quarta-feira, 27 de junho de 2012

Leitura de Verão

O tempo tem sido pouco para me dedicar à leitura. O pouco tempo que o S. me deixa livre é usado para as tarefas domésticas e dormir. Mas consegui finalmente acabar este livro do Saramago, Clarabóia. Não é um mau livro mas também não achei uma grande obra. É daqueles livros que gostamos de ler, mas que não nos marcam. Nota: 2/5

Algumas frases que marcaram:

"Em todas as almas, como em todas as casas, além da fachada, há um interior escondido"

"Quando fores crescido, hás de querer ser feliz. Por enquanto não pensas nisso e é por isso mesmo que o és. Quando pensares, quando quiseres ser feliz, deixarás de sê-lo. [...] Quanto mais forte for o teu desejo de felicidade, mais infeliz serás. A felicidade não é coisa que se conquiste. Hão-de dizer que sim. Não acredites. A felicidade é ou não é."

terça-feira, 26 de junho de 2012

Desabafo


Até pode ser fácil perdoar os outros. Mas perdoar-se a si próprio é talvez mais difícil. Porque nos desiludimos a nós, vamos contra os nossos princípios. É difícil viver com a nossa culpa. Temos que procurar a nossa redenção em nós e para quem é mais exigente consigo do que com os outros, essa redenção pode tardar em chegar. Pode chegar quando o tempo tiver diluido as mágoas. Mas o pior é que vivemos com a culpa em nós: a cada olhar no espelho, a cada abrir de olhos ao acordar, lembramo-nos da nossa culpa.

O problema talvez é procurar a perfeição. Ou imporem-nos um modelo de perfeição, como se tudo fosse inato e fácil. Por isso é difícil admitir que para nós seja desconcertante e que não agimos como o mundo espera, e nós também esperávamos. Com a culpa sentimo-nos vazios e ninguém nos pode aliviar a culpa. Porque vemos o nosso mal nos olhos dos outros, mesmo que estes só nos queiram demonstrar apoio e compreensão...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Episódios de uma pequena lontra...

O mais frustrante do meu dia chega quando abro a porta do roupeiro. Olho e  vejo que não caibo em roupa nenhuma. Literalmente. As poucas roupas que passam pelas mamas, não chegam às ancas. E os raros sobreviventes marcam demasiado a zona da barriga. É que não é giro ostentar uma barriga de 4 meses quando a criança já nasceu. E não apetece nada vestir roupa de grávida depois do parto. E há roupa que não dá jeito nenhum para amamentar...

Sei que ainda só passaram quinze dias e que até já lá foram 7 quilos. Continuo com uma fome dos diabos, mas também este pequeno é um verdadeiro glutão. Sei que tudo vai ao sítio com tempo, mas admito que fico com receio de não voltar a caber na minha roupa. Precisava de ir às compras, mas nem me apetece.

Enfim, é um male que vem por bem. Mas é frustrante e deprimente...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cheiro de Verão

Eu sou uma pessoa que adora cheiros. O meu pai chamava-me gentilmente cheira-cú. É fofinho eu sei. Numa altura da minha vida, não punha nada na boca que não cheirasse antes. Ai, quantas palmadas atrás da cabeça levei... Adoro o cheiro do café acabado de moer, de livros, a chevrefeuille, etc.
No verão, adoro o cheiro a maresia (e o som do mar) e o cheiro da terra molhada depois de uma tempestada de Verão... Não há nada mais revigorante!

O meu cheiro a Verão tem que ser fresquinho. Não tenho o hábito de comprar perfume de Inverno/ Verão porque nunca gostei muito de perfumes fortes. Mas além do Amor-Amor e She, gosto do Escada...

* Cabo da Roca | Verão 2009

quinta-feira, 21 de junho de 2012

21 é dia do amor. Do nosso amor

O que vi neste dia? Muita felicidade e amor. Estava radiante por oficializar o meu amor por aquele homem fantástico. Já lá vão 4 anos e apesar dos altos e baixos, valeu muito a pena. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, mas o importante é que sou feliz nos restantes em que passo ao seu lado, longe da ribalta.

