quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tenho medo

«Este é um tempo de transformação, o fim de um ciclo em que alguma coisa termina provocando em si mudanças significativas, sobretudo do ponto de vista psicológico. É um momento em que sentirá a sua atenção voltada para os aspectos mais subtis do mundo das suas emoções.»
Acabado de ler o meu horóscopo de Julho na Activa, o telefone toca. E as más notícias vêm todas por telefone. Sempre. Do outro lado: o silêncio. O meu pai está nos cuidados intensivos. Está mal, muito mal. E eu neste compasso de espera que me destrói. Porque é que tudo lhe tem que acontecer! Porquê?!! Tenho medo. Só queria estar a reconfortá-lo, a dizer-lhe palavras doces ao ouvido, de mãos dadas e a acariciar-lhe a face. Mas estou longe e desfeita. De dor. Uma parte de mim está a morrer e nada posso fazer para a salvar.

Push up


Nada como se esmerar (ainda mais) e gostar do que se vê no espelho para sair de casa com a auto-estima um bocadinho mais em alta. Peep toes vertiginosos, unhas rosa escuro, camisa cintada e decotada (o suficiente) e com o penteado à Jennifer Aniston (adoro ver-me com o cabelo assim). Até o marido me elogiou mal abriu os olhos. E elogios [verbais] daqueles lados são bastante raros...

A criatividade está em maré baixa. Para além de todas as preocupações, só me faltava sofrer de insónias! Só quem já passou por elas é que sabe o quanto elas moem. Até adormeço bem mas depois acordo às 2h00, às 5h00 e às 6h20 todas as noites, é certinho. E para voltar a adormecer entre estes períodos é uma missão impossível. Valha-me o anti-olheiras mas se não descanso rapidamente esta cabeça, acho que corro o risco de sofrer danos permanentes na minha sanidade mental. O que já estará a acontecer porventura, pois a minha descoberta do dia prende-se com as figurinhas que faço quando limpo os ouvidos com cotonetes. Já viram as vossas figuras ao espelho? São decadentes de certeza...

Gostaria de dizer: bem vou dormir, ou vou laurear a pevide (expressão querida da minha amiga G.) para a praia, mas não, vou trabalhar. Ou se calhar vou antes ler os vossos cantinhos...

terça-feira, 29 de junho de 2010

Em ebulição


Há dias em que a meu casamento mais parece um termóstato avariado. Ora se encontra em temperaturas altíssimas, com muita paixão, carinho e amor; ora se mais parece que está colocado no pólo norte. Se calhar, não. Porque até nas fases mais resfriadas da nossa relação, as coisas andam muito quentes, ou não teríamos nós os temperamentos que temos. E estou tão cansada disso...

É estranho e custa acordar junto de alguém que pensávamos conhecer, que se está a transformar. Não ponho em causa os sentimentos dele por mim. Mas a sua maneira de ser. Está a transformar-se em alguém arrogante, revoltado, preconceituoso e afins. E porque é que nunca pode admitir que errou? Sim, eu sei que essa transformação de deve em 99% ao novo trabalho dele. Estamos a crescer, a mudar e as nossas maneiras de ser estão a desviar-se perigosamente. E depois há amigos que não ajudam. Oh não.

Eu comprava já um bilhete só de ida para uma terra distante para não ter contacto com nada na minha vida: a minha sogra (que à distância continua a infernizar-me a vida), o estado de saúde física e psicológica do meu pai, o cansaço extremo da minha mãe, e uma relação que me causa mais chatices do que bem-estar.

Troco de vida por 24 horas com quem me prometer descanso para esta minha cabeça...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tortura dos tempos modernos


Não sei porquê mas sempre que acabo de pintar as unhas dão-me vontades súbitas e incontroláveis: é uma vontade de coçar alguma parte do corpo, é uma vontade tremenda de ir à casa de banho, é uma sede arrebatadora, é uma necessidade urgente de assoar o nariz, ... E é uma tortura: olho de mansinho para as minhas unhas que me deram um trabalho dos diabos a pintar para ficarem perfeitas e penso logo na minha necessidade fisiológica que está a chamar por mim, e o pior é que se satisfaço essa última o mais certo é a manicure estragar-se toda!

