sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Porto de Abrigo



Mesmo que na maioria dos dias ele seja:
- Rabujento e que quando se chateia, não fala e faz aquela cara de sonso que me põe fora de mim.
- Muito distraído e esquesido (levado ao extremo, acreditem).
- Muito pouco romântico e não me faça surpresas.
- Desarrumado e que aldrabe muitas coisas que faz.
- Enfim que tenha alguns defeitos e um feitio que faça faísca com o meu, o que nos leva muitas vezes a discutir...

Ele é um companheiro fantástico, que sabe me apoiar nos momentos mais difíceis e angustiantes da minha vida. Ele já demostrou ser o meu porto de abrigo, e ele faz-o de boa vontade. Atura-me os prantos, sempre quieto, a enxugar-me as lágrimas. Respeita os meus silêncios e sabe quando falar comigo de tudo e de nada para me distrair. Abdica de mim e de outros momentos para que faça aquilo que me fizer melhor (quantos fins-de-semana e noites passou ele sozinho, logo nos primeiros meses de vivermos juntos para me dividir entre o HUC e Vila Flor).

Nestes momentos de sofrimento, sabe me fazer rir. Sabe tratar da «sua menina» como ninguém. É nele que vou buscar forças e nunca será de mais mostrar-lhe minha gratidão. Nesses momentos, todos os seus defeitos ficam reduzidos a nada, porque nenhuma surpresa, prenda, arrumação, me poderia mostrar melhor o quanto ele me ama e o quanto poderei contar com ele «na saúde e na doença, na alegria e na tristeza»... E faz-me sentir pequenina e fútil quando me lembro de algumas discussões parvas que tivemos que na altura pareciam muito importantes e afinal nada é tão importante como o amor que nos une...

Perder o norte...


Estou destroçada. Mais uma vez a doença bateu-nos à porta. Mais uma vez o meu pai está doente e vai ser submetido a mais uma cirurgia. Não aguento mais, mas será que não pode viver descansado agora depois de tudo por que já passou? Ele não merece sofrer mais. Não imagino a minha vida sem ele, nem aguento mais vê-lo sofrer. Tudo vai começar mais uma vez.
Sinto-me tão impotente, porque pouco posso fazer estando eu a mais de 500 km dele. Porque é que a vida tem que nos passar tantas rasteiras! Eu devia estar ali junto deles para os apoiar. Hoje estou envolta em lágrimas e sofrimento... Amo-os acima de todas as coisas e não consigo viver mais assim. São essas coisas que nos fazem maldizer as pequenas futilidades do dia-a-dia e nos fazem ganhar uma força sobre-humana, para rir junto dele quando o coração chora desalmadamente. Quero dormir porque só assim a minha alma tem descanso. Queria partilhar o seu sofrimento para que não fosse demais para ele...Tenho medo, tanto medo!


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Às noivas e futuras mães deste país


O casamento e a gravidez são dois «estados» maravilhosos na vida de uma mulher. Respira-se felicidade e amor, com os quais contagiamos os nossos familiares e amigos. Mas é preciso perceber algo: há coisas que só nos fazem assim muito, muito, muito felizes a nós!!

Noivas: Por mais que adorem o resultado do vosso manancial de fotografias do grande dia, que o vídeo vos parece o mais divertido de sempre, etc. Não obriguem os vossos amigos a visionar o filme de mais de 1 hora e, para digestivo, ver o álbum, fotos que os convidados tiraram, etc. E ainda por cima, muitas vezes temos diteito as explicações todas: «esta é a tiaX», «este era o bolo» (a sério? Não dava para ver), blablabla. O melhor é que a maioria das vezes, só por acaso, até fomos convidados e estivemos lá!! E então quando anunciamos que estamos noivos, é garantido. Preparem-se para ver o «material fotográfico» de todos os vossos familiares e amigos já casados. Desculpem, mas não há paciência. Se as pessoas estiverem interessadas, elas pedirão para ver...

