sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano de 2011


O ano passado comi as passas dois minutos antes. Também antecipei o salto da cadeira por segundos (maldita TVI). Brindei com sumo... E deu no que deu... Este ano vai estar tudo a postos para entrar no ano em grande! Nada de vestidos muito cutxi-cutxi, que sou uma friolenta do pior mas acho que arranjo algo quentinho e digno da ocasião. Quero entrar alegre neste ano, com esperança num futuro melhor. 

Quero desejar-vos a todos um Feliz 2011, com muita saúde (o nosso bem mais precioso), paz de espirito, amor (muito), felicidade (é uma nova forma de encarar a vida), e um trabalho para todos poderem levar uma vida digna e sem pobreza. Desejo-vos tudo em dose dupla, a vós que me têm acompanhado e apoiado neste ano que está prestes a acabar, e às vossas famílias.

Divirtam-se, brindem muito, amam muito (a vida principalmente), enfim, sejam felizes! 
Um óptimo Ano Novo a todos!!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A minha vida em saltos altos


Umas das minhas mais recentes resoluções foi usar mais vezes saltos altos no dia-a-dia e passar a usar batom (é bom ter uma amiga que nos oferece várias amostras para testar cores). Mas a vida em saltos altos, por mais sexy e feminina que nos deixa, complica-nos a vida, ai se complica.

E a culpa é da nossa querida calçada portuguesa. Tenho a certeza que esta criação diabólica foi obra  de uma qualquer sociedade mística secreta, uma Confederação Nacional de Sapateiros Insatisfeitos. É que todos os anos, repete-se o mesmo vai-vem ao senhor sapateiro. E deixo lá uma pequena fortuna! E a sola de sapato é bem mais cara em Lisboa (o dobro do que na aldeia)! 

E já nem volto a falar das figuras de tristes que uma pessoa faz, com o sapato a ganhar vida e a teimar ficar para trás; com os esticões que levamos e nos fazem parecer marionetas, enfim... Ainda a semana passada estava no Pingo Doce e um senhor (lindo) gentilmente me deixa passar à frente. Mas, mas não conseguia dar um passo em frente. Não, não foi a beleza dele que me ofoscou. Foi mesmo o talão que ficou preso numa grelha fina no chão. Ostentei o meu melhor sorriso para o homem e dei uns valentes esticões a perna. Nada feito. Perdi toda a compostura de uma verdadeira lady, baixei-me e com a mão desprendi o tacão da grelha (e não foi fácil: já me estava a ver a sair da loja descalça, com uma grelha por debaixo do braço).

Torna-mnos lindas mas os saltos têm uma personalidade complicada. Nestes saldos vou tentar comprar umas galochas, estas não me devem deixar ficar mal e são óptimas para esta chuva...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Somos o que queremos ser


Eu sei que é fácil falar desta ou daquela filosofia de vida. Mas que nem sempre as condicionantes da vida nos ajudam nesse sentido. Bem tentamos lutar mas há coisas más que acontecem: não conseguimos aquele emprego motivador, doenças teimam em aparecer, etc. Mas nunca podemos desistir e  temos que lutar sempre. Para mim falhar, não é não alcançar os resultados desejados. É não ter dado e feito tudo para os alcançar. E sei que não me tenho dado a 100%, nem a 50% sequer. E isso não pode ser, porque a vida encarrega-se de nos consumir se nós não a aproveitarmos.

2010 foi um ano mais do que péssimo, e acho que não vale a pena explicar os motivos. Também tive os meus momentos de felicidade mas no geral é um ano para esquecer, mas que marcou a minha vida e o meu ser para sempre.

Quero um 2011 melhor, muito melhor. Quero, e por isso vou fazer tudo por isso. Não vou deixar a minha vida ao acaso. Vou reescrevê-la com as palavras que eu escolhi: mais amor e paixão, mais viagens, mais convívio com quem eu adoro. Fazer tudo por tudo para mudar de trabalho, e, entretanto ganhar motivação para me dedicar a este emprego. Quero cuidar de mim e da minha saúde. Quero fazer planos familiares. Quero realizar um sonho de infância.

