segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Histórias do mês

Fevereiro pode ter sido curto mas foi rico em leituras... Acho que estou cada vez mais viciada em livros!

O Terceiro Gémeo de Ken Follett. Jeannie Ferrami, uma brilhante investigadora, procura explicar a génese da criminalidade. Serão os genes ou a educação a levar a melhor? Para provar a sua teoria, ela desenvolve pesquisas através de um software capaz de identificar gémeos idênticos criados separadamente. Entretanto Jeannie depara-se com uma situação impossível: os gémeos são idênticos, mas nascidos de mães diferentes, em datas diferentes. A sua investigação vai levá-la por caminhos perigosos. Recomendo! Nota 5/5


Uma Dor Silenciosa de Francisco Guerra. Este é o relato na primeira pessoa da história de vida da principal testemunha do processo Casa Pia. Não traz informações novas, mas consegue-se perceber melhor o porquê do silêncio destas crianças. Nota 2/5

Chamava-se Sara de Tatiana de Rosnay. Julia Jarmond, uma jornalista americana casada com um arquitecto francês, investiga uma página negra da história francesa: a rusga através da qual a Polícia Francesa, na madrugada do dia 16 de Julho de 1942, levou mais de 8 000 judeus franceses para o recinto desportivo do Vélodrome d’Hiver, para que aí ficassem até serem deportados para os campos de concentração.
Descobrindo, horrorizada, o calvário de todas aquelas pessoas que, durante dias, sem água nem alimentos, ficaram a aguardar a deportação, Julia interessa-se, em particular, pelo destino de Sara, uma menina entre as mais de 4 000 crianças que ali estiveram. Sara, acreditando que estava a proteger Michael, o seu irmão mais novo, fechara-o à chave num armário, prometendo-lhe que iria buscá-lo depois.E depois não conseguiu. Em Paris, em 2002, Julia, enquanto percorre o passado de Sara, a rusga, a deportação, acaba por ter de reavaliar o seu próprio lugar naquele país, naquele casamento e naquela vida. 
Recomendo! Nota 4.5/5

Invasão de Privacidade de Harlan Coben. Policial repleto de ligações inesperadas, bem ao estilo do autor. Desde o suicídio do seu melhor amigo, Adam adoptou um comportamento distante e praticamente irreconhecível. Por isso os pais deste adolescente concordam em instalar um programa no computador dele que vigia todos os seus passos. Simultaneamente, a mãe do jovem que se suicidou descobre algo acerca da noite da morte do filho que mudará tudo, mas então a única pessoa que a pode ajudar - Adam - desaparece misteriosamente. Muito bom! Nota 4/5

Lavagem cerebral

A minha busca incessante para a base perfeita deu alguns frutos. Este fim-de-semana estava decidida a finalmente comprar uma base. Fui a perfumarias e tentaram impigir-me bases com cores muito mais claras do que a minha pele e a tentar convencer-me que esse era o tom ideal para mim; tentei encontrar uma da Vichy e cada farmacêutica apontava-me para uma diferente; fui a uma farmácia em que eu devia perceber mais daquilo que a farmacêutica; fui a Sephora e a mulher era muito mal encarada! E entrei na farmácia do Dolce Vita...

Uma senhora perguntou-me «Precisa de ajuda» e foi o início do filme! Em poucos minutos sem eu lhe dizer nada, traçou a personalidade da minha pele, detectou que estava desidratada, testou os produtos sem medo de sujar as mãos e sugeriu-me uma base da Avène. Pior é que também me sugeriu um creme para a cara, outro para o contorno dos olhos e saí de lá com um saco cheio de produtos (com três máscaras e um creme especial de oferta). Aconselho vivamente para quem queira que lhe sejam sugeridos produtos adequados à pele mas estejam preparadas para lá deixar umas notas. A mulher era tão despachada e parecida tão entendida e profissional que nem tive como recusar....