Outro problema recorrente acontece com as grávidas. Fico mesmo feliz por todas as minhas amigas grávidas, mas será que quando se engravida acontece algum fenómeno químico no cérebro que limita todas as conversas? Porque é que temos que falar somente de ecografias, exames, comprinhas de bebés, tonturas e leituras pré-natal? É que, com o tempo, começo a sentir enjoos da gravidez sem estar grávida...
Se podia viver sem estas conversas? Podia, e seria muito mais feliz...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Garantidamente (sem nexo)


Meio mundo já falou de quanto irritante é a nova publicidade do Pingo Doce. Certo. Nem me vou pronunciar. Agora, se a publicidade do Ti Jerónimo faz vomitar meio mundo, garanto que o sumo de laranja da marca própria "Só Fruta" tem propriedades únicas para regular o trânsito intestinal aos milhões de obstipados do nosso país à beira-mar plantado, quando tomado em jejum! 0.99€ que lhe dão acesso VIP à casa-de-banho mais próxima!
Desculpem, mas não dá para mais. Estes últimos dias o meu Tico e o Teco estão com uma verdadeira diarreia mental :)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

OFF - ON


Apesar de hoje só ser terça-feira, já trabalhei mais ontem que em muitas semanas. O fim-de-semana nem foi bom nem mau. Ainda nos estamos a habituar aos novos horários do trabalho do L. Ontem começei a trabalhar às 6h e acabou às 20h30. Estive fora numa acção de Gestão de Comunicação de Crise. Hoje o dia vai ser longo a redigir relatórios. Por isso, quem estiver disponível para me trazer cá pessoalmente muitos miminhos (diga-se chocolatinhos, bolachas saborosas, almoço, café, ...), eu faculto a morada ;) Porque pelo andamento que isto leva, acho que hoje não vou desagarrar este teclado...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dúvidas existenciais



Há dois dias que suspeitas invadiram a minha mente. Há doias dias acordei com uma dor lascinante no joelho direito (não sendo a primeira vez que me acontece) e que me acompanha durante alguns dias. Não consigo dobrar a perna, virar-me na cama, subir e descer escadas. E depois, da mesma forma súbita que aparece, desaparece sem deixar rastos até à sua próxima visita.

Agora, pergunto-me: serei eu vítima de vodu ou de violência doméstica durante a noite?


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A minha luta


Uma parte de mim está muito ligada à história da minha pátria, e quando falo em pátria, falo na França. Porque foi aí que fui criada, que aprendi os valores que iriam reger a minha personalidade e a minha vida. E sou muito patriótica. Sem me alongar nos porquês, tenho uma paixão infinita pelo período da I e II Guerra Mundial. E desde pequena, sempre tive um sonho: ler o livro do Hitler. Sou a primeira a condenar veementemente o Holocausto e todos os actos do Hitler. Considero-me uma defensora da liberdade. Mas sempre tive a necessidade de perceber o que poderia levar a mente humana a tais atrocidades. Sempre cultivei um espírito crítico e preciso de ser eu a fazer as minhas próprias hilações. Tenho vindo a tentar compreender melhor este período negro da humanidade, baseando-me em diversas fontes. Agora que alcançei a devida maturidade, sinto-me pronta para a leitura da Minha Luta.

Só sinto o olhar discriminatório das pessoas, a reprovação moral quando olham para a capa do livro que estou a ler. Que falta de abertura de espírito! Não em jeito de justificação, porque defendo a liberdade de escolha, quis explicar a minha leitura, antes que me venham com comentários a chamar-me nazi. Porque nunca poderei perceber nem justificar o que aconteceu na História mas porque acho primordial conhecer as ideias dos Estadistas que mudaram o rumo da história.

Este livro continua a ser tabu, e isso é inadmissível porque só com uma humanidade devidamente consciente é que será possível evitar que tais erros voltem a acontecer. Com imparcialidade vos digo, o homem tem uma escrita poderosa, cheia de metáforas e apresenta ideias sobre política e economia muito certas e os cenários por ele apresentado da Alemanha de 1900 fazem-me lembrar muito o estado actual de Portugal...

Sonhos e desilusões...


Hoje acordei e saí da cama com muito mais ânimo... porque estava convencida que hoje era sexta-feira. Preparei-me com menos perguiça porque afinal amanhã já ia poder fazer ronha toda a manhã. Enfrentei os transportes públicos com coragem acrescida porque durante dois dias iria estar afastada destes antros de stress e confusão.