Quero ser feliz. Simplesmente feliz. Sem doenças e preocupações. Basta-me isso para ser a mulher mais feliz do mundo. Tenho que tomar conta de mim, afinal, como diz um grande sábio blogosférico (o único homem que se atreve a comentar por aqui... sim tu Filipe), sou transmontana e sou forte. 2011 vai ser o meu ano! Quem decide sou eu! Tenho o meu futuro nas minhas mãos e vou modelá-lo com cor e coração!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Une potiche


Há dias em que me sinto um mero objecto decorativo que se coloca num lugar de destaque numa sala. As pessoas vão lá observá-lo e dá-lhe valor sempre que necessitam dele: quando precisam de ajuda no trabalho, quando precisam de um conselho amoroso, quando precisam de desabafar as futilidades das suas vidas, quando precisam que eu vá tratar de mil burocracias. Mas depois, quando preciso de desabafar ou quando, em troca, só peço carinho e amizade, viram-me as costas e desaparecem. E voltam quando voltam a precisar.

Estou cansada desta injustiça. Sempre fui demasiado simpática e prestável. Trop bonne, trop conne. Mas estou numa fase em que também já não oiço ninguém. Despacho os supostos amigos com uma rapidez que os deixa a eles próprios estupefactos. E depois sou eu a cabra. Já aconteceu com amigos, com irmãos,  com outros familiares, etc. Mas agora quando se trata da minha própria mãe, a coisa dói de outra forma. Não consigo ser indiferente. Se calhar o problema é mesmo meu: nasci para ser criada e não pedir nada em troca. Pode não ser por mal, mas dói. Faz-me sentir sozinha ao mundo, sem família. A única verdadeira família que me resta é o meu marido. E quando discussões e acontecimentos destes acontecem, sinto ainda mais a falta Dele, em que aí sim era amor incondicional e mútuo. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Já passou


Tantos preparativos para o Natal e depois passa num instante. Mas foi bom. Foi bom termos estado com os nossos pais juntos à volta da mesa, conversando de tudo e de nada, saboreando os petiscos, e rir. Foi bom estarmos todos aconchegados no sofá a ver desenhados animados. Foi bom passear a beira Tejo, na Baixa, na Graça, em Belém e na Ajuda. Foram dias felizes... Simples, mas com paz e serenidade. Ninguém nem nada me tira esta mágoa mas passámos bem.

Agora é só ganhar forças para aguentar mais uma semana de trabalho. Lisboa está deserta (e o escritório também!) e mais de 90% dos clientes e fornecedores estão de férias... Esperam-se dias complicados... E não sei se foi das filhós e companhia ou do frio de rachar que se faz sentir mas a minha criatividade está muito em baixo...Boa semana!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal


Este ano o Natal tem um sabor amargo lá por casa. Seremos três à volta da mesa (a esta hora ainda não sei se os meus sogros se irão juntar a nós). Sei que vamos estar sempre com a lágrima no canto do olho porque tudo nos vai fazer lembrar (ainda mais) de ti. Adoravas estes petiscos e as festas de família. Vais estar connosco, apesar de não te vermos e de não ouvir as tuas gargalhadas.

Quero desejar a todas um Feliz Natal junto de quem amam. Aproveitam ao máximo estes momentos de pura felicidade familiar: são o que temos de mais precioso na vida. Acreditam que quando forem velhinhos, as recordações que vos farão sorrir e pensar que a vida valeu a pena, foram as de momentos felizes com quem amaram; não a quantidade de presentes que receberam.

Desejo-vos muita saúde (sempre e em primeiro lugar), amor (tudo é tão mais fácil com amor), felicidade (ver a vida a sorrir também ajuda), e trabalho (porque nestes tempos, é preciso um salário para pagar as contas...).

Que todos os vossos sonhos se concretizem. Feliz Natal!
Abrem os vossos corações à verdadeira magia deste dia!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mil desculpas, ludibriei-vos...


Esquecia-me que afinal as minhas unhas também usam Chanel (ainda não porque as minhas unhas têm andado uma lástima shame on me, mas está na gaveta à espera)... Sim, em tempos ganhei um passatempo no blog Amor Perfeito Store (achei piada à coincidências de nomes), em que o prémio era o Orange Fizz da Chanel. Minhas caras, as minhas unhas nunca mais irão ver luxo tal!

É desta que sou apedrejada...


Quem navega diariamente pela blogosfera, tem a sensação estranha de pertencer a uma elite. Todas as mulheres fazem compras nas melhores lojas da cidade, têm peças de grandes estilistas, têm para cima de cem pares de sapatos, frequentam os bares mais in e comem nos restaurantes dos grandes mestres....Há dias em que tudo me soa a oco, a ostentação a mais. Não estou a dizer que há por aí meninas a mentir (sou a primeira a criticar anónimos estúpidos e ciumentos). Mas estranho a ausência de pessoas com níveis de vida mais normais: que esperam pelos saldos para cometer loucuras na Zara, que nunca vestiram uma única peça de grandes casas da moda internacional, cujas unhas nunca viram Chanel, vão ao restaurante quando o rei faz anos. A maioria da população portuguesa deve ter a mesma rotina: casa - trabalho - casa, com tarefas domésticas e um ou outro passeio pelo meio. Mas parece que são uma minoria por aqui...

