quinta-feira, 31 de março de 2011

Março



Já não é precisa apresentar a triologia Millenium. Só tenho a dizer que o segundo volume é sem dúvidas o melhor. E quem ainda não leu, que tente, porque vale mesmo a pena. Aguardo com expectativa a sentença de tribunal entre a companheira de Stieg Larsson e os herdeiros deste para ver se o quarto volume vai ou não ser publicado...

Li ainda Os Segredos do Vaticano de Bernard. Lecomte. Não é um romance mas lê-se muito bem, e como diz a crítica, é por vezes mais empolgante do que qualquer romance. Revela vários casos ligados ao Vaticano, e para quem é apaixonado por questões religiosas vale muito a pena: a questão dos padres-operários, a verdade sobre a Opus Dei, quem era Pio XII, quem mandou matar o João Paulo II, qual o verdadeiro segredo de Fátima, porque é que Ratzinguer não devia ter sido eleito, a contracepção, a verdade sobre o Santo Sudário (capítulo fascinante), etc... Cada questão é tratada em pequenos capítulos nada maçadores...

Boas leituras!

Compras do mês


Se há um conceito que tenho dificuldade em perceber é o das «compras do mês». Vejo por aí muita gente que se fixa um valor por mês ou determinadas peças a comprar por mês. Não consigo perceber como conseguem gerir isto.

Tenho sempre noção daquilo que posso ou não permitir-me. Sei quais são os meses complicados em termos financeiros (os dos seguros, impostos, doenças,etc.). Mas quando vou às compras ou dar uma volta pelas lojas, se experimentar um vestido que gosto e me assenta bem, é suposto deixá-lo lá porque nesse mês tinha ponderado comprar uma camisa? Eu era incapaz de o fazer.  Com a sorte que tenho da próxima vez já não haveria aquela cor ou o meu tamanho. Quando não posso comprar fujo dos shoppings como o Diabo da Cruz, assim não há tentação possível. E depois posso andar meses sem comprar nada porque não gosto de nada mas depois numa visita a uma loja posso gostar de três peças, e compro-as.

E depois não sei se só acontece comigo mas sempre que digo: tenho que ir ver aquela saia precisa, quero umas calças de determinada cor, um vestido com esse corte, sempre que lá chego ou me desilude ou simplesmente fica-se pessimamente...

quarta-feira, 30 de março de 2011

As relações vistas pelos homens...


«Os filmes românticos são conhecidos por estragar relações
pois dão expectativas irreais às mulheres sobre o que hão-de esperar de um homem. 

A pornografia tem o mesmo efeito em nós.»

Frase de um amigo meu no facebook. Fez-me rir e pensar. Até pode ter alguma coisa de verdade nisso. Sempre achei isso dos filmes românticos mas nunca tinha chegado a esta conclusão... E vocês, que acham?

Conforto ou desleixo


Depois de um dia extenuante de trabalho, se há algo que as mulheres desejam é descansar confortavelmente. O problema é que durante a semana é nessas poucas horas de descanso que podemos estar com as nossas caras-metade. Ora, será que nos podemos dar ao luxo de estar completamente à vontade nos serões e fins-de-semana?

Há quem diga que o amor vai além de uns trapos e que o amor é poder estar à vontade frente a quem amamos. Dizem que já basta durante a semana terem que passar meia hora na casa de banho a maquilhar-se e a nadar arranjadas. Por isso no fim-de-semana e no final do dia é tee-shirt larga, cabelo oleoso e fato de treino...

Eu penso que deverá haver um meio termo. Claro que aquela casa também é nossa e nos devemos sentir bem e confortável nela. Mas os homens vivem de estímulos visuais. Passados os primeiros tempos de paixão arrebatadora, quando a rotina se instala ninguém gosta (homem ou mulher) de olhar para o outro lado de sofá e de ver alguém completamente desmazelado, quase não o reconhecendo. A cara-metade merece que o outro se cuide e esteja minimamente apresentável e atraente. Eu sou daquelas que chega a casa e troca de roupa, porque gosto de me sentir confortável. Mas não exagero. Posso estar confortável sem cair no desleixo. Há pijamas e conjuntos tão agradáveis a venda, hoje em dia. E no fim-de-semana, visto-me e maquilho exactamente como durante a semana, porque o faço primeiro para me sentir bem comigo própria e também porque ele merece ter uma mulher apresentável ao seu lado. 

Acho que há muitas mulheres que caem num desmazelo demasiado grande, o que prejudica bastante o clima de romance, que com o frenesim do dia-a-dia já pode ter condicionado. Sei que não é desculpa, mas muitos homens sentem a necessidade de estar com uma mulher mais sexy, mais feminina que os estimula. Eu sempre disse que casamento dá trabalho, até na nossa estética: não nos podemos permitir desleixo na depilação, por exemplo. É um mínimo. Pode haver um grande amor, mas será que os anos aguentam tanto desmazelo?

terça-feira, 29 de março de 2011

Gentinha


Não gosto de pessoas que se levem demasiado a sério. Não gosto de pessoas que se julgam mais ou melhores do que os outros por serem doutores, por terem mais dinheiro ou ter um status diferente. Pensam que vivem acima de todos, e até acima dos desígnios divinos: que nada os podem atingir porque cheiram a dinheiro e poder a centenas de metros. Não gosto de pessoas que se gabem descaradamente de virem de uma linhagem de advogados, médicos ou afins. Como se só este simples facto fizessem deles um ser melhor. Detesto quando menosprezam um emigrante só por ser de outra nacionalidade, (ou a senhora da limpeza do escritório porque acham que vale menos do que nós) quando ele é que tem o mérito de ter chegado onde chegou pelo suor do seu corpo.

