sexta-feira, 29 de abril de 2011

Surpresa matinal


Estava eu na casa-de-banho esta manhã quando o telefone toca. Não gosto de ouvir tocar o telefone a horas inapropriadas ou quando não estou à espera: vem sempre uma má notícia a caminho...

Era a minha mãe. A dizer que vem passar o fim-de-semana a Lisboa. O marido está a trabalhar, por isso adivinha-se um fim-de-semana de mulheres. E já não a vejo desde Fevereiro, por isso promete muitos mimos, carinhos, conversas animadas e saídas a duas. Pena é o tempo estar de chuva...

Bom fim-de-semana! E não se esqueçam de participar no passatempo Oriflame aqui.

Paixão da semana


O verniz da semana foi o Orange Fizz da Chanel (que ganhei num passatempo). A cor é linda, fabulosa! É uma das minhas cores de verniz favoritas, sem sombra de dúvida. Mas não se aplica melhor que os vernizes mais baratos, nem dura mais tempo sem lascar; por isso vou continuar a comprar os meus Andreia, Risqué e Essence que o efeito é o mesmo...

Gostava de saber como fazem algumas mulheres para mudar de verniz umas quantas vezes por semana, de modo a combiná-lo com a roupa, batom, etc. Para mim pintar as unhas significa algum tempo perdido e não tenho sempre tempo, principalmente durante a semana. Mesmo sem filhos, depois de chegar a casa tenho mil e umas tarefas todas prejudiciais à minha linda manicure. E pintar as unhas pressupõe, pelo menos para mim, tempo para aplicar uma camada, depois uma dezena de minutos para secar, outra camada, e depois muitos minutos sem me mexer para secar sem falha, e depois ainda limpar o excedente de verniz que tenho nos dedos. E depois de meio seco não me posso aventurar a grandes tarfeas, por isso tenho que pegar tal deficiente com a ponta dos dedos nas coisas, e por vezes, qualquer tarefa báscia como limpar o nariz ou baixar as calças torna-se uma prova épica. Chiça que é difícil ser mulher...

* Foto da net

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Amarra ou incentivo para voar?


Sinto que muita gente tem medo de amar, medo do compromisso a longo prazo, medo das concessões mútuas. Se antigamente o laço do matrimónio superava todas as crises (até aquelas que não deveria superar como casos de violência doméstica, etc.), hoje o casamento é um laço tão ténue, que muitos casais, à primeira discórdia, quebrem sem piedade. Será que não sabemos amar como os nossos antepassados? Será que é a nossa emancipação feminina a causa disso?

Francamente não sei. Custa-me ver casamentos destruídos só por discussões rotineiras facilmente ultrapassáveis, ou divórcios que surgem à primeira grande dificuldade. A máxima «na doença e na saúde» só é bonita no dia da grande festa, porque depois surge uma doença grave e é ver alguns a renegar o cônjuge. Surge o desemprego e uma crise financeira que põe em causa o estilo de vida do casal e cada um segue separadamente a sua vida. Há casos e casos. Sou a primeira a dizer que não devemos manter um casamento de aparências quando tudo vai mal e este já não nos faz feliz. Mas perante adversidades da vida ver casamentos desfazerem-se quando este deveria ser o mastro forte da família, é estranho. Será que já não se fazem casais como antigamente que superavam tudo juntos, faziam esforços juntos (e faziam concessões pelo bem do outro) e remavam sempre no mesmo sentido, mesmo e sobretudo nos momentos mais difíceis da vida? Ou hoje a maioria deixa-se vencer pelo facilitismo, já não luta, dialoga, negoceia... porque amar e conviver a dois também é uma arte.

Eu quero acreditar que sim. Que ainda existe grandes histórias de amor que ultrapassam juntos todas as adversidades. Quero acreditar que envelhecerei ao lado do meu amado. Isso pressupõe trabalho quotidiano, para manter uma estabilidade entre os dois. Desconfio que será este trabalho árduo que as pessoas já não têm vontade ou força de travar, num mundo em que tudo é efémero e passageiro... As pessoas já não admitem fazer concessões pelo outro, são mais egoístas e egocêntricas...