Por vezes, a blogosfera faz-me lembrar as revistas de moda. Acusam estas últimas de criar ícones de beleza/ magreza insustentáveis para as jovens, criando assim graves perturbações nas mulheres. Às vezes penso que jovens mais desatentas também podem criar uma imagem demasiado glamourosa da vida, desfasada da realidade. Pelo menos para a maioria. 

É uma generalização barata, mas por mim acertada. Adoro ver as compras fantásticas que outras fazem, fazem-me sonhar e felicito-as, e fico sinceramente contente por elas poderem permitir-se coisas que eu não posso, ou não quero. Por isso não me atirem já a primeira pedra. Deve ser o espírito natalício que me anda a fazer mossa, só isso...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Outfit invernal


Definitivamente não sou mulher de inverno. Vestir-me de manhã com este tempo é sempre um suplício. Odeio andar tipo Michelin com camadas sobrepostas de roupa quente, mas eu sou mesmo friolenta. É tão complicado encontrar um outfit elegante e feminino e simultaneamente quente. Algo que não seja sempre só malha. E depois há tanta coisa a conjugar desde lenços, cachecóis, luvas, gorros (para quem usa), botas, e companhia... Os outfits de meia estação são sempre tão mais a minha cara: leves, discretos, elegantes e femininos. 

Sim, já deve ter dado para perceber que as minhas manhãs são atribuladas. Primeiro perco mais 5 minutos para ganhar coragem de sair da cama (está tão quentinha), perco mais 5 minutos a ganhar coragem para desligar a água quente do duche, e mais 5 para ultimar pormenores da roupa (graças a Deus que escolho a roupa de véspera... mas: e quando de manhã me dá a neura e não me apetece nada disso?), por isso saio de casa sempre a fugir...

Já não peço o verão, mas um tempo ameno, sem esta chuva irritante. Ou então, que o São Pedro realize o meu sonho de infância: um Natal de baixo de neve...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Abriu a época oficial das namoradas embeiçadas


Qualquer mulher adora receber presentes-surpresa. Adora imaginar o seu mais que tudo a pensar durante horas e toda a noite, o que lhe irá oferecer, o que ela mais deseja, qual a cor que combina melhor com os seus olhos, etc. Mas homens não são mulheres. Nem todos têm o dom de pensar numa boa prenda surpresa. É genético, nada a fazer. Por isso era muito mais fácil se as mulheres parássem de vez de lançar sub-entendidos (que nem elas percebem). Digam-lhe directamente, «preciso ou quero isto e aquilo». E depois eles que escolham e já é surpresa. E aquelas que andam semanas a dizer «oh amor, eu não quero nada de especial, só algo simbólico». Mas que depois quando não recebem a tão desejada Pandora ou Perfume amuem e fazem um beiço que daria para a maior feijoada do mundo!

Eu já fui assim. O meu marido não tem grande jeito para prendas. Então eu digo directamente: «sonho/ preciso deste perfume, deste relógio, deste livro, etc. e ele escolhe». E fico sempre feliz quando abro o embrulho. A magia pode perder-se um bocado sim, mas prefiro isso do que ter coisas inúteis lá por casa...

[Ou então, basta perguntarem às amigas das namoradas/ mulheres, elas dizem-vos o que elas mais querem...]

sábado, 18 de dezembro de 2010

Somos iguais


Em nomes de todos os Armandos e Lucindas e partiram para França à procura de uma vida melhor. Por todos os europeus de Leste que vieram para Portugal trabalhar. A todos os migrantes, sejam eles brancos, pretos ou amarelos, que largaram a segurança dos seus lares e partiram em nome de um futuro para os seus filhos. Eu peço respeito e fraternidade. Não quero agora falar de leis de emigração e integração (até sou dura contra o nosso actual sistema). Mas devemos olhar para eles como Homens de coragem, que fazem grandes sacrifícios (só quem sabe o que é estar longe dos seus e da sua terra é que sabe). Merecem um sorriso, o respeito e a não-discriminação.

Eu sou migrante. Nasci e cresci em França. Vim para Portugal para trás-os-montes onde sofri pela primeira vez e de forma cruel discriminação/ racismo. Mudei-me para a Guarda e vim para Lisboa, onde muitas vezes (demasiadas vezes) pessoas do Interior são vistas como idiotas.