Nem queiram imaginar a minha desilusão quando chego ao trabalho e começam a entrar e-mails com a data de «quinta-feira»! A confirmação no calendário tirou-me todo o alento para mais um dia de trabalho, que afinal será seguido de outro, antes do merecido descanso semanal...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mania da perseguição


Gostava de perceber porque é que quando acaba um produto de beleza, acabam logo dois ou três?! É que esta semana estão a acabar-se o creme de corpo e o de cara, o batom do cieiro, o rímel, a sombra beje, o algodão e o removedor de verniz.

Porque é que estas coisas não podem acabar gradualmente? Eu não sou rica, nem ganhei a lotaria! E depois apanho cada susto com as contas de supermercado...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Somos eternos


Acredito na imortalidade. Com ou sem Santo Graal, a beleza da nossa vida advém da nossa imortalidade. Porque somos mais do que um corpo, vivemos para além da vida.

Enquanto formos lembrados pelos nossos entes queridos, permaneceremos vivos, nem que seja dentro do seu coração. Quando deixarmos alguns feitos, seremos eternamente lembrados passem poucos ou muitos anos. Vivemos através da História, dos poemas, das telas, da religião, ...
«Através das histórias que partilhamos do nosso passado, não morremos». É esta a mensagem que transmite Kate Moss em «O Labirinto Perdido», o último livro ao que me dediquei. É um bocadinho longo, mas penso que valeu a pena, principalmente porque me deu a conhecer mais um bocado da história de França, da Igreja e da Inquisição:


Em Março de 1208, o Papa Inocêncio III apelou a uma cruzada contra uma seita de cristãos do Languedoc: os Cátaros ou Bons Chrétiens. Os barões franceses do Norte que se juntaream à cruzada viram nela a oportunidade de adquirirem terras, riqueza e vantagens comerciais ao subjugar a nobreza independente do Sul. Foi a primeira vez que uma Guerra Santa foi invocada contra cristãos em solo europeu.



E vocês, acreditam na imortalidade?

Dia D


A saída das minhas botas do armário marca definitivamente o início do Outuno. Mas não tenho nada que vestir nem calçar! Não, não estamos perante o caso típico do mulherio que tem o roupeiro cheio. Emagreci uns quilos e agora quase nada me serve. Mas não posso adiar compras por muito mais tempo. O problema é que não tenho encontrado nada que valha.

É um desafio encontrar botas e sapatos rasteiros mas femininos, bicudos, etc. As botas rasteiras que tenho encontrada são sempre grosseironas e com atacadores. Será que sou só eu que gosto de calçado rasteiro porque ando muito durante o dia, mas sempre femininos?! Depois quando gosto nunca há o meu tamanho (37/38). Preciso também de comprar umas camisolas mas de preferência de manga comprida. As camisolas pura lã mas caveadas não dão muito jeito no inverno para mim que sou uma friolenta (uma ou duas dessas chega no roupeiro). E depois há cada peça de pôr os pêlos de pé.

Com este tempinho só me apetecia estar numa poltrona confortável, com uma manta polar, um bom livro e uma chávena de café quente... Há dias em que devia ser proibido vir trabalhar...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O que é bom acaba depressa


Eu vivo para os fins-de-semana a dois... Sábado levantámo-nos muito cedo (às 6h00) e rumamos para a praia. Tomamos lá o pequeno almoço enroscado numa manta, a ver o sol a nascer. Observamos o céu a mudar de tonalidades. A minha cabeça é que se foi esquecer da máquina fotográfica! Andámos a beira-mar, conversando e aproveitando aquele ar fresco, ouvindo o som das ondas. É dos sons mais tranquilizantes para mim... Depois ainda fomos comprar os últimos «utensílios» da farda e fui à consulta de rotina dos óculos. Acho que vou ter mesmo que ir a um oftalmologista a sério :(

Almoçámos pela primeira vez no H3, um conceito novo que tinha bastante curiosidade em experimentar. E está aprovadíssimo. Como é uma hamburgaria gourmet, pensei que seria mal servido, mas é um prato composto e muito saboroso. A seguir fomos ver a Órfã, um filme de terror diferente daquilo a que estamos habituados. Para quem gostar de filmes de suspense com um final surpreendente, aconselho.

Domingo passado entre o sofá e a esplanada a aproveitar os últimos raios de sol deste verão tardio. E hoje é segunda-feira, e estou com uma soneira que não se aguenta. Hoje, o meu melhor amigo, vai ser, sem dúvidas, o Sr. Cafeína. Vou ali tirar um café e já volto... Boa semana!!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ter amigos é...