Não acho que com o casamento/ união de facto se perca liberdade. Antes pelo contrário ganham-se coisas de que, de outra forma, nunca se teria. Partilhar a vida é do melhor que há, por isso acredito que valha a pena o esforço...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Recomendo


Como não sou invejosa, gostava de vos dar a conhecer (ou não) o blogue Laces& Pearls. Encomendei à Dani os dois pares de brincos das fotos e adorei. São ainda mais bonitos ao vivo. Tem bijutaria original a preços simpáticos e a Dani é muito simpática e correu tudo lindamente. Quem gostar de acessórios originais que vá lá espreitar...Só vos digo que o embrulho fez-me lembrar bonecas russas: aquilo estava tão bem embrulhado que parecia uma criança a abrir um presente de Natal! Gostei e recomendo!

Festivais (deprimentes) de verão


Começa o verão e os festivais gratuitos em pleno dia, na via pública. É engraçado observar certas mulheres: se à primeira vista parecem super elegantes e cuidadas, se nos aproximarmos um pouco mais podemos ver que descuidaram os pormenores. E pormenores não significa que sejam insignificantes, antes pelo contrário, são esses pormenores que podem estragar (e estragam mesmo) o quadro geral!

É óptimo ver as mulheres com a pedicure em dia, com as cores mais in da estação, para depois nos saltar à vista calcanhares hiper gretados, secos e escamados, quando não pretos! Será que não é um contra-senso?! Depois vestem as roupas da moda, com decotes generosos e esquecem-se que a roupa interior está mais à mostra do que devia: costas do soutiã à altura do pescoço, com alças à mostra num top cai-cai ou assimétrico (e com cores totalmente diferentes, e por vezes com um aspecto de ter feito a Guerra dos Cem Anos). 
Depois há as que se maquilham muito bem, que usam os acessórios ideais, mas que olhando para elas se nota que a pele nunca viu um bom hidratante ou que o cabelo precisava de mais encontros secretos com o shampoo. E já agora uma ida à esteticista. E sem falar de algumas mulheres (hoje em dia é imperdoável a um homem mas a uma mulher acho que ainda é pior) que se esqueçem que "banho" combina com "diariamente". E que mascarar odores corporais com perfumes fortes têm um efeito totalmente contrário. A minha patroa é uma cinquentona toda jeitosa, bem vestida, sempre bem penteada e maquilhada, mas que para a nossa segurança se deve manter a mais de 100 metros devido ao mau cheiro. É imperdoável.

Não sei se é a procura da perfeição que nos faz querer mais e mais, e nos faz esquecer as regras básicas.Às vezes valia mais uma tee-shirt simples e uma ganga e estar limpinha, hidratada e cuidada. A beleza reside nos pormenores. E no sorriso! Sim, mulheres elegantes mas carrancudas não nos torna muito bonitas...

terça-feira, 26 de abril de 2011

O que é bom acaba depressa


Foram 4 dias de puro deleite. Descanso, paz e momentos simples a dois. Cada vez tiro mais prazer das coisas simples da vida. A felicidade está à porta de todos, nas coisas mais simples, mas por vezes há quem só queira sonhar com metas impossíveis sem aproveitar o presente. Ontem, por exemplo, a tarde foi passada num manta num jardim público ao sol, deitados à conversa, namorando, lendo e comendo um gelado... O meu estado de espírito está mais calmo e para isso também tem ajudado o facto de daqui a duas semanas estar de férias! Vão ser cansativas mas fenomenais com certeza.

Com um tempo tenho percebido que me tenho esquecido que a essência do amor reside na partilha. Amor é partilhar.  Adoro partilhar com ele a feitura do jantar, quando eu cozinho e ele me abraça por detrás para espreitar para dentro do tacho. É partilhar uma sobremesa, ou um balde de pipocas. É partilhar risos e brincadeiras. Mas também é partilhar lágrimas e dores. Sei que temos tido momentos difíceis, que não o seriam assim tanto, se eu não me fechasse tanto em mim. Se eu finalmente percebesse que amor é partilhar a dor com o outro, porque o outro precisa de sentir que nos apoiamos nele, precisa de provar a nossa dor, porque a dor também é dele.

Sim, aprendemos a amar todos os dias. A amar-nos a nós, à vida e aos outros. E é porventura uma das melhores aprendizagem da vida...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dúvidas pascais...