Pela minha vida, pelas minhas raizes, pelos meus ideais, neste Dia Internacional dos Migrantes, peço a todos um pouco mais de amizede e respeito por todos nós.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O natal chegou mais cedo


A minha mãe vem hoje para Lisboa passar as festas de final de ano comigo! Quem está contente, quem é?

Felizmente esta semana está prestes a acabar: estou de rastos. A trabalhar sempre até por volta das 21h30/ 22horas, já não me aguento. Só quero descansar muito! Ontem cheguei e pensei ver uma série antes de ir para a cama. A box não deu sinal de vida. Após voltas e reviravoltas, desisti,  comi o jantar que já tinha arrefecido, peguei num livro direcção ao quarto. Ligo o aquecedor, barulho estranho e este deu o último suspiro de vida! Sem falar no meu maravilhoso bolo de chocolate (que já fiz mil vezes, sempre super bom), que desta vez não cresceu. Pensamento «A minha mãe há-de pensar que nem um bolo consigo fazer, porra». Mas já descobri o porquê: afinal o fermento passou de validade em Abril!

E logo ainda tenho tantas coisas para fazer antes de ir buscar a minha mãe (e marido já agora). Ontem fui as compras, gastei um dinheirão (e ainda não comprei nada para a ceia de natal propriamente dita) e ainda me falta comprar tanta coisa. O açúcar subir 20 cêntimos (grande campanha de marketing, sim senhor). E só gostava de saber porque raio tudo decide acabar no mesmo mês, sobretudo produtos de higiene e maquilhagem! Não há quem aguenta!

Bom fim-de-semana. O meu vai ser passado nos braços das pessoas que mais amo na vida. Vão ser dias de muitos mimos!!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ai espelho, espelho,,,


A maioria das mulheres sofre de uma doença incurável que se prende com superfícies espelhadas. Em contacto com este agente patogénico, perde o controlo dos seus músculos e é obrigada a fazer posses juntos dos espelhos. Seja em elevadores (com o risco iminente de alguém entrar à socapa), seja nas montras (com funcionárias do outro lado a olhar atónicas para nós), seja em carro com vidros escuros (com ocupantes no seu interior a rir-se das nossas figuras), etc. Há um chamamento interior que nos faz olhar (pior quando nos aproximamos perigosamente) para as superfícies espelhadas: aproveitamos para retocar maquilhagem, dar um jeito ao cabelo, ver se não há seres indesejados entre os dentes, etc... E na maioria das vezes há quem esteja a ver e que faz pouco das nossas figurinhas deprimentes. Pelo menos potenciamos a alegria e optimismo nacional.

Eu nem estou a falar de mim (não, que ideia). Mas já me aconteceram algumas cenas mais do que caricatas à conta disso, em que virei costas bastante envergonhada. Nomeadamente um dia onde apanhei um casal em pleno dia a ter relações sexuais dentro do carro... 

Quem mais sofre do Síndrome Superfícies Espelhadas? A aceitação é o primeiro passo no combate à doença. Contem as experiências mais caricatas, estou a precisar de me rir...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Frios serões


No inverno, temos sempre que magicar algumas actividades que nos entretenham a dois, para além da televisão (mentes marotas parem já com esses pensamentos pecaminosos). Cá em casa parecemos duas crianças pois adoramos jogos de tabuleiros: Scrabble, Pictionary, Cluedo, Uno, Monopoly, e tantos outros. A dois ou com casais amigos, passamos algumas horas a divertirmo-nos. 

Mas tenho que admitir que a grande piada desses jogos de tabuleiro está em fazer batota. Adoro engendrar estratégias para enganar os outros a meu favor, sem ser apanhada. Adoro mesmo! O que põe o meu marido fulo e sempre irritado porque sabe desta minha paixão pela batotice... Qual Wii, nós ainda somos antiquados, mantemo-nos fiéis aos jogos da nossa infância (ou será porque na Wii a batota deve ser difícil, e me devo levantar do sofá?).

Mais alguém que partilha dessa paixão?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

E a saga continua


Há pessoas que não dão valor ao trabalho dos outros. Nem conhecem algumas regras de boas conveniência/ educação. Prometi a mim mesma que não me vou chatear. Não desta vez. Já chega de ficar fula com a sogra. A história é simples e repete-se ano após ano. Primeiro, diz que não vem. Repete mil vezes que "não mesmo". Depois já é "se calhar". Mas afinal "não". Ou "pode ser que sim". Há dois anos foi isso até 2 horas antes da consoada. Soube duas horas antes que eles vinham passar o Natal a nossa casa. Se morássemos no mesmo bairro, ainda era uma coisa mas afinal, com os meus pais em casa, e dois quartos, há logísticas a organizar. E afinal preparar almoços/ jantar para 3 é diferente do que para 5. Ah mas isso sou eu. Principalmente porque eu até trabalho durante o dia...

