sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Boa oportunidade?


Chegou mais uma vez a loucura dos saldos. Também gosto de aproveitar mas para comprar o que realmente preciso a preço mais baixo. O problema é que os saldos desencadeiam em muita gente a sua pior veia consumista. Vão dar uma volta e saem carregadas de sacos: só por ser mais barato, compram coisas giras mas que nem sequer vão usar, ou usar uma única vez, porque afinal não fica assim tão bem, porque não combina com nada do que já mora no armário, etc. Aproveitam os saldos em perfumarias e  vêem cores lindas de sombras e batons, e compram, mas que nunca vão usar porque são demasiado fortes, ...

O barato sai caro. E o que podia ser uma forma de poupar dinheiro torna-se antes um gasto desenfreado. Fazer compras e aproveitar os saldos  também se aprende. Eu também era assim, mas agora já sei fazer compras inteligentes. E este ano só hei-de aproveitar para comprar umas calças onde caiba esta pança de lontra-mor...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ano novo, vida nova

Nunca fui de fazer balanços de anos e resoluções para o ano novo. Não acredito que a passagem de um dia para o outro marque mudanças profundas na vida de uma pessoa. Não é um motivo per si para fazer mudanças, para traçar planos e tomar decisões.

Mas gosto de sentir esta renovação. É como  pegar numa agenda nova com todas as páginas em branco, em que estamos livres de sonhar e de definir coisas boas para a nossa vida. 2011 não foi fácil: o luto, as saudades, a doença, problemas profissionais, problemas familiares, ... Mas não podia ter acabado da melhor forma: com uma chama de alento e esperança que 2012 seja um ano marcante na nossa vida. Nunca gostei muito de anos pares, mas espero que este ano seja excepção...

A todos, desejo um ano em grande: cheio de saúde, paz e amor. E trabalho porque não vem aí um ano fácil em termos económicos e financeiros. Mas somos donos do nosso destino. E tudo podemos conseguir. Um óptimo ano novo!!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mesquinez feminina


Não consigo explicar o porquê mas acho que não conheço uma mulher que não fique contente quando se cruza com ex-namoradas dos seus companheiros e as vêem assim para o gordinhas e feeinhas. Somos más, sim, mas dá um gozo especial olhar para aquelas "concorrentes" (que nem o são) e ver que afinal estamos bem melhores do que elas. Que o tempo não foi simpático para elas (ou que simplesmente se desleixaram com o passar dos anos). É como se dissessemos aos nossos amores "vês, fizestes a escolha certa". E o mais incrível é que normalmente aquelas boazonas do liceu são aquelas que agora com 30 anos estão piores, enquanto que as meninas "normais" investiram em si e o tempo lhes fez bem ao corpo e à alma...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Boa nova natalícia

Não há mil maneiras de anunciar esta boa-nova: estou grávida!! Sim, o sonho aconteceu. Até o meu médico ficou espantado, mas a verdade é que já mora em mim o fruto do nosso amor. É uma felicidade tão grande, mas também é uma fase vivida com bastante preocupação. Porque à partida temos muitas mais probabilidades de abortar e porque já vivi alguns sustos valentes. Mas o importante é que estamos a espera do nosso rebento!!

Queria agradecer a todas as palavras de apoio e esperança que me deram nos últimos meses. Em especial à Andreia, que tem sido um apoio imprescindível. À Liliana, que também está grávida, e com a qual tenho partilhado esta fase. À Me que nem imagina a força que as suas simples palavras me deram «o milagre acontece»...
Mas hoje queria dar uma palavra especial às mulheres que têm tido dificuldade em concretizar o seu sonho. Sei como ficamos felizes com gravidezes alheias mas como fica um sabor amargo na boca. Quero dizer-vos para nunca deixar de acreditar, ter sempre fé e esperança. Nunca baixar os braços. A mim também me disseram que seria quase impossível e aqui estou. Por isso, um dia o vosso sonho se vai concretizar. Nunca deixem de acreditar!

Agora torçam por nós... O médico já o chamou de pestinha, por isso, promete :)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Joyeux Noël!!


Quero desejar-vos a todos um Feliz Natal com saúde, paz e muita confraternização! Lembrem-se do que é realmente importante, aproveitem os vossos entes queridos e não abusem muito da comida!

Joyeux Noël!!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Infidelidade


Estão a aumentar as propostas de sites de encontros para casados que queiram aventuras extra-conjuguais. Esses sites dizem-nos «seja feliz. Ofereça uma nova oportunidade à sua situação conjugual, reencontre o seu sorriso». (e ainda se tem que pagar por isso!! Mais parece prostituição, mas pronto...)  Mas será que alguém acredita que quando um casamento está mal, a solução passa por uma traição? Se a relação está perto do fim, esta será sem dúvida a última facada.