Já ouvi falar em produtos que secam as unhas rapidinho. Como eu sei que vocês gostam tanto como eu de umas unhas cuidadas, queria saber a vossa opinião... Resulta mesmo? Ao aplicar o produto, não deixa o verniz irregular (com manchas, etc.)? Quero saber tudinho: as marcas que usam, preços, etc. As minhas unhas agradecem...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Gostos não se discutem


Os dois últimos livros que li foram «O Evangelho segundo Jesus Cristo» de José Saramago e «Kafka à beira-mar» de Haruki Murakami. Dois escritores muito apreciados mas de quem ainda não tinha lido nada. Sinceramente tinha muita expectativa quanto ao de Murakami, mas o de Saramago foi escolhido, estando certa que iria ser um tormento...

E no fim, ambos me surpreenderam. Não gostei do Kafka à beira-mar. Ou sou eu que não tenho sensibilidade para apreender o significado da sua prose ou aquele surrealismo todo não faz de todo o meu género. Em suma: uma desilusão.

O Evangelho segundo Jesus Cristo, pelo contrário, fez-me descobrir a mestria e genealidade de Saramago. Aquela aptidão de brincar com a língua, a ironia subtil mas tão inteligente apaixonou-me. Para quem não sabe, cresci rodeada de grandes clássicos da literatura francesa. Nunca tinha encontrado nada semelhante cá, em Portugal. Mas agora sim. Só me resta descobrir os restantes livros de Saramago. O importante, é que os grandes mestres permanecem vivo para além da morte. Vivem através da nossa paixão, e do que sentimos ao saborear as suas palavras...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Gulosa, eu?


Eu, Dina, confesso que tenho um problema grave. Sou gelado-dependente. Sim, este verão mal começou e ando a enfartar gelados como se de ar se tratasse. Eles são Rol (que perdição), Fizz limão, Magnum choco-coco, Magnum duplo caramelo, sunday de chocolate com amêndoa,... O máximo que pode acontecer é:

Hipótese 1: Virar Lontra

Hipótese 2: Virar Lontra ao quadrado

Preciso de largar o vício. Hoje resignada a quebrar a rotina de um gelado por dia (shame on me), a minha colega de trabalho trouxe-me um Rol para mim, de livre e espontânea vontade. E eu não a posso decepcionar, não é? Têm a certeza que os gelados não têm uns benefícios terapêuticos quaisquer? Algo para além de me satisfazer a gula?


Também faz parte de ti!


As mulheres cuidam cada vez mais de si mas algumas devem sofrer uma perda de visão periférica ou amnésia pontual, porque se esqueçam momentaneamente de certas partes do corpo. O resultado? Uma maquilhagem imperfeita ou até cenas tristes... Nunca nos devemos esquecer:
  • Do pescoço aquando da aplicação do creme. O pescoço fica ali entre a cabeça e o corpo, então nem é presenteado com creme facial nem corporal. E é uma das partes mais visíveis do corpo e que sofre mais estragos e envelhecimento precoce da pele.

  • Das orelhas e do pescoço aquando da aplicação da base. Principlamente nas mulheres que usam um tom de base muito mais escuro que o seu tom de pele (errado), o resultado é uma cara morenaça e depois a contrastar ao longe de umas orelhas e pescoço esbranquiçadas. Mais parecem terem sido retiradas de outra pessoa e colocadas ali ao Deus dará... Digno de um quadro pitoresco do Picasso.


  • Das pestanas «de baixo». Ainda não percebi porque é que algumas só colocam rímel nas pestanas de cima?


  • Dos pés aquando da aplicação de autobronzeadores. É olhar pela silhueta de uma mulher, ir descendo com o olhar e passar radicalmente de umas pernas hiper morenas para uns pés de lulas. Mas a aplicação de autobronzeador dá muitas dores de cabeça a muita gente, pelos resultados que se vêem por aí.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A minha vida não é só azares...