Neste aspecto eu e o meu marido fazemos uma boa dupla. Admito ser da chamada classe média: trabalho, sou licenciada, ele é funcionário público, temos casa, carro e formação. Mas quando conhecemos gentinha como aquela assumimos o que os outros odeiam. É ver a cara de horror quando dizemos a pleno pumão que somos filhos de troalha/ dona de limpeza e agricultores, o meu marido adora dizer que tem o 11º mal feito, que somos pobres e que tenho mais consideração por um estrangeiro do que por muitos doutores que por aí andam. Não sei porque é que tanta gente tem medo de assumir as suas origens. Tenho tanto orgulho nelas. Mesmo. De poder olhar para trás e de dizer que os meus pais começaram na terra e fizeram tudo, e eu depois, para me tornar no que sou.

Há gente que pensa que o dinheiro lhe dá tudo, e até superioridade. Mas normalmente a quantidade de dinheiro no banco é proporcional à falta de valores. Há excepções, cuidado. Falo de alguns casos que conheço. Mas o grande segredo é que com ou sem dinheiro, todos acabamos da mesma forma e no mesmo lugar...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Melhor amigo


Quando se fala da peça indispensável num roupeiro, as opiniões divergem: um bom casaco, sapatos de qualidade, uma boa camisa branca, um vestido preto de qualidade... Eu apostaria em todos, mas não esqueceria o poder de um bom sutiã. Há tantas mulheres que se esqueçam do quanto é importante apostar num sutiã de qualidade e do tamanho certo! 

Para que vale uma camisa linda, com um decote fantástico, quando o sutiã não mantem os seios firmes no seu lugar. Eu já fiz a experiência de vestir o mesmo top com dois soutiãs diferentes e o top assenta de maneira totalmente diferente. Há quem não percebe porque é que eu troco regularmente de roupa interior, mas para mim este é a base da minha elegância (principalmente para quem tem seios mais volumosos). O sutiã tem importância de verão e de inverno!

Mas agora com as temperaturas a subir é incrível ver alguns sutiãs espreitar por de baixo da roupa: cores apagadas, tecidos coçados e por vezes sutiães que chegam ao pescoço (nas costas) devido à falta de elasticidade ou por serem de tamanho errado. Será que estas pessoas não imaginam que podem ter um acidente e terem que se despir frente a um médico assim? Será que só têm cuidados com a lingerie quando são namoradas: «visto este conjunto sexy no encontro semanal mas durante a semana visto estas cuecas com 10 anos, com elástico lasso, e buraco na costura»? Uma bela lingerie põe-nos o moral tão no alto: quem é que não gosta de se olhar ao espelho e de se achar sexy? Não precisamos de um homem para isso!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Uma questão de cromossomas


Quando era jovem, apreciava os grupos de meninas no recreio pela heterogeneidade que existia. Havia as betinhas, com as suas roupas bonitas, havia as maria-rapazes, sempre de fato de treino a jogar a bola com os rapazes, havia as étnicas, que assumiam em pleno as suas origens tribais, sem esquecer as punks, os góticos, etc. Hoje, quando passo à porta de um liceu, entristece-me um pouco ver que, salvo raras excepções, as meninas se tornaram todas iguais, com o mesmo estilo, diluíram-se na massa para melhor se integrar...

Mas há pelo menos dois aspectos em que todas as mulheres são iguais. São duas atitudes inscritas nos nossos genes há centenas de anos....

Para uma mulher, ela está sempre gorda. Sempre. Pode estar quase pele e ossos, mas há sempre um dia em que pega no bocado de chicha que está a mais e se olha ao espelho como se aquilo marcasse o fim da sua vida. Não há uma mulher que seja que não se tenha já queixado do quilo a mais (ou gramas) ou da celulite (minúscula). Assumir perante os outros que estamos gordas, deve fazer parte se algum modelo de inserção na classe. Todas já estão a abanar a cabeça a pensar: «mas preciso mesmo de perder peso, estou tão gorda». Mas pense na sua amiga que também se queixa do mesmo e pensará «ela está perfeita, não tem nada quilos a mais». E acho que as mulheres dão mais importância aos quilos que os homens. Eles costumam ser unânimes: gostam de curvas e de onde se agarrar...

Outra frase recorrente no mundo feminino é «não tenho nada para vestir». O problema é que isso significa que temos o roupeiro cheio de roupa, a transbordar por todo o lado, sem espaço para mais nenhum trapinho. A Pipoca mais Doce dizia em tempos, que esta é uma maneira subjectiva de desculpar as nossas compras constantes. Os homens dizem-nos «mas não comprastes a semana passada uma saia da mesma cor roxa?», «não era violeta e esta é berinjela!». Precisamos sempre de mais um sapato, uma mala ou um acessório para combinar. E compramo-los. Mas nunca temos nada para vestir. Falta sempre qualquer coisa. Esta é a busca incessante do Santo Graal moderno: a busca do roupeiro perfeito...