Estamos agora na fase do «talvez», vamos ver até que ponto a lata desta gente chega mais uma vez... Mas é de família porque já tive primos dele a avisarem-me (não pedir) que vinham cá passar uma semana de férias, mesmo eu dizendo que não dava. Devo ter uma placa de Pensão à porta e ainda ninguém me disse nada...

Haverá olhar mais belo que o meu?


Mais uma secção Fórum Beleza... Uso há muitos meses o Rímel Maybelline Colossal, que adoro! Longa duração, efeito de volume, etc. Está prestes a acabar mas agora sinto-me tentada a comprar o Maybelline Efeito Pestanas Falsas (o rosa). Mas estando eu tão bem servida, tenho medo de arriscar e ficar desiludida. Mas já ouvi falar tão bem desse rosinha...

Sim, eu sei, sou uma complicadinha, uma verdadeira mente feminina! Quem experimentou os dois, qual é o verdicto? Qual é o melhor? As outras que aconselham? Quero saber tudinho...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Há um demónio na minha casa-de-banho


Tenho cada vez mais a certeza que existe um demónio no inferno dedicado às causas machistas. Passa os dias a delinear estratagemas para nos fazer a vida num inferno. Afinal passei um tempo doido de manhã a esticar o cabelo para sair à rua e estar uma humidade e nevoeiro doidos (hás-de aprender a olhar pela janela antes de ir tomar banho). Ou é isso ou é chuva.

Mas há mais. É preciso acabar de pintar as unhas para ter uma vontade louca de fazer chichi, e desapertar calças sem mal lhe tocar faz de mim uma verdadeira troll. Acabo de colocar o rímel e espirro, o que me borrata toda (e quando tenho que tirar as sombras quando passei mais de cinco minutos a fazer um lindo esfumado?). Depois também me dá uma comichão estranha na pálpebra quando acabei de me maquilhar. Ou então, uma sede insuportável quando acabei de pôr bâtom.
Ser mulher, por vezes, é uma verdadeira tortura. E não me digam que só a mim é que me acontece quase diariamente...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Nuvem negra


Ensinam-nos a gerir uma casa, um ordenado, uma equipa. E os sentimentos, quem nos ensina a conviver com eles? principalmente quanto são tão contraditórios. Quando a felicidade convive de mãos dadas com o tormento e o sufoco?

Tento rir e seguir em frente. Nunca gostei de sentir sobre mim o olhar de pena dos outros. Também nunca fui de dizer o que sinto realmente a ninguém. O Luís é o único a quem me mostro verdadeiramente. Tenho momentos em que vivo numa realidade paralela. Sinto a sua presença, e sorrio por ele, e acredito mesmo que ele não morreu. Vivo tranquila, com ele ao meu lado. Vivo. Depois há momentos que desencadeiam a minha morte: uma publicidade, um cheiro, uma comida, um tique, um garoto a chamar o pai no supermercado. E sofro. Nunca pensei que a dor psicológica pudesse ser tão física. O aperto no peito é real. Sinto que me arrancam o coração. Afinal éramos só um, e não imagino a minha vida sem ele. Não sei viver sem ele mas tenho que o fazer, por ele.

Arrancaram-me parte de mim, do meu corpo e da minha alma. E qual deficiente tenho que reaprender a viver com as minhas limitações. Nunca mais serei a mesma. Quando alguém perde um membro ou um sentido, dizem que os outros ficam mais fortes. Será que me vou tornar mais forte com a sua ausência? Não sei ,mas continuo frágil sem o seu sustento..

Cada dia que passa é mais insuportável que o anterior. Dói-me a minha ingenuidade, dói-me a alma por tudo o que não fiz. Às vezes, penso que não vou ser capaz de ultrapassar. Só quero estar sozinha e chorar agarrada à sua roupa preferida e à sua foto.

Devia ser proibido amar assim. Porque sem amor, a perda é bem menor. Mas também a vida não valeria a pena ser vivida. É a única coisa que me resta: o seu amor e todo o seu ser que vive em mim. Porque eu sou aquela que chamam de Armandinho...