Apesar da maré negra em que se transformou a minha vida nas últimas semanas, tenho dito momentos bem felizes. Para tal tem contribuído os esforços incansáveis do meu marido que tem feito de tudo para me proporcionar felicidade. Momentos simples mas fortes e que revigoram a alma. Os meus bests da semana?




Passeio e jantar à beira-mar
Ontem, depois de um dia esgotante de trabalho, rumámos à costa. Passeámos à beira-mar, recordámos bons momentos, falámos do futuro, e simplesmente gozámos o silêncio, as ondas do mar e o cheiro a maresia. Depois um bom marisco a beira-mar, acompanhado de uma sangria de champanhe fantástica...


Alimentei o Rei Juliano
Desde o filme Madagáscar que tenho uma afeição especial pelos lémures. Este domingo fomos até ao Badoca Safari Park. O parque é giro, o safari muito agradável, não fosse o grupo de crianças hiper barulhentas. Mas é bom, conviver com crianças é um contraceptivo natural 100% eficaz!

O parque precisa de imensas obras e ideias novas. Eu passava e já imagina inúmeras actividades possíveis. O melhor foi mesmo assistir à alimentação dos lémures. No final, fui uma das 25 pessoas que puderam entrar na ilha dos lémures e dar-lhes de comer à boca. Era vê-los a saltar em cima de nós. São criatura tão fofas!! Só me apetecia trazer um para o Forte da Casa. Selva já é, por isso deveria adaptar-se. E só me apetecia cantar e dançar "I like you move it, move it"

Já percebi, é hora de ir descansar... Que querem, contento-me com pouco para ser realmente feliz...

Bicho atrevido


Não, não estou a falar do marido...

A meu dia-a-dia resume-se a: "quando algo de inusitado pode acontecer, acontece-me de certeza a mim". Para o mal dos meus pecados, fui picada por um mosquito. Não é estranho? pois não. Mas desta vez, o bicho maldoso picou-me mesmo na ponta do mamilo esquerdo! Que comichão! E agora imaginem as minhas figurinhas deprimentes a querer coçar e não poder ou a tentar disfarçadamente coçar o mamilo. É que só me satisfaz quando aperto ou coço com imensa força! Ontem passei 5 horas fechada numa sala de reunião com 3 homens... um suplício. E tenho receio de aplicar creme num sítio tão sensível... Se ainda fosse uma abelha e que fosse preciso extrair o veneno [upsss censurado]...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Amor Vencit Omnia


No meu primeiro dia de aulas em Portugal, fostes-me apresentado e eu pensei «és o tipo de rapaz por quem nunca me iria apaixonar». Passados poucos meses éramos namorados. Estamos junto há quase 12 anos. Vivemos momentos únicos de paixão e também tivemos os nossos momentos de sofrimento. Tornastes o meu porto de abrigo. Conheces-me como ninguém. Agora sei o que significa ser só um.

Podemos não sermos ricos, nem termos grandes luxos, mas a minha vida não podia ser melhor. Porque conheço a felicidade e o amor verdadeiro. Quando chegar a velha, poderei dizer que na vida consegui o mais importante: o teu Amor. Hoje celebramos 2 anos de casados. Desculpa se não sou sempre a melhor esposa. Mas com o tempo aprendemos a amar-nos nos nossos defeitos. Amo-te com todo o meu corpo e alma. Que Deus nos deixe chegar a velhos e que nos dê a graça de ainda podermos olharmo-nos com tanta doçura, de mãos dadas e com a mente cheia de sonhos...

Acreditem no poder reparador do amor. Amor Vencit Omnia...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Todos temos um passado


Com o passar dos anos, conheço cada vez mais divorciados. Pessoas que já passam dos trinta, que têm uma maturidade advinda de uma maior vivência (ou deveriam) e muitas vezes, para além das mágoas herdadas de um casamento falhado, também têm filhos.