Esta é a via dos cobardes. Sim, porque trair é o caminho mais fácil. Difícil é conversar, perceber o que está realmente mal, perdoar, mudar, fazer concessões, promessas, e salvar um casamento. E se não houver mais amor ou soluções, então as pessoas separam-se e depois podem viver as aventuras que quiserem. Alguns têm saudades dos tempos de solteiros em que não estavam comprometidos com nada, nem ninguém. Mas não se pode ter tudo na vida: ou um parceiro fixo ou liberdade sexual. Apesar de eu ser apologista que se pode ter liberdade sexual com uma única pessoa. Basta saber conquistá-la e quebrar a rotina frequentemente. Porque, e falo por mim, depois de estar com a mesma pessoa depois de mais de 10 anos, começa-se a ter saudades daqueles tempos iniciais, com as borboletas, a ansiedade do reencontro, etc. Mas isso pode ser reencontrado no parceiro. Dá trabalho, mas é muito compensador...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

...

Ainda me surpreende como no século XXI ainda haja pessoas que dão mais importância às convenções do que à felicidade. E principalmente quando se trata de filhos...

Conheço um casal que tem duas filhas com a minha idade. Uma é casada com um homem e tem um filho. É maltratada há anos, psicologica e fisicamente. Mas é a heroína dos pais porque aguenta o casamento acima de todos estes probleminhas. Como um pai/ mãe pode incentivar um filho a permanecer numa relação assim só para se manter fiel a um juramento perante Deus? A minha mãe é uma religiosa fervorosa, mas sempre me disse que a primeira bofetada marca sempre uma segunda e que nenhuma mulher tem que aguentar certos comportamentos.

E depois têm uma filha mais nova que foi rejeitada de casa. Cortaram relações de forma drástica porque ela é lésbica. Dedicou-se à sua profissão e agora juntou-se à mulher que ama. E são extremamente felizes. Mas essa felicidade não é aceite porque foge ao normal, porque é uma vergonha.

A felicidade é um dos bens mais importantes que temos na vida. Ninguém deveria deixar se ser feliz à sua maneira. Nunca. Porque a vida passa e não podemos fazer marcha-atrás para voltar a vivê-la...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Traumas


Há certas doenças que as pessoas menosprezam muitas vezes. Porque não há sinais aparentes, porque não são dores do corpo, mas da alma. Como as depressões por exemplo. Vejo muita gente a gozar literalmente com estes doentes, porque, dizem "é uma doença de ricos". E é assim com muitas doenças do foro psicológico. E por isso continua um grande estigma e as pessoas têm vergonha de recorrer a médicos. Penso que só quando se vive esta doença de muito perto é que as pessoas começam a respeitá-la mais.

Felizmente nunca passei por depressões. Mas estou a aprender a lidar com um trauma. E tenho vergonha, sim, porque não consigo controlar o que sinto, frente a ninguém. As pessoas olham para mim como se fosse maluca, e uma pessoa sente-se ainda pior. O problema é que vou ter que enfrentar de frente este trauma e não sei como o fazer. Tenho um trauma de hospitais. O meu corpo atraiçoa-me. É estranho e estúpido, mas é verdade.

Aquele cheiro, aquelas paredes asfixiam-me. Sinto verdadeiras dores no corpo, como se a minha pele me oprimisse e me confinasse num espaço tão pequeno que chego a sentir dores. E choro compulsivamente. Consigo sempre controlar tão bem os meus sentimentos, mas não consigo controlar agora. É estranho como certas vivências nos marcam tanto, deixando cicatrizes onde menos se esperam. O pior é que poderei ficar hospitalizada e isso vai ser complicado. Porque as pessoas olham-nos e pensam «mas porque é que esta croma está assim? não tem nada de grave. Mimada». E há coisas que não se conseguem explicar a estranhos...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Desabafo


Não queria falar política e não ponho em causa que alguns cortes são mesmo necessários. Mas chateia-me a injustiça social e que sejam sempre os mesmos a pagar: a classe média trabalhadora. Aos ricos ninguém toca porque comem todos juntos. Aos cancros da sociedade que vivem de rendimentos mínimos também ninguém chateia. Agora tentem trabalhar, pagar descontos e impostos e depois vão ver...