Resta-me testar tudo para vos dizer se a mulher acertou nos produtos sugeridos. Mas que tem alma de vendedora lá isso tem. O marido estava lá e só se ria...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dicas a não perder


Para acabar a semana em beleza, vou contar-vos alguns truques que ponho em prática no meu dia-a-dia. Quando os cremes estão quase no fim, e já não deitam muito, corto a embalagem. Acreditem que ainda resta muito produto na embalagem. Se não a cortar, estará a deitar produto directamente para o lixo! Eu faço isso com o creme das mãos (às vezes, já não deita nada e ainda o uso durante 15 dias!), e o creme de corpo. Para uma questão higiénica, não ando com o creme das mãos assim aberto na carteira, mas deixo-o na gaveta do escritório e vou usando durante o dia. Há quem corte também a embalagem do dentífrico mas eu ainda não o fiz...

Outra coisa importante em relação aos cremes é quanto os uso pela primeira vez, costumo colar uma pequena etiqueta na embalagem com a data da primeira utilização. Assim é mais fácil controlar a validade do produto. Se não apontar, parece que tenho o creme há pouco tempo mas afinal já passaram muitos meses! E há cremes em que não arrisco mesmo, como o protector solar.

Outra coisa: não há necessidade de ter vários cremes com a mesma finalidade. Gasta-se imenso dinheiro ao comprá-los  e depois não se conseguem usar todos dentro do limite da validade. É dinheiro deitado directamente para o lixo... Antes era assim: gostava de experimentar tudo e mais alguma coisa, mas percebi que ficava com imensas coisas na casa-de-banho, mas que depois usava sempre o mesmo. Aplico a mesma regra em relação à maquilhagem. Tenho algumas paletes de cores (poucas) e não compro cores iguais de outras marcas enquanto não acabar com estas...

Senão... desejo um bom fim-de-semana ao sol a todas! Eu vou fazer com as lagartixas: aproveitá-lo ao máximo! Faz-me tão bem ao corpo e à alma (o humor fica logo muito menos negro!)...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sentimentalismo


Regularmente faço uma limpeza à tralha que se acumula lá por casa: papéis, revistas, bijutaria, maquilhagem, cremes e roupa que já ninguém usa e que só estão a ocupar espaço.E aqui vejo muito da diferença que existe entre um homem e uma mulher.
Para um homem uma camisa usada é apenas isso: um pedaço de pano velho, descolorido e coçado. Para nós mulheres uma peça de roupa é muito mais do que isso: é um encontro, são lembranças de momentos partilhados com pessoas, é felicidade, são lugares onde fomos felizes... É estranho como nos podemos agarrar a peças de roupa e dar-lhes um valor sentimental tão grande. Há peças de roupa das que sou incapaz de me desfazer porque seria deitar fora uma parte de mim, do meu passado. O meu marido só abana a cabeça sem perceber o que possa sentir. Mas tenho a certeza que não sou a única...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A vida não é uma linha recta


Assustam-me as pessoas que têm que controlar tudo na sua vida. Tudo é planeado ao pormenor. Nada é deixado ao acaso. Antes de qualquer decisão, pensam em todas as variantes e possibilidades. Fazem equações e se algo fugir da linha recta, não avançam. E isso, em pequenas coisas do dia-a-dia (têm horas para tudo,  quando lhes fazemos uma proposta básica têm que pensar bem e verificar mil e uns factores, ...) e nos grandes planos da vida (filhos, finanças, etc.). E depois quando algo foge ao planeado, é a catástrofe. Não conseguem gerir o imprevisto.

Eu não ago sem pensar antes, penso nos prós e contra. Mas gosto de espontaneidade. Gosto de sentir a incerteza da vida. Não procuro as condições ideiais, senão nunca daria nenhum passo em frente. Porque nunca se atinge as condições ideiais para se comprar casa, trocar de carro, ter filhos, mudar de emprego, etc.

E quando num casal, um quer dar passos em frente (como ter um filho, ou simplesmente ter um animal de companhia) e o outro não quer porque há coisas que podem acontecer, coisas normais de acontecer ao longo da vida e, que se for assim, nunca irão concretizar os seus sonhos?

A magia da vida é mesmo essa: ser espontânea e imprevista. Às vezes gostaríamos de a controlar mas é uma utopia porque só em certa medida é que somos o guionista da nossa vida. Por isso há que vivê-la, senão corremos o risco de a ver passar ao lado. Se coisas más tiverem que acontecer, elas acontecerão independentemente dos nossos planos...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Másculo ou feminino?