Não podia deixar de vir cá desejar-vos uma doce Páscoa! A minha será passada com um casal amigo cá em casa, à volta de algumas iguarias (é duro preparar comida para uma mãe que amamenta [nada de chocolate, nada de fruta, nada de carne de porco, nada de...] mas adoro receber amigos em casa). 

Todos os anos quando vou ao supermercado, nesta altura do ano, pergunto-me porque é que o animal da festividade é um coelho mas depois se oferecem ovos de galinha? Alguém me explica? Mas não me respondam como um colega meu (Lisboeta de gema), com cara de cão, a olhar com desprezo para mim a dizer «e quem te diz que esses ovos não são de coelho?». Boa, só em Lisboa é que os coelhos põem ovos, mas a burra de para além das fragas sou eu (é daqueles moço da capital que desprezam os provincianos)...

Bem, Boa Páscoa. Não abusem das amêndoas...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Passatempo Oriflame


O verão está a chegar e não há melhor sensação do que chegar a casa, e tirar uns minutos para tomar um duche refrescante ou um banho relaxante. Adoro! Dou muito importância ao gel de banho ou sabão que uso: adoro ensaboar-me e apreciar o cheirinho bom do sabão que fica na pele.

Assim, juntamente com a Sónia Pereira do blog Oportunidades & Beleza - Cosméticos Oriflame, estamos a sortear sabonetes da Oriflame cremosos, com um aroma fantástico. Alperce e Chá Branco, Coco e Arroz, Grapefruit e Ginko, Lima e Gengibre, Manga e Iogurte, Uvas e Equinácia são alguns dos aromas que a Sónia tem para oferecer.

Como concorrer?
É fácil, basta:
Temos 7 sabonetes surpresas para oferecer! O seguidor com o comentário nº 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 receberá um sabonete surpresa em casa!

Têm até dia 6 de Maio ou até termos vencedores para todos os prémios.
 
Boa sorte!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Operação Dieta 100% eficaz


É engraçado como só nesta altura do ano é que a maioria das pessoas se preocupa com a linha. É como se durante o inverno fossem afectados de uma miopia colectiva e, com a desculpa do tempo frio, comessem como se fossem hibernar. Chega Março e começa a obsessão da balança e as chamadas operação biquínis. Em poucos meses querem resultados rápidos e ficar com um corpo de sereia. Comem como piscos, ficam frustrados e vão em manada para ginásios, para em Outubro voltar ao estilo de vida anterior.

Toda a gente se deve sentir bem consigo mesmo. Mas todo o ano. Está bem que despir-se na praia é constrangedor mas a barriga também se nota durante o inverno por baixo das camisolas. O problema é que em nome da linha, esquecem-se de um bem essencial: a saúde! O que me vale perder quilos, se a saúde se ressente? O corpo pode até nem acusar logo os malefícios das dietas demasiado restritivas mas as mazelas estão lá. Às vezes pergunto-me se algumas pessoas fazem dieta por elas (para o seu bem-estar) ou meramente para os outros. Como se, aos olhos dos outros, dizer «eu estou em dieta», é uma alegação atenuante do peso a mais.

Em vez de dietas sazonais, porque não apostar numa mudança duradoura de estilo de vida? A melhor dieta é aquela que se consegue seguir a vida toda. E não é preciso passar fome. Há anos que mudei de alimentação: mais regrada, mais saudável. Mudei os snacks hiper calóricos por fruta fresca, bolachas integrais, barras de cereais, iogurtes magros, etc. Bebo muita água. Limito a gordura dos alimentos, etc. Mas como tudo o que me apetece. Tudo. Chocolates, gelados, bolos. Mas com regra. E o meu peso mantém-se ao longo dos anos, sem precisar de dietas loucas de verão.

Não tenho o corpo perfeito, mas vivo bem com ele assim. Porque há um prazer do qual não me abstenho: o prazer de comer e conviver à volta da mesa. Sempre achei as pessoas obcecadas pelas dietas pessoas frustradas. O meu mal é a perguiça aguda que não me faz fazer mais exercício, para modelar o corpo. Tenho feito alguns minutos de bicicleta estática, mas somente para manutençaõ cardiovascular.