Alguém me consegue explicar o porquê de o nosso Estado agora perguntar o quanto temos de poupança do banco quando se recorre a certas ajudas? Afinal dois casais com exactamente o mesmo rendimento mensal podem fazer usos totalmente diferentes do seu dinheiro. Uns podem pagar contas, viver segundo os seus meios, não fazer férias todos os anos, só terem um crédito, comprar roupa com moderação e poucos luxos, para conseguir poupar algum. Põem o dinheiro no banco e ainda ajudam a economia.
Há outros que rebentem com o ordenado em luxos desnecessários, com vários créditos ao consumo, com dívidas, mas que depois recebem ajudas do Estado porque não têm dinheiro no banco. E com um pouco de sorte ainda pedem insolvência e perdoem-lhe as dívidas todas.

Sim, vale mais não ser responsável para viver bem nesta sociedade. O que me põe mais fula é que esses casais ainda gozam com a minha cara por eu ser assim responsável... Respira Dina, respira...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mulheres...

As mulheres criticam constantemente os homens, mas se há coisa que gosto nos homens, e que é difícil de encontrar em muitas mulheres, é a frontalidade e sinceridade. Um homem gosta da roupa de outro, diz-o. Mas se não gosta também não se proibe de lhe dizer logo que «pareces um maricas». As mulheres são mais mesquinhas, não dão a sua sincera opinião sobre a vestimenta, sobre o novo corte de cabelo, sobre o que acham do novo parceiro das suas amigas, ... O pior é que depois viram costas e vão falar com o grupo de mulheres e aí dizem o que pensam e ainda mais. Também por isso sempre me dei melhor com homens. Sou frontal e pouca gente gosta de me pedir opinião, principalmente sobre coisas sérias da vida, porque não ouvem o que querem.

Mas as vezes penso que a culpa não é tanto da falta de frontalidade de certas mulheres. Afinal a maioria das pessoas não lida bem com frontalidade/ sinceridade. Apelidam-na de arrogância ou falta de simpatia. Só porque aquela pessoa foi capaz de dizer o que toda a gente pensa mas não tem coragem para fazê-lo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

para o bem e para o mal


Quando mantemos relações, sejam elas de amizade, familiares ou amorosas, elas são sempre para o bem e para o mal, para os bons e para os maus momentos. Gostamos de partilhar os bons momentos com todos, e normalmente todos comparecem às festas de casamento, batizados, jantares, etc.

Agora tentem chegar a uma fase má. O melhor destas alturas é que asistimos, num papel de observador, a uma triagem natural. Há muita gente que foge, que desaparece. Que subitamente está muito ocupada. Que simplesmente vira costas como se não se desse conta do que acontece à sua volta. Ou então ficam para pintar os piores cenários. E se já estamos assustados, eles conseguem deixarem-nos piores.

E num casamento? Acredito que a força de um casal se mede nos maus momentos. Aqui em casa já passamos por alguns. Já tive vários problemas e ele esteve sempre aqui. Nos últimos dias, tem-se esmerado. Tem estado um anjo, sempre disponível, sempre preocupado com o meu bem-estar, mesmo se por vezes está hiper cansado. É nestes momentos que sabemos o que é mesmo o amor, a partilha, o companheirismo. E pergunto-me se mereço tanto...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uma questão de perspectivas

O tempo e a vida fazem-nos calar-nos mais. Pensar antes de protestar e criticar atitudes dos outros. Porque o que é à primeira vista irracional e falta de educação pode ter razões totalmente lógicas.

Homens que urinam na rua. Toda a gente deve estar de acordo que é nojento. Mas será que quando alguém olha para estes homens pensam que pode haver doenças totalmente incapacitantes e que as nossas cidades não estão preparadas para estes doentes? Sei que há homens nojentos. Mas nem todos. O meu pai tinha atrofia da próstata e cancro da bexiga, o que o levava a urinar muito frequentemente. Se apertasse eram dores horríveis e que o podiam levar ao hospital. E quantas vezes tinha que se aliviar na rua. Porque só quem passa por elas é que se dá conta da falta de casas-de-banho que há por estas cidades fora e o quanto pode ser perturbador. Vão-me responder: há sempre cafés por perto. Nem sempre. Imaginem só passear em certas zonas da cidade a um domingo de manhã?

Também o meu problema de saúde me faz precisar de casa-de-banho sempre perto. De 10 em 10 minutos mais ou menos. Agora imagine-se a viver assim. Em que não há WC nos comboios, no metro, nas ruas, nas repartições de Finanças, etc.

Pode parecer um exemplo estúpido. Mas às vezes temos que olhar e pensar antes de criticar certas atitudes. E perceber as limitações que certas pessoas vivem, sem que ninguém o saiba...