Os homens mais novos estão a tornar-se cada vez mais femininos. Usam jeans slims, acessórios de moda e alguns já aderiram à moda da mala. É vê-los a usar cremes, maquilhagem, verniz nas unhas e a fazer a depilação. Serei eu a única a quem a efeminização dos homens me assusta? Algumas amigas respondem-me que não temos nada a perder com a diminuição do fosso entre homem e mulher.

Mas serei só eu que gosto de um homem viril, com mãos grandes, que se veste com masculinidade (camisa, fato e gravata, etc.)? Gosto de um homem que cuida de si: o meu marida usa creme depois da barba, depila os pêlos mais pertos do pescoço para se sentir bem com golas mais largas, entre outros cuidados básicos. Mas quando se cai no exagero, perdem-se demasiados traços masculinos. Um homem com as pernas sem um único pêlo? Um homem que usa gloss? E anda com mais maneirismos que eu? Não obrigada. Quero um homem cuidado mas másculo. Estamos a cair num exagero tão grande que por vezes há dificuldade em perceber se o homem em questão é somente feminino ou gay...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Desafio Beleza!


A beleza é um conceito que se trabalha no dia-a-dia: a postura, a roupa, aprender a tirar o máximo partido de si mesma através da maquilhagem, etc. É verdade que há mulheres lindas em termos fisionómicos, outras nem tanto. Eu faço parte do segundo grupo. Mas com os anos, aprendi que nem tudo se resume a traços corporais. Podemos tornar-nos mais belas e mais confiantes. E isso pode passar por mil coisas: perder uns quilos a mais, sorrir mais, vestir melhor, ter a manicure em dia, apostar num corte de cabelo mais adequado a nossa cara e personalidade, aprender a maquilhar-se...

Há que apostar em si mesma! Por vezes, algo simples pode fazer maravilhas à nossa auto-estima e à nossa beleza! Eu lanço-me desafios constantes. Os mais recentes foi começar a usar batom de cor mais forte. Mas francamente uso poucas vezes porque ainda não encontrei a tonalidade certa para mim. O meu desafio agora é mostrar mais as pernas! Há uns anos perdi alguns quilos e tive que renovar o guarda-roupa. Até hoje menosprezei muito saias, calções e vestidos. Mas decidi andar mais com as pernas ao leú. Afinal este tipo de roupa é tão feminina!! E com as novas colecções espero que não vá ser difícil.

E vocês? Quais são os vossos desafios beleza?

Regresso mais cansada do que fui...


Ser sábio, é saber retirar conhecimentos novos todos os dias, até das coisas mais simples da vida. E este fim-de-semana foi rico em descobertas:
  • Nunca, mas nunca, tratar da depilação do buço depois de me ter chateado com o homem de casa. Com os nervos, é bem provável que arranque metade da pele também.
  • Dina Maria, já não tem idade para sair três noites seguidas até altas horas da madrugada, principalmente quando se trabalha na segunda-feira
  • Não é boa ideia alimentar-se mais do que o necessário, porque para conseguir emborcar tanta comida, preciso de mais bebida. Ou seja, sangria sabe bem, mas tudo o que é de mais...
  • Finalmente consegui apanhar alguns raios de sol na pele no Domingo, e soube tão bem! Mas dê-me conta que nunca na minha vida estive tão pálida.
  • Nunca mais emprestar livros a ninguém. Odeio quando me roubam descaradamente livros ou que mos estraguem!
Conclusão: O fim-de-semana foi óptimo, em óptima companhia, mas muito curto. Hoje, segunda-feira, tenho as olheiras a chegar ao pescoço, cansada, cheia de sono e acho que nem com dez cafés lá vai. Valeu a pena, sim, mas preciso urgentemente de outro fim-de-semana para poder descansar deste.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Polémica feminina - Somos todas umas assassinas


«Todas as decisões contam. Todos nos armamos em Deus todos os dias. Quando uma mulher compra um novo par de sapatos caros, podia ter gasto esse dinheiro para alimentar alguém que passa fome. De certo modo, para ela esses sapatos valem mais que uma vida. Todos nós matamos para tornarmos as nossas vidas mais confortáveis. Não pomos as coisas nestes termos. Mas fazemo-lo.»*

Será? Só pensamos no nosso bem-estar, esquecendo que poderíamos ao abdicar de algo pouco importante, salvar vidas humanas? Está aberta a polémica!