Vamos todas ser felizes o ano inteiro, com as nossas formas lindas, cuidando da nossa aliemntação diariamente, para o nosso bem-estar, auto-estima e saúde, sim?

terça-feira, 19 de abril de 2011

A tirania dos espelhos


Os provadores das lojas têm algo de demoníaco. Os seus espelhos fazem-me lembrar o espelho da bruxa má da Branca de Neve. Se há provadores que nos realçam todos os defeitos do corpo e da pele, o que nos faz  fugir de lá sem comprar nada; há outros em que nos deleitamos ao espelho, todas satisfeitas, para depois sair de lá em direcção às caixas com as nossas recentes aquisições. Depois chegamos a casa, voltamos a experimentar e chegamos a perguntar-nos se alguém nos trocou os sacos no centro comercial. «Mas o vestido assentava-me tão bem na loja», «Mas a cor era tão linda e viva e agora parece desbotada». «Mas este amarelo ficava-me tão bem no provador e agora parece que padeço de diarreia crónica». Quem é que nunca se arrependeu de uma compra mal chegou a casa, que levante o braço?! Ou quem nunca se apaixonou por uma peça na loja, comprou e depois nunca a vestiu porque afinal não era bem o que pensava?!

A culpa é dos espelhos. Os provadores deviam ter tecto de abrir para nos vermos à luz do dia. É como os espelhos da casa de banho. Há mulheres que se maquilham às escuras. Estão na casa-de-banho e parece que o blush mal se nota, e depois saem de casa e parecem um verdadeiro palhaço. Acho que devíamos seriamente fazer uma petição por espelhos mais sinceros, que reflectem nem mais nem menos...

Em relação às compras tenho duas pancas. Quando chego a casa com peças novas, tenho que voltar a experimentar tudo. E depois enquanto não forem para lavar não corto as etiquetas, gosto da sensação de abrir o roupeiro e de ter coisas novas por lá... E vocês, quais as vossas pancas?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lisboa again...


Custa sempre tanto voltar para Lisboa. Aquele ar puro, aquela serenidade, aquela gente tão genuína, e as paisagens deslumbrantes fazem-me tanta falta. Não seria o trabalho do Luís e arriscava-me a mudar definitivamente para lá. Seria um sonho. Os problemas não desapareceram, mas voltei mais leve. Acho que consegui forças para aguentar as três semanas que restam antes das tão merecidas férias...

Mas se pensam que o fim-de-semana não teve nenhum precalço, isso não seria a minha vida. O meu dia-a-dia tem que ter emoção, senão os mestres do destino aborreciam-se. Logo na viagem para cima, passei com o pneu do carro por cima do pé do meu amado. Os homens nunca foram bons a dar instruções. E depois com a mania que são fortes, ficou impassível a olhar para mim. Eu é que devia advinhar que o meu pneu estava a encimar os dedinhos dele?...

Sábado acordo e SUSTO. Tive medo de mim, literalmente. Há semanas que tenho uns problemas nos olhos (entre alergia, lágrimas e pele seca). Mas sábado acordei com os olhos negros/ vermelhos, muito pisados. Juro que parecia que tinha levado uns valentes socos nos olhos. Tinha vergonha de tirar os óculos de sol. Valeu-me a farmacêutica da zona. Até houve quem perguntasse ao Luís o que me tinha feito...

Ainda houve tempo para ver o documentário Pare, Escute e Olhe sobre a Linha do Tua. Só quem tem/teve o privilégio de conhecer a zona é que perceberá o crime que a criação da barragem está a causar na região. Crime ambiental, contra a população e o futuro da Região. Aquela terra é  minha, e custa ver destruir um património único por causa da ganância de alguns. Recomendo o documentário. Além disso está muito bem construído.

Uma boa semana para todas!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

De partida

Estou exausta, cansada. Quando me perguntam como estou, digo sempre que estou bem com um sorriso estampado na cara. Mas o meu coração está mais negro do que nunca. Os únicos sítios em que revelo o meu estado de espírito é aqui e nos braços do meu amado. Sinto-me à beira do precipício, sem forças. Estou ainda demasiada frágil para ganhar coragem para mais uma batalha. Preciso de me evadir de mim própria. Apesar de me fazer de forte, não o sou verdadeiramente.