São mulheres que sofrem muito porque, com o divórcio, o pai se afasta cada vez mais, até mal ver o filho. E a criança sofre porque o pai não está presente e sofre devido ao sentimento de abandono. São mães que fazem de tudo para ser mãe e pai em simultâneo, porque este refez a vida e esqueceu-se do filho do primeiro casamento.

O que me choca nisso tudo? É quando esta mesma mãe refaz também a sua vida. E quando a refaz com um homem divorciado que também tem um filho de outra relação. E que esta mesma mãe faz com que o seu novo companheiro se afasta do seu primeiro filho, que o obriga a escolher. Se esta mulher viu sofrer o seu filho devido ao abandono do pai, como é possível depois incentivar que outra criança passe pelo mesmo! A memória é assim tão curta? Será falta de confiança na relação? Uma mulher que já passou por tudo isto, não deveria antes incentivar o pai, (mesmo tendo ele uma nova família) a nunca esquecer o primeiro filho e a tentar passar tempo com ele? E já nem estou a falar de questões monetárias!

As crianças é que não tendo culpa nenhuma, são sempre quem sofrem mais. Por isso, neste momento há uma amiga tremendamente chateada comigo porque eu não apoio as pressões que está a exercer no parceiro. Porque não posso ser cúmplice disto, porque a minha boca grande diz sempre o que pensa...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

6 segredos pelo preço de 1


A Miss Apuros desafiou-me a revelar seis coisas que vocês não sabem sobre mim. E depois é só desafiar outros 6 blogs para seguirem o exemplo.

Ora, vocês não sabem que:

  • Em pequena fui bicada no olho por um galo, pelo que hoje em dia, não me sinto confortável junto de galos e galinhas. Exceptuando no corredor do talho do supermercado, em que me sinto mais confiante e dona de mim.


  • Tenho um sotaque muito particular do qual nunca me consegui livrar. Já passei por agentina, madeirense, enfim, dizem que tem um toque exótico mas é mesmo proveniente da região parisiense.


  • Tenho uma fobia por aranhas e dentistas. Mas se tivesse que escolher entre uma sessão no dentista e ter que pegar uma aranha na mão, escolheria a segunda, apesar de acreditar que morreria de ataque cardíaco antes.


  • Sou hipocondríaca. Gosto de ver séries como dr. House e Anatomia de Grey, mas começo logo a sentir certos sintomas. Mas já foi pior, felizmente...


  • Não consigo engolir medicamentos (comprimidos e cápsulas). O único que consigo é a pílula e antes treinei muito tempo com miolo de pão. Em garota, preferia passar semanas a fios a injecções do que tomar antibióticos durante 3 dias...


  • Ainda não tinha um ano e os meus pais levaram-me ao bruxo. Porque batia no meu pai. Era gordinha e pelos vistos dava-lhe bofetadas dignas do Rocky. Pensavam que estava possuída, mas não era só ciúmes do meu pai, que se aproximava demasiado da minha mãe.

Acho que grças a ti, Miss Apuros, acabei de perder uma grande dose de credibilidade na blogosfera. Bem, agora quero saber 6 coisas de:


Marta T. do Manias Minhas

Leana do Diamonds are (not) a girl´s best friend

Luar do L´amour c´est toi, L´amour c´est moi

A Doce Sussurro

A Rita G. do Alentejo e Nova iorque

A Miss Star Pink do Deambulações de Miss Star Pink


E todos os que quiserem revelar um bocado mais de si, estejam à vontade! Mas digam lá sou assim a tocar o anormal, não é?

Patuda


Alguma bruxa me viu. Basta a temperatura subir ligeiramente e é ver os meus pés a inchar desalmadamente! Resultado: não tenho um único par de sapatos, sabrinas, sandálias, ou havianas e afins que não me magoem! É só apreciar o espectáculo deprimente de ver chichos de carne a sair borda fora. Até sabrinas mais antigas que já não usava porque com o uso ficaram demasiadas largas, agora ficam-me apertadas! E o meu marido desespera porque já deve estar a desenvolver um medo latente de eu desatar a comprar sapatos até acertar no par que não magoem os meus pés de Ursula, porque de Cinderela não têm nada.

