sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sinopse de uma vida

Muitas expectativas para um fim-de-semana. Muitos planos e muito amor como ingredientes principais para me fazer esquecer e desanuviar. Receita amarga, eu bem sabia. Eu estava feliz com o fim-de-semana que se avizinhava e com o facto de o meu pai ter falado ontem pela primeira vez numa semana. Eu sabia que hoje era dia de chapada. O meu pai está outra vez na corda bamba. E eu aqui em casa, a aguardar desenvolvimentos, há mais de 500 quilómetros. Parece que alguém não me quer vez feliz. Alguém está decidido a fazer da minha vida um inferno. E eu continuo a ser um peão que se move consoante os seus desejos...

A verdadeira treta...


... é o cancro. Que não é, nem nunca será um bicho. Um bicho mata-se, espezinha-se, usam-se químicose extermina-se. O cancro não. Não é um bicho. É algo que corrói o corpo lentamente. Que se propaga sem pedir licença. Que mata sonhos e dá falsas esperanças. A vitória de hoje, é a primeira agravante para mais uma desilusão amanhã. Um bicho não nos corrói a alma. O cancro sim. Destrói-nos. A nós e a quem nos rodeia. O cancro faz-nos pedir perdão a mulher e filhos porque sofrem a nossa dor, que deveria ser só nossa, como a mordedura de um bicho.

O cancro mata. Todos os dias. Mata pessoas que permanecem vivas. Não é um bicho papão que se fecha no armário. Tem que vir à luz do dia. Porque todos os dias alguém sofre as maleitas e a injustiça desta doença que não pede licença. Um bicho abandona-se, esquece-se. O cancro não. Nós é que nos abandonamos a ele, porque ele é que guia cada segundo da nossa vida. Rumo à infelicidade ou à cura. De pouca dura, porque nunca nada será o mesmo para quem prova desse amargo fel.

É preciso chamar as coisas pelo seu nome, para poder ter forças para lutar contra ele, nesta luta desigual. E não ter vergonha de assumir que se tem cancro. Para não sofrer sozinho. Não se pode ter vergonha dos outros.

Nós é que nos tornamos bichos, não o cancro. Ele permanece igual a si mesmo: violento e devastador.

Transparente


As temperaturas sobem e convidam ao uso de tecidos mais leves, o que muitas vezes também quer dizer mais transparentes... Têm que se ter muito cuidado com as transparências: há quem recusa andar com uma saia ou camisola em que se subentende a lingerie, eu prefiro é ter cuidado com o que visto por baixo.

Minha nossa que hoje apanhei um choque de primeira. Subo as escadas da estação do Areeiro. Que é sempre uma situação complicada, porque, para deixar 1 ou 2 escadas de segurança, dá-se de caras directamente com o rabo da pessoa que está à frente. E hoje dei de caras com um cueca XXL (mesmo, sem exagero) numa mulher de 30 e poucos anos. Estava até bem vestida, maquilhada, etc., mas o vestido verde dela deixava ver uma roupa interior da época vitoriana. Nem a minha mãe com 60 anos usa isso!

Também não é de bom gosto usar lingerie muito provocante quando se sabe que na rua toda a gente se vai poder deliciar. O meio termo é o ideal: acho que é mesmo para isso que existem básicos... É como as alças do soutien: não há necessidade de se verem (e quando não deixam ver metade do dito cujo). Ou então usar um soutien muito semelhante, ou (atirem as pedras), alças de silicone. Eu não sou contra quando a camisola tem alças mas nunca quando é cai-cai...

Há que ter muito cuidado com transparências...



quinta-feira, 29 de julho de 2010

So cute


O meu novo par na empresa está escolhido. A melhor faceta? Parece (para não dizer é) tão... gay! Tão amoroso que ele é com os seus tiques, os seus movimentos de mãos, a sua roupa fashion. Posso ter causado um despedimento mas não descrimino ninguém! Ele consegue usar mais anéis de uma vez do que eu num ano... As pausas para café prometem muitas conversas de gaijas, a falar de homens e moda!

(post totalmente inocente... não tenho nada contra eles!)



quarta-feira, 28 de julho de 2010

Desilusão


Eu sabia que um dia teria que acontecer. Que não irias cumprir as tuas promessas, que irias desfraudar as minhas expectativas. É a primeira vez que um produto da Garnier tem nota negativa!