Preciso de me afastar, de libertar a minha mente. Partimos este fim-de-semana para o Norte, onde a minha mãe não estará. O meu marido tem imensos planos, que não me incluem a mim. Por vezes é tão injusto. Ou serei eu a egoista, não sei. A nossa vida na aldeia resume-se a uma equação simples: tudo o que a mãe quer é sagrado. Mesmo sabendo que eu preciso de descansar e de ter tempo para ganhar forças, ele não está a fazer planos que me incluem. E fica sempre chateado se não o acompanho em coisas que não foram planeadas para mim. Mesmo quando ele só tem um fim-de-semana a cada dois meses...

Podia recusar-me a ir e ficar. Mas tenho saudades de respirar aquele ar puro. De olhar para os montes verdejantes. De saborear os raios de sol a baterem-me na cara. O Norte é outro mundo. O meu mundo. E quero recolher-me junto do meu pai. Sei que ele não está ali, mas faz-me sentir mais próximo dele, não sei explicar. Hei-de aproveitar o fim-de-semana só para mim (ai as críticas da sogra vão abundar): esplanada à beira rio, o meu jardim solitário, etc.

Bom fim-de-semana! Espero voltar melhor comigo mesma.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Amor ou preconceito?


Todos fomos jovens e apaixonados. Quem de nós em adolescentes não beijou apaixonadamente o seu namorado em público (e outros gestos de ternura). Cresci mas continuo a não me incomodar  ao ver jovens a beijarem-se em público como se não houvesse amanhã. Sei que algumas pessoas não apreciam. Mas para mim, isso é mesmo fruto da idade, das paixões fortes e arrebatadoras da adolescência. E admito que alguns me fazem sorrir e relembrar momentos meus, loucuras de paixão adolescente,...

Posso parecer velha e insatisfeita, mas quando se tratam de pessoas com mais idade, acho certas atitudes deslocadas e despropositadas. Não sou como alguns que nem gostam de ver beijos  em públicos. Mas há certas demonstrações de paixão que em pessoas mais crescidas me incomodam. Há umas semanas, por exemplo, um casal já com 40 anos no metro a quem só faltava mesmo baixar as calças e acabar com o serviço ali mesmo. Imaginem: o homem sentado, e ela por cima às cavalitas. Com beijos longos e molhados, as mãos deles a apalpar-lhe o rabo avidamente, e ele a suspirar de desejo. Muito constrangedor e deslocado. Não consigo perceber como há pessoas que não percebem que há locais e momentos para tudo!E na praia, quando começam a enrolar-se à frente de crianças que estão a olhar para eles, de boca aberta, desde a toalha mais próxima...

Eu até tenho uma mente aberta. Mas, às vezes, pergunto-me se não estarei a envelhecer demasiado rápido, ou a ficar preconceituosa... Não sei se é uma necessidade de mostrar ao mundo «estou feliz, apaixonado e temos sexo três vezes por dia». Mas há coisas que se devem fazer no recanto do lar, com privacidade e respeitando o espaço dos outros. Mas isso digo eu!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Bases


Há muito tempo que andava a procura da minha base perfeita. Nestas últimas semanas, experimentei duas: a Lingerie de Peau da Guerlain e uma base da Avène. Esta é a minha opinião pessoal acerca dos dois produtos, sem ser profissional da área, mas apenas uma consomidora comum.

Base da Guerlain
Tem uma óptima cobertura, e deve ser muito boa para quem tem uma pele com muitas imperfeições. É muita fluída, aplica-se facilmente. O pior é que «não adere» e transfere-se facilmente, ao longo do dia, para a roupa, dedos e afins. Tenho a pele bastante seca e ao fim de três dias de uso, já me andava a secar a pele em algumas zonas da cara. Usei algumas amostras mas penso que o preço é um pouco proibitivo (cerca de 45€, se não estou enganada). No geral, estou satisfeita!

Fond de teint correcteur da Avène
Estava um pouco com receio mas tenho a dizer que fiquei muito satisfeita! Tem que se ter um pouco mais de cuidado ao aplicar porque não é tão fluída. Parece-me que não tem tanto poder de cobertura de imperfeições, mas como a minha pele basicamente só necessita de homegenizar a tez, é óptima! Também tem protecção de UV e mantém-se impecável durante todo o dia. Não há transferência para a roupa. O preço é de cerca de 18€ (30 ml). Acho que consegui a minha base de eleição: qualidade a um preço acessível!