* Em Invasão de Privacidade de Harlan Coben

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mulher-Ovelha


Sem falarmos em moda (roupa e maquilhagem), há uma onda invisível que leva a que todas as mulheres tenham de gostar todas do mesmo, ao mesmo tempo. Estas modas mímicas são cíclicas. Primeiro, todas deviam saber fazer malas de trapilho, ou usar a técnica do guardanapo: era tão in. Depois todas deviam ter talento para fazer a sua própria bijutaria. Se a minha vizinha é capaz, todas devemos ser, portanto.

Depois, as mulheres foram abençoadas pelo dom da culinária. E então todas tinham que ter uma Bimby (símbolo sagrado da feminilidade), uma máquina de pão, uma Actifry, uma iogurteira,..., tudo o que lhe permitisse mostrar os seus dotes culinários. Mais recentemente todas são uma Nigella ou uma Mafalda Pinto Leite junior.

Estamos a criar fotocópias de mulheres com pouca originalidade. Todas gostam do Sexo & a Cidade, idolatram sapatos (quanto mais caros melhor), o seu lanche preferido são cupcakes e, última novidade, a mulher moderna adora correr. A moda pegou! Todas treinam para correr a meia maratona.

Mas eu gosto tanto de pessoas que têm paixões originais, que fogem à normalidade ou pelo menos ao rebanho maior. Tudo parece-me tão igual. É normal criarem-se modas mas, há dias, em que me parece tudo demais. É por isso que admiro pessoas que se assumem como são, mesmo sendo tão diferentes dos outos. Haja genuinidade neste mundo tão igual...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Uma questão de privacidade


Assusto-me quando vejo alguns blogs e páginas de facebook de certos pais. Cada um gere a sua privacidade como quer, mas as crianças não têm opção de escolha. Se tivesse filhos, nunca os exporia com fotografias na internet, sem pelo menos distorcê-las. Dizem que sou muito desconfiada, que vejo o mal em todo o lado, mas a verdade é que na internet circula muita gente perversa e com más intenções. 

Vejo pais que controlam arduamente os acessos à net dos filhos, proibindo até o uso de portátil no quarto, quando depois são os próprios pais que colocam várias fotos e pormenores da vida familiar na net. Arrepio-me quando chego a ver fotos da hora do banho, em alguns Babyblogs, em que as crianças estão todas nuas. E mesmo com roupas, será que a população ainda não sabe o que é possível fazer com o maravilhoso Photoshop? Mesmo as fotos mais inocentes podem tornar-se material erótico. E o que não faltam é redes pedófilas pela net. 

Não se pode facilitar o crime. Uma pessoa muito atenta, e maldosa, consegue descobrir onde morra uma criança. os seus hábitos, o seu nome, o nome dos seus familiares e criar uma história muito fácil para enganar as crianças. Sim, eu sei, sou paranóica, mas sempre me ensinaram que mais vale prevenir do que remediar...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Album fotográfico


Adoro tirar fotografias. E com as máquinas digitais tudo se tornou mais fácil e mais económico. Mas tenho sempre saudades de pegar nos velhos álbuns de fotografias, em vez de ver fotografias no ecrã de um computador.

A Photobox, líder europeu de revelação online de fotos, ofereceu-me um álbum  foto digital. Disseram-me que gostariam que eu experimentasse o serviço deles e que depois no blog fosse totalmente sincera quanto ao produto deles. E aí pensei: ou não conhecem o blog e sabem que sou muito intransigente ou estão muito confiante no seu produto...

Tenho a dizer que foi a primeira vez que fiz um álbum fotográfico on-line, e atrapalho-me sempre com a minha primeira vez tecnológica. Mas a feitura do álbum não podia ser mais simples. Não é necessário instalar nenhum programa no pc, todo o processo de desenvolve on-line, sem falhas, e não demora nada a carregar as fotos. Há diversas opções de criação (vários fundos e cor, com opção de legenda) e montagem das páginas: só é preciso imaginação! O sistema é muito prático e simples. Depois prometeram-me que o meu álbum estaria pronto em 2/3 dias e eu desconfiei. Mas foi-me entregue na data prevista. A qualidade do papel é óptima e o álbum ficou muito giro. Um único senão: duas fotografias apareceram na horizontal quando deveriam estar na vertical. Não consegui perceber se o erro foi meu ou deles. É uma pena porque senão estaria perfeito.