Já experimentaram os novos desodorizantes da Mineral da Garnier? Prometem 48 horas de protecção anti-humidade e anti-odor e uma secagem rápida. Resultados obtido: uma sensação de humidade por baixo dos braços super desconfortável logo após poucos minutos da aplicação (não sou pessoa de transpirar muito, é a primeira vez que me acontece ter manchas de humidade na roupa) e depois de um dia de trabalho quando vou tomar banho e passo a mão nas axilas a pele parece pastosa. Um horror! O cheiro sim é agradável, mas isso não vai conseguir salvar o desodorizante do caixote do lixo...

Tem sido difícil encontrar um bom desodorizante: a Rexona deixa manchas brancas, a Dove não gosto do resultado, ... Qual o desodorizante é que elegeriam o melhor do mercado?

terça-feira, 27 de julho de 2010

Se voiler la face


Estou exausta e sob pressão. Bem tento afogar-me em trabalho, ficar no escritório além da hora e parecer que tudo está bem... mas não está e a bomba relógio em que me tornei está prestes a rebentar. Estou mesmo com os nervos à flor da pele. É demais para mim. Combinar tudo, em pouco tempo fazer mil e uma coisa, dar apoio à minha mãe e mais, e mais. Estou a fechar-me no meu casulo, não me apetece falar, há momentos em que não consigo receber mimos, consentir que me toquem sequer. Gosto de estar sozinha, nos meus pensamentos, medos e receios. Sem ter que ouvir aquelas conversas da treta que as pessoas por vezes têm.

Já há dias que não conseguia verter uma lágrima. Mas hoje a pressão foi demais e lá chorei as minhas penas: tem um poder de me aliviar e lavar a alma, mas quando seco a última lágrima, tudo permanece igual: a minha mãe a beira do precipício, o meu pai a definhar de dia para dia, e a minha vida como a conhecia a mudar para sempre.

Amanhã será um novo dia. Escuro, mas novo. E daí nasce a esperança...

Suas ovelhas...


Se já não aprecio pessoas que seguem a moda de olhos fechados, sem ter em conta o que lhes fica bem ou o que se adequa à sua personalidade, ainda estranho mais as pessoas que fazem da sua casa um mostruário digo da Casa Claúdia.

Para mim uma casa tem que reflectir a personalidade profunda dos seus moradores. Tem que ter toques pessoais que fazem daquele lugar um lugar único no mundo. Tem que ser prática, fácil de viver e confortável. Tem que ser igual aos donos. O meu grupo de amigos comprou casa na mesma altura. E as crítica jorraram: porque não escolhi cores na moda (o vermelho é que era), porque tenho algumas peças mais provençais e isso está out; porque gosto de cores pastéis e isso era do tempo das nossas avós... Enfim, em contrapartida outros conseguiram casas saídas das revistas de decorações mas frias e sem personalidade. E já se arrependeram por isso. Eu, tenho vindo a construir um lar: onde cada canto reflecte a nossa maneira de ser, de pensar e de viver....

Era bom que algumas pessoas deixassem de ser ovelhas seguindo os outros cegamente, e criar uma maneira de ser única, sem ter medo do que os outros pensam...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

[suspiro]


As melhores amigas estão todas de férias? O marido trabalha ao fim-de-semana? Qual é o problema: gozei a melhor das companhias: a minha! Foram dois dias só para mim. E não é que soube às mil maravilhas: mimei-me, descansei, perguicei, namorei (à noite)... Pena já ter acabado! Entre boas leituras (esse James Rollins nunca me desilude), esplanadas à beira-rio, manicure, shopping (tudo da nova colecção), e comédias românticas, a segunda-feira é um inferno.

Apesar de ter passado a maioria do tempo entre quatro paredes, não fiquei em pijama ou roupa larga o tempo tempo. Olhei para mim ao espelho e pensei «tenho que estar bonita para mim». Fui ao roupeiro e escolhi um vestido vermelho. O ânimo é logo outro. Porque é que só nos haveríamos de pôr bonitas para os outros?

Agora é so esperar que chegue o próximo fim-de-semana... mas não quero ficar muito contente com os planos porque há alguém lá em cima que se delicia a estragar-me a vida quando esta começa a ficar mais luminosa...

