar de não ser fanática e de lhe querer deixar sempre o livre arbítrio para fazer as suas opções e liberdade para escolher a sua fé. 
Mas agora com 5 meses, dirigimo-nos ao padre que nos casou. Porque quero muito batizá-lo na Igreja onde casei e onde sempre me senti tão bem. E tenho uma lista enorme de pré-requisitos. Enorme!! Os padrinhos não devem ser escolhidos por motivos económicos e devem ser batizados, comungados, crismados, não podem ser menores, não podem viver em união de facto, nem divorciados, nem casados civilmente. Ufa. 
Na altura ainda não sabia que o hipotético padrinho era crismado, mas eu disse ao padre que ninguém na minha família ou amigos ou próximos tinham esses requisitos. Ele foi categórico: então não se batiza. Como podem recusar o sacramento básico a uma criatura inocente?? Ele diz que são regras da Diocese. Mas eu sei que têm sido padrinhos pessoas que não preenchem os requisitos. A madrinha que eu quero para o S. até foi madrinha na aldeia o ano passado! Até na Igreja são preciso cunhas!

Cada vez mais acho que a Igreja devia actualizar-se. O mundo mudou. E ela estagnou com princípios de há 2000 anos atrás (ou antes inventados por cabeças ocas do Vaticano). E devia ser mais coerente. Em vez de conseguir novos seguidores, afastam-nos de forma irremediável.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Parar num capítulo encerrado


Há sempre duas formas de ver a vida e as coisas boas ou más que nos acontecem. E nem sempre a postura mais fácil é aquela que nos deixa mais felizes.

O divórcio marca uma mudança de vida. Há casais que andam a lutar anos e anos, que se magoam constantemente e vivem infelizes até culminar no divórcio oficial. Por isso a assinatura do papel deveria ser um alívio, pelo menos. Mas há pessoas tão azedas que continuam a fazer a vida negra ao outro (de quem só deveriam querer distância e paz), não deixando que cada um siga o seu caminho. É absurdo. E então quando há filhos à mistura é degradante ver alguns jogos sujos.

E há outro fenómeno estranho que não consigo perceber. A maioria das mulheres que se divorciam ganham uma nova beleza: perdem peso, mudam de estilo, cuidam do cabelo, maquilham-se. Apesar de algumas fazerem-no por fazer inveja ao ex-marido, é sempre bom renascer das cinzas. Ganhar um novo fôlego para uma nova vida, mas é como se durante anos vivessem esquecidas de si mesmas. Ou então durante antes esqueceram-se que o homem que estava ao seu lado precisava de uma mulher que cuidasse mais de si e não se desleixasse tanto...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Devo estar louca


Em criança adorava festejar o natal: a casa cheia de gente e muitas brincadeiras com os meus sobrinhos (temos a mesma idade). Entretanto o Natal perdeu a magia e deixei de o celebrar da mesma forma. Há cinco anos que tenho casa própria e nunca decorei a casa. Nos anos anteriores, ficava enjoada só de ver tantas decorações de Natal pelas lojas fora.

Mas este ano fui contagiada! Estamos em Novembro e já só penso em Natal. Já comprei a árvore e se não fosse o marido, acho que já decorava a casa.

Sei que o pequeno ainda é demasiado pequeno para apreciar a quadra, mas algo mudou em mim. Finalmente sinto em mim que criei e completei a minha família. Que nasceu o núcleo da minha vida. Que aquela casa se transformou em lar. Que tudo se resume a nós: três pessoas que se completam e são felizes juntas. E o natal ganhou um novo significado para mim...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Cortar o cordão

A esta hora, estarei certamente a tentar sair de casa. A sair porta fora para ir trabalhar. E deixar o pequeno. Há mais de um ano que estou 24horas por dia com ele. A distância vai-me custar tanto mas tanto. Acho que seria capaz de me sentir realizada em casa. Ou numa actividade em part-time. Mas a vida obriga-me a voltar ao escritório depois de 10 meses sem trabalhar. Desejem-me sorte e coragem. E muitos mimos, que hoje bem vou precisar.

sábado, 3 de novembro de 2012

Recomendo

Acabei mais um livro histórico de Isabel Stilwell: D. Maria II - Tudo por um Reino. E é francamente envolvente. Adorei. Gosto imenso de conhecer mais sobre a história do nosso país e descobrir a vida privada de quem um dia governou o nosso país. E afinal nada mudou: o problema de Portugal sempre foi ter políticos corruptos, mais preocupados em enriquecer do que fazer progredir o país. Para quem gosta de romances históricos, este livro é leitura obrigatória. Nota: 5/5.