Este fim-de-semana tomei a minha decisão: tenho que procurar ajuda médica. Sinto-me doente, o meu corpo já mostra sinais evitentes de desgaste psicológico. Tenho que parar de pensar que sou forte. Há quatro meses que não durmo (média de 2/3 horas por noite), estou sempre ansiosa, e sinto que a minha cabeça já não responde por mim... Sábado quase tive um acidente de viação por falta de reflexos. Custa-me admitir mas preciso urgentemente de cuidar de mim..

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lindo e sexy...


Francamente há coisas nos homens que me encantam: a inteligência modesta, ser bom conversador, um sentido de humor inteligente, vestir fato (um homem de fato fica logo mais sexy), e poderia estar aqui a enumerar mais algumas características que fazem de um homem atraente. Sim, porque pode não ser belo, mas há atitudes e características que os fazem ser homens muito interessantes e atraentes.

Mas acima de tudo, adoro ver homens a cuidar dos filhos. É tão ternurento vê-los a cuidar dos seus filhos, com tanta dedicação e brilho no olhar. Adoro ver homens com bebés e crianças pequenas: acho lindo. E torna os homens tão mais sensíveis e atraentes, sim (lembrar de nunca deixar o marido sair sozinho com a prole [brincadeirinha]). Os grandes clássicos sempre retrataram a mãe e filho mas acho que o sentimento que emana de uma cena entre um homem e o seu filho pode ser tão mais mágica e encantadora...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os prazeres da vida


Não há nada melhor do que chegar à noite, depois de jantar, sentarmo-nos aconchegados um ao outro, com a nossa manta polar enroscada a nós. Saboreamos um café delicioso (o variation caramelo da Nespresso), seguido de um Ferrero Rocher. E enquanto vemos um filme ou série, ouvimos a chuva a cair lá fora e apreciamos o cheiro da nosso vela predilecta, que nos ilumina precariamente. Esta é a nossa rotina diária. Se tenho medo da rotina? nem tanto. Sabe tão bem voltar todos os dias para a segurança e conforto do nosso lar...

A Outra


E incrível como, em caso de traição, as mulheres conseguem culpar mais «a outra», mesmo não a conhecendo de lado nenhum, do que o marido/ namorado traidor. É fácil falar quando acontece aos outros, mas de uma coisa tenho a certeza: se o meu marido me traísse, culparia-o a ele. Claro que desenvolveria uma raiva (uma mistura de revolta, ciúmes, e outros sentimentos menos agradáveis) contra ela. Mas ele é que me deve fidelidade, não ela. Acho deprimente ver certas mulheres traídas a proferir discursos chocadíssimas: «a grande cabra», «a put* meteu-se por baixo dele»,.. E ele, coitado não teve outra hipótese: ridículo. Eu só culparia «a outra» caso fosse uma grande amiga minha. Porque ainda também seria traição da parte dela.

Nisso os homens são mais sensatos que nós. Na maioria dos casos, os homens não perdoem traições. Não há choro compulsivo, pedidos de desculpas que valham. Enquanto que uma mulher mais facilmente perdoa, com uma conversa do vigário, um ou dois gestos românticos, ou simplesmente porque pensam nos filhos e no futuro. Por outro lado, quando uma mulher trai, isso envolve uma relação extra-conjugal mais séria, com sentimentos à mistura. Enquanto que para muitos homens, estes casos são só isso casos fortuitos de sexo. Um homem é por isso mais facilmente apanhado do que uma mulher... 

Mas francamente ainda não compreendo a necessidade de traição: quando as coisas chegam a este ponto de necessitar de «outro» para ser feliz, acaba-se o relacionamento e segue-se em frente. É a forma de menos gente sofrer. Mas a que requer mais coragem...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Um gesto de amor que valeu um perfume (e muito mais)


E a grande vencedora do Perfume Yves Rocher é [tambores]... a Ana, que nos contou esta linda demonstração de Amor. Obrigada a todas as participantes!

«Há as grandes histórias de amor, dignas de contos de fadas, de lendas imortais como Romeu e Julieta, Sansão e Dalila, entre outros romances que ficaram na história como exemplos que ilustram muito bem o conceito tão complicado que é o amor. Mas depois há aquelas histórias de amor de pessoas anónimas, que pouca gente conhece, histórias essas que não aparecem em livros, em jornais ou revistas, mas que merecem e muito ser contadas. E a história Deles é um desses casos.

Ele andava atrás dela há uns belos tempos. Ela não lhe ligava nenhuma. Ele tinha 23 anos, ela tinha 19 anos, andava no segundo ano de faculdade, tinha um mundo pela frente. Mas água mole em pedra dura tanto bate até que fura e ela cedeu. 
 