Boa semana!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Confessionário


Eu sou má, muito má. Já lá vai uma semana que não param de gozar comigo. E o meu amigo mais mauzinho ainda não sabe da novidade... Eu sou uma pessoa bastante diplomática. Quando algo está mal, gosto de conversar francamente com a pessoa, e esqueço o sucedido. Até que o saco encha, transborda e aí é que a fúria se apodera de mim. E a tempestade só acalma quando deitar tudo cá para fora, nem sempre com grande diplomacia.

Na agência trabalhamos em equipa de dois. A minha colega não era um génio e tinha que lhe corrigir imensas coisas. E já estava a ficar farta de ficar sobrecarregada porque causa da sua incompetência. Na minha semana de baixa, andou a conspirar nas minhas costas e eu odeio fazer figura de parva. Mandei-lhe um mail, um único mail... que levou à sua demissão. Até me sinto mal... mas como é que um adulto que não consegue lidar com a opinião dos outros, depois de fazer merda?

Eu juro que até sou boa pessoa, civilizada, educada, cuxi-cuxi, mas não me pisam por muito tempo só isso... Perdoai-me, eu prometo tratar bem o meu novo colega... Até ver ;)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Você deixa-me parva


Há cada vez mais pais que tratam os filhos por você. Sinceramente não consigo conter um franco sorriso quando oiço tal coisa, tendo sido eu criada e educada junto de gente de por trás das fragas. É tão ridículo, principalmente porque normalmente os filhos tratam os pais por tu. É uma inversão de papéis. E gosto ainda mais quando sei que esses pais são os que estranhavam que alguns dos seus amigos possam tratar os pais por você, designando tal acto como retrógrado.

Mas o que gosto ainda mais é de ver casais jovens a tratar-se por você. Que queques! Não consigo abster-me de os imaginar logo em cenas mais íntimas. Será que nesses momentos ainda se tratam assim? «você deixa-me louca», «venha-se já!»,... Tão queridos, sem dúvidas...

E depois há alquelas coisas que para além de ridículas, não consigo compreender mas isso é, segundo as sábias mães, porque sou uma insensível nata mas para não me preocupar que quando tiver um filho vai tudo ao sítio. Então mas porque é que se dá beijos na boca a crianças? Não estou a falar de bebés. Para mim beijos na boca é reservado ao casal e ponto. E aquelas mães que quando a cria deixa cair a chupeta ao chão, agarram e a chupam para lhes tirar os vermes? Não era mais sensato limpá-la em água corrente? com água engarrafada? É que a boca de um adulto nem está cheia de bactérias, nem nada. Como dizia o padre da minha aldeia (quando as velhas reclamavam por os jovens tomarem a hóstia na mão ser porco e que não sabiam onde tínhamos andado com as mãos antes de tomar o Senhor): «eu também não sei onde andaram com a língua. E pode ter sido em sítio bem piores..»

quarta-feira, 21 de julho de 2010

...


Frase da noite: «Não sabia o que eu tinha» - by Shrek (Shrek para Sempre)

É por eu saber o que tenho, que vivo com tanto medo de o perder. Este aperto constante no peito deixa-me doente e tolda-me pensamentos e movimentos...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Belle toute nue


Ontem a noite descobri o programa Belle toute nue na M6. Adorei o conceito: mulheres que vivem complexadas com o seu corpo e passam uma semana no programa para aprender a gostar de si. Não as fazem emagrecer, não as tentam mudar, simplesmente fazem com que elas tenham uma maior percepção do seu corpo e que aprendam a tirar partido dele.

Primeiro confrontam-na com a sua própria imagem. É engraçado com as mulheres pensam sempre que estão mais gordas do que são na realidade. Depois a sua imagem corporal é avaliada por transeuntes na rua: e as mulheres ficam estupefactas com os elogios que recebem, principalmente porque as partes que menos gostam em si até são as mais apreciadas pelos outros. Depois um re-looking ao guarda-roupa, um penteado e maquilhagem nova, e mais umas dicas consoante os complexos (ensinaram a uma a tirar a roupa de forma sexy) e as mulheres que no início da semana odeiavam o seu corpo, passam a ser capazes de posar nua para um fotógrafo e até de desfilar perante uma multidão em lingerie.