É o primeiro ano que isso me acontece, e já estou a temer pelos dias mais quentes (que tardam em chegar). Se porventura alguém conhecer uma macumba caseira (ou da farmácia, etc.) que me ajude a resolver este problema, eu ficarei grata eternamente...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pensar para além do momento


Gostos não se discutem, é certo. Eu até gosto de certas tatuagens e até posso apreciá-las em algumas pessoas. Mas acho que as mulheres deveriam pensar mil vezes antes de fazer uma tatuagem num local visível do corpo. Porquê?

É simples. Posso parecer antiquada mas eu acho que a maioria das tatuagens estraga qualquer outfit mais elaborado, em eventos sociais e no âmbito laboral. É ver mulheres lindas, com um vestido fantástico, sapatos lindísssimos e acessórios adequados, para ver também uma tatuagem grandalhona no braço ou na omoplata. A elegância perde-se num instante. E no trabalho quando nos reunimos com uma mulher, de fato e camisa, e quando retira o casaco vemos uma serpente a espreitar por baixo da manga da camisa? Não gosto simplesmente. [acontecido ontem]

Dá um aspecto demasiado tribal, demasiado dread, e dá logo asas a pensar o que tal pessoa faz no seu tempo livre. Por isso, a regra é pensar bem no modelo e no sítio onde se faz uma tatuagem. Se pode ficar lindo na praia ou com outfits mais descontraídos, há que pensar nas outras circunstâncias em que a nossa imagem é um cartão de visita...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Hoje, é dia de festa!


Hoje, celebra-se a vida. O meu homem faz hoje 28 anos. Ontem ao jantar levou um raspanete(zinho). Não é que ele estava triste porque estava a ficar velho? Os anos passam e isto é um óptimo sinal. É prova que estamos vivos. É prova que amadurecemos, que crescemos, e se for com saúde ainda melhor! Temos que festejar a Vida, em nome de todos os que não têm a sorte de ver passar os anos.

Este ano, não tive tempo de planear festejos especiais devido ao pouco tempo que tenho tido mas acho que jantarzinho especial e eu como prenda deve servir para marcar a data! E para vocês também festejarem, tenho que partilhar convosco A receita de bolo de chocolate. Eu sei que há por aqui muitas gulosas!

Parabéns ao melhor marido do mundo! (e não me venham cá dizer que o vosso é que é... eu não me acredito!)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Nem só de amor é feito um casamento...


O casamento não é só o assumir de uma relação amorosa. É também o contrato de uma casa, de um carro, projectos em comuns, uma família que vem atrás e filhos...

A minha amiga P. estava casada há poucos anos mas já tinha um filho quando o marido a traiu. E foi feio, porque há casos em que a traição não é o pior: doem mais as mentiras, as cenas miseráveis, os gestos que magoam mãe e filho neste caso. Mas perdoou. E claro, houve quem não compreendesse, que a criticou, porque poderia refazer a sua vida, etc. Mas esqueçam-se que ela tinha medo de perder a custódia do filho, que não trabalhava, que não tinha nada, que os sogros tinham advogados, etc. E o tempo foi passando e nunca mais tomou essa decisão...

Esta situação deve-nos colocar numa posição tão bipolar: por um lado, sempre disse que não ficaria com um homem que não amasse. Que o meu casamento só iria durar enquanto tiver bases sólidas e trouxer felicidade para os dois. Mas por outro lado, quando existem crianças pelo meio, que sofrem por ver os pais a divorciarem-se (mas que ainda sofrem mais por vê-los a destruir-se diariamente)...