Quando fui comprar a base, a vendedora deu-me algumas dicas na escolha da base perfeita para nós. O pior erro é usar base para parecer bronzeada: a base  serve sempre para uniformizar o nosso tom de pele, pelo que devemos escolher o tom de base mais perto do nosso tom de pele. E a melhor zona onde testar  a cor é na parte interior do pulso. Quem tem mais imperfeições deve preferir bases compactas, caso contrário pode optar-se por uma líquida.

A minha maquilhagem nos últimos tempos tem sido corrector de olheiras, base, eyeliner, rímel e blush ou pó bronzeador. E a maquilhagem certa faz tão bem ao ego!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Famílias problemáticas


Ontem ao ler um post da Me, lembrei-me o quanto os tolos e ingénuos são felizes. Porque eu também fui tola na minha ingenuidade de acreditar nesta Instituição que se chama Família. Aprendi que afinal, onde via amor, carinho e respeito, levantando a fina camada superficial, se encontra muito interesse e mesquinhez. Sempre dei tudo por quem amo, mais do que devia por vezes. Mas nunca me arrependi. Se há 10 anos atrás contava com uma família sólida, hoje tenho somente a minha mãe. E o meu marido mas este oficialmente não é da «chamada família de sangue». E olhando para a minha família consigo contrariar dois pensamentos recorrentes da maioria das pessoas:
  • Filhos únicos nunca, que irmãos trazem felicidade e outros valores únicos. Quando era criança e até há um ano atrás, também achava que a minha irmã era o meu maior tesouro. Que havia ali uma ligação inquebrável. Mas quebrou-se no dia em que a chorar procurei reconforto ao telefone porque estava a ver o nosso pai a morrer e ouvi  um «cala-te. Eu sei que a morte que o espera é do mais doloroso e terrível que há. Não quero saber de nada. Quero-me afastar.» Só faltou dizer, volta a ligar quando lhe passarem a certidão de óbito. Irmãos é bons nos primeiros anos de vida. Há excepções de irmãos que se amam até ao fim da vida. Mas conheço muitos que só se amam até os pais desaparecerem. A ganância é capaz de mimar tudo e todos. Ainda ontem ligou-me a perguntar como estava. Mas já sabia que aquela preocupação não era sincera... só precisava de mim por causa de uns papéis do Tribunal...
  • E depois há aqueles que acreditam que os casais têm que ter filhos porque senão não vão ter ninguém na velhice para cuidar deles. Aí também há excepções. Mas já vi tantos pais, com mais do que um filho, terem o mesmo destino: abandonados na velhice e na morte. Muitas vezes, sempre por uma questão de inveja dos irmãos. É das coisas que mais me revolta: o abandono dos nossos idosos. Não há dúvidas: no final da vida, os casais só se têm um ao outro. São a bengala respectiva. Os filhos seguem a sua vida, saem de casa. O casal permanece e continua juntos...
A quem diga que tenho uma visão negra da Família. Eu sou acho que sou só  uma boa observadora. E que, para o meu bem, deixei de ser ingénua...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ditadura moderna


Domingo, seis amigas à volta de um lanche e a conversa vai sempre parar à mesma conversa: a maternidade. É estranho como as mulheres lutaram durante séculos pela sua emancipação, e continuam a brandir a bandeira da maternidade como única via de realização feminina. Para mim esta é verdadeira nova ditadura moderna, com todas as contradições inerentes. Ninguém percebe que a N. não quer pura e simplesmente ter filhos.É feliz com o trabalho, os seus gatos e com as suas relações amorosas. E as primeiras a criticar são as próprias mulheres. Porque só se é mulher quando se pare. É incrível ouvir isso da boca de mulheres modernas.Não serão as mulheres as mais machistas ao considerarem que só se assumem como mulheres quando parem?

Algumas vão ao limite de dizer que só se é mãe quando se pare... com dores! Porque quem tem os filhos por cesariana ou com epidural, não é tão mãe. Eu só me posso rir de tamanha estupidez. Indepentemente do rumo que a minha vida levar, desde cedo disse que o meu sonho era adoptar. Sempre foi esse o meu sonho, porque o amor é dar uma possibilidade a uma criança de ser feliz. Porque ser mãe é dar amor. E o amor não nasce de um parto. Nasce do coração, de gestos, de tempo de qualidade que se passe com a criança, etc. Sei que junto de certas Mulheres, nunca serei tão mãe como elas. Porque quem adopta nunca é mãe...