A mulher que nunca tenha proferido as frases «estou gorda» ou «não tenho para vestir», ganha um prémio surpresa!... a de pinóquio mais sexy...

quinta-feira, 24 de março de 2011

A ignorância é santa


Passei os últimos anos com sintomas tramados. Pior ou melhor, pensei que era normal. E com recurso a medicação ou não, conseguia aliviar as dores, que por vezes só passava com uma injecção no hospital. Agora lembro-me de quando a minha médica de família me disse perante as minhas queixas «tem dores? Aguente-as. Quando parir ainda vai ter mais dores» e nunca nada me foi diagnosticado.

Desde que abri aquele envelope branco e que li preto no branco o que me causava estas dores, inchaços e complicações, parece que tudo é mais insuportável. Hoje a dor tem nome e sei que não é normal. Roubou-me sonhos e paz. Se antigamente me doía mas me limitava a ignorá-las, agora olho para o meu ventre com desprezo. Estas dores irritam-me, chateiam-me mais. Fazem-me lembrar a minha condição humana. Nem sei explicar este sentimento estranho que se apodera de mim. A dor é antiga mas o sentimento é novo. O meu inimigo tem agora nome, e é mais difícil cohabitar com ele. Terei que conviver com ele, até fazer dele um daqueles amigos que se mantêm ligados por coincidências da vida. 

É tão bom viver na ignorância. Dá-nos paz e tranquilidade. O conhecimento acarreta responsabilidade e  força para lutar...

Medo do futuro...


Quando vim para Portugal há cerca de 10 anos atrás, espantei-me com a passividade que caracterizava este povo portanto latino: pouco poder reivindicativo, classes de trabalhadores que não se unem, enfim... Ontem assisti em direito ao exponente máximo desta falta de pensamento global, como Pátria, para ver chefes de Estado a olharem para o seu umbigo. Não se pensa no bem comum, valor máximo da Democracia, para se pensar única e exclusivamente em eleições e o alcance do poleiro. 

Não tenho vergonha de assumir os meus ideiais políticos. Nunca votei Esquerda. E portanto digo, far-lo-ei nas próximas eleições, e tenho medo que o povo se deixe iludir pela cantiga do vigário que a Direita está a preparar. Para eles «o problema não está nas propostas de Sócrates, mas na sua falta de credibilidade». Porque se forem eleitos, irão aplicar as mesmas medidas, ou talvez pior, com a vinda do FMI. Não há surpresas neste PEC IV. Mas abre as portas a eleições. E o povo é que vai sofrê-las. Agora é que as famílias vão ficar à rasca: facilidade de despedimento e redução das indemnizações e subsídios, IVA a subir aos 25% (proposta do PSD), IRS a subir, cortes nas pensões e ordenados mínimos, falta de liquidez dos bancos, as famílias a não poderem deduzir os juros do crédito à habitação no IRS, Euribor a 4%, etc. Em vez de se assistir a um desenvolvimento social, com o passar dos anos, vamos para pior.

Hitler era contra o sistema parlamentar. Dizia que era consituído por uma cambada de incompetentes, que não percebiam dos assuntos discutidos,e que eram os paus mandados do partido que representavam. Elegiam-se centenas de deputados, mas afinal a voz que se fazia ouvir eram de 2 ou 3. Concordo plenamente. Acredito que o fim do nosso sistema político tal como o conhecemos está prestes a desaparecer. Precisamos de alguém com mão de ferro, como o Salazar, que podia ser um ditador, etc., mas que foi o melhor economicista que Portugal já teve. E nunca mais voltará a ter...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Rasca, eu?


Muito se tem falado da geração à rasca. O que penso é que o grande problema não reside na instrução da nossa geração, mas na educação. Afinal muitos são filhos cujos pais têm esta máxima «quero dar tudo o que eu não tive ao meu filho». Errado, profundamente errado. 

Em casa, havia um ordenado de trolha e outrode uma senhora das limpezas. Nunca me faltou comida, brinquedos quanto basta e tudo o que tivesse a ver com a minha formação. Nunca deixei de ir a um passeio da escola ou de comprar um livro recomendado. Os meus pais não eram ricos, mas também não eram pobres. Mas nunca me deram tudo. Desde cedo, aprendi a dar valor ao trabalho deles, e que na vida não se pode ter tudo. E sempre, desde muito cedo, tive que tomar as minhas próprias decisões e assumir as minhas responsabilidades. Ensinaram-me a lidar com frustrações e problemas da vida. Telemóvel só quando precisei e fui estudar para fora, portátil igual, etc.

Hoje em dia, estamos a criar crianças demasiado protegidas, que não estão preparadas para lutar, porque sempre tiveram tudo de mão beijada. Os meus pais sempre me auxiliaram, mas como num ninho de pássaros, deram-me asas para eu voar sozinha. Custa-me olhar para o meu vizinho à rasca e vê-lo com a mais recente tecnologia, um carro semi-novo, roupa nova... e continua em casa dos pais porque não se pode assujeitar a um ordenado de 600 euros. Eu vim de Trás-os-Montes com mala às costas, sem conhecer esta cidade, para começar a trabalhar por 500€. Arrisquei para lutar pela minha vida, e hoje tenho menos que estes rascas, porque tenho prioridades. 