Só não gosto de ver mulheres a criticar alto e bom som as decisões tomadas por outras nestes casos. Se quiser perdoar uma traição, quem é que me poderá julgar? Odeio ouvir «eu nunca admitiria». Porque o tempo vem demostrando que as que têm mais certezas, são as que mais admitem e mais facilmente perdoam quando chega a sua vez... E eu, nesse momento, não consigo deixar de apreciar o momento...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um bicho estranho, a mulher...


Quando confrontada com uma traição do seu parceiro, a mulher pode ter diversas reações, umas mais suaves, como chorar e virar costas, e outras mais violentas, desde atirar o primeiro objecto à cara do traidor ou humiliá-lo verbalmente.

Mas a reacção que mais adoro ver e observar são aquelas mulheres que nos vêm contar «O meu Manuel traiu-me. A cabra forçou-o. Foi ela que se deitou em cima.». E eu só me posso rir.Sim, há situações em que não sou muito politicamente correcta. Elas dizem isso com uma convicção tal, como se ele fosse a vítima da situação, coitado, foi obrigado...

Eu conheço um casal em que isso já aconteceu mil e uma vezes, em que ele é um verdadeiro filho da mãe. Chegou mesmo a fazer côrte à antiga a uma rapariga simples da aldeola, conheceu os pais e tal, só para ir para cama com ela. Ela era virgem, inexperiente e engravidou de gémeos. Ele nunca assumiu os filhos. Que diz a «oficial namorada», que a moça fez de propópsito para o agarrar...

Será que há mulheres assim tão estúpidas ou o amor torna as pessoas mesmo cegas e com falta de discernimento? Um dia (espero que nunca chegue) se for traída, a culpa será unica e exclusivamente dele! Excepto, claro se a dita cuja for uma amiga ou familiar muito próxima... Homens, já sabem, toca a pôr um olhar de cachorro maltratado e dizer que a culpa foi dela, tadinhos...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Livro da Vida


Era tão bom nascermos acompanhados de um livro que nos explicasse todos os desgostos da vida e todos os sofrimentos possíveis. Que nos ensinasse a lidar com todas as situações delicadas que nos perfuram a alma e o peito.

Alguém que me diga como se vive com alguém que decidiu deixar-se morrer? Alguém que já passou por tantas na vida mas que decidiu que não vale mais a pena lutar. Alguém que amamos mais do que a nós próprias. E este sentimento de impotência e revolta. De injustiça, como lidamos com ele! Será antes egoismo meu querer vê-lo lutar mais. Por mim, pela minha mãe que tem as mãos atadas, sozinha a deixá-lo ir para um mundo distante, pelos meus irmãos, sobrinhos, pelo meu irmão que morreu tão jovem e a quem lhe foi roubado todos os sonhos.

Digam-me como sou eu capaz de sobreviver se parte de mim está a apagar-se voluntariamente. A minha chama não é suficiente para manter a dele acessa e vigorosa. Porque tudo depende dele. Onde é que vou buscar forças para o fazer seguir em frente, pelo caminho mais tortuoso, que é o da dor, tratamentos horrorosos e morte certa. Eu não sei viver assim, fico louca, desesperada, pronta a arrancar este coração do peito que arde de desespero, com as minhas próprias mãos. Eu não sou mulher para tanto. Quando perdi o meu irmão pensei: não há nada mais doloroso do que morrer-nos alguém assim sem nada o fazer esperar. Mentira: ver alguém apagar-se dia após dia é o maior abrasivo a face da terra para quem ama de verdade.

Há homens e Homens...


Se há coisa que detesto num homem é ser cabarolas. Mas porque é que um homem precisa de contar a uma mulher que teve 500 conquistas e insinuar que é um ás na cama?! Pode ser um verdadeiro Deus grego na cama mas sinceramente para mim perde todo o encanto. E não consigo deixar de pensar que o coitado é um infeliz na sua vida sexual e que mal perdeu a virgindade, que só tem parceiras frígidas, cujas relações se resumem a despe, toma lá, dá cá...

domingo, 6 de junho de 2010

A vossa ajuda é preciosa...