A mensagem principal: tudo reside na atitude e na confiança que emana de nós! Se gostarmos de nós e nos sentirmos bem connosco próprias, os outros hão-de olhar para nós e achar-nos lindas!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A precisar de uma macumba


Regresso de uma semana no Norte: uma semana tremendamente cansativa, passada nos corredores de hospitais. Mas por outro lado, esta semana trouxe-me paz de espírito. Apesar de o meu pai ter ficado com graves sequelas, ele estava estável e regressou a casa na sexta-feira à noite. Já pensava que regressaria mais descansada a Lisboa...

Mas um dia de descanso e tranquilidade já era demais, e então, ontem a tarde, quando estava prestes a iniciar viagem, o meu pai piorou e voltou para o Hospital. Desde essa altura, não sabemos de nada, e a saga continua. Não há meios de voltar a entrar tudo nos eixos...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ausência


Passada uma semana, não posso dizer que o meu pai esteja melhor ou pior. Tem dias muito bons seguidos de dias à beira da morte. Dias em que não sente nem uma pontada de dor, outras em que nem a morfina o acalma. Viver assim esta fase da minha vida (à distância) não tem sido fácil. A minha irmã de França foi embora hoje e amanhã tomo eu o lugar dela. Pedi baixa por assistência à família para uma semana. Acontecer o que acontecer estarei lá durante uns dias, aproveitar o meu pai e a minha mãe, nunca sabemos se pela última vez. A fragilidade da vida é tanta que preciso mesmo de lá estar, com eles.

Por isso estarei ausente durante uma semana deste cantinho... Sejam felizes e aproveitem todas as oportunidades para estarem com quem amam e mostrá-lhes o quanto gostam deles!

Em saldo


Sempre tive dificuldade em comprar roupa nos saldos. E nos últimos anos, tem sido cada vez pior. Ontem fiz a minha primeira (e porventura única) incursão pelos saldos: muito fracos sem dúvidas. Na maioria, os descontos são de uns míseros 2/3€. E quando entro numa loja, inconscientemente os meus olhos só se sentem atraídos para peças da nova colecção. Ou seja, vou para encontrar oportunidades e gasto dinheiro na mesma.

Ontem nem sequer uma camisolinha veio comigo. Mas a Parfois tem carteiras (da nova colecção, claro), lindas! E uma já mora cá em casa desde ontem à noite! Mais pequena, de um castanho lindo, com duas alças para trocar, enfim linda de morrer!

Há quem diga que sou esquesitinha demais para comprar nos saldos, mas francamente se já durante a colecção tive dificuldade em comprar roupa, quanto mais nos saldos. Sinceramente, este ano, é impressão minha ou só se vêem (mini) calções e vestidos? Calças de linho, bermudas e saias são peças em via de extinção, só pode...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Menina, eu?


Há coisas que me deixam perplexas. Às vezes pergunto-me se não consigo «impor respeito» ou se pareço uma adolescente imatura qualquer. Por um lado, eu sou e parece que serei sempre «a menina», onde quer que seja atentida, nada de senhora, dr.ª, engenheira, dona, nada disso, simplesmente «menina». Isso que esteja de ganga, ténis e tee-shirt ou de fato com camisa, tacão alto, etc. E isso preocupo-me. Será que pareço uma garrota?

Os senhores da Remax são outros. Estão muitas vezes na estação de comboio a distribuir panfletos de casas. Dão a toda a gente, menos às crianças... e a mim! Se porventura vou lá pedir um (quando eu andava a procura de casa), olham para mim como quem pensam «para quê é que quer isto. Ainda mal largou as fraldas». Pois bem, deixa-me intrigada, perplexa, e aborrecida. Às vezes apetecia-me gritar-lhes a cara: sim tenho 26 anos, casa própria e não devo nada a ninguém! Será que não sou um bom cliente??

Pergunto-me se daqui a 20 anos ainda vou parecer assim tão jovem aos olhos dos outros. Uma pessoa passa metade da vida a desejar parecer mais velha, e outra metade a lutar para conseguir rejuvenecer...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Erva-daninha


Até os jardins mais belos e mais bem tratados têm as suas ervas-daninhas. A nossa família é um jardim aconchegante que nos aduba para nos ajudar a crescer, que nos refresca a alma nos momentos de maior aperto, e que nos abriga nos momentos penosos. Mas o nosso jardim é invadido por silvas perigosas: a primeira filha dos meus pais. Sim, porque pode ter o mesmo sangue a correr por entre as veias, mas não a considero minha irmã.