Não vos posso dizer se este serviço de álbum digital online é melhor ou pior do que a concorrência porque nunca fiz nada igual. Tenho a dizer que este é muito intuitivo e com óptima qualidade fotográfica. E são cumpridores de prazo... Experimentem e depois digam se gostaram tanto como eu. Depois de Itália, algo me diz que vou fazer outro álbum...

Palavras difíceis



«Hoje é dia de São Valentim, mas o dia do Amor deveria ter o teu nome. Porque o teu amor é forte e insistente. Amo-te da profundeza do meu ser. Mas ando à deriva, perdida, num mar de sentimentos estranhos e que me assustam. Quero fechar-me em mim, para não te fazer sofrer, e porque só eu posso sarar esta dor aguda no meu peito. Mas tu não me largas a mão, não abdicas de mim e de me trazer à superfície. E só te posso agradecer por isso. Sem ti, nada faria mais sentido. És a minha única razão de viver. E tenho sido tão injusta para ti. Porque eu magoo-te. Só queria que fosses feliz. Por isso, há dias em que acho que só te trouxe coisas más à tua vida, que serias mais feliz sem mim. É no teu olhar doce e repleto de amor que vou procurar forças para me levantar todos os dias.

Estes dias têm sido do mais complicado que há. Nunca passei tormentos piores. E por saber que a minha vida me reserva dores ainda mais duras, não sei se vale a pena ser vivida. Mas engano-me a dizer isso. Merece ser vivida, porque no meio de dias trágicos, tu trazes dias de sol e de alegria.  E nem que seja por esses momentos curtos mas intensos de felicidade pura, vale a pena lutar. Desculpa fazer-te sofrer.

Não quero perder o teu amor. Quero ver-te feliz, sempre, todos os dias da nossa vida.»

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Hino ao amor. Hoje e nos restantes 364 dias do ano

 
Antes sofria com a falta de romantismo e de imaginação dele. Agora, vivo bem com isso: sei que sou eu que tenho que planear estas datas especiais. Nunca vamos jantar fora neste dia: os restaurantes estão sobrelotados com casais em que este é o único dia do ano em que saem jantar fora. Por isso preparamos sempre uma ementa especial em casa, acompanhada de uma sangria de espumante e frutos vermelhos...

E a prenda? Deixamo-nos disso. Todas aquelas piroseiras com corações, peluches e afins não servem para nada a não ser empatar dinheiro. E para outras prendas mais necessárias (como perfumes, roupa, etc.) há mais 364 dias no ano.

Por isso, se o dia é do amor, que se celebre o amor sem consumismo! Haverá melhor forma de celebrar o amor comom num local sereno (a nossa casa),  um jantar a luz das velas, conversar, rir, beijar, mimar. E como surpresa uma lingerie nova para despertar sensações e umas brincadeiras marotas... Uma São valentim económica e com muito prazer e amor!

Sejam felizes! Não são precisos grandes luxos para viver o amor. Basta dois seres humanos apaixonados. Ai o quanto me irrita esta gentinha que não pára de me perguntar o que vou fazer hoje: spa? jantar chique? com aquela cara de enjoada. Não, vou mesmo celebrar o amor no requinte dos braços do meu amado...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Este é o país em que...


... Se criam movimentos para apoiar jovens criminosos que mataram um ser humano de forma ignóbil
... Se suspendem as penas a criminosos violentos por bom comportamento
... Se destitui um inspector da PJ porque existem demasiadas provas que acusam um casal protegido pelas mais altas esferas da sociedade inglesa
... Um país em que tantos criminosos escapam às merecidas penas devido a um sistema judicial débil

... Mas também é o país em que um homem, trabalhador, dedicado e cidadão exemplar é constituído arguido. A-R-G-U-I-D-O. E porquê? Porque simplesmente durante o seu dia normal de trabalho teve ordem de ir rapidamente resolver um assalto a um banco. Azar, havia areia na via pública. Azar, o carro patrulha anterior deve que parar muito rápido para não atropelar um peão. Por isso houve um toque numa viatura do Estado, que não tem seguro. O próprio Estado que deixou de permitir aos agentes pagarem do seu bolso um seguro de carta de condução. 