Como um problema nunca vem só, gostava de vos pedir referências... para um bom ginecologista na zona de Alverca/ Lisboa. Qualquer mulher procura incessantemente um homem a quem entregar o seu bem mais precisoso: o seu coração. Este já o tenho bem entregue. Mas já tive muitos males de amores vaginais devido aos maus tratos de uma ginecologista em particular. Desde que vim para Lisboa sou tratada pelo meu médico do Centro de Saúde (um anjo, meigo cuja reacção que provoca é «já está?»).

Mas acho que vou ter que precisar de um especialista. Mulheres desta blogosfera, quem quer partilhar comigo o seu ginecologista? Quem preferir pode responder para o meu mail (oamoreperfeito@gmail.com).

Obrigada! Todo o meu ser agradece ;)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ser diferente é ser genuíno!


Os meus pais sempre me educaram para aceitar as diferenças, desde pequena. Ensinaram-me que temos que respeitar os outros pelo o que são, e por serem diferentes ou por pensarem de maneira diferente, não quer dizer que sejam menos do que eu. Sempre ouvi «não segues os outros. Mantém-te igual a ti mesma. Defende a tua personalidade, não é preciso ser igual a toda a gente. Mas é essa mistura de personalidades que faz o mundo tão rico. Assume o que és e o que pensas mas deixa livre os outros para eles também serem eles próprios.»

Tornei-me adulta e continuo a respeitar o outro. Penso que só quem tem dúvidas sobre o seu próprio «eu» ou tenha uma baixa auto-estima é que consegue desrespeitar o outro por este ser diferente. Eu sou católica, mas estarei eu mais certa do que um muçulmano? Eu sou sentimentalista, mas as pessoas que conseguem reagir de forma mais racional não são piores pessoas do que eu! Eu tenho uma estatura mais magra, mas serei mais bonita do que uma mulher que veste um 44? Eu sou hetero, mas porquê gozar com homos! Não podemos conviver pacificamente? Odeio gentinha que se assume como dono da verdade do mundo, odeio generalizações baratas.

Vamos aprender com os outros, descobrir novas maneiras de pensar, vamos tornar-nos seres humanos mais ricos. Vamos respeitar os outros, sim? pelo que são, pelo que pensam. Vamos ser mais felizes e deixar os outros sê-lo também... Porque há olhares, gestos e palavras mesquinhas que podem prejudicar tanto...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Para caveiras ambulantes...


Após muitas dúvidas e muitos conselhos, decidi-me pelo anti-olheiras da H&M. Comprei-o a semana passada e digo-vos: é óptimo! Se consegue camuflar naturalmente as minhas olheiras profundas e negras (são crónicas e se pensarmos que esta semana tenho dormido em média 4 horas por noite), acho que resolve o problema a qualquer uma. Por 4.95€ numa H&M perto de si (ou não, porque nem todas têm secção de maquilhagem). Bom e barato como se quer!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Desaparecida em combate


Gostaria de poder dizer que desapareci porque fugi do trabalho em direcção ao mar. Passar dias românticos com o meu amor num local paradisíaco. Poderia dizer que o casamento mais importante para mim (depois do meu) foi fantástico e hiper divertido...

Poderia dizer muita coisa mas só vos posso dizer que quando a semana passada dizia que o pior estava a começar agora, não sabia o quanto estava certa. Quarta-feira o meu pai foi internado com suspeita de AVC ou tumor cerebral. A hipótese de tumor foi descartada. Mas continua internado a fazer exames para se perceber o que se passou. O cancro está a galopar. O estado depressivo dele também. Faltou ao casamento da sua neta preferida, a quem deveria ter levado ao altar. Doeu. Perdeu muitas capacidades físicas. E eu tive que voltar a percorrer 500 km e deixá-los sozinhos, entregues a eles próprios... mais uma vez vítimas de incompetência médica.

Voltei mas continuarei ausente porque tenho muito trabalho pendente. A vida continua a dar-nos pontapés quando menos se espera... O pior é que por mais tramada que seja, temos sempre que lhe dar a outra face, e continuar em frente...