À rasca estarei quando passar fome, ou tiver que deixar de comer isto ou aquilo, para pagar a prestação da casa. A rasca estarei quando tiver que deixar os comprimidos na farmácia porque a reforma de uma vida não me permite um tratamento digno. À rasca estiver quando for para um país de que não percebo a língua, passando a fronteira a pé, para dar um futuro aos meus filhos...

Sim à uma melhor remuneração e estabilidade laboral para licenciados. Mas também nem todos podemos ser Doutores. E pais e mães deste país, pensem que mimar demasiado os meninos nem sempre é ajudá-los. É preciso desde muito cedo ensiná-los a serem adultos responsáveis.

terça-feira, 22 de março de 2011

Silogismo lógico. Ou talvez não.


Uma grande maioria de blogues que pulula pela blogosfera pertence a pessoas ligadas ao mundo da comunicação em geral, e ao jornalismo em particular. E essas costumam mostrar roupas lindas, acessórios caros, as compras mais recentes, etc., o que me faz pensar que estas pessoas são elegantes e se vestem muito bem. O problema é que quando organizo conferências de imprensa ou eventos em que jornalistas são convidados, estes reconhecem-se ao longe. Porquê? Porque são os mais farrapeiros da sala. Não pensam que estou a ser má: os jornalistas têm uma postura especial combinada com um desmazelo ou falta de elegância. O meu marido pensava que eu é que era exagerada. Mas um dia em que fez segurança numa Cimeira, ele próprio chegou a casa espantado com a falta de bom gosto desta classe, principalmente das mulheres.

Ou estamos com sorte e na blogosfera só acompanhamos a gema da classe jornalistíca, linda e elegantérrima, ou não sei... Será que os elegantes só tratam de assuntos mais frívolos como eventos sociais e moda, e que as secções de economia, saúde e ambiente são ocupados pelos marões com falta de bom gosto? Sem ofensa a ninguém, claro, estou só a ser sarcástica. Mas certos jornalistas não perdiam nada em vestir-se melhor quando vão a um evento num local assim mais chique: bastava trocar as sapatilhas grosseiras por umas sabrinas e as tee-shirts mais espalhafatosas por um top mais sóbrio,... A imagem é importante em qualquer profissão.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O amor dá-nos asas para voar


... e para ultrapassar todos os obstáculos da vida. Tudo na vida tem duas faces: uma negra e outra luminosa. Esta mais recente bofetada da vida, fez-me olhar a minha relação sob um novo prisma. Sei e assimilei que somos só um. Que estaremos sempre juntos na luta pela vida e a felicidade. E isso dá-me forças e esperança. Não me sinto realizada na vida, mas sinto-me feliz. Feliz pelo pouco que tenho, pelo que já vivi e pelo que posso ter no futuro. Não quero muito: saúde, amor e pão nosso de cada dia. Posso ter um problema de saúde grave mas podia ser pior, pelo que não me vou lamentar, e vou seguir em frente. Se um dia o pior me bater a porta, aí sim, irei enfrentar esse problema, mas um dia de cada vez. Nem toda a gente consegue alcançar o mesmo na vida. É injusto? sim. Mas podemos construir outro caminho para a felicidade, e é isso que tenciono fazer.

O amor faz-me tão bem. O fim-de-semana foi feito de prazeres simples: manhãs na cama, pequenos-almoço ao sol, pique-nique a beira rio, aproveitando o sol, boas leituras e óptimas companhias. E namorar muito. A vida é feita de fases más e boas, num ritmo cíclico. Decidi aproveitar ao máximo as boas, pelo menos até a minha consulta no especialista no dia 8...

Boa semana a toda(o)s!

sábado, 19 de março de 2011

Neste dia


Se dói mais hoje por ser Dia do Pai? Não. A tua ausência faz-se sentir todos os dias. Há dias em que me lembro de ti e choro desalmadamente, porque sinto a tua ausência, necessito do teu toque de tal forma como se de ar se tratasse. E depois há dias em que sorrio sozinha, quando me lembro dos nossos bons momentos. Nunca mais a minha vida será igual sem ti. Amo-te tanto. E preciso tanto de ti, fomos sempre os companheiros de luta. Eras sempre tão sensato e ponderado. Sempre me dizias o que achavas quando eu estava desorientada ou te pedia conselho. Nunca me impusestes as tuas decisões. Sempre me deixastes seguir o meu rumo, emparrando-me, vivendo a minha vida ao meu bel prazer.

Tenho saudades tuas pai. Hoje. E sempre. Cada dia que passa é mais doloroso. Vou lutar por ti, com dignidade, como tu o fizestes. Porque somos lutadores. E tu, de onde estiveres, apoia-me, porque ainda preciso do teu amor, hoje mais do que nunca.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Eu e os outros


Sempre tinha ouvido dizer que com a morte muitas famílias se dispersam. E sempre acreditei que no nosso caso seria diferente, que a perda de um de nós fortaleceria ainda mais os laços. Fui ingénua, ou quis ser cega para não sofrer por antecipação. Hoje a minha família resume-se a três pessoas: o meu marido, mãe e uma sobrinha. Não posso contar com mais ninguém. Porque, por um lado, abandonaram-me a mim e a minha mãe nos últimos dias do meu pai. Ouvi coisas como «eu vou de férias e não quero saber porque sei que é uma morte muito dolorosa por isso prefiro não saber». Provavelmente estavam a espera que o deixassemos morrer como um cão, sem carinho, só por ser, supostamente, mais fácil para nós. E depois é o cheiro ao dinheiro e da herança que as deixam loucas. E eu que nunca vi os meus pais como números de conta sou agora acusada de ser beneficiada. Sim, sou beneficiada porque sou eu que trato de toda a burocracia da minha mãe e de todos os herdeiros, sou eu que trato dos terrenos agrícolas, etc. etc. 