“Vamos tomar então um café” – disse ela. Ela sabia que aos poucos e depois de tanta insistência o muro ia quebrando. E que não se pode dizer que não se gosta daquela pessoa antes de a conhecer verdadeiramente. O tempo encarregou-se de fazer o resto. E tudo acabou por acontecer de forma natural. Ela percebeu que a resistência inicial não fazia o menor sentido.  Ele era uma pessoa fantástica e que lhe fazia muito bem. Ao lado dele, tudo parecia mais fácil, tudo parecia encaixar no devido lugar. E ela sabia que isto parecia um cliché mas era tão verdade. Completavam-se. Eram parecidos em muitas coisas. E o oposto em outras tantas coisas. E é nisso que encontravam o equilíbrio. 

Passaram-se cerca de quatro anos, com muita coisa boa vivida. Descobertas feitas sempre a dois e que o tempo não limitou.
E num belo domingo de primavera foram ao Palácio de Cristal no Porto, onde já tinham ido algumas vezes e que sempre foi um sítio que ambos gostavam muito. Era feriado. Ele sugeriu o local. Caminharam, tiraram fotos, como era sempre o hábito deles, relembraram episódios lá vividos. Foram até ao Jardim dos Sentimentos, estrategicamente situado com uma vista magnífica sobre o rio Douro. Aí ele começou a entregar um envelope junto a cada canteiro com o respectivo sentimento associado. Ela entrou no jogo. Ia abrindo os envelopes e lendo o que lá ele tinha escrito. Pararam junto à Saudade, à Alegria, ao Prazer, à Amizade, ao Ciúme e à Perfeição. 

Tudo parecia estrategicamente pensado por ele. Como se fosse um trajecto de um jogo, de um labirinto com várias etapas. E as palavras de cada envelope faziam tanto sentido.
A última paragem era a placa do Amor. O último envelope tinha apenas uma pergunta. Queres casar comigo?
E do bolso dele surgiu um anel com essas palavras gravadas no interior. Ela aceitou. Claro. Não havia grandes dúvidas. 

E depois tudo fez sentido. A escolha dele do local. Naquele exacto dia, há quatro anos atrás, ela tinha-lhe dito que o amava pela primeira vez. Nunca o tinha dito a ninguém porque palavras dessas soavam muito forte e ela só as diria quando realmente soubesse o que era o amor. E junto à placa do Amor, ele soube que era o momento certo para dar o grande passo. 

E os dias passam. Eles sabem que vai ser a decisão mais certa tomada nos últimos tempos. A cada dia que passa descobrem ainda mais coisas, que justificam sempre o porquê de se terem apaixonado um pelo outro.  E a paixão deu lugar a um sentimento ainda mais forte. Sabem rir, divertir-se, falar a sério quando tem de ser, decidir o melhor sempre em conjunto, tomar o rumo certo. 

E o melhor desta história é que tudo ainda vai a meio. Tanta coisa ainda está por acontecer. Há pessoas que têm de passar pela vida dos outros. Umas desaparecem com o tempo, outras ficam. E ele ficou na vida dela. Até hoje. E até amanhã para escreverem capítulos atrás de capítulos.»

Não é lindo o Amor? E esta história em particular?

Lemas de vida


Há sensivelmente um ano, estávamos de férias no Norte. Nessa noite, deitámo-nos ligeiramente aborrecidos um com o outro. De manhã, antes das 7horas, ele levanta-se porque combinou ir ter com a mãe. E eu, cheia de sono e ainda aborrecida, mal lhe falo. Viro as costas e volto a dormir.

Às nove, toca o telefone. Era a mãe dele, a perguntar a que horas o Luís chegaria. E eu disse-lhe que já tinha saída há mais de uma hora e meia. O meu mundo desmoronou-se num segundo. As nossas aldeias natais são separadas por cerca de 11 quilómetros, por uma estrada cheia de curvas, com altas ribanceiras. E essa noite estava tudo gelado. Na minha mente, já o tinha perdido. Saí de casa (o meu pai doente ainda se levantou para não me deixar ir sozinha, e a minha mãe a dizer-me que tudo estava bem mas lia-se a preocupação no olhar) a pensar que o encontraria embatido numa curva, ferido ou morto. E a pensar que nem lhe tinha dado os bons-dias.

Felizmente, o maluco só encontrou um amigo pelo caminho e ficou à conversa. E nós, todos ralados. Mas é com episódios assim que aprendemos que tudo pode ser efémero. Que é preciso um segundo para a nossa vida ficar virada ao contrário.