Por isso o meu marido é hoje considerado arguido, juntamente com violadores, ladrões, corruptos (ai não, esses conseguem fugir ao sistema, porque eles são o sistema),... Por isso quando da próxima vez estiver a ser espancado, violado, ou roubado e os polícias demorarem uma eternidade, não os acuse a eles. Porque eles têm uma família e contas para pagar e não podem correr o risco de bater com o carro. Até quando é um colega que está em perigo de vida, eles conseguem ser alvo de um processo disciplinar se acontecer algo às abençoadas viaturas...

Verniz de gel ou gelinho


Francamente estou cansada de pintar as unhas todas as semanas. Farta de ter que esperar eternidades para que seque e ter tempo de tirar o verniz que está à mais nos dedos.  E depois a meio da semana já está a estalar. E por vezes pareço uma dondoca a agarrar nas coisas para fazer durar mais tempo o verniz...

Estou a pensar seriamente em experimentar o verniz de gel (diferente das unhas de gel). A questão é: será que dura mesmo o tempo que prometem? Quanto custa? E principalmente onde se pode fazer em Lisboa (Telheiras, centros comerciais?) ou na zona de Alverca?  Contem-me tudo!


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ponto G


A única vantagem de estar hoje a espera de visitar o meu médico para a papanicolau, é mesmo já ter a depilação em dias para o fim-de-semana e a São Valentim. Não é que parecesse o Abominável Homem das Neves, mas tive que tratar dela. Detesto ter um homem tão perto dela, com objectos da tortura na mão, e eu numa posição submissa... a não ser que seja o meu homem, pronto. Porra, já disse que odeiava fazer estes exames?! Os homens têm sorte em tudo: afinal a apalpação rectal começa aos 40 anos e nós levamos com isto quase a vida toda. Há dias em que gostava tanto de ser homem, que privilegiados!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cenas de um casamento


Há dias em que sinto que não o mereço. Sei que ele não é nada perfeito, e que até tem defeitos insuportáveis. Mas, há dias em que sinto que eu tenho o dom de atiçar e avivar o pior que há nele. Sou impulsiva e tenho mudanças repentinas de humor. E quando estou triste preciso do meu espaço, de me fechar sobre mim. E depois sou fria e pego por tudo. Sei que muitas vezes a culpa é minha, mas ele já deveria conhecer-me e agir de maneira a minimizar os estragos. Há dias em que dava tudo para ser solteira, para ter espaço e tempo para mim. Não ponho em causa o meu amor por ele, mas agora o que mais precisava era de passar uma semana em minha casa sozinha e sem obrigações...

* A minha mente está vazia. O raciocínio está lento, e a minha rentabilidade em mínimos históricos... Quero sair desta letargia mas o fundo do poço é demasiado lamacento, mais me mexo, mais me afundo...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Revolta-me


Se há coisa que me revolta e me sensibiliza é a maneira como alguns dos nossos idosos passam os seus últimos anos. Já nem vou dizer o quanto é revoltante haver pessoas que trabalharam toda a vida para agora usufruir de uma reforma de 300€, em que têm que passar fome ou abdicar de alguns medicamentos imprescidíveis.

É triste quando a saúde deles fica debilitada, ver a maneira como alguns dos filhos tratam dos pais. O meu pai esteve algum tempo dependente e fiz tudo por ele, para lhe garantir o máximo de conforto e dignidade. Teria pago tudo para o auxiliar. Mas há por aí tantos idosos que vivem na solidão e que são tratados piores do que cães. Este fim-de-semana fui visitar um tio do meu pai com 84 anos. Disseram-me que estava completamente senil e dependente. Cheguei, sentei-me junto dele e estivemos a falar um pouco e ele podia estar debilitado mas falou de forma muita clara e consciente. Até me admitiu que passava fome. E ele tem dois filhos riquíssimos na aldeia que nada ajudam.

Eu só olho para o céu e peço justiça: que esta gente seja tratada a mesma forma quando chegarem à idade dos seus pais. Para mim esta gente não vale de nada. Por essas e outras razões, já me inscrevi numa associação para voluntariado com idosos. Porque sei que lhes posso dar o carinho e respeito que merecem, e conversar com eles, porque muitos só precisam disso: de alguém que os oiça. E eles têm histórias sempre tão lindas para contar...