Quem critica o facto de eu ter esperado demasiado, não me arrependo. Porque para mim ser mulher vai além da maternidade. O meu objectivo era aproveitar o meu marido, namorar e aproveitar alguns anos só a dois. Porque somos feliz a dois. De qualquer forma, não me arrependo, porque a vida é incerta. Nunca sabemos o que nos reserva. E ainda bem, porque se tivessemos uma visão a longo prazo dos tormentos ou das grandes felicidades que nos esperam, enlouqueceríamos. O facto do futuro ser incerto não é algo ruim, é uma bênção. Apesar de na hora de tomar decisões, tudo se tornar mais difícil, porque só saberemos depois se é a decisão certa ou errada...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Amor e Sexo


As mulheres deveriam vir com um manual de instruções. É tão complicado descortinar os meandros da sua mente, até para nós mulheres, quando mais para os coitados dos homens...

Se há mulheres que se queixam de já não haver cavalheiros, românticos, que as seduzam; que lhes oferecem flores, e que as levem a sítios bonitos, para as comquistar... depois há outras que querem tudo mais rápido, que querem passar à etapa seguinte e que se irritam por o homem não ir mais além, mas também não lhe dá sinais do que ela quer....

Em tempos tentamos juntar dois amigos. Era vê-lo atrapalhado porque não queria ir depressa demais, não queria que ela pensasse que ele só saía com ela por causa do sexo, etc. A relação não funcionou. Porquê? Porque para ela, foi devagar demais. Não queria aquilo engonhado, queria ter tido relações com ele, logo no início...

Antigamente queixávamo-nos dos homens por só pensarem em sexo, e acumular conquistas. Hoje tudo mudou. As mulheres já pensam como eles, ou então passaram a assumir as suas prioridades. Eu nunca prescindiria do tempo de sedução: é uma fase tão intensa! Também nunca seria capaz de fazer sexo com um homem logo na primeira ou segunda noite. Mas não critico quem o faça. São maneiras diferentes de viver a sua sexualidade, só isso. Hoje em dia, acaba-se uma relação e começa-se outra logo a seguir, sem dar tempo de fazer o «luto» desse amor/ paixão.

Eu posso ser antiquada, mas continuo a acreditar que há uma diferença entre fazer sexo e fazer amor. E o segundo é tão mais satisfatório e intenso. Não o trocaria por nada. Não concordam?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Veia de juiz


Quase toda a gente tem uma veia de juiz: gosta de emitir opiniões e de julgar as pessoas pelas suas opções de vida. Se estas diferirem das suas, teremos direito a um verdadeiro julgamento do tempo da Inquisição. Aprendi a nunca julgar as escolhas/ sentimentos de uma pessoa. Posso discordar mas tento sempre meter-me na sua pele para a perceber.

Tento uma amiga que está a atravessar uma certa depressão pós-parto. Porque todas as mães que conhece lhe impigiram a ideia que tudo é maravilhoso, que tudo surge naturalmente, que nem o sono e berros constantes do bebé enervam, que são uma melodia suave para uma mãe. Disseram-lhe que uma boa mãe vivia unica e exclusivamente para o filho. O problema? Ela adoro o filho mas nada surgiu naturalmente, atrapalhou-se bastante com algumas tarefas, está exausta por causa das noites mal dormidas e porque gostava de esparrecer, porque viver a 100% para mamadas e fraldas é cansativo. O problema é que toda a gente a faz sentir má mãe por sentir isso. 

Eu acho que é normal. Que antes de ser mãe, se é mulher. Que o cansaço físico e psicológico toca a todos. Que ninguém nasce ensinado. Que também é preciso descansar e fazer outra coisa, para o bem de todos, até da criança. É fácil falar e julgar os outros quando se tem uma criança já criada (com o tempo, o ser humnano tende a esquecer as partes mais negras), quando se tem sempre a mãe ou sogra a cuidar do filho, etc.