Já tinha partilhado convosco alguns pormenores e este ano decidi mostrar-vos o nosso carro nupcial. Sim, há quem opte por grandes carros. Nós escolhemos uma 4L. O marido adora este tipo de carros, por isso também ele tinha o direito de concretizar o seu sonho, e lá fomos nós naquela miniatura para a quinta. E não foi fácil entrar lá dentro com a armação do vestido.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Verão no campo

Eu adoro o Verão no campo, apesar de adorar fazer praia. Gosto porque afinal os Verões da minha infância foram todos no campo. Verão no campo é tranquilidade e paz, em dose dupla. É poder levantar-se e sentir aquele fresco matinal que sabe tão bem. Preparar o pequeno-almoço e ir para o terraço, comer e observar os montes à nossa volta, e desfrutar daquele silêncio maravilhoso. É ter todas as variedades de fruta à disposição: mas indo directamente à árvore, escolher a fruta mais madura, lavar e comer, sentindo escorrer o sumo doce pelos queixos.

É poder fazer longos passeios na natureza de manhã e aproveitar a sombra durante a tarde, na piscina, no rio ou numa esplanada, com um bom panaché e petisco a acompanhar. É reencontrar amigos de longa data. É jantar em família, um barbecue, ao ar livre. É regar o jardim e encher os pulmões daquele ar fresco que emana na terra molhada escaldada pelo sol. É passar a noite no terraço à conversa com amigos e família, a aproveitar o ar fresco, convivendo à volta de uma bebida fresca. É ir dormir de janelas apertas e ouvir os grilos e os sapos. Enfim, é ser feliz...

* Vila Flor | Verão 2009

Após treze dias...


A felicidade é cada vez maior... e as olheiras também! A próxima amiga que visitar na maternidade já não leva flores, mas sim um estojo de maquilhagem. Estes dias deram para aprender muita coisa...
  • Há um pouco (muito) de pediatra em cada um de nós. Tantos conselhos gratuitos e não solicitados! Não sou ingrata, mas já chega as inseguranças pós-parto para ter mil vozes a dizer que não se faz assim, para nos fazer sentir os piores pais do mundo. E então se juntarmos mãe e sogra na mesma casa o resultado é fantástico!
  • Aquelas musiquinhas para acalmar os bebés e os fazer adormecer têm mais resultado nos pais do que nas crias
  • Admiro casais que têm outro filho com um ainda pequeno. São os meus heróis, a sério.
  • Descobri o que uma pessoa é capaz de fazer só com uma mão e as capacidades cerebrais limitadas.
  • Agora tenho a certeza que aguentava as noites em branco na faculdade graças a uma mistura de alcool, tabaco e música aos altos berros. Em casa, descobri as potencialidades da box da zon para ver séries e novelas às 4 da madrugada
E o cansaço leva a situações extremas como o pai a deitar a roupa suja do bebé fora em vez das fraldas (o que lhe deu direito à uma viagem ao caixote do lixo), a mãe a acordar de noite com o pai a dizer-lhe que tinha que dar de mamar e a mãe nem se lembrar o que estava ali a chorar, a mãe a bater na mama em vez de bater nas costas do miúdo para o fazer arrotar...
Estamos estoirados mas vivos. E basta um sorriso daquele menino para tudo melhorar e esquecer todas as contrariedades...

domingo, 17 de junho de 2012

As melhores férias de Verão


Todas as férias são óptimas, pois são isso mesmo: férias. Mas posso destacar a nossa lua-de-mel (por razões óbvias) na Madeira em 2008. Adorei tudo: a companhia, os passeios, as paisagens, a comida, as pessoas, etc. Foi fantástico!

Há outras férias de Verão que me ficarão para sempre gravadas no coração. Passei quinze dias maravilhosos em 2009 em Vila Flor em família. As últimas férias de Verão passadas na companhia do meu pai. Foram tão perfeitas que era quase de adivinhar que não se iriam repetir...

Mas sendo este post agendado (pois não sabia como iria correr este mês e para não condicionar a minha participação), posso dizer que este Verão 2012 também vai ser (está a ser?) muito especial: não são férias propriamente ditas mas é o primeiro Verão com o nosso pimpolho!

* Verão 2008 | Madeira

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Praia do meu Verão


Portinho da Arrábida (a minha preferida da zona), apesar de ir mais frequentemente para Carcavelos. Também adoro a praia da Nazaré mas no Inverno

* Esta foto não é da minha autoria

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Comidinha de Verão


Mal o tempo começa a aquecer, sou incapaz de comer comidas mais pesadas. Adoro saladas variadas e carnes grelhadas: haverá momento de convívio melhor do que uma tarde passada com amigos à volta de um barbecue? E claro que o meu pecado de Verão são os gelados! Sou capaz de comer um por dia (pelo menos)...