Há uns anos iria minimizar. Preferiria o silêncio e virar costas de modo a não avivar problemas. Agora, deixei de ser protocolar. O que sinto, sai disparado como uma seta. O importante para mim resume-se a mim (casal) e a minha mãe. O resto não me importa. Hoje com esta batalha que se avizinha na minha saúde, sinto-me mais sozinha do que nunca. Quero adiantar ao máximo a revelação à minha mãe, para não a fazer sofrer. E senão, sou eu e o meu marido. E o resto passou a ter ainda menos importância. Não sei se o erro nas famílias é de assumirem que o outro estará sempre lá, ligado pelos laços de sangue. Mas deixei de acreditar neles, a amizade e o amor têm-se mostrado mais genuínos nas pessoas que são de fora. Como vocês. A quem nunca poderei agradecer todo o apoio e carinho. Mais uma luta que se avizinha, mas estou decidida a ganhá-la. Não me posso permitir perder tempo a lamentar-me. E, sem querer ser demasiado lamechas, vocês são umas querida(o)s, gosto muito de vocês...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Quero tréguas

Como qualquer livro mau, deveríamos poder devolver a nossa vida à estante. Quando se torna demasiado insustentável, podermos encerrar a história, e escolher outra bem mais feliz e serena. Hoje começa novamente a saga dos hospitais. Estou farta que a minha vida seja entrega a homens de bata branca, para quem eu sou só mais um número. A minha vida está suspensa no vazio, o que era um exame de rotina revelou ser a sentença  de morte quase certa do meu grande sonho de vida. Poderei nunca o realizar, sem contar com os outros mil e um problemas que acarreta. Podia ser um diagnóstico pior? Podia. Mas a raiva consome-me, o medo invade-me. E o que dói mais é que por minha causa os sonhos do homem da minha vida podem nunca se concretizar...

Será que sou tão má pessoa para merecer isso? Após anos de lutas incessantes pela vida e saúde do meu pai, passado pouco mais de 6 meses sobre a sua morte, terei que lutar pela minha? E agora, eu que tenho sido a força de apoio de todos, onde é que vou buscar a minha força?
Hoje começa mais um capítulo da minha vida chamado Doenças Graves... E vou ter que arranjar força e coragem para ler esta trama até ao fim...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Veia consumista


Gostei destas pulseiras. Vontade de usar mais do que uma (com cores diferentes) ao mesmo tempo.
Têm um je ne sais quoi. Lançadas amanhã na H&M. Tenho curiosidade de ver ao vivo e saber o preço...

Mundo de homens...


Até no gabinete médico, somos capaz de sentir que este mundo pertence aos homens. Se for ao médico e lhe dizer que está a planear uma gravidez, virar-se-á para o Sr. e passar-lhe-á uma colheita de sangue para testar 2 ou 3 variantes. Para si prepara logo um rol de exames (só de sangue e urina são cerca de 5 folhas). É óbvio, que será a mulher a portar e gerar um filho durante 9 meses, mas  parecem esquecer-se que o homem continua a ter um papel importante no processo: sem um espermatozóide saudável nada acontecerá). Mas conheço tantos casos em que o casal passa anos a tentar, e a mulher a fazer montanhas russas de exames (dolorosos e difícéis) e só em última instância é que o médico decide finamente voltar-se para o homem...

Quanto a mim o meu sistema reprodutor conheceu nas últimas semanas mais objectos com potencial erótico, do que durante toda a sua vida activa, entre cotonetes gigantes, sonda em formato de vibradores, e tantos mais. Já tive tanta gente a olhar para ela de perto, que penso que será considerada em breve Património Público. Mas já me mentalizei que se um dia quiser ser mãe, ela se vai tornar uma exibicionista do pior. Agora para além de controlar a depilação nas zonas íntimas para o marido, também tenho que pensar no Dr. X, e no técnico Y.

E tentem dizer ao vosso homem que custa. E dirá simplesmente «o buraco já está feito não custa nada» (machismo ao mais alto nível). Falem-lhe em exames ao seu aparelho reprodutor e aí parece que foi decretado o fim do mundo. Porque são as jóias da família. Mais uma expressão machista do nosso mundo masculino. Tentem, vós mulheres, usar o termo «a minha vagina é a jóia da família» e os interlocutores imaginarão logo que este é o vosso meio de subsistência»...

terça-feira, 15 de março de 2011

Pequei


Mãe nossa Stadivarius
Que estais em todos os centros comerciais
Santificada seja a tua coleccção
Venha a nós a tua roupa
Seja feita a tua moda
Assim no escritório com em lazer
O estilo nosso de cada dia nos dais hoje
Perdoai as nossas faltas de bom gosto e defende-nos de toda a pirosice
Amén

O Tribunal (de família) decretou este fim-de-semana uma proibição de aproximação a Stadivarius, como medida de coação. Não me posso aproximar a menos de 500 metros, nos próximos meses. A nova colecção está de morrer... e de ficar falida! Só desta vez vieram estas para casa, mas há lá outras tantas pecinhas lindas...