... Marcar jantares para nos reencontar, conviver, partilhar vivências e comemorar a vida. Mas é muito difícil juntarmo-nos a todos.

... É decidir que não podíamos deixar de nos ver antes que a vida nos afaste ainda mais.

... É oferecer a nossa casa para acolhê-los, numa semana de loucos no trabalho, cansada, e no único dia da semana que dava para o casal F&M.

... Eu limpar a casa de véspera, pôr a mesa com requinte (eu adoro mesas bonitas), cozinhar na véspera até as 23 horas depois de um dia de trabalho, comprar petiscos e vinho especial para muita gente (tudo a meu custo).

... É desmarcarem todos, um a um, no próprio dia, sendo que o F&M só desmarcaram às 17h30 porque o F. se embebedou durante a tarde.

... É sentir uma fala de respeito e consideração. É estragar comida, é ter trabalho em desmantelar a mesa, etc.

... Ter amigos, às vezes, é sofrer desilusões!


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sorte a minha...

Esta semana tem sido de loucos no trabalho: uma saga de reuniões com pessoas de nos dar urticária: uns malcheirosos, outros que monopolizam a conversa durante horas para não adiantar nada, uns clientes que não percebem que o que querem está errado, outros que chegam atrasados mais de uma hora, enfim... E depois são projectos a começar, são propostas a lançar, são edições a fechar.

O café tem sido um companheiro diário. E ainda sabe tão bem apreciá-lo numa esplanada ao sol. Hoje não foi excepção e quando o café já ia a meio, vejo algo que me chama a atenção colado dentro da chávena. Não era nada mais nada menos do que o bocado de pacote de açúcar que se rasga embebido em café. Mas como é óbvio, não era do meu pacote de açúcar. Mas digam-me: Porque é que eu atraio estas coisas?!!!


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O meu Forte


Lembram-se do espaço verde que estavam a fazer frente ao meu prédio? Até sábado passado (um dia antes das eleições), os senhores trabalhavam das 7h da manhã às 20h30 da noite. E eu diariamente com dúvida se teria acordado noutro país! No sábado, metade do terreno estava já com relva. Domingo ninguém trabalhou por razões óbvias...

E até hoje mais ninguém lá pôs os pés! Ou seja, o homem foi re-eleito e agora o terreno ficou metade relvado, metade em terra batida! Matei as dúvidas: afinal ainda vivo em Portugal!!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Instinto assassino


A minha vida balança ao ritmo da maré. Nunca está estável durante muito tempo. E ontem foi dia de tempestade lá por casa. Porquê? Porque há alguém que nunca se soube impor perante terceiros, com medo de os outros ficarem chateados, mesmo quantos esses «outros» são totalmente incorrectos! E eu, vou enchendo, avisando e quando me farto digo chega! Odeio ter que amarrar as calças a quem não merece minimamente porque o dito cujo (o E.)nem é o nosso amigo porque sempre teve atitutes parvas conosco. Eu só atraio pestes destas juro.

A história resume-se a 3 colegas de trabalho que viveram juntos em tempos, sendo que um sempre viveu a custa dos outros, nomeadamente a boleia para ir todos os dias para o trabalho (tenho um carro de 2 lugares). Deixaram de viver juntos e continuou a ir no carro dos outros, à pala. Agora é o único que tem 2 carros (um de cinco lugares e outro de dois) mas a mulher como por magia deixou de conseguir conduzir o carro mais velho (que sempre conduziu há mais de seis anos)! Tipicamente nouveaux riches. E agora é sempre os mesmos que continuam a levar o carro. Mas a mim ninguém me ajuda a pagar gasolina e óleos, pneus e companhia. E nós só temos um carro e tenho que ir eu a pé quando é a semana do E. a levar o carro para a mulher levar o carro novo. Porra, que não me comam os olhos!!

Isto aliado à TPM, nem imaginam o filme. E claro hoje não podia ser bom dia. Porque ir para a cama chateados é do pior que há. Odeio discutir na cama...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Vida de Solteira


Foram dois dias a solo, e que bem que me souberam. Sem stress, a descansar. Entre limpezas e sofá. Adoro ter a casa limpa, fresca e a cheirar a limpo. É pena é ficar poucos dias sem pó. Devo ter uma fábrica escondida algures atrás da porta, e nunca dei por nada. Pûs a leitura em dia. Segui a sugestão da nossa querida Elisabete, e vi enroscada no sofá, o filme A Namorada do meu melhor amigo, com um balde de pipocas doces. Ontem fui votar e experimentei um gelado novo. Shame on me, como é que nunca tinha visto tal preciosidade!!! Estou a falar do Magnum Coco Choco. Amantes da combinação coco e chocolate, se ainda não experimentaram, força, não se vão arrepender!