* Itália | Verão 2011 - O país onde comi os melhores gelados de sempre

segunda-feira, 11 de junho de 2012

06.06.12 - nunca houve data tão especial



É verdade. O pequeno grande amor da minha vida chegou no dia 06 de Junho às 14h59 com 2795gr e 45.5 cm. Nasceu com saúde e lindo de morrer. Eu sou subjectiva, eu sei, mas aqueles grandes olhos cinzas, aquele cabelo moreno, o nariz do meu pai, e aquelas bochechas derretem-me. E o pai está mais do que babado.

O parto foi uma cesariana com anestesia geral, o que está a dificultar bastante o pós-parto. Mas quem me viu no dia a seguir, acho que tudo vai melhorando aos poucos. Chato é este miúdo ser bipolar: de dia um anjo sorridente, que come e dorme. A noite, a partir da meia noite em ponto, vira fera e é capaz de chorar horas a fios sem que nada o acalma. Serão cólicas?

Enfim, estamos muitíssimos felizes por aqui, mas com pouco tempo para vida blogosférica. Mas logo que a nova rotina se instale por casa prometo voltar com muitas novidades!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Bebida de Verão

No Verão adoro jantar numa esplanada à beira-mar, um bom petisco (peixe ou marisco) acompanhado com sangria de espumante com frutos vermelhos bem fresquinha. Mas também gosto muito de sangria de vinho branco. Não sou mulher de um único amor, por isso, o meu Verão é feito de várias bebidas de eleição consoante a ocasião: um bom panaché naqueles dias mesmo quentes, uma coca-cola com gelo e limão, um copo de água bem fria, uma Frize limão à noite depois do jantar.

* Foto retirada da net

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Pés de cinderela (na verdade é mais de Fiona...)

No Verão, gosto de descontracção. Adoro estar elegante mas sem grandes complicações. Por isso é que gosto tanto de vestidos.

Gosto imenso de sandálias rasas confortáveis, principalmente no fim-de-semana ou nas férias.

No trabalho, é raro usar sandálias rasas, mas quando quero fugir dos saltos altos, opto por sabrinas. Afinal sou uma amante de sabrinas de Verão e de Inverno. Simplesmente adoro. E sou apologista que se conseguem looks hiper femininos e confortáveis com elas.

Quando tem mesmo que ser, lá saio do armário algumas sandálias de saltos altos ou peep toes. Há dias de trabalho e alguns programas sociais que assim o exigem.








segunda-feira, 4 de junho de 2012

Não gosto


No Verão, não gosto de...

Mosquitos e melgas. Pessoas que cheiram a suor. Do abandono de animais à beira da estrada. Do meu marido ser calorento e não me poder aconchegar a ele. De pedicure por fazer. De sentir as mãos pegajosas. Pessoas barulhentas à beira-mar. Filas de trânsito na Marginal. De trabalhar num escritório com vista para outros prédios. De água natural. De passar sempre demasiado rápido.

Deve haver mais coisas, mas francamente não me consigo lembrar de mais...

* Praia do Azibo | Verão 2009

Desilusão


Uma pessoa devia aprender que as coisas nunca mudam. Nunca. Pode parecer que sim, mas lá no fundo permanecem sempre iguais. Levei com um balde de água fria na cara. Uma chapada tão forte que as lágrimas teimam em brotar descontroladamente. E claro que quando é uma pessoa tão próxima que nos desilude, numa altura tão importante da vida, dói a triplicar.

Pode parecer infantil, mas sei que serei incapaz de perdoar esta. Há meses que falámos e combinamos como queríamos viver o nascimento/ primeiros dias a três. Estava tudo certo, para vivermos este momento a três na plenitude e serenidade. E é tão importante para mim. Bastou a minha sogra falar que ele cagou para tudo o que sonhamos para a fazer feliz a ela, prejudicando-me a mim. Esquecendo o mais importante, o nosso núcleo novo familiar, por ela. Posso ficar magoada com ela, mas é ele que neste momento odeio. Odeio-o por se esquecer do meu bem-estar, odeio que ele tenha sempre como prioridade a mãe mesmo numa altura destas, odeio ele não ter coragem ou vontade de não satisfazer a mãe, detesto estar no fundo das prioridades dele. Porque não pode satisfazer ambas. E rouba-me assim um momento único da minha vida, que não se vai repetir.