[o vestido é muito mais giro ao vivo e assenta muito bem. A saia do meio veio em creme...]

segunda-feira, 14 de março de 2011

Lilás


Se por uma lado sempre tive uma alma parisiense (aquele ar cosmopolita com raízes profundas no passado, cheio de luzes), o meu coração sempre foi provençale: o som das cigales, aquelas cores, o sol quente e a brisa fresca da noite... e a alfazema. Adoro a cor e o cheiro da alfazema. É tranquilizador...

Este fim-de-semana levei a Provence aos meus dedos, com a cor nº 27 da Essence "No more Drama". E digo, esta cor passou para a minha lista de vernizes preferidos. Além de se aplicar e secar muito bem, a cor é mesmo fantástica: um lilás não muito garrido mas bem demarcado.  Fica bem com qualquer cor de roupa. E, maravilhas, dizem, que esta cor vai ser uma das cores deste verão. Por 1.49€. Que me dizem, gostam?

Número mágico


Faz doze anos que as nossas vidas se cruzaram. O destino quis que viesse para Portugal e te conhecesse na secundária. E nós fizemos o resto.  Construímos pouco a pouco o nosso Amor. Muita paixão, amizade companheirismo, confidência e loucura fizeram-nos acreditar que o Amor pode tudo. Já vivemos tanto juntos, já passamos tantas provas: doenças, preocupações, mudanças, distância, mortes e luto, que nos abalaram, nos fizeram vascilar, quase prontos a desistir. Mas o amor é cada vez maior, mais forte. O amor é o melhor da vida, quando é assim, puro, verdadeiro, sem exigir nada em troca. 12 anos de amor e desamor. Espero que venham muitos mais. Olhando para trás, parece que ainda foi ontem que conheci aquele adolescente tímido e extravagante ao mesmo tempo. O meu maior desejo é dar-te um filho, e poder envelhecer ao teu lado. E que Deus me dê a benesse de morrer antes de ti, porque seria incapaz de viver sem a doçura do teu olhar.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Produtos Oriflame em teste...


Ganhei há pouco tempo um passatempo promovido pela Miss Star Pink em que os prémios eram um corrector e um creme com cor da Oriflame. E já experimentei os produtos...

Usei o corrector Cover Up Very Me como corrector de olheiras, visto que, felizmente, não sou dada a outras imperfeições na pele. Posso dizer que gostei do corrector, aplica-se bem e basta depois esbater com o dedo. Se quando acabar este decidir comprar, vou adquirir a tonalidade acima, porque esta cor (Light) é bastante clara. Mas está aprovado. Pelo que percebi pelo catálogo ronda os 7€.

Em relação ao Hidratante com cor Peach Me Perfect Very Me, gostei do conceito. Pode ser aplicado sobre a base. Gostei da textura (espalha-se muito bem), mas infelizmente, neste caso, não pude mesmo usar porque sou bastante morena e o creme é muito claro, e dá-me um aspecto adoentado e pálido. Mas sei que a Oriflame tem uma tonalidade mais escura. O único senão, é que tem bastante brilho. Mas como se consegue fazer sempre alguém feliz, o creme já mora numa casa amiga, que se apoderou descaradamente do creme...

Mais uma vez obrigada à Miss Star Pink e ao blogue Blogiriperfume.
 
Agora estou de olho neste produto, que diz hidratar bem as cutículas. Gostava de experimentar, eu que tenho sempre as mãos e as cutículas tão secas. Mas ainda não me convenci se compensa o investimento e se fará mais e melhor do que um óleo de amêndoa doce...

quinta-feira, 10 de março de 2011

A pressa de amar


Há quem sofra deste mal. Sofrem da pressa de amar, como se não soubessem que no amor nada pode ser construído. Ele é autónomo: constrói-se a si mesmo, pouco a pouco, sem os intervenientes se darem por isso. Esquecem de viver a paixão quotidiana porque estão demasiado centrados no futuro, nas etapas que se aproximam. Mas se estas etapas não surgirem naturalmente, o castelo de carta desmorona-se porque não tem alicerces para enfrentar os sopros glaciares da vida.

Quantas mulheres chegam a esta idade com pressa de amar: querem a todo o custo casar e ter filhos. Sem ter o tempo de aproveitar a magia do namoro, o romantismo dos primeiros tempos de vida em comum. Pressionam os homens a andar mais rápido, contra a cadência da relação. O pior acontece quando a mulher está tão focada em alcançar os seus fins, que já nem procura saber se aquele homem é o certo. Vivem de ilusões, criam o seu próprio príncipe encantado, fecham os olhos para não ver a realidade... Mas o amor não segue os nossos objectivos racionais. Ou cresce com o tempo, ou cria amarguras...

Uma grande amiga sempre teve o sonho de casar e ter filhos aos 28 anos. Depois de algumas relações falhadas (porque eles não podiam assumir tais responsabilidades), enfiou-se numa relação com com homem de 38 anos. Comparam casa (os dois) para ele viver, porque ela trabalha longe e ele não quer viver com ela sem ela ter uma melhor estabilidade financeira. Os pais dela são os fiadores. Ele não tem dinheiro e ela é que mantém a casa deles (onde só ele vive) e a dela. E agora está afundada nesta relação de que não pode ou não ter força para sair por causa dos pais, mas principalmente porque tem medo de estar sozinha e ficar solteira...