A nossa sociedade menospreza os nossos idosos, mas eles são sabedoria, são amor, e são frutos do nosso passado. E acredito que só uma sociedade que dê valor ao seu passado, consegue olhar para o futuro...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O meu blog dava uma tragédia grega...


Acto II Cena I
A negridão da noite já a envolvia quando avistou pela primeira vez os cumes ao longe. Começou a sentir uma dor aguda na profundeza do seu ser. Aquele caminho já o percorreu mil vezes, na sua companhia. Bastou olhar para as suas mãos no volante para desencadear o que estava reprimido há semanas. A mesma maneira de segurar no volante, e a mente foi bombardeada de lembranças felizes: viagens a dois, conversas, aqueles prados onde trabalhou em criança, tudo voltou. Doeu como ainda não tinha doído. Como se só naquele dia percebesse que ele tinha falecido, como se só hoje tivesse percebido que nunca mais o voltaria a ver e a partilhar com ele esses momentos mágicos. As saudades são cada vez maiores. Chorou desalmadamente, até chegar a casa.

Mas aquela casa está repleta de fantasmas. Reviu-o em cada canto: sentado na esquina do jardim, a beber o seu café ao pé do tanque, a mostrar-lhe as suas sementeiras, no lume a pôr lenha, etc.

Doeu, e a dor permanece. Parece que hoje o mundo desmoromou de vez. Mas a vida ainda pode ser mais cruel: um papel, uma dúvida, uma ameaça. Depois de ver morrer o homem que amava de cancro, parece que tudo volta a começar: os exames, as biópsias, e a ameaça do cancro volta a pairar por cima dessa casa. E já não há forças para tanto...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

De coração apertado, mas vou...


Desde que o meu pai faleceu, custa-me imenso ir a Vila Flor. A sua ausência é ainda mais forte por lá. Mas não posso descurar a minha mãe, por isso daqui a nada pego no carro e depois de 500 km (e espero sem gelo na estrada) chegarei a destino para um fim-de-semana express.

Bom fim-de-semana a todas!

Páginas Mil | Janeiro



Em Janeiro, as leituras foram muito frutíferas. Os Olhos Amarelos dos Crocodilos de Katherine Pancol não precisa de apresentação. Felizmente, li-o em francês o que me permitiu desfrutar do melhor do livro: a escrita, o jogos de palavras e as diversas figuras de estilo. Senão, a história não é sensacional. Mas lê-se bem e é agradável. Acompanha-se a evolução de várias mulheres, ao longo do tempo. E conseguimos identificar-nos um pouco em cada uma delas. Gostava de ler a seguir a sequência, A Valsalenta das Tartarugas. Nota 3/5

Depois peguei n´As coisas que nunca nos dissemos de Marc Levy, assim sem grande entusiasmo. Narra a história de Júlia Walsh que sempre teve uma relação difícil com o pai. Quando este morre, ele tem uma surpresa para ela: uma máquina com a qual, pai e filha, vão poder dizer tudo o que sempre calaram...
Tinha receio de ser uma história demasiada pesada (principalmente nesta fase na minha vida), mas o livro é fantástico. A história é maravilhosa e engraçada; as personagens irónicas e sarcásticas. O final é surpreendente. Aconselho vivamente. Li-o em 3 dias. Nota 5/5

A Chave de Rebecca de Ken Follett não me prendeu logo nas primeiras páginas. É uma história de espiões em tempo de guerra. Mas com o passar das páginas, conseguimos prender-nos à história e à personagem principal, Alex Wolff: ficamos ansiosos por saber como vai acabar. Nota 3/5

Já leram estes livros? Têm sugestões? Boas Leituras!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Supermulher


Eu gostava de saber como fazem as mulheres que consegue todos dos dias preparar aqueles pratos maravilhosos que mostram nos blogs (e mais as sobremesas deliciosas), limpam e trabalham oito horas por dia. E ainda têm tempo para fazer fichas de orçamentos, de ementas semanais, lista de promoções e fichas de organização. Não estou a criticar: vocês são para mim uma Deusa inalcansável, que eu admiro. Como é que ainda têm tempo para se sentar no sofá, descansar e fazer as coisas que gostam como ler, ver séries, filmes e namorar? E como conseguem ainda ter tempo para estar feminina: depilação em dia, manicure cuidada, etc.?