E sei que estes dias que deveriam ser de partilha a dois não vão ser já vividos como deveriam ser. Tento vivê-lo só com o meu pequeno. E não consigo perdoá-lo por isso. Nem hoje, nem amanhã. Não houve cenas, nem pedidos. Só lhe disse o que pensava. Sei que não vai fazer nada para alterar nada. Isso já não me surpreende. Mas este foi uma machadada que se não derrube a árvore prejudica-a fortemente....

domingo, 3 de junho de 2012

O que não pode faltar no meu verão


Há tantas coisas que não dispenso no meu Verão. Mas posso dizer que não dispenso o protector solar: nunca. A saúde é um bem demasiado precioso. E não há beleza efémera que pague anos de sofrimento mais tarde. Proteger-se dos malefícios do sol é fundamental. Eu não compreendo como ainda há pessoas que se expõem ao sol nas horas de maior calor sem protector, ou aplicando óleo jonhson! É inconsciência.
Mas cada um trata de si como quer. Agora quando vejo crianças pequenas a serem sujeitas pelos pais a isto é negligência pura e dura! E lembrem-se de usar sempre um protector com pelo menos factor 30, nunca menos. O meu é o Ambre Solaire 30, Leve e Suave: bom, barato e eficaz!

sábado, 2 de junho de 2012

O Verão numa cor...


Azul do mar. Quando o céu e o mar parecem unir-se...
Mas para mim o Verão nunca pode ser resumido a uma só cor.
Verão é uma multiplicidade de cores em tudo e todos. Múltiplos sabores, múltiplos sentimentos, ...

* Madeira 2008

Dia especial o de hoje

Hoje os meus pais celebram 50 anos de casados. Sim, falo no presente, porque o amor é eterno e imortal. Há dois anos falei com o meu pai que íriamos preparar uma festa para este dia, juntando todos os frutos deste amor (filhos e netos). Infelizmente, hoje o meu pai não está. Foram 48 anos juntos, com muitas lutas, dores à mistura. Este dia não é directamente meu, mas sinto-o como tal. E sei que é um dia difícil para a minha mãe. Perder o companheiro de uma vida é dos piores acontecimentos de uma vida.

Adoro ver este amor genuíno das pessoas mais idosas. Pode não haver grandes demonstrações em público de afecto, mas ele é demonstrado de forma subtil e íntegro. Aprendi com os meus pais a lutar a dois (apesar de, como em tantas coisas, me assemelhar muito ao meu pai, e nos momentos mais críticos, não conseguir apoiar-me tanto no outro e lutar sozinha), a fazer sacrifícios, o valor da família, de nos superar, etc. Aprendi o que é o amor e o respeito. E é dos presentes maiores que me poderiam ter dado. Ainda me lembro em criança quando o meu pai, cheio de vergonha de ser visto com ramos de flores na rua, me pedia para ir comprar o ramo de flores para a minha mãe. Hoje recordo os beijos furtivos de felicidade e os olhares e mimos trocados nos momentos mais difíceis.

Para mim, dia 2 de Junho será sempre associado ao Amor. E por isso, admito que sempre achei que o S. poderia nascer hoje. Seria especial para mim. Quem sabe....

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O verão da minha infância

O Verão era sempre motivo de alegria. Era sinónimo de fazer as malas e rumar ao país. 1500 quilómetros que adorava partilhar na intimidade do carro com os meus pais: aquelas paisagens maravilhosas e as aventuras certas ao longo do caminho. Tenho tantas lembranças. Eu e o meu pai ainda planeamos pegar no carro e voltar a fazer a viagem, mas não tivemos oportunidade. Mal chegávamos a Zamora, ficava cheia de entusiasmo ao ver aquelas placas a anunciar Portugal.

O Verão sempre foi passado na aldeia dos meus pais em Trás-os-Montes, com a companhia dos meus sobrinhos (com a minha idade). Verão era sinónimo de liberdade e felicidade. Só quem passou pelo mesmo é que sabe o sabor doce destes verões. Brincávamos de manhã à noite, sendo que as tardes eram passadas no resguardo de casa, à fresca, porque lá fora fazia demasiado calor. Adorava aquele clima tropical e as trovoadas quase diárias. Os dias eram passados a brincar: caças ao tesouro, bicicleta, brincadeiras inventadas, algumas idas à piscina ou ao rio Sabor. Chegávamos ao fim do dia todos sujos (mesmo), mas não nos importávamos e a minha mãe via-se tramada para nos fazer lavar os pés que estavam da cor do alcatrão. E aqueles sabores? Ainda hoje adoro comer uma maçaroca de milho assada!

Fui tão feliz no Verão durante a minha infância. Uma felicidade pura e tranquila. Um sentimento verdadeiramente único.