Serei só eu que exijo a mim mesma felicidade numa relação? Quem com a nossa idade mantém uma relação com o medo de ficar sozinha? E a nossa auto-estima, bem-estar, e felicidade? Há mulheres que são tão emancipadas à primeira vista, mas tão fracas por baixo daquela capa que constroem...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Os homens também são criaturas fragéis...


... e inseguras. Há muitas mulheres que não têm noção disso. Mas os homens tambéms têm os seus medos e os seus complexos. Se por um lado, a mulher facilmente fala deles de viva voz, um homem dificilmente fala dos seus complexos: porque tem medo de ser gozado e de passar por um ser demasiado frágil quando socialmente, um homem está acima destes problemas de auto-estima.

Não é a primeira vez que leio pela blogosfera que nunca se viu um homem complexado por causa do seu  peso. Mas eu conheço uns quantos homens complexados. O meu marido é um deles. Foi difícil ele passar a ser capaz de verbalizar os seus complexos mas agora diz-me várias vezes «as minhas mamas são tão grandes (pelos peitorais)», «os meus abdominais eram tão definidos», e agarra na gordura localizada com nojo e revolta, como qualquer mulher o faria. E noto logo quando deixa de comer tanto, sei que está novamente obcecado com a sua forma física. E os homens têm medos que as mulheres não têm. Há homens que têm um medo louco de não conseguir manter uma erecção numa relação sexual. Imaginam o quanto pode ser perturbador mental e fisicamente?

O meu homem está a chegar aos 30 com uma verdadeira crise de meia idade. A semana passada tive o atrevimento de lhe dizer que com a sua idade o metabolismo já não queimava gordura como antes e foi o descalabro... E agora quer mudar de guarda-roupa. Afinal casei com uma Rebecca Bloomwood!

Por isso meninas, não vejam os homens só como seres superiores, duros, e insensíveis. Também têm medos e fragilidades, só que têm mais dificuldade em mostrá-las. Afinal são criados, pela família e a sociedade, de modo a criar essa capa protectora para não deixar transparecer o que são verdadeiramente, para não correr o risco de serem apelidados de bichonas...

terça-feira, 8 de março de 2011

A todas


Um Feliz Dia das Mulheres! A todas que se sentem discriminadas por haver um Dia Mundial da Mulher, não se esqueçam que ainda existem milhões de mulheres que não alcançaram a sua liberdade e os seus direitos. Somos mulheres, e temos que nos orgulhar por isso. Mas sem nunca esquecer que na porta ao lado, existe uma mulher que é espancada pelo marido a seu bel prazer, que existem mulheres violadas e abusadas sexualmente, que são consideradas inferiores aos homens.

Há alguns quilómetros de distâncias, existem mulheres apedrejadas vivas, que sofrem excisão para não poderem usufruir da sua sexualidade, há mulheres exploradas. Ainda vivemos num mundo de homens, mandado por homens. Nós, mulheres, podemos fazer a diferença, em gestos pequenos. Porque combinamos força e sensibilidade, onde nenhum homem nos pode igualar.

Neste dia, queria dar um abraço especial a todas as mulheres fantásticas que descobri através deste blogue. Mulheres de força, coragem, lutadoras, com personalidades fortes, que me fazem sonhar, rir , me ensinam a tirar proveito de mim, e a seguir em frente.

Um Feliz Dia da Mulher a todas! Que a vida vos sorria sempre!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Aconselho vivamente


Filme com história.Sons fantásticos. Risos garantidos.
Mensagem a reter: «Ninguém consegue fugir da sua vida». 
Era preciso um cameleão para me fazer click na cabeça...

Fraude cibernética


Tenho que admitir que raramente tenho paciência de ir ver as colecções aos sites das marcas que mais gosto. Mas adoro ver as novidades noutros blogues e por vezes apaixono-me instantaneamente por algumas peças que vejo. E a maior conclusão que tiro? bato palmas aos fantásticos fotográfos das colecções!

Quando deliro com uma peça de roupa ou um acessório on-line, desiludo-me sempre. Ou é a cor ou é o tecido que não tem nada a ver. Primeiro crio uma grande expectativa e só descanso quando vou à loja mas depois fico a olhar e penso «és mesmo tu?». «E as promessas de felicidade conjunta?» «E os belos passeios que idealizava contigo?» Acho que deve ser exactamente essa a cara de desilusão de um casal que se conhece pela net, no primeiro encontro...

Por isso prefiro mil vezes deambular pelas lojas, sem gastar tempo na net, descobrindo as colecções e comprando aquilo que me agrada e me fica bem naquele dia. Por isso também odeio comprar pela net ou catálogo, saio sempre desiludida.

O cúmulo desse efeito aconteceu há sensivelmente três anos atrás quando uma grande amiga me mandou a foto de um vestido de noiva e me disse que era a minha cara. E eu disse-lhe que odeiava, que não fazia nada o meu estilo. Passado alguns meses depois do casamento, descobri que afinal o meu vestido de noiva, pelo qual me apaixonei na loja, e era lindíssimo, era o mesmo da foto...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Uma ternura, portanto


Há dias em que olhamos para o espelho e nos achamos um espanto. Mas há outros em que por mais dedicação, o cabelo está cheio de jeitos; as nossas olheiras estão mais escuras do que a negridão da noite e, nesses dias, parece que somos dotadas de uma visão micróscopia, em que todos os nossos defeitos saltem à vista: gorduras, securas, estrias e companhia.