Este é o maior mistério do universo feminino. Eu não consigo: ou descuro uma coisa ou outra. Admito a minha fraqueza: não consigo fazer tudo e somos só dois. No início tentava fazer tudo, mas como não conseguia e ficava de rasto, irritava-me. Então aprendi a fixar prioridades. Ainda se me irriçam os pêlos quando oiço mulheres a dizer «sábado é dia de limpeza, mesmo se este é dos poucos dias que têm para passar com a família». Aqui, tudo varia consoante os turnos dele (só tem um fim-de-semana completo de dois em dois meses). Portanto:
    Prioridade1: Namorar, mimar, passear, e ter momentos de qualidade a dois
    Prioridade 2: Descansar e fazer coisas que me dão prazer. Afinal se trabalho oito horas por dia também mereço mimar-me.

O resto vem depois. Cuidado: a minha casa não parece uma lixeira, tento manter todos os dias a casa arrumada. Mas se tiver que ficar com mais uns milímetros de pó por causa de uma tarde a dois, nem penso duas vezes.

Mas gostava imenso de saber como fazem certas mulheres. No fundo de mim, quero acreditar que afinal não são donas de casa assim tão perfeitas, que também comem lasanha do Lidl nos dias de maior aperto, que  têm a depilação há três meses por fazer... Mas isso é só a inveja a falar!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Nem Preto nem Branco


Odeio estados de indecisões. Para mim as coisas têm que ser pretas ou brancas. É sim ou não. Não gosto de meios termos, em que tudo fica indefinido ao ritmo da maré...

Ontem durante uma reunião interna, foi anunciado que se o volume de clientes não crescer, a empresa fechará portas a 31de Março. E agora? Não é a primeira vez que oiça esta conversa aqui, e nunca nada sucedeu. Mas não deixo de me perguntar, e agora? Não tenho vergonha de trabalhar onde for (o mercado da comunicação está tão mal), mas é chato depois de 5 anos de estudo e 5 anos de trabalho na área...

O pior é organizar a minha vida. Se houvesse uma certeza de desemprego, podia planear os próximos meses com base nisso. Mas foi uma promessa no ar. E agora adio os meus projectos pessoais para este ano? Ia marcar avião e hotel em Itália esta semana: mas estando desempregada, ir a Itália, parece-me um luxo pouco sensato. Mas se não marco e depois continuo na empresa... E os meus planos pessoais, também estes não me apetece adiá-los!

Estou um pouco desamparada. Vou seguir a minha vida como se esta ameaça não existisse (mas é difícil) e logo se verá. Se se concretizar tentarei ver isso como uma oportunidade, quem sabe. Digo-vos: muitas empresas estão a aproveitar-se da crise. Mais de uma dezena de empresa com as quais trabalhamos desde sempre, com muito trabalho (produtor de vídeos, empresas de webdesign, consultores em marketing, etc.) , estão a fechar portas para o director-geral trabalhar a partir de casa, por conta própria, fugindo assim aos impostos.. Trabalho não tem faltado aqui, mas a crise...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Antiguidade


Este fim-de-semana fui apelidada de «antiquada», e mais uns quantos nomes como «atrasada, quadrada, entre outros». Dizem que vou ser uma mãe tirana. E isso porquê? porque simplesmente sou totalmente contra a existência de uma televisão no meu quarto e no das crianças. Para mim, o quarto é um local de descanso: dormir, ler um pouco antes de adormecer, brincar, estudar. Para ver televisão existe a sala, onde a família se reúne à noite durante o serão para ver algo que toda a gente gosta, socializando. Também sou contra a televisão estar acessa durante o jantar. Afinal este é um dos poucos momentos que a família tem para estar junta, para falar dos seus quotidianos, dos seus problemas. Se a televisão estiver ligada, a família estará sempre fixada nela como zombies. 

Sou antiquada porque simplesmente acredito em certos rituais familiares. Mas sou criticada porque ainda não sou mãe. É simples, para mim construir uma família passa por ter momentos de qualidade em família. Não serei certamente como estas pessoas que colocam as crias horas a fio durante a tarde e o fim-de-semana  frente à tv ou playstation para poderem estar descansadas. Não, sinceramente prefiro ser antiquada, e ter uma família feliz...