Não sei se serei a única mais fico deprimida com tanto sol. Estou farta de calor! Eu sei que me vou arrepender de dizer isso, mas estou ansiosa por uns dias mais frescos. Todos os meus poros clamam por verdadeiros dias de Outuno. Já chega de Verão. Gostava de resgatar do armário camisolinhas finas, casacos leves, cachecóis e lenços, enfim... Volta Outuono, estás perdoado!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Vendo o meu patrão


Pior do que ter imenso trabalho a cair-me em cima, ao mesmo tempo, é ter um patrão burro mas burro que só atrapalha, que só manda fazer coisas estúpidas sem sentido e que atrasa tudo ainda mais! Ai que não tenho feitio para engulir em seco e só não o mandei para o caralh* porque, porque. Mas pelos modos com que falei e com a cara que fiz e pela voz de cordeirinho com que ele falou para mim depois, deve ter percebido o que penso das ideias dele. Mas o pior é que tenho que engolir em seco e fazer a merda que quer apesar de saber que não tem lógica nenhuma mesmo. E que o cliente não vai gostar nada. Hoje, os meus fígados estão assim para o retorcido!

Nada pior do que ter um patrão que perceba menos que os empregados e que não tenha humildade para perceber o que lhe tentamos explicar. Só porque ele é patrão e é mais velho do que nós.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Viva as eleições


Gosto muito da vista que tenho a partir da minha cozinha. Em frente só avisto o rio, a ponte Vasco da Gama ao longe, algumas «construções» baixas (com excepção de um único prédio é daqueles casos em que devem ter dado a volta ao PDM). Há dias, como hoje, em que sou brindada por um lindo amanhecer: as núvens em tons rosas, o rio, a leve bruma, enfim: um quadro magnífico. Nada de melhor para elevar os ânimos. Quando está calor, abro as janelas e como a olhar para a rua. Quando chove, entreabro a janela e deixo entrar aquela brisa e o cheiro característico enquanto saboreio o meu café com leite quente.

A 50 metros por baixo da minha janela, havia um terreno pequeno em terra batida, com algumas árvores. Está assim aos anos. Este ano, com as eleições autárquicas, todos os candidatos clamam que o Forte precisa de espaços verdes. Então, o Presidente da Junta foi a fugir compor este bocadinho de terreno, transformando-o num jardim. Estão neste momento a proceder às obras. Tenho curiosidade de ver o resultado final.

Obrigada eleições! Acho que seria bom havê-las todos os anos. Já agora só falta mesmo compor a frente ribeirinha para tornar o meu lar um sítio ainda mais confortável e claro para valorizar no mercado imobiliário.

Ps: mesmo estando ainda indecisa, acho que vou votar na oposição...


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Casal (im)perfeito


Hoje sinto-me magoada, triste, vazia. Por vezes, parece-me que o matrimónio é um desafio demasiado complicado para mim. A vida seria tão mais fácil se morasse sozinha. Sim, eu sei que tem coisas boas. Mas lidar diariamente com outrem, aturar-lhe os caprichos é demais para mim.

Será pedir muito a alguém com quem partilhamos a nossa vida/ espaço, conseguir ordenar os seus dias para que consiga descansar, sair com os amigos, etc., mas também cumprir com algumas tarefas básicas. Como comprar pão. E chateia-me a sério quando me dizem que, não trabalhando o dia todo, não teve tempo. E que se contraponho, me dizem que o problema é ele ter saído com os amigos. Quando o meu único problema é pensar que em 24 horas se tem tempo para tudo, basta organizarmo-nos. Que não é justo cair-me tudo em cima quando eu trabalho.

Revolta-me ainda que as pessoas caem tão rapidamente na rotina. São sugadas e vivem felizes como se fossemos dados adquiridos. Não compreendem que precisamos de um mínimo de romantismo, de carinho, de mimo, de nos sentirmos desejadas. Porque é que terei que ser sempre eu a investir, só porque é mais do meu feitio. É que após 10 anos, cansa-me francamente ser a única a preparar surpresas, jantares e companhia para avivar a chama da paixão.