A mim a TPM dá-me para comer e muito. E fico sempre muito inchada na zona abdominal. E depois não paro de me queixar que ando a comer como uma vaca e que estou gorda que nem um texugo. Mas, o meu marido é do mais fofo que há e consegue resolver os problemas de auto-estima em poucos segundos... A semana passada estava eu frente ao espelho a lamuriar-me com o discurso do costume e ele responde-me simplesmente «és a minha vaca que ri light» e começa a cantar pela casa a música da publicidade (com direito a coreografia e tudo). Eu? Continuei-me a achar a mais gorda a face da terra mas ri-me que nem uma perdida. Agora sou a vaca que ri light lá de casa....

quinta-feira, 3 de março de 2011

Curto e grosso


Por outro lado, há coisas em que admiro os homens. Nomeadamente a sua frontalidade e espontaneidade que têm entre eles. É, se calhar, por isso que sempre travei mais facilmente amizade com homens. Chega um amigo com uma fatiota diferente ou um penteado novo e é ouvi-los logo «pareces um gay!», «este corte fica-te mesmo mal pá». Riem-se todos e ficam na conversa sem resentimentos. Tentem dizer a uma mulher «este vestido fica-te pessimamente, pareces uma baleia», ou «esta maquilhagem faz-te parecer uma pega». E vêem o resultado.

As mulheres criam intrigas secretas durante meses para coisas mínimas que nem lembram ao diabo. São capazes de remoer um comentário, um trejeito de cara, ou um sorriso da amiga durante semanas a fio, sem nunca discutir o assunto com ela. Os homens resolvem as coisas, são mais frontais. E eu sou um pouco homem nessas coisas: não gosto de rodeios. Se queres a minha opinião, vou ter que ser sincera. Se algo me chateia, falo cara-a-cara, explico-me, peço desculpa, as coisas resolvem-se ali, e já nem me lembro do assunto. E há muito poucas mulheres com segurança para ouvir certas coisas (acho que é por isso que poucas me convidem para ir às compras com elas, ...). Nisso, os homens ganham-nos em maturidade e em franqueza. Sim, as mulheres são mais falsas...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Macacos amestrados


Os homens fazem, por vezes, lembrar-me macacos amestrados. Precisam de receber ordens curtas, claras e muito precisas para apreender gestos e tarefas do mais simples que há. Temos que lhes explicar tudo bem explicado, palavra por palavra. Não podemos omitir nada, nem pensar que eles são capazes de sub-entender o mais óbvio. E isso aplica-se sobretudo a tarefas domésticas. Porque para Playstation, saídas com os amigos ou desporto, não precisam de um manual de instruções: está-lhe nos genes. Temos que falar com eles em câmara lenta. 

E tal macaco, precisam sempre de recompensa. No final de fazer o mínimo esforço, precisam de ser louvados até à exaustão. Você pode matar-se a limpar a casa toda, passar a ferro e tratar dos filhos, basta ele ter feito a cama, para que, para ele, já mereça a Medalha de Ouro Olímpica. E se não verbalizar um agradecimento, o macaco fica ofendido. E depois relativiza sempre o que faz de errado, e nega até ao fim, dizendo que somos mal agradecidas. E eles pedirem desculpa? É uma missão impossível. Mas os macacos não são dotados de linguagem...

O meu homem é um macaco desses. Já o amestrei mas continua com o seu ar selvagem do tempo da manada quando a mãezinha achava que um homem não tem que ajudar em casa. Só ontem por exemplo, pedi-lhe que tirasse lulas para três para o jantar. Quando a noite cheguei a casa para fazer o jantar, tinha... três míseras lulas perdidas num prato, prontas a ser cozinhadas. 3 pessoas = 3 lulas pequenas! Este é o raciocínio lógico do homem. Ou então é forreta ou quer-me fazer passar fome!

terça-feira, 1 de março de 2011

Dia de desenjoo


O expoente máximo da futilidade blogosférica atingiu, ontem, o seu pico. Por um dia, 95% da blogosfera torna-se editora de moda. Eu adoro ver os vestidos da noite, claro. Sou mulher e gosto de sonhar com trapos bonitos e criticar: afinal estas deusas de Hollywood, com tanto dinheiro e profissionais à sua volta, conseguem fazer piores escolhas do que a mais comum das mortais. Mas é fútil, claro que é. Afinal, quem é que se centra no cerne da questão: os prémios foram bem atribuídos? Quem foram os vencedores? É mais difícil descobrir estes dados do que conhecer toda a panóplia de vestidos da noite. 

É como assistir aos Nobéis e discutir cortes de fatos e gravatas, barbas e cabelos grisalhos. Esquecemo-nos um pouco que esta noite é noite de atribuir prémios pelas competências profissionais numa determinada área. Eu sei que estou a exagerar: os Óscares são também glamour e sonho. Mas torna-se demasiado monótono: todas as pseudo-comentadoras blogosféricas têm as mesmas opiniões, comentários e piadas baratas.

Não me batam, eu gosto de ver as cusquices nos blogues. Fala quem teria demasiado perguiça para passar a noite acordar a ver, a madrugada a pesquisar na net fotos e depois a comentar todos os trapos. Afinal sou uma invejosa... Mas felizmente a loucura já passou, para o ano há mais.