Lá em casa, tentamos nunca ir para a cama zangados. Nem sair de casa para trabalhar sem uma palavra doce e um abraço. Porque pode ser o último. Porque podemos nunca mais ter essa oportunidade. Podem pensar que é pessimismo a mais. Eu penso que temos que estar consciente que tudo nos pode ser tirado, pelo que temos que saborear os momentos. Nem sempre é fácil, porque também discutimos, mas tentamos resolver tudo o quanto antes...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Está tudo doido...


Este fim-de-semana foi dia de compras de Natal (só falta a da minha mãe e a de dois colegas). No final, encontrei-me com uma amiga para um lachinho revigorante. Estavamos a mostrar as respectivas aquisições e ela veio-me com uma teoria estranha, e o mais estranho é que já ouvi mais gente a dizer-me isso. Dizia-me que não se pode permitir comprar nada de mais para os de casa (homem, pais e irmãos) para poder comprar para os de fora. Porque os de casa sabem que não há dinheiro, e há que manter as aparências com os outros. 

Mas serei eu que sou louca? Afinal, quero mimar as pessoas mais importantes = os de casa. Depois vêm os outros (colegas, amigos, etc.) com umas lembranças. Não tenho nada a mostrar aos outros: só compro o que quero e posso. Para mim os presentes nunca tiveram o objectivo de ostentação. Agora vou deixar de mimar o meu marido para poder oferecer um presente à uma pessoa com a qual tenho pouco ou nenhuma afinidade para manter aparências?

Há pessoas que seriam tão mais felizes se deixassem de se preocupar tanto com o que os outros pensam, com as convenções sociais e com meras aparências...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Vontade de...


... um lugar paradisíaco. Calor. Muito calor. Sol. Um livro. Sozinha num lugar tranquilo e silencioso que me permitisse carregar baterias. Tomar o pequeno-almoço frente ao mar, com cheiro a maresia. Deliciar-me com petiscos. Descansar corpo e alma.

Mas não, em vez disso, vou estar sem carro, com uma pilha de roupa para passar . E uma excursão ao Centro Comercial mais próximo para comprar presentes de Natal. Com gente eufórica e stressada a empurrar tudo o que mexe...

Oiçam o que digo: não passa de 2011 para eu viajar um fim-de-semana sozinha para longe. Mas por enquanto fico mesmo pelo subúrbio... Bom fim-de-semana!

Toi et moi


Há dias em que acordo e penso na vida. O casamento muda as pessoas. Com os anos, por vezes, é difícil reconhecer a pessoa com quem casamos. Mas depois questiono-me: Será que é o tempo que muda as pessoas ou será que somos nós que vemos finalmente a pessoa como ela é na verdade? Será que afinal o homem que está ao nosso lado sempre foi assim, sempre teve estes defeitos, só que nós é que nunca nos demos conta. Será que foi a loucura da paixão inicial que nos cegou e que nos fez vez um príncipe encantadao, quando afinal é um ser humano com os seus defeitos, e alguns insuportáveis? Afinal nós devemos desculpar-lhes tudo porque eles sempre foram sinceros; quem nos traiu foi o nosso coração?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Vermelho


Como qualquer mulher, procuro sempre a perfeição em tudo na vida: a relação perfeita, o homem perfeito, a casa perfeita, a roupa perfeita para o encontro perfeito, ..., e a maquilhagem perfeita.

E as minhas buscas recaem actualmente n´O vermelho perfeito (verniz). É tão difícil acertar na tonalidade certa. Ou tenho vermelhos muito vivos (Love da Risqué, por exemplo), ou demasiado bordeaux escuro (La Boheme). Adoro estas duas tonalidades, mas queria aquele vermelho, que sem ser demasiado sangue, também não seja bordeaux. Queria aquele vermelho meio escuro. Alguém que tenha sugestões para o Meu Vermelho perfeito?

Podem considerar-me demasiado tradicional, mas acho que nenhum verniz supera o vermelho na elegância. Combina com qualquer tom de roupa, qualquer estilo, e nunca compromete. Gosto de ver em mulheres mais novas e mais maduras. Sinceramente, e apesar de usar (e gostar) de mais tons (rosas, cremes, castanhos), nunca usei cores como verdes, cinzas claros, laranjas, amarelos, azúis, etc. Não sei, parecem-me inadequado para trabalhar e certas reuniões de trabalho. Chamem-me de antiquada. Gosto de ver nas outras mulheres e até penso «também vou experimentar». Mas quando chego à loja, nunca avanço. É demasiado teenager para mim. Mas gostos não se discutem...