E detesto ser tratada com frieza e indiferença. Mata-me por dentro. Esvazia-me. Por isso, sinto-me um trapecista que anda com cautela em cima de uma corda, e por vezes, dou um passo em falso (porque me revolto com o facto do caminho ser sempre igual ou injusto) e sinto-me a cair num precipício sem fim... Hoje, estou assim: em queda livre....

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Recompensa


Com a minha cara colega de trabalho, aprendi a ser fria e calculista. Porque não nos podemos deixar pisar. Mas aprendi que por vezes vale mais deixar que os outros pensem que somos parvas e sonsas. Que estão acima de nós. Para quando o momento certo chegar, dar o golpe final. O resultado: fui aumentada 100€uros! Uma óptima notícia depois de um fim-de-semana complicado...

Desperdício...


O São Pedro processou-se por injúria e vingou-se friamente. Este fim-de-semana, o tempo não foi mau. Mas a Dina ficou de cama com uma constipação relâmpago (pela rapidez com que apareceu). E os planos foram por água abaixo. E nem pude seguir as sugestões de passar o fim-de-semana nos lençóis porque correrria riscos de asfixia!

Valeu a receita de «pipocas caseiras como no cinema» de um blogger. Quando puder venho cá anunciar o seu nome com toda a pompa e circunstância que merece por me der salvo o feriado. É realmente deprimente passar três dias (com o marido em casa) a curar exaqueca, limpar ranho, e a ver filmes a dar para o mau...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Que sortuda que sou!


Anda uma pessoa a planear um fim-de-semana prolongado. Actividades ao ar livre. Surpresas. Muito amor à mistura. E vamos ver que me dizem que vai chover Domingo e Segunda?? Que porra é essa São Pedro: andas a prometê-la aos dias e nada e agora que me vê hiper entusiasmada é que mandas mesmo chuva! Não se admirem se na terça voltar com uma depressão pré-outonal. Odeio que me estraguem os planos!! Crio tantas expectativas e depois isto. Agora é que vai ser apagar as magoas em tiramisu...

Apetites...


Não sei o que se passa comigo... Na terça-feira deu-me uma vontade enorme de um snikers. Na quarta apeteceu-me um pastel de nata. Ai o quanto corri para encontrar um pastel de nata. Ontem, a seguir ao jantar comi gomas. Shame on me que não me consegui controlar. Eu bem dizia «esta é a última» mas só descansei quando terminei o pacote (dos minis). Desde ontem a noite, só penso em tiramisu. Acho que não vou descansar enquanto não passar pelo Leclerc. E não estou naquela semana do mês em que como este e o outro mundo.

Assim, nem quero imaginar como será quando engravidar...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ser polícia é...


Nem vou aqui abordar as regras da instituição, as formalidades, o estatuto, as burocracias, etc., porque senão em vez de um post escreveria um livro.

Ser PSP pressupõe usar farda. E Deus sabes o quanto gosto de fardas! Há homens que ficam uns verdadeiros pãos. Mas quando olhamos para um agente fardado, será que alguma vez imaginamos o custo que têm estes trapinhos para o agente?

Dois factos:
Direito: um agente recebe por mês 5 €uros para subsídio de fardamento.
Dever: zelar pelo estado e limpeza da farda. E aqui é que começam os problemas.

Porque o azul escuro, passa rapidamente a um rojo esquesito. Um boné aguenta em bom estado dois, três meses. E se a farda não estiver irreprensível, o agente assujeita-se a um processo. Um polícia tem que comprar TODO o fardamento, nada lhe é dado. Nem as algemas. E o mais pitoresco é que os polícias nem conseguem encontrar tudo o que é necessário no serviço de Fardamento. Onde vão então? Recorrem à feira da ladra para comprar determinadas botas, casacos e as algemas. Cómico não?

Moral da história: sábado vamos à feira da ladra para o meu querido fazer compras e pela lista do que precisa acho que vai lá deixar mais de 250€! Por isso, se fores de Chelas ou da Damaia e o teu passatempo preferido for perseguir polícias, não os mates nem os magoes. Tira-lhe antes a farda e vende-a depois no mercado negro. Negócio garantido!