É tão fácil julgar a vida dos outros, quando temos sempre alguém para nos ajudar a viver a nossa...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Queixas e mais queixas


Francamente estou a ficar cansada do pseudo-jornalismo que está no auge. Estou farta de ouvir lamuriar constantemente quem não deve. Claro que a vida está mais cara, os ordenados mais baixos e o medo do futuro é grande. Só não consigo ter pena de pessoas que passam a vida a lamentar-se porque «já só vão jantar fora uma vez por semana, porque já não vão tantas vezes ao cinema, porque agora só vão fazer férias 1 vez por ano no estrangeiro em vez das 2/3 vezes habituais, porque passaram a tomar o pequeno-almoço em casa, etc.». Isso são luxos. É verdade que se trabalhamos deveríamos poder ter acesso a esses mimos e a um nível de vida condigno. Mas não deixam de ser luxos. Para mim bem essenciais são comida, casa, água/ luz/ água e saúde (consultas e medicamentos). Há quem esteja sempre a mal com a vida, quando ainda continuam a ser uns previlegiados, sem se darem por isso.

Agora ligar a televisão e ver uma reportagem de uma senhora a queixar-se da crise quando gasta mais de 1000 euros em colégio privado, porque «é inimaginável o miúdo ir para um liceu público»?! E a cozinhar numa bimby?! Vendida dava para pagar quase duas prestações da casa: aí sim era crise...

O problema é que sempre fomos criados sem nos faltar nada, e assumimos tudo como bens essenciais. Mas não o são. Estou cansada e preocupada, mas opto por mudar de canal quando chega a hora do telejornal. Essas pseudo-vidas desgraçadas põem-me os nervos em franja, e isso sim é uma ofensa para as pessoas que fazem malabarismo para ter comida na mesa, pagar o crédito a habitação e pagar contas na farmácia.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Mais uma semana


Começar uma nova semana é sempre mais fácil quando o fim-de-semana foi regenerador. Adoro estar com o meu marido, mas sou um bicho independente, que precisa, de tempos em tempos, ter o seu espaço, de ter tempo só para si mesmo. Este fim-de-semana foi assim: manhãs só para  mim: ler no sofá enquanto com os raios de sol a entrar pela janela enorme, pequeno-almoço sossegada, mimos e tratar de mim. Esses momentos a sós regeneram-me para depois, quando ele chega, estar a 100% para ele. Muito namoro, com o serão de Sábado a acabar no Restaurante Étnico de Lisboa para um jantar romântico: massagem e depois jantar a sós numa espécie de tenda. Foi fabuloso apesar de não ser grande apreciadora deste tipo de comida. E ir à noite ao nosso Miradouro da Graça, abraçados, foi mais que fantástico. Domingo, ainda houve tempo para amigos, com passeio em Belém....

Recuperei forças para mais uma semana. Que pode ser a semana do tudo ou nada. A semana em que vou ouvir o veredicto da boca do médico. Mas nada me pode demover se ser feliz...

Uma boa semana para todas, com muito sol e amor à mistura!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Incompatibilidade


Há dias em que olho para nós e imagino qual a química que fez com que o amor despontasse e se mantivesse acesso durante mais de 10 anos. É estranho: somos tão diferentes. Por vezes, penso que não poderia haver feitios mais opostos. Eu sou impulsiva e frontal: eu digo o que sinto e depois é como se nada tivesse acontecido, não fico amuada. Ele, é mais de ficar a remoer tudo em silêncio e de ficar de beicinho durante horas. Às vezes, só me apetece agarrar nele e sacudi-lo para o acordar. 

Quando surge algum problema que é preciso resolver eu ataco logo de frente. E depois é só ele a dizer «tem calma, tudo se vai resolver». Esta passividade deixa-me possessa. «Há tempo para tudo, deixa andar». E isso tem o dom de me irritar ainda mais. Falta-lhe genica. Ou eu é que tenho a mais. Não digo que tenho feitio melhor, porque sei que por vezes digo o que não devo, e deveria relativizar mais. Temos atitudes diferentes perante as adversidades da vida. Quando ele está preocupado com algo, faz piadas sobre o assunto. E a mim quando algo me preocupa mesmo, quero falar sobre isso, desabafar, e tentar encontrar soluções: e ele faz piadas! O que não é do meu agrado...

Mas, mesmo se nos pegamos muitas vezes, o amor continua lá. Sempre, mais forte, mais ou menos visível. É algo inexplicável. Não consigo ver os laços que nos unem, mas consigo senti-los. São cordas fortes de marinheiros que não nos deixam ir à deriva, mas é por os nós estarem tão apertados que por vezes os nossos cascos embatem. Mas com a maré acalma, voltamos a nossa viagem com paz.