Sempre magoou os meus pais. Desde a sua adolescência que tem sido uma besta. Mas não só para os meus pais. Até para os próprios filhos: tem ciúmes deles, faz-lhes chantagem psicológica, quer-lhes mal. E há 18 anos que ela faz das suas e ninguém faz nada porque sempre se fez passar por vítima e porque nos ameaçava com tentativas de suicídio (cujo algumas levou mesmo a cabo). É a filha que está mais perto de casa. E é a única que ainda não foi ver o meu pai. Sempre os desprezou. A última vez que o foi ver (depois de dois AVC seguidos com perdas físicas tremendas) a única coisa que soube dizer foi «pensei que estivesse pior».

O meu pai está no fim e quer ver os seus filhos todos. E ela não vai realizar este desejo. E dói-me por ele. Se ela vier chorar quando for demasiado tarde, eu mato-a. Juro que a mato e a ponho fora de casa. Eu hei-de a fazer chorar com razão. Como é que da mesma família podem nascer filhos tão diferentes?

terça-feira, 6 de julho de 2010

Cliché(s)

As minhas manicures são caseiras. A minha gama de vernizes resume-se quase na totalidade a duas marcas: Risqué e Andreia. Baratas e boas, como eu gosto. Sim, porque comprar vernizes a quase 20€ está fora do meu orçamento...
Ouvi falar de uma nova marca de vernizes portuguesa: a Cliché. E tem cores lindas!! E como eu estou decidida a ajudar a nossa economia a florescer e a aumentar o seu PIB, claro que vou ter que comprar uns quantos vernizes Made in Portugal. Não é vaidade é mesmo um sacrifício por este país!

Alguma alma caridosa já os viu à venda em algum sítio? Ouvi dizer que se vendem nas lojas dos chineses mas alguém me pode indicar uma loja em concreto, porque sinceramente nunca os vi em lado nenhum...

As minhas unhas patrióticas agradecem...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Um dia de cada vez


Estou de regresso. Com a alma mais leve mas continuo a viver com o coração nas mãos. O estado dele é crítico mas foi bom vê-lo ontem já mais lúcido e com menos dor. Estamos a aprender a viver cada dia de cada vez. Hoje chega a minha irmã de França e vim mais calma. O meu pai é uma força da natureza, e eu amo-o acima de todas as coisas. Vamos ter fé e esperança. E já estou cheia de saudades novamente...

Tenho que tentar abstrair-me ao máximo de todos estes pensamentos negativos. Por isso vou afogar-me no trabalho (uma óptima terapia) e tentar tornar este cantinho mais rosa e animado!

Boa semana!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Em caminho...


Parto hoje para Vila Flor. Voltarei logo que possível...

Obrigada


O meu sincero agradecimento a todas as que deixaram as suas palavras de carinho e apoio. Obrigada por estar desse lado a acarinhar alguém que nem conhecem pessoalmente. Há emoções e momentos da minha vida em que sou muito introvertida. Nunca falo com as pessoas que me são mais chegadas. Não consigo verbalizar a minha dor. Refugio-me num poço de solidão. E sei que foi por isso que quando perdi o meu irmão, o luto foi muito mais difícil. O Luís é o único com quem me consigo abrir. E aqui neste diário. As minhas emoções sempre fluiram no papel, escrever sempre me ajudou a libertar-me um pouco mais da minha pena. E quando sentimos o carinho de pessoas que realmente se preocupam connosco é reconfortante. Obrigada.

Eu quero ter pensamento positivo, oh se quero. Mas a realidade é demasiada crua. As palavras do médico demasiado óbvias. Os órgãos do meu pai estão a falhar um a um. Está a ter trombose atrás de trombose. E um enfarte que lhe matou metade do coração. Só tenho uma palavra a dizer: Filho da puta de cancro. Já são demasiadas complicações. O mundo que eu dava por certo está a desmoromar. Nunca mais nada será como antes...